sexta-feira, setembro 14, 2007

Adeus Lisboa (até ao meu regresso).



21: 17
Há dias em que me sabe realmente bem deixar Lisboa para trás. Hoje é um deles. A 2ª Circular, pejada de carros, como sempre, às sete e meia da tarde, pareceu-me uma estrada para o paraíso. O pára-arranca marcava o compasso calmo da minha aproximação ao meu objectivo: Deixar Lisboa para trás.
Ainda fui estacionar o carro e jantar, antes de me sentar junto à linha de onde partiria o meu comboio ("meu comboio", digo-o com todo o carinho e gratidão por me levar a casa), quarenta minutos antes da partida. Já sinto a calma do Porto. Até as pessoas que aqui esperam pelo comboio já me parecem mais normais, mais serenas, como eu.

Nos últimos tempos, Lisboa tem sido uma perda de tempo atrás de outra, uma desilusão, ou a simples constatação do facto de que as pessoas em Lisboa são realmente diferentes das pessoas no país real. Crucifiquem-me, como de costume, por dizê-lo, mas até eu sou pior pessoa nesta cidade: sou mais fechada, mais desconfiada, menos generosa e muito menos divertida, do que quando estou com pessoas da minha terra. Basicamente, faço o jogo das pessoas que me rodeiam. Ou quase. Constato que há muitas palavras e pouca palavra, muita promessa e nenhuma vontade, uma sonsice instalada e sem escrúpulos, e uma grande falta de compromisso nas pessoas aqui em Lisboa. Ou sou eu que já não acredito no que me dizem, já não suporto os sorrisos abertos e promissores deste mundo e do outro vindos de pessoas que mal me conhecem.

21:24
Queria que o meu comboio chegasse. Quero descansar no comboio. Talvez ler uma revista, talvez ouvir rádio toda a viagem. Quero deixar para trás todas as desilusões que Lisboa me causa. Quero chegar a casa e abraçar a certeza da devoção canina. Quero dormir na minha cama, quero comer bem, com apetite e gosto. Em Lisboa, não me alimento. Como para não ter fome, mas raramente sinto o prazer de degustar uma refeição, um bolo, uma meia de leite realmente bem servida.
Ainda não desisti de Lisboa, mas não me sinto mesmo nada atraída por esta cidade. Acho-a um logro. Uma cidade feita de devaneios e ilusões e invejas e muito pouca humanidade. Há muita gente em Lisboa, mas as pessoas esquecem-se que o são. Correm como ratos sem saber muito bem para onde, sem sentir o chão, sem sentir o vento, a chuva, o ar puro, o sabor da comida. Daqui, tudo isso fica longe demais, e tem um preço, um estatuto, reside atrás de um obstáculo.
Lisboa cansa-me. É uma cidade estúpida de onde exala a mais profunda pequenez do português. Lisboa não é real. Almada é bem mais real do que Lisboa. Almada fica no País real. Santarém fica no país real. Mas Lisboa é uma fantochada. Uma cidade feita de promessas, de abandonos, de palavras ditas por não ditas, uma cidade falhada, oca.
Tenho direito a dizer tudo isto e estou-me perfeitamente a cagar para o que os lisboetas, se é que os há realmente, possam ter para dizer. Acreditem, estão equivocados.

21:33
Faltam 6 minutos. Vou guardar o computador e apanhar o comboio.

91 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Concordo, ainda que lisboeta emigrado.

sábado, 15 setembro, 2007  
Blogger SM said...

Acho que percebo a tua angustia ... percebo bem esse bichinho que nos vai roendo por dentro em cada dia que ficamos afastados do sitio que consideramos nosso ...

Sou de Lisboa e estou longe ... mto longe ... não imaginas como sinto a saudades dessa terra ... para mim Lisboa nunca vai ser como tu a descreves ... mas compreendo o que sentes ...

sábado, 15 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Escrito como uma verdadeira provinciana

sábado, 15 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

FDX... mas quando é que páras de ser tontinha????

sábado, 15 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Assinado como um perfeito cobarde.
Assina ou desaparece. Há, com certeza, outros blogs em que consigas ler algo com que concordes.

sábado, 15 setembro, 2007  
Blogger Sr. Jeremias said...

Lisboa irrita-me. Irrita-me que não veja gente de Lisboa. São todos de algures, seja lá onde isso for. Por lá andam, por lá passam, mas não são de lá. Tenho mesmo impressão que aquilo é uma cidade de ninguém. Mas isto é só uma opinião de quem só lá passou uns dias.
É dificil encontrar algo melhor que Coimbra, ou o Porto para ti.

sábado, 15 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Olá! Já há mt k ñ vinha ao teu blog. Lisboa ñ é a tua terra por isso a reação k tens é perfeitamente normal. Este ano ñ passei pelos problemas profissionais do com passado. Fikei onde keria.
Até...

domingo, 16 setembro, 2007  
Blogger Samantha said...

Como compreendo essa atitude...
Tenho em Lisboa tudo o que quero e tudo o que detesto.
A ansiedade da ida é imcomparável à magia de ouvir aquela voz dizer "próxima paragem: Porto - Campanhã".
:D

domingo, 16 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Lisboa é isso que escreves, compreendo que o sintas, mas não se esgota aí. Acima de tudo, não é fácil para quem não está habituado a estar cá, a quem não cresceu cá... mas podemos ser o que nós quisermos em Lisboa, podemos fazer os nossos roteiros com calma. Existe muito boa gente em Lisboa, é preciso acreditar nas pessoas. É uma cidade que não é de ninguém, mas onde toda a gente pode pertence. É aberta a quem vem de fora, mais do que aparenta ser. Mais do que o Porto, por exemplo. Em Lisboa podes beber Super Bock se quiseres. No Porto há sitios onde não se vende Sagres. Podes comer uma francesinha em Lisboa, apesar de serem muito melhores no Porto. No Porto nunca consegui comer caracoís. Não é uma fachada, não fingimos ser simpáticos só para manter uma tradição de hospitalidade. Nem toda a gente no Porto é verdadeira, isso é um produto que se vende, como outro qualquer. Não acho que os lisboetas sejam falsos. A pequenez do tuga encontra-se mais aqui porque há mais tugas aqui. Não é rude, pode ser calma se quiseres. Acredito que nós construímos a cidade que queremos. Mas para isso é preciso conhecer a cidade primeiro e deixar os ressentimentos. Não confundas as pessoas que conheces ou que te desiludiram com o resto das pessoas. Não é justo nem para ti nem para uma cidade que tem tanto para dar e mostrar. Eu sou lisboeta, também detesto esta merda por vezes, mas sei que estou em casa. Não é perfeita, o Porto não é perfeito, as pessoas são diferentes e por vezes não tenho paciência para a histeria das pessoas do Porto, sempre a dizerem que são do Norte e que lá é que fica o país real, que são melhores do que os mouros, etc. Mas não faz sentido dizer que as pessoas do Porto são todas assim. Somos diferentes, mas somos reais. Disso não tenhas dúvidas. Conhece primeiro a cidade, porque ela é muito maior do que podes imaginar, mas mantém a mente aberta, porque sem uma mente aberta nunca sairás do Porto.

domingo, 16 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Marble, estou há dois anos em Lisboa. Quanto mais tempo será necessário? E este não era um post a comparar o Porto com Lisboa. Podia ser, mas não era. Tenho a certeza absoluta que se eu fosse de outra terra qualquer que não o Porto, metade do teu comentário cairia por terra. Mas sabes, o local onde estamos condiciona a nossa maneira de ser, e os lisboetas são muito diferentes das pessoas que vivem noutras terras.
Só isso.
E sim, este post tem tudo a ver com as pessoas que conheço em Lisboa. Muitas pessoas boas, mais pessoas perdidas, algumas pessoas que eu preferia nunca ter conhecido, nunca ter sabido que era possível ser-se assim.
Eu tenho uma mente muito aberta, tão aberta que me permito escrever posts como este, mas ainda mais aberta para não escrever outros posts bem mais cândidos, bem mais contundentes porque já sei que seria mandada calar e de volta para a minha terra, justamente por aqueles que se arrogam uma mente aberta e cosmopolita como apenas se encontra em Lisboa. Portanto, mantenho a minha opinião e guardo-a para mim, qual pérolas que evito atirar a porcos.

Só mais uma coisa, Lisboa é uma cidade horrível para se viver. É uma cidade em que a qualidade de vida é tão escassa, ou tão cara, que torna todas as pessoas muito mais desesperadas, mais elitistas (para cima e para baixo na escala social) mais agressivas e mais defensivas. Mas é preciso vir de fora para reconhecer isto em Lisboa ou em qualquer outra cidade. Quem sempre cá viveu nem conhece melhor nem reconhece diferente.

Quem me dera a mim que os tugas que cá vivem conseguissem fazer de Lisboa uma cidade mais humana, mais bonita, mais para as pessoas. Lisboa é feita de remendos, de interesses, de soluções enjeitadas. Basta começar pela CM de Lisboa que não é uma autarquia, mas sim um trampolim para o poder. Lisboa é uma cidade abandonada e, disso, tenho realmente muita pena, porque, infelizmente e por enquanto, tenho que cá viver.

domingo, 16 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Mas alguma coisa deve haver nesta cidade que faz com que muita gente que a visita a defina como "esquisita".

domingo, 16 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Silvia, concordo com o que dizes, mas continuo a achar que ainda não encontraste a tua cidade no meio da cidade. Dois anos não é suficiente para o fazeres. Se quiseres podemos trocar roteiros, sitios onde se está bem, onde podes escapar ao bulicio da cidade, onde encontras a tal qualidade de vida de que falas e que é tão necessária a uma cidade. Quando comparei as duas cidades era só para ter um referencial, ou seja, nenhuma delas é perfeita, e tu que conheces melhor o Porto do que eu sabes isso. O meu argumento seria válido para qualquer pessoa vinda de qualquer sítio. Não quero que mudes de opinião, apenas de perspectiva. Ver tudo o que há de mau, porque isso é importante para salvaguardar a nossa sanidade mental, mas ver que apesar de toda a merda que existe aqui, existem outras coisas que também só se podem encontrar aqui, e que são boas, e já que moras aqui, porque não poder vê-las mais vezes? Se quiseres posso mostrar-te a minha cidade, os meus recantos, os meus sítios onde as pessoas são mesmo simpáticas e onde se percebe que esta é uma cidade real feita de pessoas reais. E concordo contigo quanto ao elitismo em Lisboa, ele existe, mas experimenta ir até Oeiras ou Cascais e vais achar que aqui a humildade é a regra. E sei isso porque vivo aqui. Não é preciso vir de fora para perceber isso. Lisboa é como uma mulher: rejeita aqueles que não estão dispostos a perpetuar-se nela, de a acarinhar e, acima de tudo, de partilhar a sua intimidade com ela. Partilha sem medo e vais ver que a cidade e a sua luz serão todas tuas.

