segunda-feira, janeiro 31, 2005

*Não se** aproximem* deste post*.

º º*º


*º º

º º*


º º**



Cof!* *** * cof!...aaah.. cof! **ºº***cof* *º* ºº* * ** arrrghhh*ºº*cof cof!... ºº
Eu queria **escre*ver um post* sobre como a doença é **(cof!) psicológica **ºe como* vou ***(cof! arrrgh)...**conseguir resistir ao surto* *de gripe depois de ontemº ter estado *º**a mimar um *(cof! arrgh...cof!**º*) menino**º que tossia 50 vezes por *minuto* e sobreaqueceu (cof!) aos 40º graus de *febre. (Cof! aaah...Cof!Cof!)
Mas a tosse faz-meº trocar os dedos e (cof!) o écran está *coberto de perdigotos...º º
º







º

domingo, janeiro 30, 2005

Que moca!

Domingo. Tou moidinha. Dói-me o corpinho todo. Os braços pesam, as pernas também, o pescoço estala todo. Acção: zero. Energia de sobra: nenhuma. Se não soubesse que tinha sido exactamente o contrário, ia dizer que tinha apanhado uma tareia.

Moving on.

A vida é feita destas coisas. De pessoas que chegam e reclamam a nossa atenção e pessoas que se afastam ou de quem nos afastamos e nem sabemos porquê. O equilíbrio é difícil e parece sempre injusto. E ainda tenho para conhecer todas aquelas pessoas que ainda não conheci e que ainda não consigo imaginar o efeito que terão na minha vida.

sábado, janeiro 29, 2005

"Não confunda amizade com capoeira."

Sábado. Momento de revelação. Tava com com pouca energia, resultado de só me ter levantado pouco antes das 5 da tarde. Fomos para o treino, ginga pra aqui, ginga pra lá, queda de rins, dói-me os braços, estou com sono. Queixada armada duas vezes para cada lado, martelo pulado e parafuso. Tem dias em que voo, hoje não levanto o cú do chão. Pronto, pessoal, vamos jogar. Meia desconcentrada, vou largando os golpes com pouca convicção. Adoro jogar com o professor, mas o meu jogo é mais no chão, quando ele sobe eu corro perigo. Fecho o jogo porque estou cansada, ele não me deixa parar e acerta-me martelos e chapas para eu reagir, ok, felipe, tá bom, vamo lá. Gostei. Entram outros para jogar e eu sento-me na roda a observar. E depois volto a entrar, ainda com pouca convicção, numa de poupar as energias. O professor diz, escutem a música, joguem no ritmo, nem mais rápido nem mais lento. Tudo bem, o ritmo tá bom, mas este fulaninho tá a fim de me acertar, e vem para cima com muita rapidez, eu mantenho o meu ritmo e até canto a música, gingando no compasso, mas ele é todo pressas, todo precipitado, e não me apetece jogar assim e dou a volta o mundo. Ele vai e acerta-me um martelo pelas costas. Muito feio, muito baixo e muito desesperado. Uma regra de cortesia que eu não admito que seja quebrada. Vou no pé do berimbau e recomeço o jogo. "Tu não és o Felipe". Cumprimento e entro pra castigar. Agora não há falhas, o nível é outro, e esqueço-me das reservas, esqueço a amizade e fica só a capoeira. E o pé aproveita todas as oportunidades, sem piedade, sem amizade, só o jogo. Quando ele fica no chão, eu pulo à volta dele, esperando ele se levantar, imaginando que seria fácil meter o pé na cabeça dele, me distraindo na ginga para não ceder à facilidade. Um jogo atento, directo, mas com justiça. O cansaço desapareceu, já nem me lembro que alguma vez existiu. Sinto aquele travo na boca, o fio da navalha, a linha que separa malícia de maldade. Não lhe toco uma vez, apesar de o pé passar sempre rasante. Ele acerta-me um martelo que eu protegi com o braço. Se doeu, não senti. Tás a dar-me mais razões, o bicho já pegou, agora vai morder. O professor levanta-se e compra o jogo. No momento certo.
Não gostei do que fiz, mas devia passar a gostar. Tudo o que fiz estava certo. Ele sabe que sim, a amizade é intocável, mesmo que, na capoeira, a gente se desfaça. Devia estar orgulhosa, mas sinto-me vazia. Mostrei o lado lunar, tal como o mestre tinha avisado. A personalidade de cada um se revela na roda de capoeira. Joguei certinho, mas joguei perigoso. Deixou de ser confortável. O professor diz que só a raiva me desperta e que ele adorou ver esse jogo. Que é assim que tem de acontecer. E que eu tenho de jogar sempre assim, mas sem a raiva. Que tenho de me libertar da comiseração, e jogar solto, só com responsabilidade. Alguém me disse um dia: "Não confunda amizade com capoeira". Entendi.

sexta-feira, janeiro 28, 2005

Orgasmos femininos.


E tudo o mais que te continua a intrigar, em directo e com testemunhos reais, na página dos comentários.

