O último dos primeiros.
Admito. Preciso de admitir e admito que tenho tendência sempre para o mesmo tipo de homem: moreno, giro, de olhos castanhos e com um ego descomunal. É verdade que gosto de homens com atitude, mas a tendência é admitir-lhes a atitude errada. A atitude deste meu tipo de homem é de grande confiança. Como são giros, eu sou garantida. Como são determinados, eu sou fácil. Como falam mais alto do que a razão, eu escuto-os. Como são líderes, eu sigo-os. Como não concordo com eles, começo a achar que estou errada. Como não me submeto durante muito tempo, a coisa dá para o torto.
Por esta altura, quem me lê já se apercebeu, pela descrição feita, que o erro da atitude não está, na verdade, nos homens que fazem o meu tipo. O erro está em mim.
Felizmente, a idade, a experiência, o calo no coração e a justiça universal já me mantêm a salvo destas criaturas.
Pela primeira vez, soube dar tempo ao tempo para que me mostrasse realmente como as coisas são.
Desta vez, admirei (e continuo a admirar) mas não endeusei. Senti-me atraída, mas não fascinada. Gostei, mas não me deixei seduzir. Desta vez, não projectei nada. Não me perdi no vapor da paixão assolapada, mas naveguei sempre à vista.
E mantive-me sempre segura, calma e confiante. E orientada, ainda que entregue aos mesmos elementos de sempre. Alarguei horizontes e conquistei um Novo Mundo (para manter a metáfora dos descobrimentos). E como é bom ter as vistas desimpedidas, como é bom entender os processos, como é bom ler a todas as distâncias! É bom ver as qualidades e ficar ciente das características boas e menos interessantes. E é melhor ainda entender e aceitar em vez de julgar e ressabiar.
E isto tudo sem deixar de amar, muito simplesmente e muito incondicionalmente, sem expectativas, nem apegos, nem reinvindicações egoístas. E tudo isto, sem perder aquele calorzinho que me aquece o coração e me impele a gostar, a cuidar, a olhar com carinho e a estar lá, quando é preciso e quando não é, também.
Por esta altura, quem me lê já se apercebeu, pela descrição feita, que o erro da atitude não está, na verdade, nos homens que fazem o meu tipo. O erro está em mim.
Felizmente, a idade, a experiência, o calo no coração e a justiça universal já me mantêm a salvo destas criaturas.
Pela primeira vez, soube dar tempo ao tempo para que me mostrasse realmente como as coisas são.
Desta vez, admirei (e continuo a admirar) mas não endeusei. Senti-me atraída, mas não fascinada. Gostei, mas não me deixei seduzir. Desta vez, não projectei nada. Não me perdi no vapor da paixão assolapada, mas naveguei sempre à vista.
E mantive-me sempre segura, calma e confiante. E orientada, ainda que entregue aos mesmos elementos de sempre. Alarguei horizontes e conquistei um Novo Mundo (para manter a metáfora dos descobrimentos). E como é bom ter as vistas desimpedidas, como é bom entender os processos, como é bom ler a todas as distâncias! É bom ver as qualidades e ficar ciente das características boas e menos interessantes. E é melhor ainda entender e aceitar em vez de julgar e ressabiar.
E isto tudo sem deixar de amar, muito simplesmente e muito incondicionalmente, sem expectativas, nem apegos, nem reinvindicações egoístas. E tudo isto, sem perder aquele calorzinho que me aquece o coração e me impele a gostar, a cuidar, a olhar com carinho e a estar lá, quando é preciso e quando não é, também.
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