Bom regresso à alfacelândia!

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

E sim, concordo em absoluto com a falta de respeito com que os autarcas sempre trataram esta cidade. Mas estamos a falar de pessoas sem escrupulos, e que acima de tudo, só pensam no seu próprio umbigo.

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sininho, Lisboa é uma pocilga miserável e os Lisboetas são do piorio que há em Portugal. Cidade administrativa é sempre assim. É por isso que vivo em Cascais. Se é para lidar com Lisboa, que seja a partir de uma província.

Mas eu sinceramente não percebo alguns portugueses. Emigrarem dentro do próprio país? Com Londres aqui tão perto? Pq não emigrar para Londres ou Paris? Ou Madrid!!!!
E ainda por cima o Porto é mais cidade, em todos os sentidos, que Lisboa.
Não percebo.

Edie Falco

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

silvia, já que vais morar aqui mais uns tempos, que tal um post com algumas propostas para mudar alguma coisa nesta cidade, coisas pequenas e que estejam ao alcance da vontade? deixo-te aqui o repto.


até já.

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Já escrevi antes sobre isso, mas mandaram-me calar. Basta dizer-te com começava com acabar com a calçada portuguesa especialmente em ruas inclinadas, a construção de passeios que comportassem, pelo menos a largura de uma cadeira de roda/carrinho de bebé, e o repavimento de Lisboa quase toda, incluindo as zonas históricas (onde moro). Depois temos o problema da sinalética - até para quem cá vive, dar com as saídas das vias rápidas e das lentas, agora, também, é uma experiência de tentativa e erro.
Depois temos aquela linha de comboio que separa o rio/beira-mar das pessoas e as avenidas que mais parecem autoestradas no meio da cidade...
Mais, o estacionamento em cima dos passeios, as portas não-automáticas de todos os centros comerciais de Lisboa, enfim. Acho que já há trabalhinho que chegue para muitos meses. Que tal?

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Gosto de te ler!

segunda-feira, 17 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

O António Costa começou com a tentar combater o estacionamento em segunda fila e nos passeios.
Acho que são medidas que fazem alguma diferença, principalmente a devolução do Tejo às pessoas, mas receio que em relação à linha do comboio pouco se possa fazer. Os passeios sempre foram um problema grande, desde o pessoal que não apanha a merda largada pelos seus cães até aos imensos buracos da calçada. Percebo que a calçada portuguesa não seja prática, mas acabar com ela é complicado. Eu sou adepto de outro tipo de calçada, mais económica e user friendly.A sinaléctica é outra coisa qque não percebo, nunca percebi. Mesmo as indicações em qualquer lado são tão escassas que eu não percebo como é que os turistas se orientam aqui. Obrigado pelas sugestões. É bom dialogar contigo. Agora outro repto? e coisas que nós possamos fazer enquanto habitantes desta cidade, por forma a ajudar na sua dinamização?

até já.

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Se os espaços públicos forem melhoradas, as ruas devolvidas às pessoas, e o preço do arrendamento/compra de propriedades em Lisboa trazido para um nível comportável, as pessoas voltam a habitar a cidade, logo: precisam menos do carro para virem da periferia para o centro, podem até usar meios alternativos (bicicleta), logo sentirem-se menos agredidas pelo ambiente da cidade, poluição e pelo ruido, e disfrutar mais dos jardins e esplanadas. Aí, haja lugar a artistas de rua, festivais de bairro, encontros vários. Quando se respira, vive-se.

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

right on! tenho saudades de ver a rua augusta cheia de pessoal a fazer cenas, por exemplo. É uma das cosas sinto falta cá, a animação de rua e afins...há uns anos eram muitas as pessoas que o faziam, mas agora ou estão velhas e instaladas ou então bazaram para outras paragens. é assim a vida, em bom português.


até já, silvia.

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Blogger S. said...

E mais árvores nas ruas e floreiras nos candeeiros e todos os espaços verdes arranjados e placas separadoras centrais ajardinadas e bonitas e, e, e, e...

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Lendo com atenção os comentários acima, concordo plenamente com a Marble, e discordo de mim...
A (ou "o", sei lá ) Marble disse tudo... concordo mesmo com cada linha.
Cada um faz a sua cidade... e a falta que sente de animação, etc, só se for mesmo de rua, pq em termos de eventos, Lx tem muita oferta.
O que acontece é que Lx é uma moura sedutora que não se entrega facilmente... a pessoa tem mesmo que gostar. Eu confesso que desisti, não gosto de Lx. Fui para Cascais, onde me sinto em casa. Acontece. Trabalhar em Lx não quer dizer que a pessoa tenha de viver em Lx.
E mais, o Bairro Alto é uma perda de tempo brutal.. é feio, sujo, mal, as pessoas que lá vão são perda de tempo, é uma miragem, um cliché para o qual já perdi a minha paciência há muito tempo. É bom para miúdos e para quem quer comprar droga, mas qualquer pessoa acima de 25 anos que insista no Bairro Alto só vai perder mesmo tempo.
Tem cenas porreiras em Lx. Está é uma cidade cheia de velhos, não se renovou.
Sininho, não espere demasiado de Lx... é para trabalhar e basta. Deixa fluir. Tens é que conhecer as pessoas certas. Admito que é difícil, a malta é muito ressabiada, desconfiada...

Edie Falco

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu só sei de uma coisa: como tu escreves bem!!! És mesmo boa!!
Devias partir para livros... tanto imbecil aí escrevendo livro, uma pessoa que escreve tão bem como tu, que tens uma escrita cativante, tu é que devias estar a escrever livros...

Um dia vou ter o prazer de te conhecer, pode estar certa.

Forçaí, rapariga.

Edie Falco

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

e pessoas de bom humor de manhã, a devolverem os bons dias, a dizerem bom dia, os funcionários públicos sem aquele ar de frete brutal, mais crianças a brincar nas ruas, mais bicicletas a andar, mais associações que se preocupem com as dinamicas dos próprios bairros, um presidente que queira só ser presidente da camara, mais poder para as juntas de freguesia para fazer politicas reaiss de proximidade, menos demolição de prédios históricos,tolerânia zero e atenção máxima aos barões do betão, mais comércio tradicional, lojas e cafés abertos aos domingos, mais acção e menos conversa( isto tem directamente a ver com aquilo que disseste dos lisboetas e que não podia estar mais perto da verdade), menos centros comerciais, mais música nas ruas, mais civismo das pessoas, menos lixo no chão( isso depende directamente de cada um de nós), mais espaços verdes constuídos de raiz nas zonas históricas, etc, etc...


até já!

PS: estou inspirado a fazer o que está ao meu alcance, apesar de ter muitas ideias, tenho de deixar de arranjar desculpas para as pôr em prática, como lisboeta de gema. Nem tudo é dificil de se fazer, apesar de haver muito boa que nem faz nem deixa fazer.

Obrigado Silvia

terça-feira, 18 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Bem!!! :D
Bom dia para vocês também!!!
:D

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu só não compreendo uma coisa ..se não gostas de lisboa e falas tanto mal disto..o que estás aqui a fazer? porque não ficas na tua bela cidade ou emigras para outro lado...tenho pena de ti..

João

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Blogger S. said...

João, eu é que tenho pena de ti.

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não me conheces, nem eu a ti mas, este teu texto foi lido por mim na hora certa...concordo, Lisboa é tudo isso que tu descreves, mas experimenta Cascais...e passarás a gostar um bocadinho que seja de Lisboa.
Eu também me sinto deslocada, mas são opções...temos que viver com elas.
E no regresso ao ninho, apreciamos cada detalhe com mais atenção e carinho. Acaba por ser bom.

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Blogger S. said...

:)

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Blogger Rosmaninho said...

Como eu te entendo (infelizmente).spirulina

quarta-feira, 19 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Vivi no Porto e ainda amo aquela cidade. Muito. Actualmente vivo em Lisboa. Casei com outra. Acontece! Tenho o meu coração dividido entre o norte e sul (sei que para muitos ler isto será quase uma heresia) e é com grande pena que vejo que nunca acabará esta troca pateta de argumentos, pouco racionais e muito apaixonados, entre as gentes de Lisboa e as gentes do Porto sobre o valor das suas respectivas cidades. Porque "Lisboa é assim", e o "Porto é assado" e "Lisboa não tem" e "no Porto é melhor".

O único facto inabalável e fundamentado que eu encontro capaz de motivar alguma conversa sobre o Porto e Lisboa, é que se tratam de duas cidades distintas e incomparáveis. Imagine-se o ridiculo que era compararmos Lisboa a Pequim ou o Porto a Nova Deli.

Porto e Lisboa são cidades diferentes do ponto de vista cultural, social e arquitectónico. Porto é uma cidade com metade do tamanho de Lisboa (41 quilómetros quadrados contra 83) e com metade da população (260 mil habitantes contra 564), e isso reflecte-se das mais variadas formas. Lisboa tem que ter avenidas grandes porque o parque automóvel é muito mais denso do que o do Porto (é o preço que têm de pagar as grandes cidades). O Porto tem efectivamente as ruas e as avenidas muito mais estreitas mas estou convencido que se a câmara tivesse por onde as alargar não hesitaria (há vezes em que o trânsito é tão desesperante quanto em Lisboa).

