domingo, abril 30, 2006

A minha vez.

Há muito tempo que não discutia a sério com ninguém. Discutir mesmo, levantar a voz, batalhar argumentos, entrar a matar com as palavras, rebater argumentos alheios como se fossem pancadas de ténis. Aconteceu e foi libertador.
Há tempo a mais que ando a gerir relações, ambientes, susceptibilidades dos outros. Também não sou pessoa de se incomodar demasiado com assuntos menores. Quando alguém vem para cima de mim discutir, mais depressa viro as costas do que fico para apanhar com o ressabiamento alheio. Isso acontece quanto mais eu me estiver a cagar para a pessoa.
Discutir mesmo, discuto com os meus amigos. Discuto com quem gosto. Discuto com quem sei que gosta de mim e, desejo eu, tem poder de encaixe para perceber que preciso de soltar algum vapor. Geralmente tenho razão no que digo. Geralmente concedo quando têm razão no que dizem. Geralmente é porque sou o saco de pancada e o muro de lamentações diário do pessoal que, quando eu preciso, nunca está propriamente preparado para ver a Sílvia, normalmente tão calma, tão para cima, tão aparentemente boa conselheira, perder as estribeiras e mostrar o lado lunar. É um choque para eles e uma libertação para mim. Eles libertam durante o tempo que for preciso, enquanto que eu acumulo e depois expludo. São abordagens diferentes mas ambas válidas, e ambas merecem uma atenção recíproca.
Na realidade, quando discuto nunca é por assuntos sérios. Assuntos sérios conversam-se com calma. Discutir, berrar, mandar bojardos e car...lhadas é para desabafar. E isso só mesmo com os amigos, repito.
Por isso, deixem-me falar tudo até ao fim, que eu já vos volto a dar toda a atenção do mundo. Eu também mereço.

3 Comments:

Blogger Rosmaninho said...

Bem, o teu estado é tal q puseste acento no nome, mulher!

segunda-feira, 01 maio, 2006  
Blogger cassandra said...

hehehe, sua distraída! mas mereces momentos desses, todos merecemos de vez em quando ;)

quarta-feira, 03 maio, 2006  
Blogger S. said...

:P

quinta-feira, 04 maio, 2006  

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