The non-reality show ou a necessidade de cuspir na mão que te alimentou.
Tenho alguma dificuldade em compreender por que algumas pessoas têm a necessidade de ser agressivas, defensivas e intriguistas quando não há necessidade alguma de o fazerem. Não têm o seu território em perigo, não estão a ser colocadas em xeque e mal conhecem os sujeitos das suas intrigas. É como se perdessem numa novela da sua própria vida real, em que são protagonistas e narradores, argumentistas e espectadores ao mesmo tempo. Controlam tudo e pouco ou nada mais ganham com aquilo do que alguns minutos de diversão pessoal e o alheamento temporário das suas vidinhas vazias de outro conteúdo. Ao fim de uma série, tudo se esquece, nada daquilo era a sério. Excepto para quem teve dias menos bons ou teve de despender energia para se proteger desses ataques de ar quente. E são amizades que não se criam, e piadas que não se trocam e entreajudas que deixam de acontecer. E depois a vida é uma merda, e está tudo mal, e a culpa é do tempo.
Podia ser tudo tão diferente e tudo tão mais agradavelmente real...
Podia ser tudo tão diferente e tudo tão mais agradavelmente real...
8 Comments:
"Cheque/Xeque". Eu gosto de ser colocado em cheque, já não acho tanta graça ao Xeque.
Corrigido!
;)Pronto, já aprendi mais qualquer coisinha nova.
Normalmente o que nos chateia no outro existe também em nós...
E aquilo que temos dificuldade em compreender apenas nos afasta da evidência que existe matéria correspondente para ser transmutada.
Por acaso acho que o contexto em que ela se refere Xeque escreve-se com X, assim como em Xeque-Mate, e não Cheque-Mate. Mas não tenho a certeza se era esse o contexto.
Eu não me importo se se colocarem todos em cheque, desde que ele seja chorudo e passado em meu nome. Ah, e tenha cobertura, claro.
Marble, a propósito do teu comentário nº2:
-huh!?
O que quero dizer é que quando experimentamos dificuldades em compreender qualquer coisa referente ao outro isso pode indiciar um afastamento em relação a coisas que precisam de ser mudadas em nós, acima de tudo. Mudar o foco e as lentes com que nos observamos e como observamos o outro pode ser um principio para uma compreensão amplificada. Era isto que eu estava a dizer.
Bem-haja
e era tudo tão mais fácil... pelo menos mais pacífico :)
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