Lisboa é mais impessoal e fria, é verdade, mas vejam o ridiculo que era eu comparar Lisboa com a frieza de Nova Iorque, onde há tempos um empregado de escritório foi encontrado morto ao final de três dias no seu local de trabalho. O desgraçado trabalhava há oito anos na empresa e, no entanto, ninguém tinha dado por ele e nem os colegas sabiam o seu nome. Um amigo meu que veio de Milão este Verão disse-me: “Áh! isto é que é uma cidade. Não é nada confusa”. Ou seja, nós fazemos as apreciações conforme as realidades em que vivemos e às vezes não conseguimos fugir de um certo provincianismo. A verdade é esta. Em Portugal quase não há cidades como se vêem lá fora. Estive em Londres no início do ano. Já viram a confusão daquele metro? Mas de outra forma aquela gente não se conseguia deslocar.

Lisboa e Porto foram fundadas quase na mesma altura, mas seguiram orientações diferentes enquanto cidades. Porto é uma cidade naturalmente escura, mais fechada sobre si e por isso mesmo mais hospitaleira, mais familiar, mais convidativa, mais acolhedora, apaixonadamente intrigante. Lisboa é uma cidade mais extensa, mais dispersa, mais luminosa, mais aberta ao céu, mais impessoal e mais fria, mas é simultaneamente uma cidade que me faz sentir mais livre, mais liberto dos olhares dos outros, mais solto, às vezes mais feliz e menos deprimido. O Porto faz-me companhia. Em Lisboa consigo encontrar-me sozinho. No Porto chove, mas quando faz calor, faz mesmo. Em Lisboa faz calor, mas quando chove, chove bem. Amo o Douro e, no entanto, vibro com a imensidão do Tejo. Adoro as Docas, divirto-me lá, mas, no entanto, é na Foz e na Ribeira que me sinto em casa.

Também eu conheci no Porto pessoas que desejava nunca ter conhecido. Outras lamento ter perdido. A maior parte, no entanto, levarei comigo, para onde quer que um dia vá. Em Lisboa também se ama, também se odeia e também há quem sofra por paixão e quem destrua as suas vidas por amor. Em Lisboa, como no Porto, também há poetas, pintores, escritores, amantes, gente vulgar, gente sem escrúpulos, gente ordinária, pessoas irritantes, pessoas desinteressantes, pessoas ridículas, instruídas, analfabetas, inconsequentes, tristes, alegres....

Se bem conheço o Porto, por lá também há muitos passeios onde não cabem cadeiras de rodas, também há passeios esburacados, íngremes e perigosos, prédios sujos, ruas negras. Às pessoas do Porto jamais chamaria porcos (“mantenho a minha opinião e guardo-a para mim, qual pérolas que evito atirar a porcos”, in Sílvia sem Filtro).
Em Lisboa, a vida é tão cara e tão escassa como em Madrid, Londres, Paris e muitas outras capitais de País por esse mundo fora.

Em Lisboa, as pessoas vivem tão desesperadas, tão agressivas e defensivas como noutra cidade qualquer, porque cada uma tem os seus problemas, inclusive o Porto, onde também se mata à noite e onde os níveis de criminalidade também aumentam. Lá também há gente “sem abrigo”, há gente pobre e gente que nem quer saber. É um facto. Curiosamente no Porto já fui assaltado três vezes, uma delas levaram-me o carro. Estou à vontade para falar porque nem sempre vivi em Lisboa, conheço cidades em que se está melhor do que em Lisboa e reconheço o que é ser diferente de Lisboa.

Lisboa e Porto tem uma beleza incomparável. E quer uma, quer outra, são feitas pelas pessoas. Lisboa em nada é uma cidade abandonada. Muito pelo contrário. Lisboa é muito acarinhada, curiosamente um carinho que também se sente no Porto. Se há cidade que em Portugal é das pessoas, essa cidade é Lisboa, tanto é que as serve até nos seus vícios, especialmente o de andar de carro.
Lisboa é feita de interesses porque todas as cidades em qualquer parte do mundo são feitas para servir sempre mais alguém do que o povo. A Câmara de Lisboa “serve de trampolim para o poder” é verdade, mas recordo-me que um senhor chamado Fernando Gomes deixou a câmara do Porto para ser ministro. Lisboa tem um défice vergonhoso de 1,2 mil milhões de euros, mas o Porto, cidade, não deverá gostar muito de lembrar um presidente que teve chamado Nuno Cardoso acusado de lesar a cidade em quase quatro milhões de euros, ele e outros portuenses (chamados ilustres). Lisboa, infelizmente, teve um senhor chamado João Soares e outro de seu nome Pedro Santana Lopes. Em Lisboa, políticos e autarcas roubaram na construção do Parque das Nações. No Porto muitos encheram os bolsos à custa da Casa da Música, que acabou por custar mais do dobro do que estava orçamentado. Já para não falar do Metro. Mas isto são politicas, políticos e politiquices, que nada têm a ver com as pessoas que fazem a cidade e as cidades.

Por muito que goste do Porto e das gentes do Porto, até porque tenho lá família e muitos e bons amigos, sou obrigado a reconhecer que existe uma espécie de sentimento colectivo de complexo de inferioridade em relação a Lisboa. Nunca percebi porquê. É algo que me deixa chocado. Os portuenses alimentam muita da sua auto-estima desprestigiando, atacando e tentando ridicularizar Lisboa com comentários do género “o pavimento não presta, a sinalética é confusa, faltam espaços verdes, há uma linha de comboio que separa o rio das pessoas, as avenidas parecem auto-estradas no meio da cidade, o estacionamento é feito em cima dos passeios” e com observações tão ridículas como “não há portas automáticas nos centros comerciais”.

Quantas ruas no Porto são quase intransitáveis? Sinalética confusa é infelizmente um problema nacional, em Lisboa, no Porto e até na Amareleja. Nada a fazer. Espaços verdes em Lisboa há muitos. No Porto felizmente também, pese embora a destruição com a qual ainda não me conformei da Avenida dos Aliados.

Em Lisboa, o comboio passa perto do rio, é verdade, mas nem sabes como isso torna bonito um passeio até Cascais. Que bom que era se a viagem de Porto a Vila do Conde pudesse ser tão agradável.
Depois, em Lisboa o espaço ribeirinho está cheio de jardins e esplanadas agradáveis. No Porto também conheço alguns locais fantásticos, na foz e na Ribeira. Cheguei a namorar em muitos deles.

O estacionamento em cima dos passeios, acontece até na China. No Porto também. E lá até há uma coisa horrível chamada silo-autos, uns mamarrachos escuros sem graça nenhuma. Em Lisboa sempre se consegue (porque se pode escavar o solo) esconder muitos dos parques de estacionamento debaixo do chão.

Eu sou daqueles que me custa ver uma baixa e uma zona histórica degradada, suja e abandonada. Acontece no Porto e em Lisboa. Já passei no Porto alguns dos melhores momentos da minha vida. Em Lisboa vivi outros. Reconheço o bom e o mau das duas cidades, mas custa-me ver a atacar-se uma e outra. Lisboa é a minha mulher, mas o Porto continuará a ser a minha amante. E eu sempre hei-de defender uma e outra.

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Caro Anónimo, tantas palavras e nem uma assinatura. Isso aqui é um bocadinho mal visto.
Como eu já comentei algures aqui, este não é um post a comparar cidades. Se quiser passar a comparar Braga e Portalegre, esteja à vontade, desde que assine no final.
O que escrevi foi aquilo que SINTO em relação a Lisboa. Dados não lhe faltam, está muito bem documentado. Mas quanto à PERCEPÇÃO PESSOAL que tenho desta cidade, o único documento é este blog.

Apesar de achar as comparações Porto/Lisboa patetas, não fez outra coisa.

MUITO IMPORTANTE: Não volte a dizer, nem neste blog, nem em conversas, nem a ninguém, que falar nas portas não-automáticas dos centros comerciais é uma observação ridícula.
Antes de falar do alto da burra dessa maneira, atire-se ao chão e parta uma perna, dê cabo dos ligamentos de um joelho, substitua uma anca.
Quando puder sair à rua, com cadeira de rodas ou muletas, diga-me se consegue circular de forma autónoma em Lisboa.

E se não conhece a expressão "atirar pérolas a porcos", documente-se. Parece-me que esta minha "pérola" acabou de ser desperdiçada em si.

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

desculpem a minha ignorância, mas de que centros comerciais é que vocês estão a falar? conheço muitos que têm portas automáticas, porventura não serão os mesmos...mas acho que essa é uma questão lateral...a Silvia falou subjectivamente e é nesse contexto que as coisas devem ser apreciadas...a verdade sobre a cidade de Lisboa não passa de um canone de opiniões subjectivas que por acaso se entrecruzam para formar opiniões coincidentes...e a opinião dela é baseada naquilo que ela conhece da cidade, não em outra qualquer...por isso tão válida como a minha ou outra e nunca rídicula...mas também penso que não é necessário extremar posições...o que falta e já o disse, na minha humilde opinião, que não pretende ser doutrina, é toda a gente ter a felicidade de descobrir uma cidade à medida dos seus anseios...e ter disponibilidade para isso..não serve de nada ir para Londres a pensar que é uma cidade cinzenta, em que as pessoas são frias e passar todo o tempo à procura de confirmações que corroborem os pré-conceitos que carregamos connosco...e os pré-conceitos sobre Lisboa existem, e são muitos...Não percebo muitos deles, mas aceito alguns...o que não compreendo é que se tente sempre provar coisas que no fundo partem de algum desconhecimento...um pré-conceito não passa disso mesmo, de desconhecimento...Uma pessoa sábia questiona, não julga. Esta é a minha subjectividade posta em movimento.

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

só mais uma coisa, apesar de não ser um post de comparação entre cidades, no fundo o que está implícito são algumas comparações...isso é evidente. Quando dizes que aqui não te alimentas, mas que em casa alimentas-te bem, que já sentes a calma do Porto, etc... uma opinião deste tipo tem sempre um referencial de comparação, se não tiveres outro tipo de experiências não podes sequer emitir uma opinião, porque seria como se estivesses a ver o mundo pela primeira vez...

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ó Silvia, não me diga que se eu partir uma perna, se tiver que andar de muletas ou cadeira de rodas, terei a vida mais facilitada no Porto? Essa dá-me vontade de rir sobretudo tendo em consideração que nem a própria autarquia do Porto soube criar uma acessibilidade em condições para os seus cidadãos chegarem ao edifício da câmara. Sabia que a rampa que lhe dá acesso tem um declive de nove graus (o máximo deve ser seis) e termina com quatro degraus?

