Mau filme.
Ora bem, nestas coisas nunca há equilíbrio. Ou se está do lado dos bons, bonitos, enjoativos e injustiçados, ou se alinha com os feios, porcos, maus, mas muito mais excitantes. Ou se é atacado e defendido apenas no último segundo, ou se passa o filme todo a dar risadas maquiavélicas e a fazer maldades estonteantes, sabendo que o fim terá menos piada, mas que, pelo gozo que dá entretanto, vale a pena arriscar.
Quando se é a vítima, ainda que convicta, voluntária e com um super-poder oculto, isso é como uma opção que se toma, tipo, prontes, tá bem, vá lá, acerta aqui que é onde doi para eu poder fazer o meu número de queda aparatosa, vá... despacha lá isso, espeta a farpa para eu te dar o troco-surpresa. Se a coisa correr bem, há estrelinhas no céu, foguetes e champagne. Se não, há sempre o vilão pronto a apanhar com as culpas e os ressabiamentos e a justiça divina. Sai-se um bocado amassado, mas nunca há mortos nem feridos muito graves. O problema é quando estamos do outro lado da barricada. Quando alguém nos oferece o pescoço e aponta a jugular. Aqui, ó. E a saliva escorre e o raciocício se tolhe perante a tentação do pecado. Sugar mais um ou deixá-lo ir incólume? Fazer o que nos fizeram a nós e nos tornou na aberração presente, ou resistir e deixar que o mal morra connosco? Ora, um vilão com consciência nunca faz grande história... O melhor mesmo é devolver o bilhete.
(O argumento deste post perdeu-se a meio e não voltou a ser encontrado. Não faz mal. Fiquem-se pela figurinha. É demais!!...)
2 Comments:
Gosto particularmente do See it with someone you hate. Genial. :oD
E obriga-o(a) a pagar o bilhete e as pipocas!!!
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