Silvia Sem Filtro #11
Escrevo-vos da minha rede brasileira. Sim, cá em casa, agora, temos uma rede brasileira devidamente instalada na nossa ensolarada varanda com vista sobre o Castelo, o Cristo-Rei, a Lisnave e o Martim Moniz. Isto, à noite, é bonito. É, sim senhor.
Estamos em Abril ( já são 25 e a Revolução pouco me diz, para além de me recordar a minha futura idade). Este tempo, este relento temperado a altas horas da madrugada só acontece no Porto em Julho, Agosto e patati patatá... aproveito e tal, mas não é nada disto que quero escrever.
Não estou particularmente feliz, nem animada. Estou uma pontinha triste. Não me apetece ser social. Na verdade, só me apetece ficar na minha bolha e nem sequer dispensar um sorrisinho que seja, mesmo que sorriam para mim. Também não quero que me perguntem o que tenho. Não tenho respostas para dar, ainda que as tenha para mim. Quero ficar quieta, eu e o meu vício do computador.
Hoje, definitivamente, não estou boa companhia. Não me apetece dizer que gosto de filmes, quais e porquê. Não me apetece discutir fotografia, banda sonora e jamais fixo o nome de um qualquer realizador. A conversa lá dentro está animada, mas eu prefiro estar cá fora. Porque estou muito dentro de mim e não me apetece sair.
Porque me apetece agarrar quem não posso, não devo e não quero (aha!) e porque não me deixo prender por quem me quer, e quem devia. E porque dou abébias a quem não sabe o que fazer com elas (francamente, eu também não). Porque existe uma pressão que não solicitei, mas à qual não consigo ficar indiferente. Porque desiludir as pessoas me magoa. Porque há pessoas que me desiludem e isso fere-me. Porque me disperso, porque me escondo, porque não me afirmo, porque pareço a melhor do mundo, e, na verdade, sou uma bela merda... Continuo a mesma borboletinha de sempre. Toco todas as flores e não me fixo em nenhuma. Se me tocam, desfazem-me.
Se me tocam, desfaço-me.
Estamos em Abril ( já são 25 e a Revolução pouco me diz, para além de me recordar a minha futura idade). Este tempo, este relento temperado a altas horas da madrugada só acontece no Porto em Julho, Agosto e patati patatá... aproveito e tal, mas não é nada disto que quero escrever.
Não estou particularmente feliz, nem animada. Estou uma pontinha triste. Não me apetece ser social. Na verdade, só me apetece ficar na minha bolha e nem sequer dispensar um sorrisinho que seja, mesmo que sorriam para mim. Também não quero que me perguntem o que tenho. Não tenho respostas para dar, ainda que as tenha para mim. Quero ficar quieta, eu e o meu vício do computador.
Hoje, definitivamente, não estou boa companhia. Não me apetece dizer que gosto de filmes, quais e porquê. Não me apetece discutir fotografia, banda sonora e jamais fixo o nome de um qualquer realizador. A conversa lá dentro está animada, mas eu prefiro estar cá fora. Porque estou muito dentro de mim e não me apetece sair.
Porque me apetece agarrar quem não posso, não devo e não quero (aha!) e porque não me deixo prender por quem me quer, e quem devia. E porque dou abébias a quem não sabe o que fazer com elas (francamente, eu também não). Porque existe uma pressão que não solicitei, mas à qual não consigo ficar indiferente. Porque desiludir as pessoas me magoa. Porque há pessoas que me desiludem e isso fere-me. Porque me disperso, porque me escondo, porque não me afirmo, porque pareço a melhor do mundo, e, na verdade, sou uma bela merda... Continuo a mesma borboletinha de sempre. Toco todas as flores e não me fixo em nenhuma. Se me tocam, desfazem-me.
Se me tocam, desfaço-me.
14 Comments:
Podia dizer que precisas disto ou daquilo, ou que não ligues que isso passa... Mas às vezes não queremos que passe ou é preciso que passem por nós dias assim. Crescemos, sabes, e acabamos por perceber que o importante somos nós. Mas não te feches demasiado na tua varanda, como eu o fiz, ou corres o risco de a porta emperrar. Li-te quando cheguei, lá para as 4 da manhã, e agora já é de dia e está sol. Tudo muda, basta não desesperar.
Porque que te diz pouco o 25 de Abril?
Aproveita e vai à Avenida da Liberdade, vais ver que é divertido e uma experiência diferente. Mesmo que não gostes.
uau! acabei de "me ler". estou exactamente igual. o último parágrafo poderia ter saído de mim tb.
há dias assim, onde por mais que todos á nossa volta puxem por nós, só queremos ficar encolhidos no nosso cantinho sem ninguém a chatear.
Quando nos sentimos a pior pessoas do mundo e não sabemos como remediar as coisas. Ou melhor que remediar, mudá-las.
