Chuva de suja tolos.
A chuva de Lisboa sabe mal.
Quer-se dizer, sabe bem vê-la cair, lá fora, a cântaros. Mas, quando quase nos afoga ao bater-nos na cara, entrando pelo nariz e pela boca ao mesmo tempo, não sabe mesmo nada bem. Sabe mal. Sabe a água suja. Eu sei.
Eu sei porque EU enfrentei o dilúvio. EU desviei-me dos sacos do lixo levados na enchurrada, EU enfrentei a torrente que descia a calçada, eu e as minhas botas de tecido e sola de esponja que não absorve, mas escorrega.
Por favor, não entendam este post como "mais um post em que ela manda vir com Lisboa". Não é. De todo. Eu gosto de Lisboa e gosto de chuva, só que, desta vez, não gostei da chuva que apanhei em Lisboa.
Este post é, sim, a expressão de uma preocupação resultante de uma constatação gravíssima, ou não andasse eu ali a apanhar com chuva ácida ou, pelo menos, carregadinha de metais pesados, restos de cagadela de pomba e fumo de escape. Sim, porque nem a terra molhada cheirava, nem fresca era. Cheirava a regurgito de bueiro e lavagem de excrementos humanos, e era morna como uma mijinha de S. Pedro. Só lhe faltava ser turva. É preocupante quando tamanha quantidade de agua vem de tão alto e já chega tão suja. Nunca fui daquelas pessoas que associam o tamanho da doença que vão apanhar à quantidade de chuva que lhes toca, mas desta vez, graças aos metais pesados, restos de cagadela de pomba e fumo de escape que me pareceu de(s)gustar, preocupei-me. Sempre me ri daquelas pessoas que, se cai uma chuva morrinha, acham logo que se vão constipar, se chove decentemente, isso garante-lhes uma gripe, e se descende um dilúvio, é pneumonia pela certa. Pois bem, seguindo o raciocínio dessa gente, hoje teria contraído qualquer coisa entre a gripe das aves e a tuberculose multi-resistente... Espero bem que não. Afinal, só mergulhei no Benformoso e vim à tona nas Olarias. Mais valia ter-me atirado ao Tejo.
E agora, perguntam vocês, "mas ó valha-te-deus-rapariga, porque é que não te abrigaste?", ao que respondo, "para ter matéria para um post". Vai buscare!
Quer-se dizer, sabe bem vê-la cair, lá fora, a cântaros. Mas, quando quase nos afoga ao bater-nos na cara, entrando pelo nariz e pela boca ao mesmo tempo, não sabe mesmo nada bem. Sabe mal. Sabe a água suja. Eu sei.
Eu sei porque EU enfrentei o dilúvio. EU desviei-me dos sacos do lixo levados na enchurrada, EU enfrentei a torrente que descia a calçada, eu e as minhas botas de tecido e sola de esponja que não absorve, mas escorrega.
Por favor, não entendam este post como "mais um post em que ela manda vir com Lisboa". Não é. De todo. Eu gosto de Lisboa e gosto de chuva, só que, desta vez, não gostei da chuva que apanhei em Lisboa.
Este post é, sim, a expressão de uma preocupação resultante de uma constatação gravíssima, ou não andasse eu ali a apanhar com chuva ácida ou, pelo menos, carregadinha de metais pesados, restos de cagadela de pomba e fumo de escape. Sim, porque nem a terra molhada cheirava, nem fresca era. Cheirava a regurgito de bueiro e lavagem de excrementos humanos, e era morna como uma mijinha de S. Pedro. Só lhe faltava ser turva. É preocupante quando tamanha quantidade de agua vem de tão alto e já chega tão suja. Nunca fui daquelas pessoas que associam o tamanho da doença que vão apanhar à quantidade de chuva que lhes toca, mas desta vez, graças aos metais pesados, restos de cagadela de pomba e fumo de escape que me pareceu de(s)gustar, preocupei-me. Sempre me ri daquelas pessoas que, se cai uma chuva morrinha, acham logo que se vão constipar, se chove decentemente, isso garante-lhes uma gripe, e se descende um dilúvio, é pneumonia pela certa. Pois bem, seguindo o raciocínio dessa gente, hoje teria contraído qualquer coisa entre a gripe das aves e a tuberculose multi-resistente... Espero bem que não. Afinal, só mergulhei no Benformoso e vim à tona nas Olarias. Mais valia ter-me atirado ao Tejo.
E agora, perguntam vocês, "mas ó valha-te-deus-rapariga, porque é que não te abrigaste?", ao que respondo, "para ter matéria para um post". Vai buscare!
8 Comments:
Já para já, e fazendo fé (tolice) naquela teoria de que a chuva resulta da água que evapora, fica com esta dúvida que para sempre te vai assaltar: em Lisboa chove água do rio Trancão...
Oh-Meu-Deus!!!...
Espero que a água do duche venha da nascente do Luso...
Eu aqui, nestas bandas do Norte, tb. apanhei, chuva. Eram 15h. Estava a caminho de casa. Vinha da Boavista e que cheirinho a terra molhada... . Comigo, ontem, foi assim!
Ora portanto.....
...és louca de todo!
Lindo! Adoro a forma como terminas, desde o mergulho no benformoso até ao ir buscar...!
*
Ahh...antes que me esqueça "acabou de GANHAR um fantástico...link no meu blog!!!"
Parabéns!eheh...gostei mesmo deste espaço!
C'o catano!:)
Olha que anda à chuva... molha-se!
bjs!
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