sábado, janeiro 05, 2008

Não encosto às boxes.

Eu não vou deixar a Capoeira.
Ainda que um dia possa decidir não mais jogar na roda, nunca, mas nunca, vou deixar a Capoeira. Não posso, não dá, existe, está dentro de mim. Eu já estou longe daqueles que me ensinaram a Capoeira há dois anos, e cada dia que passa, a Capoeira que me ensinaram está mais forte e faz mais sentido que nunca, mesmo que treine com outras pessoas que têm as suas próprias visões e formas de estar na Capoeira, com as quais eu pouco me identifico, mas com quem partilho um terreno comum precioso que é a própria Capoeira.

Eu escolhi fazer a cirurgia porque quero continuar a treinar. Seja o que for: capoeira, ténis, yoga, pilates, tai chi, rugby, damas, xadrês, tricot e exploração lunar se assim o escolher. Quero poder dançar toda a noite na discoteca sem o joelho começar a falhar de cansaço. Quero poder patinar em pistas de gelo. Quero poder subir montes e descer rios. Quero viver normalmente. Não quero sentir-me limitada, quando a limitação não é intransponível. E não sou teimosa, nem irresponsável, nem inconsciente. Sou eu. E mereço ser tão eu quanto puder ser pelo tempo que puder ser. Não vou encostar-me e ver a vida passar-me ao lado porque um dia me magoei a jogar Capoeira, especialmente porque podia ter sido a fazer outra coisa qualquer.
Será que é tão difícil de entender? E de apoiar?

1 Comments:

Blogger pu pu pi tu said...

TU mereces ser TU.
Eu apoio-te!
Como poderia não o fazer?

sábado, 05 janeiro, 2008  

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