Home and away.
Tenho sentido mesmo falta de casa. Não digo só a casa cujos cantos conheço a qualquer hora do dia e da madrugada, independentemente do nível de alcoolémia com que chego, e que navego de olhos fechados sem derrubar os bibelots de loiça que a mamã coleccionou nas três décadas da minha existência. Não digo a casa onde disputo o meu leg room na cama com as duas cadelas, nem aquela onde tenho sempre estacionamento à porta, isto se optar por não meter o carro na garagem.
Em Lisboa, sinto falta do café de bairro e das conversas de sempre. Não, não é do café no Bairro, mas aquele cafébarraconfeitariabarraponto-de-encontro de toda a gente, onde um café custa €0.50, que toda a gente conhece, onde toda a gente pára quase todos os dias, e onde toda a gente sabe o teu nome [inserir jingle Cheers aqui] e ri-se das piadas que contas só com metade das palavras e o resto com olhares.
Lisboa é grande e toda a gente mora longe. Quem não mora na cidade, foge dela como o diabo da cruz, se não for para vir trabalhar ou para vir ao Bairro à sexta e sábado. Quem mora na cidade, nem é de cá e não sabe bem onde se encontrar, além de que metade dos fins de semana são passados na terra (pudera!). Este pessoal, para se encontrar, precisa de uma estratégica de locomoção: tiro carro do estacionamento ou não? terei estacionamento lá? paga-se parque? é longe? vou-me perder? vale a pena a gasolina? há metro para lá? a que horas volto? e depois terei estacionamento perto de casa outra vez ou vou ter de estacionar no car...valho mais antigo? e onde é fica mesmo? há por aí um mapa ou vou ver à net? mas será que está aberto? E era para fazer o quê, mesmo?
Com isto tudo, " - esquece, vem cá jantar a casa e até crashas aí no sofá que fica mais fácil. Ah, não podes, ya, também tou a perder a pica. Fico em casa hoje, vemo-nos noutro dia."
E depois passam os dias. E os nicks na net substituem os olhares e sorrisos e vozes das pessoas, e isso farta e chateia, e faz-me sentir muito sózinha.
Além de tudo isto, Lisboa cansa muito e obriga mesmo a recolher. A mim, faz-me dormir mais cedo.
Ontem comprei uma televisão e meti-a no meu quarto. Agora já posso ter o dr. House todo só para mim.
Em Lisboa, sinto falta do café de bairro e das conversas de sempre. Não, não é do café no Bairro, mas aquele cafébarraconfeitariabarraponto-de-encontro de toda a gente, onde um café custa €0.50, que toda a gente conhece, onde toda a gente pára quase todos os dias, e onde toda a gente sabe o teu nome [inserir jingle Cheers aqui] e ri-se das piadas que contas só com metade das palavras e o resto com olhares.
Lisboa é grande e toda a gente mora longe. Quem não mora na cidade, foge dela como o diabo da cruz, se não for para vir trabalhar ou para vir ao Bairro à sexta e sábado. Quem mora na cidade, nem é de cá e não sabe bem onde se encontrar, além de que metade dos fins de semana são passados na terra (pudera!). Este pessoal, para se encontrar, precisa de uma estratégica de locomoção: tiro carro do estacionamento ou não? terei estacionamento lá? paga-se parque? é longe? vou-me perder? vale a pena a gasolina? há metro para lá? a que horas volto? e depois terei estacionamento perto de casa outra vez ou vou ter de estacionar no car...valho mais antigo? e onde é fica mesmo? há por aí um mapa ou vou ver à net? mas será que está aberto? E era para fazer o quê, mesmo?
Com isto tudo, " - esquece, vem cá jantar a casa e até crashas aí no sofá que fica mais fácil. Ah, não podes, ya, também tou a perder a pica. Fico em casa hoje, vemo-nos noutro dia."
E depois passam os dias. E os nicks na net substituem os olhares e sorrisos e vozes das pessoas, e isso farta e chateia, e faz-me sentir muito sózinha.
Além de tudo isto, Lisboa cansa muito e obriga mesmo a recolher. A mim, faz-me dormir mais cedo.
Ontem comprei uma televisão e meti-a no meu quarto. Agora já posso ter o dr. House todo só para mim.
4 Comments:
Inda qui longi, eu penso em tu e uma vez qui tô quasi voltando, chega di basófia e vamo mais é marcar um cafézão!
Já perdi 2 episódios do Dr.House e muitos dos teus dias! :)))
BeijOs com saudádi!
Cartólina mia nêga lindja. Tu vê si tu mi vorta daí, morena tá mi óvindo, e é já, num sabe? Mió ainda, é si tu mandar chamá eu pra encontrá ocê onde ocê tiver!
Vivo em lisboa e acho que a tua descrisão do que é tentar sair com os amigos está perfeita, "fazemos como?, vamos como?, onde vamos?, e o carro?, e o transito? e olha...fica para a proxima!" :S
esta gente é complicada (eu incluída).
Era mesmo o que faltava, o House é meu!
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