Ó Sílvia! Um deficiente não consegue circular de forma autónoma em Lisboa? Bom! Na verdade não consegue circular de forma cem por cento autónoma nem em Lisboa, nem no Porto e nem em nenhuma cidade do mundo. Triste, mas simples constatação: as cidades não estão prontas para servirem os cidadãos com dificuldades de locomoção (e deviam estar). Se formos para as zonas históricas então o caso complica-se ainda mais. E isso volta a acontecer em Lisboa, no Porto, e em qualquer zona histórica por esse mundo fora. Sabe! a fundação de Lisboa e Porto remonta ao século XII. Na altura não se pensava em cadeiras de rodas. Mas que imprevidência! Hoje, claro que há uma solução: deitar abaixo as zonas velhas. Olhe! experimente descer a Rua Pena Ventosa, a Rua das Aldas ou dar uma volta de cadeira de rodas na Rua de Santana, no Velho Porto Episcopal, a ver se consegue. E, no entanto, são ruas lindas.

Passeios altos e sem rebaixamentos, piso irregular, entradas estreitas para cadeiras de rodas, falta de rampas de acesso ou rampas muito inclinadas e sem corrimões, escadarias, balcões de atendimento mais altos do que a lei estipula e botões de elevadores inacessíveis são alguns dos problemas que existem no Porto. Áh! É verdade! E em Lisboa também!

Como sabe, a questão da mobilidade ou falta dela dentro das cidades, embora sendo da competência do governo, deve contar com o contributo de todos nós. Ó Sílvia! Duvido que alguma vez tenha feito qualquer tipo de exposição/denúncia à Câmara de Lisboa (sobre a falta de portas-automáticas nos centros comerciais, por exemplo), à Câmara do Porto, a qualquer outra autarquia do país ou mesmo ao Governo em solidariedade para com os deficientes. Que tal se, de vez em quando, em vez de desabafar para um blog (ao qual muitos deficientes não conseguem ter acesso, nomeadamente os invisuais) lançasse uma petição e fosse para a rua recolher assinaturas para ajudar quem precisa. Faço esta proposta atendendo à enorme preocupação que sinto da sua parte para com os deficientes.

E já agora, e porque não tem que ter conhecimento destas coisas, sabia que as portas automáticas até nem são assim tão defendidas pelos deficientes, ou pelo menos por alguns deficientes. É que todas elas deveriam ter sinalizações visuais ou auditivas e não têm (incluindo no Porto). Por isso em alguns casos até se tornam perigosas.

Mas deixe-me dizer-lhe que em Lisboa, como dizia o outro, portas automáticas há muitas. Acho que das vezes que saiu à rua deve ter tido muito azar. Muitos bancos, hotéis, instituições públicas, restaurantes e por incrível que lhe pareça até centros comerciais, têm portas automáticas. Claro que se quiser olhar para os edifícios que não têm, no Porto também encontra uma porrada deles.

Finalmente deixe-me dizer-lhe que não entendi a palavra “porcos” como uma “ofensa”, uma vez que não a tomei no seu sentido restrito. Na expressão “atirar pérolas a porcos”, a palavra ‘porcos’ refere-se a pessoas que não querem entender, que não escutam e que não estão predispostas a ouvir as maravilhas que nós temos para lhes contar. Ou seja, quando digo que jamais chamaria ‘porcos’ às gentes do Porto, queria dizer que jamais lhes chamarias desinteressadas. Até porque tenho conversas muito interessantes com muita gente do Porto, que por acaso até são muito bons ouvintes.

Depois notei algum analfabetismo funcional (vulgo interpretação) da sua parte. Eu não comparei Porto e Lisboa. O que fiz foi dar-lhe uma série de características de Porto e Lisboa para que perceba porque razão são duas cidades tão diferentes e incomparáveis. O não perceber coloca-a no tal rol de “porcos que não apanham pérolas”.

Por último, se não deseja anónimos não os aceite. Barre-os! Eu só não assinei porque não lhe adianta de nada saber se eu me chamo Manel, João ou Francisco. Mas se esse é para si um problema, fica aqui o meu nome:

Luís Antunes

PS. Sempre que viajar a Lisboa ou a qualquer outro sítio do mundo, tente deixar o Porto para trás e aproveite o bom que cada cidade diferente tem para lhe oferecer. O que há de mau, infelizmente, é muito e se quisermos é muito fácil encher o nosso fel. No final só ficamos mais amargos. E provincianos, também!

Se não conseguir ter essa força, deixe-se ficar pelo Porto. É que quem vem a Lisboa para só ver o que há de mal, só contribui para tornar a cidade mais feia.

Obrigado

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Carago.

Edie Falco

quinta-feira, 20 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os comentários deste post já estão mais interessantes que o próprio post...tomara eu criar coisas destas no meu...
Continuem...estou a gostar...

sexta-feira, 21 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Silvia...Já pensou enviar curriculos para se mudar para a sua cidade de vez...são pessoas como a silvia que fazem lisboa feia....Lisboa é Magnifica. De qualquer forma sempre tive uma boa relação com as pessoas do porto. Grandes amigos meus são portistas. Acho bonita a vossa cidade, mas nem comparo-a com a minha. Sabe porquÊ? porque não se podem comparar. São diferentes. Acabe de vez com esta picardia estupida entre o norte e o sul. Somos Portugueses. beijos silvia e se quiser terá aqui uma amiga lisboeta....

Isa

Vou voltar :)

sexta-feira, 21 setembro, 2007  
Blogger albuquerque said...

também acho!!
Lisboa chega a fazer mal à saude!!
;)
continuação!

sexta-feira, 21 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

já alguma vez tiveste 40 comentários a um dos teus posts? Para mim é a primeira vez que vejo tal coisa..parabéns! é sinal que o teu blog está vivo e recomenda-se...

sábado, 22 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Já tive 220, e foi por causa de um Anónimo maluco.

Vai daí pouco me interessa se quem escreve é António, Maria ou José. Interessa-me que tenha um nome ou nick e que o utilize sempre. É uma identidade que o distingue de outros anónimos.
Mais, este é o meu blog, permito todos os comentários, mas prefiro que não sejam anónimos, e reservo-me o direito de os apagar.

Centros comerciais em Lisboa sem portas automomáticas: Colombo, Vasco da Gama, Aqua (avenida de Roma)...e mais n me lembro que já vai noite avançada.

Outra coisa, este post só refere o Porto e Lisboa porque eu sou do Porto. Se fosse de Castelo Branco ou Freixo de Espada à Cinta, provavelmente sentiria tudo o que sinto em relação a Lisboa, mas os excelsos comentadores pouco se incomodariam com as minhas palavras porque pouco lhes importariam as outras cidades que não a mítica e historicamente controversa Cidade Invicta.


Sr. Antunes, não é preciso ser deficiente para ter dificuldade de locomoção. Mais uma vez, aquilo que referi resulta de uma experiência pessoal recente. E só mais uma coisa, quando o sr. viaja também deixa Lisboa para trás? Esquece-se de onde veio, evita as comparações?
De nada.

sábado, 22 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Bons dias! só para dizer que a opinião de um ilustre cidadão de qualquer parte deste território seria encarada da mesma maneira por mim..iria dizer o mesmo..que o importante é descobrir a nossa cidade dentro da cidade, que não existem cidades perfeitas e que é bom quando conseguimos deixar os pré-conceitos para trás, etc.. não sou elitista e não me incomodam os comentários sobre Lisboa. O debate é saudável e não existe hostilidade nas minhas palavras. Não é por seres do Porto que respondi ao teu post. Apenas porque gosto de falar sobre estas coisas.
Bom fim de semana e até já!


Marble

sábado, 22 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

“Sr. Antunes, não é preciso ser deficiente para ter dificuldade de locomoção”.

Eu sei Sílvia! e fico muito triste que não tenha lido com atenção o meu post anterior quando digo (e pode ir atrás confirmar): “as cidades não estão prontas para servirem os cidadãos com dificuldades de locomoção” (obviamente que esta minha frase não se referia apenas aos deficientes, mas também, por exemplo, aos idosos).

Ó Sílvia sabia que o município de Lisboa é o único do Pais que tem um programa chamado “Casa Aberta” que faz obras de adaptação nas residências de pessoas com mobilidade reduzida, adaptando também os acessos à via pública? É um programa muito interessante que se destina aos habitantes de edifícios municipais e particulares do concelho com dificuldades em movimentar-se por problemas motores ou outros.


Sílvia, confesso que não sou grande especialista nem conhecedor de centros comerciais. Olhe! em parte (e sublinho ‘em parte’) até sou contra eles, pela forma como vieram matar o comércio tradicional de rua em Lisboa e no Porto! (mas essa é outra conversa). No entanto, o Centro Comercial Fonte Nova, o Centro Comercial de Alvalade, as galerias do Chiado, O El Corte Inglês e o Centro Comercial Campo Pequeno, por exemplo, têm todos portas automáticas. Se não me engano, o próprio Colombo, na entrada norte, dos táxis e dos autocarros, também tem. Depois todos os centros comerciais em Lisboa com cave de estacionamento têm lugares de deficientes e elevadores, entre eles o Colombo e o Vasco da Gama.

Sílvia é óbvio que as gentes de Castelo Branco ou Freixo de Espada à Cinta sentem Lisboa como qualquer habitante de uma zona menos cosmopolita sente uma grande cidade. É natural que quem está habituado a uma certa pacatez, a uma certa calma e a uma certa qualidade de vida, depois estranhe os reboliços da cidade, a azáfama constante, a correria, a poluição, a frieza dos relacionamentos etc. Mas a verdade é que ninguém fala de Lisboa como falam as gentes do Porto, sempre com um enorme sentimento de desprezo e asco por quem lá mora. Lisboa e as suas gentes não são mais do que ninguém, mas também não são menos. A verdade é que as pessoas do Porto só conseguem valorizar a sua cidade atacando Lisboa quase de forma vexatória e as pessoas que cá vivem. E isso é algo que eu nunca conseguirei compreender, venhas as criticas do Porto ou de outra cidade qualquer.

