Unburnt bridge.
Hoje fiz uma coisa que queria fazer. Fiz um telefonema.
E com isso, reconstruí uma ponte que se estava a queimar. É uma coisa que eu tenho desde que vi aquele filme "Uma Ponte Longe Demais". Ok, não é, mas tem a ver com burning bridges, which is something that might lead you to a terribly lonesome place.
Às vezes, é preciso estender uma mãozita e resgatar quem tem medo da palmatória, até porque esse castigo que já não se aplica.
E as minhas mãos suavam, e eu estava nervosa e com dificuldade em articular o discurso, e a pensar, Silvia, avança, e não sejas gaja...blá...blá...errr...não era nada disto que eu queria dizer...na verdade, nada, mesmo nada, do que tenho para dizer é aquilo que estás à espera. Preferia que me olhasses nos olhos e entendesses que não tenho nada dessas coisas para te dizer...e eu poupava palavras e tu ganhavas em significado, mas estamos ao telefone, e tu a meio de uma reunião... hmm...e que o que eu estou a fazer neste momento é a mostrar-te que está tudo na paz....E que não perco tempo nem invisto energia em condenar-te, cobrar-te seja o que for, mas que me incomoda que penses que eu o possa querer fazer. Só não quero cair na tentação de pensar menos bem de ti. Porque não tenho que pensar nada. Porque eu sou tão boa e tão má quanto tu, dependendo apenas dos dias e do trânsito dos astros......pois, foi Vénus...Gaja!
Mas eu não disse nada disto. Mas consegui falar com ele como queria realmente falar. Na boa. Porque existe coisa boa em nós os dois, e foi isso que nos uniu, e não foi isso que nos separou. E é só isso é que interessa.
Ele ainda plissou. Depois de dizer um..."Oláaa...Silvia." completamente desarmado, começou logo a tentar dizer onde é que tinha andado e o que é que tinha andado a fazer...e eu...naaaahhh... nem quis ouvir. Não é que não acreditasse, ou não tivesse curiosidade, ou até seja mesmo isso. Mas não é só. Nada do que ele dissesse iria alterar o que senti neste tempo todo de mutismo, embora tenha contribuido em tudo para aquilo que sinto agora. Doeu, moeu, mas foi clarificante. Por isso já não interessa, não quero mudar agora. Por isso, não te justifiques. Não quero saber, a sério, não preciso. És o que és, como és, e eu prefiro assim. Fastforward. Não tenho tempo. Não gasto vida com isto. E não gastes tu também. Play. Está tudo bem. Eu estou bem.
E tu ficaste bem, que eu sei.
No final, ele disse: "Obrigado".
Paz.
Já podemos rir disto tudo.
E com isso, reconstruí uma ponte que se estava a queimar. É uma coisa que eu tenho desde que vi aquele filme "Uma Ponte Longe Demais". Ok, não é, mas tem a ver com burning bridges, which is something that might lead you to a terribly lonesome place.
Às vezes, é preciso estender uma mãozita e resgatar quem tem medo da palmatória, até porque esse castigo que já não se aplica.
E as minhas mãos suavam, e eu estava nervosa e com dificuldade em articular o discurso, e a pensar, Silvia, avança, e não sejas gaja...blá...blá...errr...não era nada disto que eu queria dizer...na verdade, nada, mesmo nada, do que tenho para dizer é aquilo que estás à espera. Preferia que me olhasses nos olhos e entendesses que não tenho nada dessas coisas para te dizer...e eu poupava palavras e tu ganhavas em significado, mas estamos ao telefone, e tu a meio de uma reunião... hmm...e que o que eu estou a fazer neste momento é a mostrar-te que está tudo na paz....E que não perco tempo nem invisto energia em condenar-te, cobrar-te seja o que for, mas que me incomoda que penses que eu o possa querer fazer. Só não quero cair na tentação de pensar menos bem de ti. Porque não tenho que pensar nada. Porque eu sou tão boa e tão má quanto tu, dependendo apenas dos dias e do trânsito dos astros......pois, foi Vénus...Gaja!
Mas eu não disse nada disto. Mas consegui falar com ele como queria realmente falar. Na boa. Porque existe coisa boa em nós os dois, e foi isso que nos uniu, e não foi isso que nos separou. E é só isso é que interessa.
Ele ainda plissou. Depois de dizer um..."Oláaa...Silvia." completamente desarmado, começou logo a tentar dizer onde é que tinha andado e o que é que tinha andado a fazer...e eu...naaaahhh... nem quis ouvir. Não é que não acreditasse, ou não tivesse curiosidade, ou até seja mesmo isso. Mas não é só. Nada do que ele dissesse iria alterar o que senti neste tempo todo de mutismo, embora tenha contribuido em tudo para aquilo que sinto agora. Doeu, moeu, mas foi clarificante. Por isso já não interessa, não quero mudar agora. Por isso, não te justifiques. Não quero saber, a sério, não preciso. És o que és, como és, e eu prefiro assim. Fastforward. Não tenho tempo. Não gasto vida com isto. E não gastes tu também. Play. Está tudo bem. Eu estou bem.
E tu ficaste bem, que eu sei.
No final, ele disse: "Obrigado".
Paz.
Já podemos rir disto tudo.
2 Comments:
mais que queimar pontes, o mais difícil é construí-las.
Falta-me fazer esse telefona. E anda-me aqui atravesado...
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