quarta-feira, julho 10, 2019

Calma, a minha alma precisa de calma.

Devagarinho, devagarinho, esta frase vai-se enraizando no meu ser. De cada vez que tenho mais energia do que escapes, mais ideias do que energia, ou mais vontade do que razão, lá vem o conselho "Calma, sua alma precisa de calma". E eu lá me acalmo, lá me centro e lá me perdoo por não fazer mais, não ir a todas, ou até por não ir e não fazer de todo.
Atrás de um dia vem sempre outro, com mais energia ou melhor vontade, e as coisas têm sempre uma forma de se comporem.

Sinto-me a aprender a dizer "não", a poupar-me um pouco mais, a reservar-me para aquilo que realmente quero. E quando faço isso, reparo que tenho mais tempo para planear aquilo que quero para mim, para me mimar, para fazer o que ninguém faz por mim, mesmo que possa.

Nunca fui de esperar pelos outros para fazer o que quero porque sempre senti que, se assim fosse, jamais iria a lado algum ou faria fosse o que fosse a tempo.
Sou rápida a dizer que sim aos convites alheios, justamente porque detesto que sejam lentos a dizerem-me que sim a mim. Mas agora, digo com mais calma. Já não empenho a alma.
Agora o pagamento é à vista, e estou longe de ter liquidez.
Vamos com calma, porque, afinal, vamos com a alma.