Recorde só esta sua passagem:

“Lisboa....Acho-a um logro. Uma cidade feita de devaneios e ilusões e invejas e muito pouca humanidade. Há muita gente em Lisboa, mas as pessoas esquecem-se que o são. Correm como ratos sem saber muito bem para onde, sem sentir o chão, sem sentir o vento, a chuva, o ar puro, o sabor da comida. Daqui, tudo isso fica longe demais, e tem um preço, um estatuto, reside atrás de um obstáculo. Lisboa cansa-me. É uma cidade estúpida de onde exala a mais profunda pequenez do português. Lisboa não é real. Almada é bem mais real do que Lisboa. Almada fica no País real. Santarém fica no país real. Mas Lisboa é uma fantochada. Uma cidade feita de promessas, de abandonos, de palavras ditas por não ditas, uma cidade falhada, oca”.

Ó Sílvia. Estive a dar uma olhadela pelo seu blog e muito sinceramente, não querendo tomar o papel de um psicanalista, eu acho que o seu problema não é com Lisboa. É consigo. Mas sabe que mais? isso não me pode levar a tomar a árvore pela floresta. Ou seja, a Sílvia não é o Porto, não pode ser e nem o deve querer representar. Acredite que só deixa ficar mal a sua cidade.

Atenciosamente

Áh é verdade! E eu não sou um desses anónimos malucos. Sou apenas alguém que gosta de conversar, mesmo por escrito. (Espero que agora não vá pensar: “Eu não disse que Lisboa destrói as pessoas! Mais um gajo que se sente sozinho e que precisa de conversar com uma desconhecida).

PS – E sim! Sempre que saio de Lisboa, consigo deixá-la para trás. A isso chama-se tirar férias, descansar ou em último caso mudar de vida. Experimente fazer isso. Pode ser tão gratificante. E uma última coisa: Caso um dia comece a gostar um pouquinho de Lisboa, isso não significa uma traição à sua cidade do peito.

Luis Antunes

segunda-feira, 24 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Lamento, mas não tive paciencia para ler o seu comentário longo. Tendo a perder o interesse quando detecto que alguém tem a pretensão de me dizer o que fazer ou escrever no meu blog. Assim como assim, escolha outros blogs, enquanto eu fico no meu, sim? Passar bem.

segunda-feira, 24 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

É assim mesmo S.!!!!Agarra-os pelos colarinhos.

terça-feira, 25 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Cara Silvia

Nunca pretendi dizer-lhe o que escrever no seu blog, repito: nunca. Mas uma vez que escreve num espaço que acaba por se tornar público devia saber aceitar os comentários dos outros (ou então barre-os). O problema é que a Silvia não só não os aceita, como não os sabe rebater.

Olhe! Pessoas como a Silvia não dão luta. Falam no ar sem saber do que falam, atingem os outros e depois afastam-se ofendidas...

Sabe! acho que até dei um excelente contributo para este seu post. Dei-lhe argumentos e falei-lhe de factos.

Sabe que mais: Vivó Porto!

Luis Antunes

terça-feira, 25 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Caro Luís Antunes,

Caso não tenha reparado, este blog tem 3 anos de existência. Não imagina quantas vezes eu já tive de ler, rebater e finalmente ignorar as pretenções de pessoas que me dizem as mesmíssimas coisas que o Luís disse, usando os mesmíssimos argumentos que o Luís usou. Acredite, que além de iniciante nestas andanças, o Luís não conseguiu ser original.

É que essas pessoas, tal como o Luís, ou não têm um blog ou não o partilham, e por isso acham que, lá porque o blog está na net, o tal espaço pretensamente público, podem reclamar do que é dito.
Podem.
Não podem é esperar que eu esteja aqui para lhes agradar ou acolher, e muito menos para me corrigir.
Este é o MEU blog. Eu não o convidei a vir cá, não o convidei a comentar, não tenho consigo um compromisso editorial, logo não tenho de escrever de forma a ir de encontro às suas expectativas.

Um blog não é um jornal, mesmo que alguns sejam informativos. Não é o caso deste.
O seu contributo aqui não foi solicitado e não é necessário.

E já que acha que deu assim um contributo tão útil, fosse eu contar as vezes que o Luis tece comentários pessoais quanto à minha pessoa, sendo que não me conhece, já merecia que eu simplemente o apagasse. Acredite que já o fiz antes, apesar de toda a berraria de falta de democracia e censura e o mais que se lembraram.

Este blog não é uma democracia, não deve nada a ninguém, não obedece a ninguém. Por outras palavras, não tenho a mínima obrigação de rebater interminavelmente os seus argumentos, nem sequer de lhe responder aos comentários.

Se o faço é porque quero ou porque não tenho mais nada que fazer no momento, e não porque me importe consigo.

Se quer discutir factos, escreva ao seu deputado na Assembleia da República.

terça-feira, 25 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

às vezes não percebo o porquê de tanta hostilidade...os blogs não são democracias, sim concordo, as pessoas não têm de concordar umas com as outras, claro, mas também não é preciso ser-se tão amargo só porque as opiniões são diferentes ou porque de alguma maneira nos sentimos atacados...as defesas levantam-se assim que nos atingem em pontos fracos, em inseguranças...se calhar foi o que aconteceu neste caso, cada um a tentar camuflar as suas da maneira que melhor conhece. O debate estava engraçado, na minha opinião, aceso, estimulante.Agora, à semelhança do que acontece no país político, resvalou para as acusações pessoais sem fundamento. Acabou a troca de argumentos, precisamente por já não existirem nenhuns.

terça-feira, 25 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Cheira-me que anda aqui muito boa gente a precisar de um bom spa...
Relax people!!!
Era suposto ser uma coisa divertida, esta história dos blog!
Inventaram-nos para aliviar tensão...não para a acumular!

terça-feira, 25 setembro, 2007  
Blogger andrea said...

tenho imensa pena que Lisboa não vos conquiste... mas talvez como o Porto, ou Coimbra ou Santarém nunca me ocnquistará. sou alfacinha de gema e assim ficarei, amo portugal, adoro as suas diferenças, sotaques, comidas optimas, mas lisboa é lisboa. o sol não brilha no resto do país real como brilha em Lisboa.

é assim, cada um tem direito a agarrar-se ao que é seu de coração. sou a primeira a dizer que quem não gosta de estar em Lisboa, que vá para outro sitio qualquer, é normal que certas cidades não nos façam apaixonar por elas.

não concordo com o que dizes, mas não digo que não o devias dizer, justamente foi como viveste essa cidade, linda a meu ver. é preciso dar-lhe tudo para que ela nos dê tudo tb. quem merece, recebe ;)

espero que não guardes rancor... talvez te falte ver lisboa com alguém que a vive com todo o coração.

quarta-feira, 26 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Que cansaço...

quarta-feira, 26 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Quem disse que existia falta de patriotismo neste País...enganou-se profundamente...
Loool...
Nao sei se ria se lamente das pessoas que levam as coisas demasiado a peito...
Sílvia...com todo o respeito...mas tens que me dar o nome da Farmácia onde compras as cápsulas da "paciencia"...

quarta-feira, 26 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu fico pasmo: fale mal de Lisboa e surge uma turba de imbecis ávida por uma guerrinha. Não vejo este bairrismo provinciano todo na hora de votarem em nulidades como Carmona ou outros camelos. Fizeram o que fizeram com Soares e Carrilho e depois vêm arrotar que amam Lisboa, os mesmos que emporcalham a cidade e pôem carros por sobre os passeios. Bardamerda!!

Os lisboetas merecem sofrer por terem desprezado um Presidente da categoria de João Soares, que ainda conseguia dar algum protagonismo à cidade, um ar de capital. Agora aguentem com trampa e ar de cidade do terceiro mundo.

Alfacinhas... repolhos mal lavados mas é.

Edie Falco

P.S.: 60% de abstenção e agora vêm dizer que ama a cidade... Lisboa está entregue ás moscas. Aos fins de semana os "alfacinhas" querem estar em qualquer sítio do país, menos em Lisboa. Não me venham com tretas e conversinha de violino

quarta-feira, 26 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Cont. E digo mais: mordam-se, mas este crédito vocês têm de reconhecer no Porto... olhem para o Porto e aprendam o que é ter uma relação com a cidade. Não estou dizendo isso para puxar o saco da Sílvia não, estou falando isso pq venho de outro país e reparo que os Portuenses têm uma relação de amor com a própria cidade muito mais profunda do que os Lisboetas, uns desleixados do cacete. É por isso que o Porto é a cidade que é e Lisboa é essa mixórdia.
Não gosto dos alfacinhas. Acho-os peneirentos, preguiçosos e armados em merda.

Edie Falco

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

é bom ver que continuamos a mandar pré-conceitos sem qualquer fundamento...
Ok, segundo estes depoimentos, está mesmo provado que os Lisboetas são uma merda...
Se vocês o dizem com tanta certeza, quem sou eu para dizer o contrário...A partir daqui, porque não dizer que os brasileiros, os africanos, os ucranianos ou os tripeiros são todos iguais? Estaria apenas a seguir a linha de raciocinio vigente... estamos no bom caminho: pomos um rótulos, catalogamos 600.000 pessoas e dormimos descansados à noite porque a razão está do nosso lado e já não temos mais nada a aprender...é por causa de opiniões fundamentalistas destas que as coisas são como são...continuem assim, porque é assim que vamos longe.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Gosto de ti, Edie Falco.
Haja opiniões apaixonadas e sem filtro neste blog!!
Caguei para os politicamente correctos, marble.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Engraçado! Silvia! as minhs opiniões também não tinham filtro e no entanto não gostou de as ler. Eram politicamente correctas? Peço desculpa por não ter descido o nível e por não ter passado a insultar toda a gente.

Concordo com o Marble. Se Lisboa é uma "merda", porque é que vem cá tudo parar? Bolas! deixem-se estar no vosso canto e deixem o nosso.

Contudo, gostava que alguém conseguisse por um ponto final a esta guerra estúpida entre Lisboa e Porto. Com as nossas assimetrias geográficas ou com as nossas diferenças culturais somos todos portugues.

