quinta-feira, outubro 13, 2011

Um passo de cada vez.

Quando nos pomos a caminho, nunca imaginamos quão longo será esse caminho. Na nossa ideia será sempre curto e breve, mesmo que seja longo e demorado. Queremos a via rápida, o veículo mais rápido, o teletransporte, se possível fosse.
Contudo, o caminho é para se fazer. É para se apreciar, cada pedrinha, cada buraco, cada pingo de chuva e lama, cada flor que quase escapa ao olhar. O caminho, ainda que canse, é feito para descansar, para parar, para pensar. O caminho cresce connosco, muda de direcção connosco. O caminho somos nós que o fazemos.
O caminho tem sempre saída, e ainda que seja de fuga, só nos leva de volta a nós mesmos.
Não devemos evitar encetar o caminho, ainda que tenhamos medo, ou preguiça.
Depois de algum tempo no caminho, mesmo que o corpo doa, que a mente desespere, que os pés fiquem em ferida, tudo passa. Tudo passa. A paisagem passa, os dias passam, as emoções passam, as núvens passam, e o frio e o chão duro abrem alas ao caminhante fortalecido, de pés calejados e alma lavada. Com o sentimento que buscava, o destino lá se aproxima.
E, depois, um novo caminho se abre. Um passo de cada vez.