Been there, done that, have a collection of t-shirts.
O traquejo, a tarimba, a experiência são tudo coisas maradas. É impressionante como o que antes seria capaz de te chocar, indignar, atirar ao tapete e fazer comer o pó, agora passa, assim, como se de uma brisa se tratasse. O encantamento e o deslumbre também duram menos. É calo. É idade. É capacidade de relativização. Ou então, a vida é como uma droga: quanto mais a vives, maiores doses precisas para que algo te surpreenda.
posted by S. at 8:26 da tarde
4 Comments:
É habituação. Infelizmente, nós habituamo-nos às merdas. Às tantas, há coisas que já não nos indignam. Já dizia o outro: o ser humano é um bicho de hábitos. Só que muitas vezes, não criamos os hábitos, mas habituamo-nos a coisas que não deveriam ser hábitos. A lei do menor esforço.
Antigamente indignava-me com a filha da putice, agora tb. Antigamente indignava-me com a política, agora tb. Antigamente indignava-me com a preguiça, a burrice, os abusos, a falta de respeito, a falta de honra, faltas de responsabilidade, e agora tb.
Não obstante a angelina jolie dava-me mais tusa antigamente.....
Normalmente isso acontece-me depois de passar pelas coisas. Depois de ter dito que perante isto ou aquilo faria assim ou assado... E depois nada acontece como pensei, porque a vida arranja sempre um caminho fantástico para as coisas nunca serem, nem de perto nem de longe, como pensávamos, e pior, arranja sempre uma maneira de nos conseguir fazer ficar sem argumentos a não ser essa sensação de que "Dantes, ai se fosse dantes". Agora estou na fase do "Não comento!", "Não digo Nunca", "Não digo Sempre", prefiro dormir sobre as coisas e analisá-las após (eheheh falar é fácil, normalamente faço uma ou outra asneira, primeiro lololol)...
Nada como a emoção da primeira vez, e o êxtase da última (ou que assim se julgue)... Pelo meio anda a indignação, a habituação e a tal lei do menor esforço...
(falar é bem mais fácil, não é?)
Escrever é o mais fácil e o melhor escape, e dá para editar.
Falar é difícil. Muito difícil, logo para mim que domino na perfeição a grande arte de METER A PATA NA POÇA QUANDO DEVIA ERA TÊ-LA METIDO NA BOCA.
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