Às vezes, sento-me e observo.
Olho à volta e deixo-me estar a ver as vidinhas dos outros, as suas atitudes, aquilo que fazem para se convencerem de que está tudo bem. Eu não sou juíz do que está e não está bem, mas por vezes, a realidade alheia é frágil como um cristal num aula de canto.
Não tenho paciência, confesso. Olho, escuto, sorrio e não digo aquilo que penso, ou seria a última vez que teria essa oportunidade, o que, em boa verdade, também não interessa nada.
O que interessa é que estou a salvo de uma boa percentagem da gente que eu costumava observar e tolerar. O que interessa é que tenho nova leva de gente que me põe triste por desperdiçar os meus momentos de contemplação com personalidadezinhas muito pouco fascinantes.
Busco gente interessante.
Felizmente, começam a brotar algumas almas dos cantos cá do burgo.