Doido #3
Sabes que mais? Não acredito em ti.
És um fantoche, um armante, um actor quase competente. Falas, falas, falas, acertas em muita coisa, mas há algo que destoa. Não sei o que é, não compreendo porque tem de ser assim, mas impede-me de te celebrar. Ris-te à pressão das minhas piadas, transbordando de inveja porque sou eu que as digo, facto que faz delas ameaças. E ris como quem tem medo de não rir.
Não te entendo. Tão inteligente que és, tão elegante todos os dias, mas tão rasteiro e inseguro, tentas esconder que foste e serás sempre um puto de bairro, hoje arrivista e maquilhado.
Não te compro, não te levo, tolero-te, e depois deixo-te. Esquivo-me por entre as gotas da tua chuva, desejando que fossem uma torrente que me carregasse para um sítio mais real, mais honesto, mais simples, uma praia, um novo areal. Assim como assim, tentas afogar-me no teu lamaçal, chafurdar comigo e chamar-lhe brincadeira, ver se luto, se te respondo, se me incomodo com a sujeira. Se há lama, eu fundo-me com ela, aceito-lhe a natureza e deixo-me escorregar. Não resisto, vou deslizando, desprezando os teus arremessos. Logo, logo, neste lamaçal, muito ou pouco há-de chover, e tudo isto há-de escorrer de volta para o mar.
És um fantoche, um armante, um actor quase competente. Falas, falas, falas, acertas em muita coisa, mas há algo que destoa. Não sei o que é, não compreendo porque tem de ser assim, mas impede-me de te celebrar. Ris-te à pressão das minhas piadas, transbordando de inveja porque sou eu que as digo, facto que faz delas ameaças. E ris como quem tem medo de não rir.
Não te entendo. Tão inteligente que és, tão elegante todos os dias, mas tão rasteiro e inseguro, tentas esconder que foste e serás sempre um puto de bairro, hoje arrivista e maquilhado.
Não te compro, não te levo, tolero-te, e depois deixo-te. Esquivo-me por entre as gotas da tua chuva, desejando que fossem uma torrente que me carregasse para um sítio mais real, mais honesto, mais simples, uma praia, um novo areal. Assim como assim, tentas afogar-me no teu lamaçal, chafurdar comigo e chamar-lhe brincadeira, ver se luto, se te respondo, se me incomodo com a sujeira. Se há lama, eu fundo-me com ela, aceito-lhe a natureza e deixo-me escorregar. Não resisto, vou deslizando, desprezando os teus arremessos. Logo, logo, neste lamaçal, muito ou pouco há-de chover, e tudo isto há-de escorrer de volta para o mar.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home