Compreendo que haja quem esteja mais interessado em preversar ódios de estimação e cimentar o seu próprio fel. Mas contra quem? Acordem. Estamos no sec.XXII. Como diz a canção do Rui Veloso muito mais é o que nos une do que aquilo que nos separa.

Como diz Marble estamos no mau caminho. E por isso, digo eu, nunca deixaremos de ser um pais de gente pequenina, mediocre e provinciiana...

Luis Antunes

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

>>Concordo com o Marble. Se Lisboa é uma "merda", porque é que vem cá tudo parar? Bolas! deixem-se estar no vosso canto e deixem o nosso.<<

Primeiro: em momento nenhum eu disse que os Lisboetas são uma merda. São armados em merda, é diferente. Ninguém é uma merda, não se pode falar isso de ninguém.

Segundo: esse tipo de comentário fascista-salazarista de "deixem-nos aqui no nosso chiqueirinho quentinho e voltem pra sua terra" NÃO COLA.
Não cola porque vim aqui para trabalhar e isso não me obriga a ser capacho ou não ter opinião. Eu opino sim, pago impostos e contribuo para a cidade e posso muito bem emitir a minha opinião sobre a cidade que, por acaso não vivo mas já vivi. E segundo porque a minha cidade de origem está cheia de imigrantes, alguns lisboetas, como era o meu prórpio avô, então por aí estamos mais do que quites. Esse comentário fascista vocês deixem para QUEM PODE FAZê-LO, tipo norte-americanos, canadianos, franceses, etc, esses é que podem dizer "voltem pra tua terra", pelo facto de que não vão pra terra de ninguém, a não ser para investir ou invadir pela força.

Parem com saloices!!! assumam que Lisboa está DOENTE e muito por causa dos lisboetas, UNS PREGUIÇOSOS, É PRECISO DIZER COM TODAS AS LETRAS, PREGUIÇOSOS QUE DEIXARAM A CIDADE CHEGAR NO PONTO EM QUE ESTÁ!!!

E pá, peguem em armas, façam uma revolução, VOTEM COMO DEVE SER, NÃO VÃO Á PRAIA E VOTEM, e depois sim venham arrotar postas de pescada.


Edie Falco

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

(cont): O primeiro sintoma de cura de um louco é admitir que está doente. Fogo, os Lisboetas SE RECUSAM A ASSUMIR QUE A SUA CIDADE ESTÁ DOENTE E COM PROBLEMAS. preferem vir com conversas da treta "Lisboa menina e moça". A menina e moça já foi abusada, estrupada e pedofilizada, por gajos sem qualquer escrúpulo. Toda a gente quer um pouquinho. E pá, assumam!! Em vez disso, eu só vejo Lisboetas a reclamar que vai acabar a Portela, pq TÊM PREGUIÇA DE PEGAR NO CARRO E IR MAIS LONGE PREFEREM A BANDALHA E A PORCARIA DA POLUIÇÃO DOS AVIÕES.

Edie Falco


P.S: Sininho se quiser pode apagar, eu já tinha me decidido a não meter a colher neste assunto, mas depois de ler tanta hipocrisia e papo de preguiçoso, achei que devia falar o que penso. E como eu, muita gente pensa, mas é "proibido" em Portugal falar mal de Lisboa e apontar as realidades.
Só uma coisa me deixa FODIDO: a cidade com a crise que está e... 60% de abstenção? À vão pro...

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Apagar, Falco!? Estás a falar tão bem!! Não te apago, não senhor!!

E, Sr. Luís Antunes, se todas as pessoas que cá vêm parar "ao seu canto" se fossem embora, Lisboa ficaria às moscas. E agora, sem tentar forçar a piada, diga-me, de que é que gostam as moscas...?
Passar bem.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

(só pra complementar) Os Lisboetas tem o bilhete do metro e da CP subsidiado por TODOS OS PORTUGUESES e tem a lata de dizer "se não gostam deixem-nos?" O TANAS, MEU. No mínimo, quero usufruir do meu dinheiro. E eu não recebo devolução não, pago imposto mesmo.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Alguém me diz como acaba esta novela mexicana?

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Ó Falco

Claro que pode emitir opinião sobre o que quiser, e não é só porque paga impostos no meu pais, mas porque vivemos em democracia e num pais livre de opinião. Mas será que isso lhe dá direito de ofender também quem trabalha como você com expressões como “os lisboetas são armados em merda”, “prequiçosos”, “peneirentos”, “imbecis” e “desleixados”.

Ó falco. Infelizmente, a politica e os políticos acabam por determinar a nossa vida e o meio em que nos movemos. Olhe ao estado a que chegou o Brasil que até tem um presidente que prefere gastar dinheiro em aviões privados do que ajudar um povo que vive na miséria (sublinho ‘miséria’). E sabe uma coisa: não me passa pela cabeça culpá-lo a si ou a qualquer cidadão brasileiro por isso. Tem a ver com a personalidade e o carácter de quem chega à politica.

Abstenção em Lisboa. É verdade. E sabe porquê? Porque neste país qualquer pessoa é livre de não votar ao contrário do Brasil em que as pessoas são obrigadas a votar e são punidas se não o fizerem.

Quanto a cidades do terceiro mundo, nem vou discutir consigo!

E já agora. Qualquer transporte público deste país é subsidiado pelo Estado. Em Lisboa, no Porto, em Salvaterra de Magos ou no Poço do Bispo.

PS. Não leu os meus comentários anteriores, sobre Porto e Lisboa. Todas as cidades têm os seus problemas, os seus defeitos e as suas carências. Reconheço-os e lamento os males que há em Lisboa. Vivi no Porto quatro anos. Conheço bem as duas cidades, com tudo o que têm de bom e de mau. E estou à vontade para falar. Só gostava de perceber porque razão Lisboa incomoda tanto.

E quando digo “deixem o nosso canto”, não é numa atitude fascista, mas antes um apelo no sentido do “façam o melhor pela vossa vida e não vivam contrariados e com o peito cheio de ódios. Procurem o sítio com que mais se identifiquem e verão que serão muito mais felizes. Se não vivem felizes em Lisboa, sigam por outro caminho e deixem de insultar quem cá vive”. É só.

Luís Antunes

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

... E sim Sílvia, as moscas gostam de.... merda.

Você veio para Lisboa há dois anos e por cá vai ficando. Isso faz de si o quê? Um ser que gosta de viver a chafurdar na merda?

Luis Antunes

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Chafurdar em Lisboa!!Oh Luís, finalmente consegui que concordasse comigo!!!
AHAHAH!!!

Outra coisa, se tivesse lido o post em vez da sua própria ideia, já saberia por que razão Lisboa incomoda tanto quem vem de outros sítios. E mais uma vez lhe digo, este post nunca foi uma comparação entre Porto e Lisboa. Agora, entenda como conseguir.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Meu Deus Silvia! no que estas conversas acabam! diga-me, honestamente, se saímos daqui mais ricos? Nem por isso! Só saimos daqui com um ódio maior uns pelos outros.

Não sei como consegue suportar a angústia de viver há dois anos num sitio que odeia tanto. É só isso! Eu sei que não aguentaria e por isso já me mudei várias vezes. A minha terra de origem nem sequer é Lisboa. A Silvia deve sofrer muito, sobretudo quando tem a chamar por si uma cidade tão especial como o Porto (e isto não é ironia).

No seu caso estaria a sentir-me a pessoa mais infeliz do mundo.

Desculpe por alguma vez ter invadido a privacidade do seu blog

Só tentei mostra-lhe que aqui, em Lisboa (onde agora vivo), também vivem pessoas.

Luis Antunes

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Que drama, Luís!
Não se preocupe comigo, que eu sei muito bem onde estou e para onde vou, seja nesta cidade ou outra qualquer. Mas aprenda uma coisa: os blogs servem para desabafar. Foi isso que fiz. Aprenda outra coisa: tudo o que o Luis lê, fá-lo através dos seus filtros de percepção. O Luís lê e entende o que quiser.
Neste blog não há ódios, nem razão para tal, paciência, nem espaço para tanto. E não há sofrimento atroz, como nunca houve uma comparação entre Porto e Lisboa. Se o Luís leu tudo isso, é porque isso são coisas que estão na sua cabeça e que o Luis projectou neste post.

E ninguém sai daqui mais rico, nem mais pobre. Isto é só um blog, e aquele foi só um post que não teve qualquer intenção de doutrinar fosse quem fosse.
Relaxe, sim?

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Edie Falco, eu voto sempre. Silvia, não sou politicamente correcto, mas como pertenço a uma minoria que tem uma data de estigmas e rótulos percebo o quão injusto e ignorante é tomar a àrvore pela floresta. Edie Falco, parto do príncipio que tenha lido todos os comments que estão aqui. Eu disse desde do príncipio que a Silvia tinha razão em algumas das coisas que disse. Eu assumo que Lisboa está doente, aliás, até porque eu vivo aqui e tenho de levar directamente com os problemas, ao contrário de quem opina e nem sequer mora aqui. O seu discurso inflamado não passa de fogo de vista, porque não diz nada que já não tenha sido dito, apenas repete o que foi dito como se estivesse aos berros e ainda diz coisas que não fazem muito sentido. Parece-me que foi o senhor que disse que Lisboa era uma pocilga miserável e que os Lisboetas são do piorio. Até chegámos a discutir ideias que poriam Lisboa mais saudável. A questão da Portela nada tem a ver com preguiça, aconselho-o a informar-se antes de mandar postas de pescada. E volto a dizer, eu voto e votei sempre. E você? Os lisboetas merecem sofrer, são repolhos mal lavados? Sem comentários. Quem escreve assim não merece resposta. Com a Silvia, com a Sofia, com o Sr. Antunes é possivel dialogar e chegar a conclusões construtivas, mas com fundamentalistas como o senhor não vale a pena gastar pérolas. O primeiro sintoma da cura da ignorãncia é admitir que se fala sem saber o que se está a dizer. Talvez esteja na hora de fazer uma reabilitação e ler mais jornais, livros e outros meios de informação. E só para acabar, o metro e a CP são empresas estatais, mas que eu saiba também há metro no Porto e CP em todo o lado, daí não perceber onde é que o seu argumento quer chegar. Pergunta: sabia que Lisboa é a única cidade onde se paga portagens nas pontes? Reflicta sobre isto, porque se alguém é chulado neste país são as pessoas que vivem em Lisboa ou na sua àrea metropolitana. Deve ter reparado que aqui é tudo mais caro do que no resto do país, e os salários não são muito melhores.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Outra coisa: não faço parte de uma turba de imbecis ávidos por uma guerrinha, aliás, o meu discurso nunca deu à luz considerações pouco edificantes sobre quem quer que seja. O mesmo já não se pode dizer de alguns imbecis que à primeira oportunidade para destilar algum veneno esfregam ávidamente as mãos.

