domingo, dezembro 07, 2008

Ele não estava lá.

Esta semana fui ao Jantar do Holmes Place. Fui por curiosidade, porque aprendi com a experiência que ir é sempre melhor do que ficar a imaginar. Pois, eu tinha curiosidade. Aliás, fascina-me a vida dos seres que polulam pelo Holmes Place. Desde os administradores que se esforçam por disfarçar o modelo de gestão ganancioso, até aos PT's recém-formados das Faculdades de Educação Física e que quase pagam para ter o Holmes no currículo. Gosto de apreciar as pessoas nos momentos em que se comportam da forma mais invisível. Quando estão lá e não querem que ninguém as veja, sendo que vão para não se sentirem sós, para ficarem mais atraentes, para serem mais aceites. O jantar foi sui generis, sem ser, de todo, surpreendente. Gente só, muita gente só, à parte dos funcionários do Holmes que lá estavam uns com os outros como colegas, divertidos.
À mesa, algumas pessoas comportavam-se como se estivessem o balneários: bom dia, boa tarde, boa noite, vou fazer aquilo que se espera de mim, se não me virem também está bem, se falarem para mim eu respondo. Claro que destabilizei a minha mesa, só conversei com os homens e entornei o meu copo de vinho tinto na toalha branca só para que todos os cavalheiros me disponibilizassem os respectivos guardanapos para disfarçar a asneira. Senti-me deslocada toda a noite - só lá tinha ido, à parte da curiosidade, para ver se encontrava um senhor que, vim a saber, se encontrava de férias na romântica Itália (enfim...nada que dois copos de vinho não compensem), mas tive sempre vontade de fugir.
Havia um PT lindo, um misto de Adonis com Tarzan, que me olhava de fugida de vez em quando e que me dá a sensação de que me quer mesmo conhecer. Mas eu tenho medo. Aquilo é homem a mais em todos aspectos. Fugi, ignorei e até hoje mesmo, no ginásio, tendo-o visto duas vezes, continuo a lançar um charminho tímido, só pelo gozo, só porque é giro e porque sei que aquilo é lobo em cuja boca não cairei. De resto, entretanto, refugio-me nos dois celibatários baixinhos, gordos e carentes que foram a minha audiência no jantar e que esperam uma chamada minha e que insistem em tocar-me demasiado quando falam comigo, como se fossemos íntimos desde sempre.
E depois há o outro menino. Mas fujo também. É novinho demais.
O mundo anda tolo e eu também. Ainda assim, divirto-me entre os mortais.

1 Comments:

Blogger acidwaste said...

Ja' tive uma sensaçao parecida, num jantar da herbalife. Fui basicamente aliciado a ir por todas as razoes possiveis e imaginarias pelo meu tiu, que raramente me ve\conhece, mas cm na altura a minha area era psicologia e ele por qualquer razao jurava a pés juntos q eu estava em desporto.. (sclhr pq smp estive ligado a ele e hj ate' estou mm em desporto)la' fui. Foi muito parecido ao teu em tds os aspectos. " gente so' ".

quarta-feira, 10 dezembro, 2008  

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