sexta-feira, março 04, 2005

Manifesto.

Apresentas o teu manifesto com proficiência. E eu escuto com todo o interesse e entrega que me mereces. Conheces cada palavra, encadeias as ideias na perfeição. Tens um percurso estudado e vais desfiando os pormenores, um a um, conquistando a minha atenção. Descreves-me o teu filme como se fosses o realizador e soubesses cada quadro da história, cada vírgula do argumento, como se fosses o actor principal da acção. A tua imaginação é tão forte e o teu desejo tão vincado que ameaça tornar-se realidade. Só pela tua vontade. Mas não é assim. Apresentares-me o teu manifesto desta forma não o torna num plano de acção. Escutá-lo não me compromete. Por isso, quando eu te contrariar, não digas que eu sabia que ia ser assim, que me avisaste. Pois se é um aviso, te digo, não colhe. Se é um manifesto, ele é só teu. Se é um devaneio, então sim, pode ser nosso.

1 Comments:

Blogger Knuque Mo said...

concordo contigo. "não me imponhas nada!"

domingo, 06 março, 2005  

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