sábado, julho 22, 2006

A minha tropa.

Dos meus quatro avós, três deles estavam hoje no hospital. "A minha tropa", expliquei eu ao ortopedista de serviço*.
O meu avô materno está internado já vai quase para duas semanas. Como as visitas são muito controladas, o meu avô paterno decidiu atirar-se para o chão, no meio da rua, abrir o sobrolho, escanar os óculos e arranjar uma luxação do pulso direito só para conseguir ir ver o compadre ao hospital. A minha avó paterna foi com ele. A minha avó materna recusa aproximar-se do hospital. O meu avô materno tem dois grandes desejos com ele: 1) que a esposa se deixe de tretas e o vá visitar, e 2) comer um geladinho, uma torrada e um pinguinho.

* Dos três ortopedistas de serviço, todos os três eram lindos de morrer. Era um atentado à compostura desta neta de quatro avós octagenários... "Quem? Como disse, sôtor, sim, estou a ouVÊ-lo muito bem... aaah, sim... O meu avô. Pôr muito gelo, sim, bem preciso... ELE precisa, sim o avô...não eu, pois claro. Mais alguma coisa, doutor? (suspiro) O seu número de telemóvel...? O meu vem no processo clínico... Sim, avô, já vou... Obrigada, doutor. Eu vou só então partir-me toda ali fora e já cá volto, sim?... aai, deixe estar, eu tropeço já aqui."

1 Comments:

Blogger nelsonmateus said...

S. ... deixa lá os homens trabalharem e volta pra casa. ah! ah! ah! ah!

segunda-feira, 24 julho, 2006  

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