sexta-feira, agosto 19, 2005

...1, ...2, ...3, ...4, ...5, ...6, ...7, ...8, ...9, ...10. Onze...

É aqui, sobre o esterno, ou debaixo dele, não sei, assim, do lado esquerdo. Não é bem uma dor, é um incómodo, uma pressão que parece atravessar até às costas. Ocupa espaço e ocupa-me a disposição. Retesa-me os ombros. Custa-me a respirar, e é-me quase impossível sorrir. Fico irritada e sem paciência para ninguém. Não suporto que me toquem porque, senão, desafino, desatino e desmancho-me. E eu não me posso desmanchar. Tenho que me manter inteira, direita, ir buscar força não sei onde, olhar para a frente e acreditar naquilo que começo a esquecer. Às vezes queria poder fechar os ouvidos como fecho os olhos para não ver tristes espectáculos. Sempre me poupo memórias gráficas. Já aquilo que ouço, toca em loop, enche-me a cabeça e causa o aperto no peito. Vou por a música mais alto.

3 Comments:

Blogger Rebuçado de Funcho said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

sexta-feira, 19 agosto, 2005  
Blogger nelsonmateus said...

solução = berimbau + caxixi + atabaque + pandeiro + agogô + reco-reco

http://www.nzinga.org.br/Sound/som.htm

ps: nada d capoeira no escritório, certo?
pps: dá para aprender a tocar os instrumentos sem praticar capoeira?

sexta-feira, 19 agosto, 2005  
Blogger S. said...

:)
Vou perguntar ao meu professor, mas isso tb é capoeira.

sexta-feira, 19 agosto, 2005  

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