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

Aposto que nesta novela mexicana o mau da fita morre no fim ou é preso, enfim, tem aquilo que merece...lol

quinta-feira, 27 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Caro Sr. Luís,

Escusa de vomitar: "O meu país"... seu país o tanas. Não é seu não. É seu, também. Vê lá se pára de ser fascista e provinciano, até quando isso vai durar?. Eu nem queria puxar "galardão", mas fique a saber que eu sou português, voto para presidente tal e qual o senhor, mas não fico aí a dizer que o país é meu, etc., porque isso é ridículo. "O meu país"... Pfff.... Quanto às comparações com o Brasil, é típico de uma mentalidade mesquinha. Não estamos a falar do Brasil, estamos a falar de Lisboa, pq puxa esse assunto? Está a me discriminar pq nasci no Brasil, é? É racista? Que negócio é esse de vir comparar com o Brasil? Se quiser, podemos falar do Brasil. A culpa não é dos políticos não. A culpa do Brasil ser uma bagunça é dos brasileiros. Eu vejo muito cá em Portugal alguns preguiçosos e sanguessugas porem a culpa nos políticos. ISSO É IGUALZINHO NO BRASIL. Aliás, o Brasil nem de propósito foi colonizado por Portugal, e muitas das nossas mazelas vem da colonização, sim, porquê? A prova disso é que vários sintomas de terceiro-mundismno atávico que se vê no Brasil, eu pude comprovar que são iguais aos que encontrei em Portugal. A essa hora você deve estar aí lixado com essa verdade, mas não é preciso ter vergonha, os brasileiros não culpam os portugueses nem os políticos das suas mazelas, culpam a si mesmos. Nós temos até uma frase de escandalização que é "Isso é... Brasil, sil, sil, sil" quando vemos uma barracada ou uma bandalheira, mais ou menos do tipo dessas que há aqui em Portugal. Eu creio que já era hora de muitos portugueses, e especificamente os Lisboetas, deviam começar a deixar de serem fascistas (por muito que vocês queiram, o Salazar já está morto e enterrado, parem de continuar fascistas) e fazerem um mea culpa, que não faz mal a ninguém. TER AUTO-CRÍTICA E CONVIVER BEM COM ISSO. É sadio. Eu falo dos Lisboetas pq não se concebe que, uma cidade que é capitald e um dos países fundadores da União Europeia tenha chegado ao ponto em que está (Porra, vc vai ao ALENTEJO, cacete, e É TUDO DIREITO. UMA DAS REGIÕES MAIS POBRES DA EUROPA. TUDO PINTADO, CAIADO, DIREITO, TRANSPIRANDO BRIO E ORGULHO, AMOR PELA TERRA, . E quanto a não votar ser um sinal de liberdade, é sim. É liberdade na Suíça. Aqui, na sua cidade, que ainda é uma cidade em muitos aspectos do terceiro mundo, vocÊs deviam ter VERGONHA DE NÃO IR VOTAR E DEPOIS FALAREM DOS POLÍTICOS. IR COMER TREMOÇOS NA COSTA DA CAPARICA ENQUANTO MEIA DÚZIA DECIDE O DESTINO DA CIDADE. QUANDO VOLTAM VÊM FALAR DOS "POLÍTICOS".
A verdade é que OS LISBOETAS NÃO MERECEM OS POLÍTICOS QUE TÊM, HÁ SIM BONS POLÍTICOS EM LISBOA, a culpa de vocês não terem uma cidade decente É VOSSA,NÃO É DOS POLÍTICOS. Já que falou no Brasil, quisera a minha cidade ter alguém do quilate de Carrilho, até tem, e muitos, mas não estão na política. Mas não, preferiram ir à praia, dar a eleição primeiro àquela nulidade Carmona, um tipo cinzento e esquisito bem ao gosto fascista, e agora fazerem a vida negra a António Costa, elegendo-o sem maioria. Lisboa estava á procura de glamour, votou em santana e foi o descalabro que se viu. Depois continuou na onda das celebridades e votou em Carmona (cercado delas, desse puto idiota que anda aí nos anúncios da worten e outras nulidades), para lixar o governo Sócrates. Deve ter sido esses comunistas todos que estão apaniguados na Câmara que preferem votar secretamente na direita do que evoluir na esquerda. O propblema de Lisboa são os Lisboetas, 70% é funcionário público, é a cidade das cortes, do pó de arroz, das perucas, do Estado Português velho e ultrapassado, que vota contra a regionalização.
Por hoje chega, vou dormir. Amanhã tenho uma porra de uma sessão fotográfica para dirigir.
Tchau.

Edie Falco

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Só pra terminar, comparando com o Porto, não podia ir dormir sem lembrar que RUI RIO É EXCEPCIONAL, ADORO RUI RIO, me ganhou quando peitou Pinto da Costa e pôs ORDEM na cidade, acabou com a bdanlheira de promiscuidade com o futebol. BATE COM O PAU NA MESA, corta o subsídio aos vagabundos sanguessugas, manda fazer, discute com o governo e cala esses jornalistas de sarjeta que infelizmente são um mal do qual padece esse país. NÃO FICA DE CONVERSA E QUERENDO APARECER–TRABALHA. Vai ser o Primeiro Ministro depois da segunda legislatura de Sócrates, toda a gente já sabe que ele é que será o líder que vai impedir que o PSD acabe de vez, se não acabar até lá.

E olhe que eu sou PS

Edie Falco

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Marble, um conselho de quem já conhece o Edie de outras andanças blogosféricas bem mais acesas que esta: ele é mesmo assim, estouvado, desbocado, só escreve a gritar, manda vir com toda a gente, mas é bom rapaz. Diz o que pensa, como toda a gente devia, sem dar uma no cravo e outra na ferradura para ficar de bem com Deus e os Anjos. Não vale a pena tentar corrigir. Ele é giro de ser ler porque é assim mesmo.

Outra coisa, agora para os Antunes deste mundo e outros que cá vierem: Se vos apetecer mandar alguém para o car@lho porque realmente acreditam nisso, e independentemente da documentação e do trabalho de casa feito por por fazer, aqui (quase que) podem, entendem? ;)
É por isso que gosto do Edie.

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger S. said...

P.S - discutam argumentos e paixões, não discutam personalidades porque aqui, na verdade, ninguém se conhece.

P.S. 2 - Eu não gosto do Rui Rio. Eu gosto do Engº. António Bragança Fernandes, presidente da CM da Maia. Neste, eu voto.

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

acredito que seja bom rapaz. Mas algumas das coisas que ele disse não são verdade, e isso não é bom...para fundamentar opiniões devemos basearmo-nos na verdade. Não quero polémicas e não dou um ano cravo e outra na ferradura, quando é preciso também sei mandar vir e borrar a pintura.


Até já!

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

e eu sempre tentei discutir argumentos e paixões e nunca personalidades, mas não posso deixar de me sentir incluído em alguns dos comentários do Sr. Falco. Eu adoro debater ideias. Se calhar deviamos combinar um encontro e debater estas e outras questões ao vivo, quem sabe.

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Antes borrar a pintura que borrar a cueca. ;)

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Isto já dura à tanto tempo que me esqueci como tudo começou...
A liberdade de um indivíduo termina onde começa a do próximo...
Não vão chegar a lado nenhum...ou ainda não perceberam isso?

Respeitem-se...please!!

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Pronto! mais uma provinciana ressabiada com a mania da superioridade. Vocês são patéticos com essa conversa do nós é que “vivemos no país real, nós é que sentimos a nossa cidade, somos mais honestos, temos mais palavra”. Que coisa mais foleira.

- Gosto particularmente daquela dos “Lisboetas não sentirem o sabor da comida”.

Já diria o Pinto da Costa que as vacas no Porto são muito melhores do que as de Lisboa.

- “Os lisboetas correm sem saber para onde vão”!

Mas eu digo-te Sílvia. De manhã correm para o trabalho e à noite correm de regresso a casa, como de resto acontece no Porto, ou será que no Porto não se trabalha? Áh é verdade, vocês sentem o chão! (que frase tão poética, mas tão disparatada)

- “Os lisboetas não sentem a chuva!”

- Iá! Aqui chove menos do que no Porto. E depois?

- “Lisboa é oca”

- Bom! só se fôr por causa dos túneis do metropolitano.

- “Lisboa é uma cidade falida”

- Bem. Não sei se sabes, mas Lisboa é a cidade mais rica de Portugal com um PIB per capita até superior à média europeia.

- “As avenidas parecem auto-estradas no meio da cidade”

Sílvia, esta então é mesmo um comentário de quem vem da parvalheira e chega a uma grande cidade!

- E finalmente a minha preferida: “aquela linha de comboio que separa o rio/beira-mar das pessoas”

- Sílvia, vou revelar-te um segredo. A vocês que vêm lá das berças (pelo menos é o que vocês fazem passar) tem que se explicar tudo tim-tim por tim-tim. É que chegando à linha do comboio é possível passar para o outro lado. Há umas coisas chamadas passagens áreas, passagens pedonais, viadutos ou pontes que permitem chegar perto do rio e da beira-mar. Experimenta.

