Mais daqui.
Pois é. Cada vez gosto mais disto. Porque estou bem, vivo bem. Estudo, aprendo muito, faço uns freelas levezinhos, não ando mesmo nada escravizada e muito menos anestesiada pelo peso das obrigações. Sou uma privilegiada e estou a aproveitar ao máximo.
Passo imenso tempo comigo mesma, a conhecer-me, a aperceber-me daquilo que quero fazer e daquilo que não quero. Dito isto, é quase difícil estar sózinha. Moro com duas malucas impecáveis, a casa está super agradável (é-me difícil escrever este post porque elas estão a falar comigo), e as amizades, dentro e fora da casa, fortalecem-se.
Há sempre coisas para fazer, mesmo quando não há planos de nada. Há sempre alguém que liga, alguém que menciona alguma coisa, algum sítio para ir, uma exposição para ver, um ciclo de cinema, uma performance de dança ou um concerto. E tudo isto custa muito pouco dinheiro. Esta vida mosaico preenche mesmo a minha fome de itinerância.
Gosto mesmo muito da vida que tenho agora em Lisboa, mesmo que viva aqui no infame Martim Moniz, mesmo que haja drogados a injectarem-se na janela em frente à minha, mesmo que caminhe quase sempre pelo meio da estrada porque os passeios estão pejados de caca de cão. Na verdade, morar aqui na fronteira entre o castiço e o destituído, entre o estranho e o estrangeiro, é fascinante. É sempre diferente.
Vivo de coração aberto e todos os dias ele se preenche de algo novo. Às vezes é positivo, outras vezes custa, arde, chateia, mas depois fica tudo bem, melhor até.
Quando me afasto de Lisboa, sinto falta das pessoas daqui, sendo que conheço poucas pessoas que são mesmo de Lisboa. São de Coimbra, Marinha Grande, Évora, Algarve, Minho, Alemanha. Daí, talvez a comunhão de experiências. Ninguém é de cá, mas toda a gente cá vive, cá se arranja, cá se liberta da caixinha onde nasceu. E se re-inventa. A minha mãe sempre me disse que, se eu não existisse, teria de ser inventada. Que tal re-inventada, mamã?
Passo imenso tempo comigo mesma, a conhecer-me, a aperceber-me daquilo que quero fazer e daquilo que não quero. Dito isto, é quase difícil estar sózinha. Moro com duas malucas impecáveis, a casa está super agradável (é-me difícil escrever este post porque elas estão a falar comigo), e as amizades, dentro e fora da casa, fortalecem-se.
Há sempre coisas para fazer, mesmo quando não há planos de nada. Há sempre alguém que liga, alguém que menciona alguma coisa, algum sítio para ir, uma exposição para ver, um ciclo de cinema, uma performance de dança ou um concerto. E tudo isto custa muito pouco dinheiro. Esta vida mosaico preenche mesmo a minha fome de itinerância.
Gosto mesmo muito da vida que tenho agora em Lisboa, mesmo que viva aqui no infame Martim Moniz, mesmo que haja drogados a injectarem-se na janela em frente à minha, mesmo que caminhe quase sempre pelo meio da estrada porque os passeios estão pejados de caca de cão. Na verdade, morar aqui na fronteira entre o castiço e o destituído, entre o estranho e o estrangeiro, é fascinante. É sempre diferente.
Vivo de coração aberto e todos os dias ele se preenche de algo novo. Às vezes é positivo, outras vezes custa, arde, chateia, mas depois fica tudo bem, melhor até.
Quando me afasto de Lisboa, sinto falta das pessoas daqui, sendo que conheço poucas pessoas que são mesmo de Lisboa. São de Coimbra, Marinha Grande, Évora, Algarve, Minho, Alemanha. Daí, talvez a comunhão de experiências. Ninguém é de cá, mas toda a gente cá vive, cá se arranja, cá se liberta da caixinha onde nasceu. E se re-inventa. A minha mãe sempre me disse que, se eu não existisse, teria de ser inventada. Que tal re-inventada, mamã?
8 Comments:
E melhoras o blog estando em Lisboa, parece-me.
Porque é que dizes isso?
Ao fim de quase 7 anos em Lisboa sinto e sei de cor todos os momentos e situações em que sai da caixinha e me imortalizei em sonhos e acções.
Não é fácil, mas é um caminho intenso e duro de precorrer! O melhor é que mesmo existindo alguma solidão inerente a ele os amigos (também eles no mesmo percurso) estão lá e fazem desta cidade a nossa segunda casa-mãe!
É mesmo assim, tal como tão bem descreveste!
E vale apena, tudo, tudo, tudo!
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Estás mais calma, menos irritadiça e com mais piada. Aquela "Conversa de Gajas" ali em baixo é o post do mês, nem resisti a linká-lo, lindo.
Esse post não é suposto ter uma piada especial. É coisa de rir para não chorar. :P
Este blog não melhora, este blog...hmm... acompanha. Se achas que está melhor, é porque eu estou melhor, e isso é simpático. Verdade seja dita que não lhe dedico tanto tempo quanto costumava.
Parece que é no silêncio que nos apercebemos da confusão que vai cá dentro. E, é morando em fronteiras que expandimos as nossas.
Looks nice! Awesome content. Good job guys.
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