Subitamente..
Subitamente ando com muito trabalho. Tanto trabalho que a mente se mantém ocupada com frivolidades publicitárias, e não pensa em coisas profundas e de interesse para a blogosfera. Também ando lá do outro lado, a preparar a viagem. Sei lá, melhores dias virão. E posts também.
7 Comments:
Há dias assim...
O meu hoje foi vivido intensamente com os meus botões. Acordei com a ideia de que um sonho me escapara e, com a neura por ter acordado sem saber o fim. É sempre assim! Quando estamos prestes a ver quem é aquele mesterioso amante...PIMBA...mudam de canal e acordamos!!
Reparei que és do Porto, que por acaso visito frequentemente por motivos profissionais. Todos aqui em baixo acham que são mais hospitaleiros...mas eu confesso...É MENTIRA! Cada vez que estou aí, sou levada ao colinho por todos. Desde o recepcionista do hotel, ao empregado do restaurante, ao tiozinho que vai de PORCHE para a faculdade, até mesmo os camionistas têm pirôpos imaginativos! Lisboa, qual quê?? Qualquer dia troco os "V's" por "B´s".
ORQUÍDEA (...uma escapadinha do jardim da Magnolia)
Olha que eu estou aqui, sua fugitiva!!
Quem disse que os lisboetas são mais hospitaleiros?? Então comparando com o pessoal do norte é que não somos mesmo, mas a mim ninguém me tira a minha Lisboa... Nasci aqui. Não consigo imaginar-me a viver noutra cidade... este céu não existe em mais lado nenhum.
Cada um tem de defender o seu cantinho, certo? Com todos os defeitos que possa ter. Mas quando se gosta a sério, sabe-se contornar esses defeitos... E isto serve para tudo.
Ó feluores do jardinhe da Mágnólia! Bámos lá bêre!
Como moro no Porto não vos sei dizer se somos mais ou menos hospitaleiros. Mas orgulhamo-nos da nossa terra e por isso queremos que quem cá vem se sinta bem. Claro que este comportamento decorre muito do enraizamento das pessoas daqui. A gentes do Porto sã maioritariamente de cá do Porto ou, pelo menos, da região Norte. Em Lisboa, existe gente de todos os lados e muitos estrangeiros que para lá foram ganhar a vida e que suspiram pela folga ou pelas férias ou pelo dia em que poderão regressar às terrinhas. Se a vida não correr muito bem, isso reflecte-se nalguma indiferença ou até indiponibilidade para o serviço ao público. E depois também há que levar em conta a forma de abordar quem nos serve. Um sorriso origina outro sorriso, o facto de valorizar a outra pessoa estabelece logo uma relação de alguma confiança. Se abordarem uma empregada de balcão sem lhe sorrir, é natural que ela também não sorria (apesar de ser um comportamento muito pouco profissional).
Nunca fui propriamente maltratada a sul. Sinto que as pessoas são um bocadinho mais educadas, mais simpáticas mas plásticas, mais esquivas, há mais estilo mas também mais estranheza em relação ao ser-se de outra terra que não Lisboa. Nota-se um grande desconhecimento em relação ao resto do país. Para os lisboetas, ser de outra terra que não seja Santarém, Vila Franca de Xira, Setúbal ou Amadora, equivale a ser de uma qualquer terra longínqua que quase que merecia um lugarzinho no Jardim Zoológico por ser tão curioso, tão castiço, tão provinciano. E isto nota-se ainda mais no uso da lingua Portuguesa. Todas as terras têm vocábulos próprios, expressões típicas, e em todo o Portugal essas expressões são aceites com normalidade. Apenas os lisboetas parecem sempre surpreendidos quando escutam alguém usar uma palavra que não consta do dialecto alfacinha (e nem precisa trocar os v's pelos b's)...Aí sim, os lisboetas roçam o provincinismo que tem medo do que (não sendo novo) é diferente...
Podia escrever para sempre sobre o assunto.
Mais uma vez (isto começa a ser repetitivo) concordo contigo e não gosto nada deste nosso "ar superior" em relação a toda a gente que é de fora de Lisboa. Mas há uma coisa que adoro: sotaques. Sotaques, expressões... adoro. E muitas vezes tenho medo de ser mal-interpretada, porque as pessoas pensam que quando digo isto é por gozo. Nada disso! Além do facto de conseguir pegar facilmente num sotaque qualquer e imitá-lo, mas é porque gosto mesmo! E tenho uma tendência natural para começar a falar com sotaque assim que ouço algum, imagina, muitas vezes tenho de me controlar para ninguém levar a mal... Então com as "tias" - ou as que têm a mania que o são - é automático.(Mas quanto a essas admito que já é para gozar, odeio gentinha armada ao pingarelho!) E isto acontece com outras línguas também. Olha, a Orquídea que conte a quantidade de vezes que íamos sendo apanhadas... Como é que se explica a alguém que não estamos a imitá-lo por gozo e sim por uma mania qualquer que nos está nos genes?? Pois! Bem, podia dar-me para pior, não era? Desde que não leve uma tareia de alguém menos predisposto... ufff...
NÃO ME LEVEM A MAL, POR FAVOOOOOR! JURO QUE NÃO É PROVINCIANISMO, EU GOSTOOOOOOOOO, JURO QUE NÃO FICO A OLHAR PARA AS PESSOAS COMO SE FOSSEM EXTRATERRESTRES, APENAS GOSTOOOOOO! (Tá...?)
Magnolia, à espera que lhe façam a folha!
Ó menina-ge! Teinhum calma que ninguénhe bos bate, carago!
O pôbo é sereno. Afinal gente tebe aqui umamóm cheia de istrángeiros que nem português falábum e gente num lhes bateu!
É bonito, sim senhor, os sotaques, as expressões, mas sempre numa de troca. Não penseis, ó alfaces de jardim, que não tendes sotaque ou expressões caricatas. O que se passa é que o resto do país já apanha convosco na telinha todos os santos dias, a falari à lisboêtah, e já não se surpreende com nada que vós dizeis. Mas em paz. Sempre.
Ó-ulha, se estibeisses à minha beira, dába-tumbeijo!! C'um carago, moçoila mai linda!
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