Eu que prevarico.

"Prevarica" é uma palavra tão gira, tão vaporosa, tão bem sonante que até acho que quem prevarica não merece castigo.

quinta-feira, janeiro 27, 2005

Conversa de redactores (fora do horário do serviço) - editado

Dizia ele:"... no futuro, quero que a minha assinatura corporativa seja:
YYYY, o homem que sabe o que fazer com a língua"
Ao que a colega responde: ":P"
Segundos depois ela acrescenta: (XXXX n consegue evitar salivar muito muito)
Ele avança: "a saliva tem propriedades extraordinárias."
Ela reforça: "e a língua, se tu o dizes... "
Ele continua: "é talvez o produto humano que está mais próximo dos deuses."
Ela conclui: "...saliva, o lubrificante dos deuses."
Ele entra em êxtase: "ó, a saliva!"
Ela acompanha: "salivemos pois"
(as imagens mentais encatadupam-se. Alguns momentos de silêncio e introspecção, talvez mesmo um telefonema, quiçá a satisfação de uma necessidade fisiológica)
Finalmente, ele revela-se: "ó caramba, posso também roubar-te essa do lubrificante dos deuses?"

Prece.

Livrem-me dos homens de pila curta e ego comprido,
que com os outros posso eu bem.

Postsicle.


Procuro um post novo sobre algo completamente fresco, algo perfeitamente inspirado em coisa nenhuma, sem predecentes ou citações existentes, que nunca ninguém tivesse visto ou sobre tal se tivesse pronunciado. Um novo sabor, uma novidade absoluta.
Se calhar, basta-me um chupa.

.

Não achas que dás
demasiada atenção ao meu blogue?
Isso é sinal de demência.Trata-te.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Sticks and stones...

Eu tinha oito anos quando, numa noite mal iluminada, indo eu a correr num parque de campismo, uma cadela pastor d'alsácia, me derrubou pelas costas e me mordeu com alguma gravidade na perna direita. Quando me virei, os meus olhos cruzaram-se com os do animal. Ela sabia que tinha feito mal e fugiu a correr para se esconder debaixo da roulotte de onde não deveria ter saído.
Quando me pediram para reconhecer a cadela, ele comportou-se comigo de forma extremente meiga.
Hoje encaro isso como uma lição de vida. Há coisas que já não me impressionam.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Trabalhinho, trabalhinho.

Do bom e do barato, a melhor cura desde o óleo de rícino.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Queda livre.

É tudo bom até ao fim.

Post amordaçado.

Este post é demasiadamente pessoal para ser publicado. Em substituição deste post, segue uma série de imagens mentais que podem incluir uma mordaça, um adesivo largo, forte e normalmente cinzento - a fita castanha não cola -, boca cheia de papel, esponja ou pior do que isso, marshmallows, de novo, uma mordaça, ou várias, e, no final de tudo isto, uma vontade imensa de gritar na total impossibilidade de que saia o post que eu queria publicar.

No vermelho.

Às vezes, canso-me mesmo de ser como sou. Já não tenho paciência para mim. Sou intensa demais, observadora demais, aparentemente inteligente, mas, na verdade, sou mesmo muito burra. Falo com certezas que não tenho, agarro-me a teorias que só funcionam para os outros. Encontro respostas para toda gente, embora para mim só encontre perguntas. E depois pergunto-as aos outros e eles não sabem responder. Tou cansada. E quando fico cansada, fico irritada, e quando fico irritada, fico triste, e quando fico triste, fico sem energia, e quando fico sem energia não sei onde a hei-de arranjar. Estou a chegar ao vermelho.

Que lata.


Eles comem tudo,
Eles comem tudo,
Eles comem tudo e não deixam nada.

Pescadinha de rabo na boca.

Mais um dia, ou dois, seguidos de uma noite. Ou duas.
Num dia tudo pode mudar. No dia seguinte, afinal, fica tudo na mesma.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Do you speak english?

And now for something so absolutely laughable, it can make you cry.
LOLOLOLOLOLOLOL

Patinhos felizes.


O sol brilha. Encontrei um novo eMac na minha mesa.
Os patinhos perfilaram-se, orgulhosos. Hoje o dia começou bem.

Voltei ao ataque.


Ando pela avenida a horas desencontradas. Gosto desta vida, já me habituei. Nem sempre gosto dos clientes, mas esforço-me por lhes proporcionar a satisfação que não encontram em casa. Nunca os beijo, mas afago-lhes os ânimos. Por vezes, não me compreendem, não me respeitam e até me agridem verbalmente. Outros gostam das palavrinhas que lhes sussurro quando me escutam. Daquilo que pagam, só vejo uma parte infima que mal dá para alimentar o vício. Por isso, volto todos os dias. E não sou a única.

