Personagem do meu blog.
Ela deixou de escrever porque havia demasiada gente a lê-la. Ele parou com o blog porque já lhe parecia mais uma rubrica de posts pedidos do que um prazer pessoal. Eu tenho toda a gente a ler-me: amigos, inimigos, familiares, conhecidos, desconhecidos, interessados, distraídos, acidentais, fiés e viciados. Por vezes, só não tenho quem eu desejava que me lesse, mas, esses, é porque não estão preparados. Eu não quero parar de escrever neste blog nem que a blogosfera expluda. Escrevo sobre o que sinto, o que penso, e até me divirto a expor uma intimidade que, acreditem, é uma ilusão vossa. Graças aos filtros de percepção de quem me lê, sou apenas uma personagem do meu blog. É assim uma coisa como andar nua na rua. Quanto mais despidos estivermos, menos nos olham, e muito menos, nos vêem. Por isso, escreva eu o que escrever, esta é apenas uma tela branca em que o mundo se projecta.
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