quinta-feira, setembro 30, 2004

Silvia, the Fool.

Curiosamente o livro que me acompanhou nas férias foi "The Queen's Fool". Isto há coincidências...

The Fool Card
You are the Fool card. The Fool fearlessly begins the journey into the unknown. To do this, he does not regard the world he knows as firm and fixed. He has a seemingly reckless disregard for obstacles. In the Ryder-Waite deck, he is seen stepping off a cliff with his gaze on the sky, and a rainbow is there to catch him. In order to explore and expand, one must disregard convention and conformity. Those in the throes of convention look at the unconventional, non-conformist personality and think What a fool. They lack the point of view to understand The Fool's actions. But The Fool has roots in tradition as one who is closest to the spirit world. In many tribal cultures, those born with strange and unusual character traits were held in awe. Shamans were people who could see visions and go on journeys that we now label hallucinations and schizophrenia. Those with physical differences had experience and knowledge that the average person could not understand. The Fool is God. The number of the card is zero, which when drawn is a perfect circle. This circle represents both emptiness and infinity. The Fool is not shackled by mountains and valleys or by his physical body. He does not accept the appearance of cliff and air as being distinct or real. Image from: Mary DeLave http://www.marydelave.com/


Which Tarot Card Are You?
brought to you by Quizilla

quarta-feira, setembro 29, 2004

A cidade da luz vermelha.

Três semanas foi o tempo que demorou uma miríade de semáforos a invadir a cidade.
Cresceram como uma praga de cogumelos. O Porto está pejado deles. E para além dos que eram uteis e necessários, agora há um monte deles em locais impensáveis. Para quê uma regra de prioridade quando se pode ter um semáforo? Para quê um sinal de STOP quando um semáforo alumia três vezes? E que tal, uns semáforozinhos nas rotundas? Ein? Ou ainda não tiveram tempo para os plantar também aí? Já agora queria um no meu jardim, se sobrarem, claro, para parar os caracóis.
O Natal chegou mais cedo, e para ficar todo o ano. Ridículo!

Silvia Presa no Filtro.

Estou definitivamente de volta. De volta ao trabalhinho que não me preenche, aos amigos de agenda preenchida, às coisas corriqueiras de que me socorro para me preencher o tempo. E sinto-me tão vazia agora. E presa. E só. Muito mais só do que quando estava longe e a pensar nesta gente. Esforço-me por pensar que é apenas um momento menos alto, um anticlimax, uma certa saudade instalada, um desajuste. Mas sinto-me a ser esmagada pela máquina do costume, da rotina, da vontade alheia.
Escrevo enquanto faço horas para o trânsito desanuviar eu conseguir chegar a casa com o minimo de inconveniente possível. Estou presa aqui para não ficar presa no transito. E também não é para casa que me apetece ir. Não é uma prisão, mas é-o se não houver alternativas. Apetecia-me ter algo para fazer, ter alguém com quem ir tomar um cafézinho descontraído numa esplanada para curtir os primeiros raios de sol de Outono. Mas não há ninguém. Tal como não havia ninguém para viajar comigo. Toda a gente tem uma agenda preenchida, tem hábitos, costumes, rotinas. E eu olho e acho que é tudo tão vazio. Toda a gente tem obrigações tão chatas. Porquê ir para casa logo a seguir ao trabalho? Porquê passar os fins de semana enfiado em casa ou na cidade? Porquê planear para poder sair? Porque não aceitar um convite e quebrar a rotina? Está tudo tão preso. As prisões do outros prendem-me também! E eu não aceito. Só me apetece viajar outra vez.

segunda-feira, setembro 27, 2004

Terra chama Silvia.

E a Silvia volta à terrinha com vontade de conhecer mais a Terra.
Grande. Foi muito bom.
Ainda tenho tudo que actualizar do outro lado, mas pelo menos já cá estou. Mas apesar de só cá estar há dois dias, já me apetece partir outra vez.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Estou ali ao lado

Vou-me embora. Vou de férias, finalmente, mas com a sensação de que é a primeira vez. Vou sózinha e completamente entregue a mim mesma. Vou sózinha porque não quis que ninguém me obrigasse a mudar um único plano, ou me obrigasse a fixar um plano que fosse. Vou livre. Vou crescer. Não sei como vou estar quando voltar.
O pessoal despede-se todo de mim e isso aperta-me o estômago. Tenho medo, mas isso até é bom. É um desafio e eu adoro desafios. Como dizia o Paul, que há três anos me ofereceu esta viagem, "as soon as you find yourself left to your own devices, the survival mode will kick in and you'll feel great." Obrigada, Paul. Pela viagem, pela amizade e pelo presente mais generoso de sempre, o de me concederes uma oportunidade para me descobrir um bocadinho melhor. É um exemplo de amizade que não esqueço e espero poder transmitir adiante.
Eu vou escrevendo. Aqui. E ali ao lado onde diz BLOG DE VIAGEM, "Onde eu Estou" e que fica em em http://poraii.blogspot.com.

Bem.
Vou-me. Fui. Volto daqui a um mês menos um bocadinho.

:)X
Silvia sem filtro nem coadores. Beijos.

Telemóvel morto, telemóvel posto.

Perdi o telemóvel ou roubáram-mo. Sinto que foi feita uma purga, tendo ficado apenas com os contactos de quem me interessa, e perdido um monte deles que só ocupavam espaço. Sinto falta do fiel companheiro de uns dois anos, e dá-me trabalho domesticar o equipamento que se segue, o que me chateia um bocado. Só lamento a perda das mensagens, aquelas que andava há muito para passar para um caderninho, aquelas em que os amigos anunciam os nascimentos dos filhos, e as declarações de amor e amizade tão sinceras e valiosas enviadas a meio da noite. Felizmente, muitas delas ficaram gravadas numa outra memória que não a do telemóvel.

quarta-feira, setembro 01, 2004

O tempo responde ao tempo.

E o tempo diz tudo. Mostra tudo, ilumina, perspectiva, esclarece, ensina. O tempo é grande. E o tempo vale o tempo que demora.