Sílvia, deixem-se de merdas, que vocês não são melhores do que ninguém. Vêm com esse falso moralismo do “sentimos a cidade”, mas depois à noite deixam o lixo à porta, em cima dos passeios. Dizem que sentem a cidade mas depois permitem que se destrua a avenida dos Aliados. Dizem que sentem a cidade, mas depois elegem um presidente da Câmara que ninguém gosta (afinal quem é que votou nele?). Eu digo-vos o que é que vocês sentem. Vocês sentem o aumento da taxa de juros como nós, o aumento dos transportes, da água, da luz e do gás. Vocês sentem o desemprego como nós. Sentem o peso das contas por pagar como nós. Vocês também sentem a poluição automóvel. Sentem a poluição do Douro como nós a do Tejo. Deixem-se de merdas! Os mendigos no Porto sentem fome como os mendigos de Lisboa. Os sem-abrigo do Porto sentem frio como os de Lisboa. Vives na Maia! bem me parecia! Porque os que vivem no centro do Porto (e os meus primos vivem lá), também sentem as filas de trânsito, o aperto dos transportes públicos e o desconforto que é ter carros estacionados em cima dos passeios. São melhores em quê? Sentem mais a cidade porquê? por andar às marteladas uns nos outros na noite de S.João? badamerda?

Vocês não passam de uns separatistas estúpidos e fundamentalistas que vivem frustrados numa cidade que comparada com qualquer outra grande cidade da Europa, não passa de um bairro.

Coitados! Evoluam. Deixem de ser medievais. E corrijo a minha entrada de texto. Vocês não são provincianos, nem saloios. Vocês são rústicos. Saiam do buraco que é essa vossa “nação” de 42 metros quadrados. Estamos no sec.XXI.


PS: Não desperdices o teu talento em Lisboa. Certamente que a esta hora a que te escrevo, o Porto estará a precisar muito de ti. Contribui mas é para melhorar a tua cidade e não para causar mau ambiente na minha.

PS II : Dizes que em Lisboa não há Lisboetas. Dizes que se os que vêm de fora se fossem embora, Lisboa ficava ás mocas. Mas depois dizes que os que vivem em Lisboa são agressivos, desconfiados, estúpidos, desonestos e sem palavra. Se Lisboa é só feita por quem vem de fora, não estarás então a retratar os forasteiros, como tu.

E não, não é verdade que se vocês se fossem embora Lisboa ficava às moscas. Sabes porquê? Porque as moscas iriam atrás de vocês. Vocês são a merda que descaracterizam esta cidade. Ainda não perceberam isso?

Assinado: Mata Hari

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger Paulo Dias said...

ok, retiro-me oficialmente deste circo...

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Essa Mata Hari vem com a conversa fascista de se não gosta vai embora. Essa é que é a resposta saloia a uma crítica. Embora o cacete, por mim vou continuar a entrar em Lisboa e vou continuar a reclamar.

Essa de que o Porto é um bairro comparado às cidades europeias tem piada... e Lisboa é o quê? Enxerguem-se pá. Os lisboetas vivem numa ficção de que estão numa cidade grande. Acordem. Grande é Madrid.

Essa do rio também é ridícula. Não é preciso perceber de arquitectura (besta ter um mínimo de bom-senso) para notar que a linha de comboio impedindo a relação da cidade com o rio é uma aberração, uma monstruosidade, uma sacanagem que o Estado Novo fez com o povo de Lisboa. E os preguiçosos mansos dos Lisboetas até hoje não resolveram aquilo - pior, ainda têm o Porto de Liboa sem a jurisdição da Câmara.

Por acaso não acho o Porto nada saloio. Acho muito mais cidade do que Lisboa. Quando vou lá, não sei porquê, tenho sempre a sensação de que estou em Espanha. Em Lisboa não, parece que estou no Brasil ou no Marrocos. Uma das coisas que me deprimiu mais quando fui a Marrocos foi a chegada à Lisboa... ao vir do aeroporto de autocarro e entrar na Av. da República, ia vendo os prédios degradados e parecia que não tinha saído de Tãnger. Felizmente já melhorou um bocado.
No que toca a avenidas, eu acho que devia dobrar a língua, o Porto é mais do que circundado de autoestradas por tudo o que é sítio... muitas até com falta de sinalização , a gente até se enrola.
O que acontece é que não há as autoestradas no meio da cidade que há em Lisboa, e pá, negar isso é ser mesmo ceguinho ou leviano. Tem ido ao Porto? Vai lá e compara com Lisboa... é muito mais cidade.

Não tenho a menor intenção e não ganho rigorosamente nada em entrar nessa discussão... o que me irrita é a arrogãncia dos lisboetas, uns preguiçosos irresponsáveis (que detestam trabalhar e adoram um cafezinho e fumar um cigarro) que pensam que estão em Paris quando estão na verdade em Benfica (bairro na zona norte do Rio de Janeiro).

Vocês tem 4 coisas de se tirar o chapeu, pela ordem:
1- Chiado
2- Praça do Comércio
3- castelo de são jorge
4- Rossio

O resto, estragaram tudo. Os Jerónimos, qualquer dia dissolvem-se. O Museu de Arte Antiga, não se pode visitar, só a pé ou de táxi.

Lisboa tem 2 praças maravilhosas- Praça do Comércio e Rossio, que ficaram lindas graças á intervenção de João Soares, que as salvou e foi punido com a perda de eleição, pelo que consta, roubada.

É inconcebível que à noite não tenha uma porra de uma esplanada ou um café aberto no rossio para um cabrão poder se sentar e beber uma porra de um café e apreciar a puta da praça, que por acaso é linda. Ficou linda.

Não dá para entender. A única explicação é a preguiça e falta de dinamismo da Cãmara e dos Lisboetas.

Boa noite.

Edie Falco

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Blogger S. said...

Mata-hari, querida, vai para o caralhinho, sim?

sexta-feira, 28 setembro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

E a saga continua...não percam o próximo comment, porque nós também não!!!...

segunda-feira, 01 outubro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sílvia, querida!

Nem eu esperava outra resposta tua...

Falco

O senhor vive obcecado com os fascistas, mas a mim parece-me que é o maior deles todos, pela forma como censura quem não gostava e não gosta do senhor João Soares. A democracia é assim meu caro! Cada um tem as suas razões para votar ou não em fulano tal. Temos de respeitar.

Dá a entender que vive rodeado de burros, mas parece-me que é o senhor que não consegue tirar as talas dos olhos. Atitude mais fascisóide não pode haver.

Diz que os Lisboetas são incompetentes, que detestam trabalhar e que são preguiçosos irresponsáveis. Conhece-os a todos? Fantástico! Já viu ofensa mais gratuíta do que essa.

E aquela dos lisboetas que só gostam de fumar e beber café... ! que coisa mais despropositada. (quando ainda por cima é o senhor a falar da falta de cafés e esplanadas) Olhe! a mim nem me atinge, que nem fumo nem gosto de café, mas isso é sintomático de alguma coisa??? Que estupidez!

Mata Hari

segunda-feira, 01 outubro, 2007  
Blogger S. said...

Mata Hari, querida, ainda bem que não a desiludi. É por isso que os meu comentadores voltam cá.
E deixe-me que lhe diga que, pelo seu comentário, o Falco conhece melhor os lisboetas que a menina alguma vez sonhou conhecer os portuenses. Que coisinha tão disparatada!
Mas comente, comente, que eu ganho dinheiro com cada visita.
Ah, e volte lá para o caralhinho de onde nunca devia ter saído, que deve ser a única coisa de a menina realmente conhece.

segunda-feira, 01 outubro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Silvia, querida

Podia descer ao teu nível e mandar-te levar na coninha (uma noite a levares com ele e as dores de alma passam-te todas). Mas é coisa que não vou fazer.

Ups! acho que já fiz!!!

terça-feira, 02 outubro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Mas pera aí: uma manda pro caralho, outra manda levar na coninha... eu sei que vocês são amigas e querem-se bem, mas basta de ficarem a trocar estas gentilezas femininas em público. Se não fossem duas gajas eu até ia achar que estavam a brigar.

Eu também desejo tudo de bom para vocês duas. Não se zanguem, continuem assim, a desejar regalos sexuais umas às outras.

Pronto, Lisboa é o máximo, pronto. E o Porto. Um beijo nas duas queridas amigas. É bom conversar convosco.

Edie Falco

terça-feira, 02 outubro, 2007  
Blogger S. said...

Mata Hari é homem e arde de desejo. Tss tss...
Só não te apago porque te acho graça.

Edie, beijinhos só para mim, tá. Não te quero aí metido com sapatões! A bere, menino!

terça-feira, 02 outubro, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Acho uma piada a estes confrontos entre Porto e Lisboa.

Sim é verdade que o Porto tem mais qualidade de vida que Lisboa. Sim é verdade que sou do porto e não a troco por nada.

Já estive em Lisboa e detestei. Tudo o que a Silvia sente, eu senti. Voces vivem em constante hipocrisia, em constantes atropelamentos. Já estive em Madrid, Londres e Amesterdão (a trabalhar) e posso dizer-vos que o Porto tem muito mais qualidade de vida do que a vossa cidade.

E voces que dizem que já estiveram no Porto ou que têm familia cá, não sabem do que falam porque já vêm manipulados com a ideia de que Lisboa é muito melhor cidade.

Quanto à Sra. Mata Hari acho que responder da forma que respondeu só mostra o quanto ressabiados voces são quando se fala nestes assuntos. Então falar do Pinto da Costa e dos supostos casos amorosos. Mas podemos sempre dizer que não violamos crianças na Casa Pia ou que o nosso presidente compra iates, ou estará recordada dos presidentes do sporting que abandonaram o país e do presidente do sistema que namora a irma da carolina salgado.

Voces são a capital do País. Voces tem um PIB per capita superior mas ém que é que isso vos torna melhores? Se tens conhecimentos tão aprofundados de economia saberá onde está localizada a produção e saberá também o quanto Lisboa está dependente do Porto e vice versa.

São cidades com diferenças brutais mas que dependem uma da outra.

Paulo Almeida

quinta-feira, 11 outubro, 2007  
Blogger S. said...

Ora bem. Obrigada, Paulo Almeida.

quinta-feira, 11 outubro, 2007  
Blogger mariannegreen said...

dasssssssssssss....estou sem palavras... gostar do Rui Rio?!?! o filho da mãe que trouxe o La Féria para o Rivoli...só podia ser um brasileiro a dizer uma coisa destas... dssss

quinta-feira, 11 outubro, 2007  

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