quinta-feira, julho 19, 2007

Diz o coxo para o manco.

Eu sempre afirmei que Lisboa era uma cidade que me agredia desde o momento em que saio a porta de casa, até ao momento em que volto a entrar. De muletas é muito pior. Se o piso já é mau para quem se aguenta bem nas pernas, para quem anda de muletas, o perigo redobra: passeios inexistentes, desnivelados ou com pedras soltas e cheios de "minas"; ruas esburacadas e íngremes, muitas vezes impossíveis de atravessar; portas não-automáticas nos edifícios públicos; pessoas sem noção do espaço e da presença das outras. E depois há os taxistas com alergia a corridas curtas...
E eu estou benzinho. Imagino a vida das pessoas com reais dificuldades de mobilidade. Que pesadelo*.
Com o carro, ainda me safo, mas mal. Com o joelho esquerdo fragilizado, andar de carro é um suplício: Lisboa obriga a muita caixa, muita embraiagem... e eu hoje constatei que não tenho a rapidez que seria preciso para não deixar o carro descair, ou até evitar que vá abaixo quando páro. Se fosse autoestrada, ou pouca caixa, não me importava, mas como é cidade e logo uma como Lisboa... rai's parta.


*ora aqui está uma oportunidade para as cidades pequenas, planas e bem cuidadas, para atraírem pessoas com dificuldades de mobilidade, oferecendo-lhes ruas sem obstáculos e igualdade de acessibilidade a todos os equipamentos urbanos...

2 Comments:

Blogger Piñacolada said...

olá silvia, tudo bem?

quinta-feira, 19 julho, 2007  
Blogger S. said...

Lê os posts que se seguem e tira as tuas conclusões. Digamos que, dado o presente estado de coisas, foram geradas fortes oportunidades de melhoria.
:P

quinta-feira, 19 julho, 2007  

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