quarta-feira, fevereiro 16, 2005

A irmã Lúcia morreu.

A Madre Teresa já lá está e o Papa anda muito mal. Eu só recolhi um cachorrinho da rua em toda a minha vida e pago todos os meus impostos. Quanto a ti, meu caro, a tua causa faliu.
Convenhamos que, nos termos da nossa incipiente relação que nem de amizade conseguiu ainda ser, eu permitir-te a quebra de um compromisso mais uma vez, começa a raiar as barbas da otarice. Sou boazinha, não sou otária. Sou boa praça, compreensiva, e até tenho dias em que aceito a fraqueza humana. Mas agora todos os semáforos vermelhos se acendem. Todos os sinais de perigo se amontoam. A escrita da parede está fluorescente e em letras garrafais. Não quero e não vou investir um segundo em ti. Esgotaste todo e qualquer crédito. Falhançozinho medíocre. E o pior disto é que era mesmo evitável, tão facilmente como cumprir premissas básicas das regras de convivência e cortesia em sociedade. Não foi por falta de recursos, não foi por impossibilidade técnica. Já sei que me vais dizer que já era muito tarde para ligar, que não tiveste coragem de me incomodar, que não tiveste coragem. Ponto. E esse é o ponto a que quero chegar. Falta de coragem em situações tão simples é uma promessa de desgraça quando a força de carácter for realmente necessária. Dizes-me que falhas com muitas pessoas, mas isso não te desculpa comigo. Muito antes pelo contrário, é um daqueles sinais de aviso muito claros. Trabalhas de manhã até à noite, jogas futebol todas as noites com os patrões e não tens telemóvel. Duuuuuuh.
Também não tens tomates. E esta é a única coisa em que acredito.