sexta-feira, julho 09, 2004

1974, Geração Trintage #4

Os meus amigos estão todos casados e as amigas já têm filhos. Já ninguém sai, ou se sai é só quando o/a respectivo está para fora em viagem. É tudo muito emprestado, muito condicionado aos horários dos infantários e dos hipermercados, aos programas com os sogros no dia seguinte de manhã. A espontaneidade não existe, a diversão pura é a excepção. E quando os casais saem (ou recebem em casa), fazem programas de casais e não convidam ninguém solteiro. É um misto de medo/admiração/inveja/pena. É estranho e é estúpido.
Eu sempre me dei melhor com rapazes, e às vezes precisava conversar. Só isso. Mas os meus amigos rapazes ou são novos demais ou completamente casados. As amigas têm mais que cuidar. Sem pecado nem má intenção, às vezes gostava de ir tomar um cafézinho com o/a amiga sem que o/a respectivo/a ficasse com ciúmes ou a sentir-se excluído. E sem horários, se fosse possível. Há demasiadas sensibilidades a considerar, sensibilidades de gente que eu mal conheço. É muito seca. E um bocadinho solitário, também. Resta-me a consolação de saber que não estou só nesta minha visão.

16 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não, definitivamente, não estás só.

P.

sexta-feira, 09 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Posso assinar por baixo? E tenho pelo menos mais uma que também assina de certeza, não estás - de todo - sozinha! Parece que estou a ver-me ao espelho, em cada vírgula e em cada ponto.
Também nos perguntamos muitas vezes onde é que há pessoas! Deve ser um problema típico desta idade para quem ainda não encontrou "o tal"! (No meu caso também devo incluir o factor esquisitice... escolhe-se muito e depois dá nisto)
Ou são muito novos, ou são calhaus, ou estão apanhados (e bem), ou têm traumas (os que já foram apanhados e agora soltaram as amarras)... Irra.

sexta-feira, 09 julho, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Se é verdade que os horários das escolas e da profissão condicionam um bocado, dizer que a espontaneidade não existe é um bocado exagerado :)

Quanto aos cafezinhos e os programas mistos também são possivel, os ciumes são idiotas e imaturos.

Mário (retorta)

domingo, 11 julho, 2004  
Blogger S. said...

Magnólia, agora sou eu que pergunto: Onde é que eu assino por baixo. Calhaus há muitos é o facto, e nem com muito boa vontade os conseguimos lapidar. Mas há que manter a esperança, amiga.

Mário. Tens razão. Os ciumes são imaturos, mas a instituição do casamento parece fazer certas pessoas ficarem ainda mais inseguras. De si mesmas e do parceiro. Pode parecer um contra-senso, mas é verdade. Acho que é a velha história do fruto proibido... :P

domingo, 11 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Pois é, esperança é coisa que não pode acabar, senão ainda nos tornamos umas sarcásticas-frias-anti-homens-solitárias-para-o-resto-da-vida, eh, eh! O problema é que - além de não haver pessoas, como tu dizes - a fasquia começa a ficar (até acho que já está) elevada, não tenho paciência para aturar certos comportamentos e personalidades "manientas"... principalmente quando já tivémos companheiros de quem gostámos muito e com quem nos identificámos bastante mas que, por um motivo ou outro, não deu resultado. Deves perceber do que falo!
No meio deste caos, costumo dizer que lhes dou uma oportunidade de me mostrarem o seu melhor, mas os homens não sabem aproveitá-la! Parece que agora não sabem ser genuínos, só querem é impressionar! WRONG!! Fica tão mal tentar passar-se por algo que não se é... à primeira contrariedade cai logo a máscara. São calhaus ou não são?? Bom, e já nem falo naqueles que são NATURALMENTE calhaus, aquilo não vai lá nem com molho barbecue... É isto que nos resta?? Por muito mau que seja o cenário, prefiro continuar com a minha (grandiosa) esperança! E com o meu jardim, que está recheado de flores maravilhosas e visitantes à altura! Como tu.

domingo, 11 julho, 2004  
Blogger S. said...

Mais uma vez, onde é que eu assino? Onde é que eu assino? Onde é que eu assino?!?
Agora és tu que me tiras as palavras dos dedos. Sim, eu tive alguém de quem gostei muito, mas que naturalmente acabou, e sim, as pessoas que vou encontrando demontram uma tremenda falta de coragem, muito show off e muitos traumas por resolver. É desarmante. Mas sabes que mais, agora eu espero que alguém me encontre. Cansei-me de buscar e errar. O meu juízo de carácter anda pouco afinado. Agora deixo fluir. Quero alguém maior que eu e que venha livre e só para mim. Quem espera tem esperança, não é assim?

segunda-feira, 12 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Ai, ai, ai! Agora sou eu, agora sou eu! É para assinar, ó faxavôri! Admito que nunca fui de procurar, até porque tenho noção que isso implica comparações - 1º passo para não dar certo - mas sempre fui de dar oportunidades. Só que agora, circunstâncias oblige e desilusões confirmam, também prefiro que alguém me encontre! Estou na minha.
Tens a certeza que não és aquela rapariguita jeitosa (gaba-te cesto...) que eu vejo no meu espelho?

segunda-feira, 12 julho, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Eu não sou muito novo, nem me considero "calhau", por isso, devo ser "apanhado" ou tenho traumas. :)

P.

segunda-feira, 12 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Eh, eh... faz lá uma análise profunda e vê se não há nada rocambolesco aí escondido. Se não houver... SÍLVIAAAAA, ACHÁMOOOOOOOOS!!!

segunda-feira, 12 julho, 2004  
Blogger S. said...

E que mais P.? Que mais?
Estás mais a Norte ou mais a Sul?
Fala connosco. Não nos escondas mais nada!
:)

segunda-feira, 12 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 13 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

terça-feira, 13 julho, 2004  
Blogger S. said...

Pois, mas olha... não é a quantidade da coisinha, é o que fazes com ela! E com tudo o resto...lol

terça-feira, 13 julho, 2004  
Blogger Magnolia said...

Ai que com esta história da "coisinha" até os meus comentários ficaram perturbados, fizeram as malas e foram embora... como é que eu recupero aquilo? Hummm...

terça-feira, 13 julho, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Perem lá! Falta uma coisa a assinalar! E aqueles olhares das ex-amigas-solteiras que nos remetem logo para amantes oxigenadas em promoção Jumbo, hein?
É! Eu tou sempre a dizer que não tenho jeitinho nenhum para amante...MAS ELES INSISTEM, PÔRRA!
Isto de ser loira tem os seus traumas, ou fetiches, ou não sei o quê e coiso e tal!

(Era eu que também assinava por baixo)

Orquídea

quarta-feira, 14 julho, 2004  
Blogger S. said...

Ex-amigas ou ex-solteiras? Ou ex-amigas porque ex-solteiras (este caso ainda não ocorreu)? Pois. Eu tenho mais o karma (e muita calma) também para colocar amigos ex-solteiros de volta na senda da fidelidade. É que os mocitos vêem-me solteira e acham logo que há liberdades. Sou a amiga, confidente, gira, inteligente, liberal e, já agora...coisa. Há que saber arrefecer o sangue.
Eu sou daquelas que acho que cada um sabe de si e ninguém é responsável por ninguém, mas às vezes (sempre) manter a amizade é mais importante que manter a companhia.

quarta-feira, 14 julho, 2004  

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