Eu sou mais Sílvia.
No sítio onde eu trabalho, há uma outra Sílvia. Como ela chegou primeiro e o segundo nome dela é mais feio que o meu segundo nome, ela manteve o direito a ser chamada pelo primeiro nome, e eu, para evitar confusões, passei a ser chamada pelo meu segundo. Nunca tal me tinha acontecido. Logo a mim que respondo tão bem pelo meu nome.
Mas, pronto, tá bem, seja. Pelo melhor funcionamento e o evitar de confusões.
Achei que eventualmente me habituaria.
Mas não me habituei.
E neste momento, já me faz "espéce".
Claro que, por vezes, sabe bem fazer orelhas moucas quando chamam por "Sílvia". Ali, não é para mim, não tenho nada a ver, não sou eu que vou à pedra, fico descansada no meu canto... Mas chateia-me. Porque reajo sempre e afinal não é para mim. É sempre falso alarme, o que me dá vontade de soltar os lobos. Incomoda-me mesmo. Sinto-me desconsiderada, diminuída, uma Sílvia de segunda classe, e isso não pode mesmo ser.
Aprendi que não voltarei a prescindir de algo tão basilar como o próprio nome próprio (daí ser próprio, duh!).
Também não gosto de alcunhas, e pelo segundo nome, ou pela combinação dos dois nomes próprios, só mesmo a minha mãe me pode chamar.
Mas, pronto, tá bem, seja. Pelo melhor funcionamento e o evitar de confusões.
Achei que eventualmente me habituaria.
Mas não me habituei.
E neste momento, já me faz "espéce".
Claro que, por vezes, sabe bem fazer orelhas moucas quando chamam por "Sílvia". Ali, não é para mim, não tenho nada a ver, não sou eu que vou à pedra, fico descansada no meu canto... Mas chateia-me. Porque reajo sempre e afinal não é para mim. É sempre falso alarme, o que me dá vontade de soltar os lobos. Incomoda-me mesmo. Sinto-me desconsiderada, diminuída, uma Sílvia de segunda classe, e isso não pode mesmo ser.
Aprendi que não voltarei a prescindir de algo tão basilar como o próprio nome próprio (daí ser próprio, duh!).
Também não gosto de alcunhas, e pelo segundo nome, ou pela combinação dos dois nomes próprios, só mesmo a minha mãe me pode chamar.
10 Comments:
Compreendo-te bem, também sou Sílvia e há outra aqui onde trabalho, mas apesar de ter chegado em último lugar os meus colegas tratam-me por Sissi, que não desgosto :)
Onde é que eu assin? :)
Pois aqui também há outra Eduarda, pior, o meu director criativo é Eduardo!
Este mundo está cheio deles...fogo...como é possível?!?! São como cogumelos - Eduardos e Eduardas.
Enfim...
Beijo
:: duda ::
Isso é uma grosseria e um racismo só pq vc é do Porto. Quem é brasileiro sabe muito bem que isso é grosseria e inveja o que estão a fazer com vc no seu emprego.
Sou solidário consigo. mande todos tomarem no cú!!!
Edie Falco
Edie!! Então este verão? Tiveste boas férias?
Já agora, qual é o teu segundo nome? :))
Beijo (ainda com cheiro a férias!!)
Beta
Para ti, Semfiltro. ;)
Férias?... eu?... O meu nome é trabalho. Ora toma um comentário do Mestre, muito oportuno, que eu retirei do off the record (ler de trás para diante):
Enquanto isso, o que o mercado discute é que a Worten saiu da mccann... fulano é um idiota... sicrano é não sei quê... uma cambada de miúdos mal criados e egoístas, que só olham pro umbigo e não percebem népias da profissão. Quando chegarem aos 30 estão fora da publicidade e mudam de profissão pois enquanto eram publicitários não evoluiram nada e não fizeram nada para melhorar o que quer que seja. Então serão trocados por outros medíocres, mais baratos. Que mercado de merda!! Que profissionais de quinta categoria!!
O Mestre | 27-08-2007 18:21:21
FALTA RESPEITO PELO TELESPECTADOR, ENQUANTO ISTO CONTINUAR, VAMOS TER ESTA TV DE PAÍS AFRICANO QUE SOMOS OBRIGADOS A ENGOLIR.