O bom é que os dias não param e há-de sempre retornar a boa disposição. :)
Fg, desculpa, mas discussões politicas é última coisa que me apetece agora, aliás, não apetece de todo.
Anónimo, ainda bem que te reviste no post. Tenho esse condão de por por palavras aquilo que toda a gente também sente. Somos todos diferentes, mas muito iguais. Tão iguais que precisamos de um nome que nos distinga. Não te esqueças de assinar pra proxima, ok?
:) Obrigada.
Desculpe a intromissão, mas queria dizer apenas que agora percebo algumas coisas que se passaram neste blog. Coisas que tenho vindo a observar calado porque não me dizem respeito. O blog é seu, tem todo o direito de exprimir os seus sentimentos e opiniões mas permita-me também fazê-lo (só desta vez). Neste post, fez uma pequena alusão à revolução.. Gostaria de saber as suas razões, mas como não lhe apetece "discussões políticas" permita-me apenas referir que se a revolução não lhe diz muito, já compreendo o seu voto no prof. Cavaco Silva e já compreendo a razão pela qual "expulsa" as pessoas que discordam consigo, como aconteceu com o Sr. Explícito.
Quando acciona a opção dos comentários permite aos leitores do seu blog emitirem a sua opinião sobre os seus posts. Essas opiniões não têm de ser sempre igual à sua...
Desculpe o desabafo, afinal o blog é seu e faz o que acha melhor.
Devo frisar que estou apenas a dar a minha opinião...
Peço, mais uma vez, desculpa pela intromissão.
e quem fala assim não é gago!
Não te conheço, admito. Vi-te três ou quatro vezes e troquei meia-dúzia de banalidades contigo nessas ocasiões. Mas, do meu cantinho, observei-te e ouvi-te discorrer sobre tudo e mais alguma coisa. Vi-te rir de ti e dos outros. Vi-te pensar, coisa que a maior parte das pessoas evita fazer. Não posso, portanto, concordar com o detalhe "sou uma merda". Quanto ao resto não sei.
agarra quem não podes... beija quem não deves... o mundo é teu e ninguém é de ninguém!! caga nas pressões e sê quem és... deixa-te ir... vive o momento por mais efémero que seja... a vida sorri atrás de quem menos se espera e se a pessoa não é quem deve também não se pode contrariar :) estou feliz, simplesmente porque sim... porque o amor surge de repente e devemos agarra-lo... beijo gaja!!!!
Sr. Pedro Real, devia ter mantido esse seu silêncio porque só disse asneiras. Não, não lhe digo isto de maneira mais diplomática porque, francamente, não me apetece.
Digo-lhe apenas que, caso não tenha observado isso nas suas leituras, a maior parte das coisas que escrevo neste blogue são multíplices em significado, são escritas no momento e valem apenas a duração de um post. Podem até nem passar de provocações à blogosfera, de apetites, de estados de espírito e very private jokes. Cada um interpreta como bem entende e dependendo do lado para que dorme melhor. Confesso que me espantam algumas das interpretações que alguns dos comentadores fazem dos conteúdos que publico, mas garanto-lhe que quando as fazem por bem eu jamais as apago. Depois há personagens como o Sr. Explícito que me transmite uma tacanhez de espírito tão grande (semelhante à sua) que me faz querer apagá-lo. E apago sempre que me apetece. Porque posso, tal como poderia não aceitar de todo comentários ou então exercer a moderação dos mesmos.
Caro sr, o que mais lhe digo é que fique-se então com a sua opinião, que não passa disso, e que, diferindo da minha (muito mais informada quanto à orientação deste blog), foi aceite e não será apagada porque não me apetece.
Cara senhora, gostei da sua resposta porque fez com que o meu comentário anterior fizesse todo o sentido.
Como não lhe dei palmadinhas nas costas e fui directo, ao ponto de a criticar, a resposta está à vista...
Uma coisa que o senhor ainda não entendeu é que este blog tem bom ambiente. As pessoas que cá vêm, vêm por bem e sentem-se à vontade.
O senhor e o seu alter ego Explícito vêm para chatear, provocar, apontar o dedo, tentar corrigir.
Escapa-me o porquê desse seu intento ou sequer o interesse.
Recordo-lhe que o blog de uma pessoa é como a sua casa. Ninguém gosta que venha gente a nossa casa insultar-nos, confrontar-nos e oferecer opiniões não solicitadas. Eu escrevo o que quiser no meu blog e ninguém tem nada com isso. Como lhe disse, quem comenta por bem, passa. Quem comenta por ressabiamento, eu convido a que saia. Gosto de zelar por um bom ambiente nem que seja na caixa dos comentários.
Sr. Pedro Real, faça um favor a nós os dois: abstenha-se de vir a este blog. Tenho a certeza que tem melhores formas de ocupar o seu tempo. As suas palavras aqui são em vão. Para quê insistir então? Procure quem o queira escutar.
Passe bem.
Obrigada, K.
;)
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