O Mestre | 27-08-2007 18:15:08
Quem produz conteúdo para os media cá em Portugal odeia e despreza o que se convencionou chamar "povo", daí essas aberrações que andam aí nas Tvs. Assim, continuamos sempre a chafurdar na mediocridade. O mundo no século 21 e nós ainda na década de 50. E há publicitários que compactuam com isso. Só um criativo pato bravo e um account pato bravo para apresentar a um cliente pato bravo um trabalho daqueles. Um pato bravo realiza a cena, com as actrizes patas bravas, tudo para que o pato bravo do espectador veja e dê um arroto antes de dormir. Porca miséria!!!
O Mestre | 27-08-2007 18:12:34
Quando eu digo que o bicho cá em portugal é bruto, é que é mesmo. Hoje é dia de noitada. Estava ali jantando a minha telepiza e vendo a TV da agência e resolvi ver um pouco de uma novela da TVi, "deixa te amar" ou outra merda do género. Surge então uma cena com comercial embutido, coisa corriqueira nas novelas brasileiras. Aqui no caso, a marca era Wella. A personagem havia acabado de pintar o cabelo e aparece uma rapariga no quarto, e começam a conversar sobre o produto. Foi a cena mais tosca, mais pacóvia, mais estúpida que eu já vi na minha vida. Uma publicidade grosseira, sem o menor pudor, as actrizes parece que estavam num anúncio dos anos 50, até packshot com o produto apareceu!!! De um total desrespeito com o telespectador, uma grosseria sem tamanho que devia ser proibida e punida, por ser tão mal feita. O problema aqui em Portugal é que quem produz conteúdos para o público nutre um total desrespeito pelo consumidor, vê-se que tratam as pessoas como uma súcia de animais.
O Mestre | 27-08-2007 18:07:00
Falco, o Mestre tem razão no que diz, mas tá a precisar de férias para ver se descontrai um bocadinho.
Olha que eu vi uma cena dessas de publicidade na novela brasileira (também n sei o nome) em que uma moça entrava numa loja de cosmética e conversava com outra em frente a um expositor de tinta para cabelo. O assunto era a tinta pro cabelo, como era fantástica e deixava o cabelo sedoso e como era a unica marca que a moça usava e recomendava à amiga. E depois continuava em casa!!
Mais, nós portugueses, históricos consumidores de novelas da Globo, já conhecemos a imagem e todas as vantagens e simpatia do Banco Itaú, que nem sequer existe em Portugal.
E sabes, tudo o que fazemos nas novelas em Portugal, é imitado dos brasileiros, se não for realizado por brasileiros e produzido por brasileiros. O product placement descarado é o pão nosso de cada dia.
Os Morangos com Açúçar, coladinhos da Malhação, ou lá como se chamava no Brasil, são o pior exemplo disso. É marcas até dar com um pau.
O respeito pelo teleespectador não começa nem acaba no product placement, mas na qualidade dos textos e na pedagogia dos argumentos, que determinam a qualidade de uma série televisiva.
Há muitas oportunidades perdidas em termos da qualidade dos produtos televisivos. A bem ou a mal, a publicidade é que não deixa (nem deve deixar) escapar as oportunidades que existem. É a sua função.
Olá Sílvia
O Mestre pelos vistos já te respondeu:
"Exma. Sra. Dna. Sininho, se calhar não percebeu a minha crítica. Eu não sou contra o product placement. O que eu sou contra é o product placement grosseiro, com as próprias actrizes a gozar com a situação por tão estúpido e forçado que é o texto que as obrigam a debitar. Sou contra... o packshot descarado!!! a trama da novela é interrompida para entrar a gama de produtos por animação!!! Confesso que nunca vi isso em novelas brasileiras, americanas, mexicanas, não havia visto. O espectador não é parvo e sabe quando é alvo de product placement. Agora, fazer uma coisa FEIA e estar-se a marimbar para os cabrões que estão do outro lado do ecrã, é que não. É terceiro mundismo. É o deixa andar e o empurrar com a barriga que vemos em tudo neste país. Não há necessidade nem falta capital para fazer as coisas bem feitas. Então porque é que se faz mal feito? Não percebo."
Edie Falco
Vou dizer à Sininho para ir lá dizer ao Mestre que ele tem razão.
Enviar um comentário
<< Home