Centro de Saúde · parte III

E depois esperei hora e meia e depois fui atendida em 4 minutos e depois tomei a pastilha e depois fiquei bem. End of story.
Agora mudemos de assunto, que estes posts estão longos demais.
:)

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Centro de Saúde · parte II

Cheguei antes das 15h, como a médica me havia indicado. Pus-me em fila e esperei. Esperei, e esperei. Uma jovem estava a ser atendida no guiché, e continuou a ser atendida. E continuou, e continuou. A julgar pelo tempo que demorou o atendimento devia estar a ditar o processo clínico com os numeros por extenso, alterar os dados da família próxima e distante, a saldar as dívidas à Segurança Social, a pagar a água, a luz e o telefone e ainda a registar os números do Euromilhões. Para sorte das cinco pessoas que, atrás dela, esperavam em fila, lá foi preencher um formulário numa mesa ao lado, o que permitiu atender umas três pessoas. A médica chegara entretanto, passavam uns 20 minutos das três da tarde. Foi vestir a bata, tomar cafézinho e veio buscar as inscrições. A minha inscrição não seguiu no lote porque eu ainda estava na fila e a primeira moça ainda estava a ser atendida.

Finalmente chegou a minha vez. Comecei por dizer boa tarde. A funcionária olhou para mim como se lhe tivesse dado uma grande novidade. Depois, educadamente, expliquei-lhe que tinha vindo de manhã, e que a médica me dissera para voltar de tarde, para a consulta de recurso. Do lado de dentro do guiché apanho logo com um tom inquisidor e desconfiado: "A doutora disse-lhe para vir ao recurso?!?... E é urgente??" Disse-lhe que sim, com um olhar de carneirinho mal-morto e um sorriso do mais amarelo possível, o qual foi perfeitamente ignorado pela funcionária.

Enquanto aguardava que a senhora preenchesse o que tinha a preencher num terminal de computador arcaico, uma fulana não parava de tossir atrás de mim. E momentos mais tarde, já não parava de tossir ao meu lado, tão ao meu lado que a mão que devia tapar a boquinha estava apoiada no balcão de atendimento.Tapei a cara com a mão, reduzi o número de inspirações por minuto, e mentalizei-me que não levaria dali uma doença que não me pertencia. Assim que pude, escapuli-me para a sala de espera.

Centro de Saúde · parte I

A última vez que tentei marcar uma consulta no meu Centro de Saúde disseram-me que sim senhor, que teria consulta daí a 6 meses. Como? Seis meses? "A doutora tem a agenda cheia e depois vem o verão e depois está tudo marcado para Setembro, portanto só mesmo para Novembro". Obrigada, deixe lá, eu morro entretanto.
Queria ter marcado uma consulta porque não gosto de "ir às vagas". Primeiro, porque é uma violência ter de lá estar às 8 da manhã, rodeada de criancinhas indispostas (e com razão) e velhinhos cheios de espectoração. Segundo, porque o máximo de atenção que consegui da minha médica numa vaga durou menos de 5 minutos. Queria conversar com ela, por isso, pensei, numa consulta conseguiria talvez uns...6 minutos. Em vão. Sempre.

Nas últimas semanas, tenho andado em baixo. Achei que a coisa ia ao sítio, mas ontem tudo se complicou. Fiquei com febre.
Passei a noite com febre e decidi que desta tinha mesmo de ser. Como utente do SNS responsável que sou, não me dirigi ao hospital, onde até tenho uns conhecimentos, mas sim ao meu Centro de Saúde. Como mal dormi a noite toda, acordei tarde. Eram 11 e qualquer coisa quando lá cheguei.
Dirigi-me à secretaria e expliquei que não tinha consulta marcada e perguntei se poderia ver a minha médica ou, em alternativa o médico de recurso. A funcionária tratou-me como se eu estivesse a pedir uma audiencia com o Presidente da República. "A esta hora? Tinha de cá ter estado para as vagas às 8 da manhã!" Mas essa hora foi-me impossível. "Olhe, suba as escadas e vá à sala de consulta da doutora e pergunte-lhe se ela a recebe". Está-me a sugerir que interrompa uma consulta? "Vá! Bata à porta e pergunte. Eu não posso fazer nada."E encolheu os ombros. Eu guardei o Cartão de Utente e subi as escadas.
A sala de espera estava vazia. Os médicos estavam a receber delegados de informação médica. Só a minha médica estava a dar uma consulta. Em frente à porta, o horário dizia 8h/13h. Ainda estou dentro do horário. Eu espero.
Era meio-dia e meia quando ela terminou de consultar uma amiga e as duas filhas. E eu ali, sem vontade de comer há dois dias e sem grande energia, dirigi-me a ela e perguntei se ela me daria 5 minutos. "O quê? A esta hora?! Tenha dó, menina! O que é que tem? Eu disse-lhe, e que já me sentia assim há umas duas semanas. "Ah é? E só me aparece hoje e ao meio dia e meia? Volte cá de tarde, ao recurso. Eu recebo-a nessa altura". A minha médica sempre foi rezingona, mas no fim esboçou-me um sorriso. Até logo, então, sôtora.

Os Centros de Saúde não são user-friendly, definitivamente. O meu esforça-se por me recordar desse facto sempre que lá vou. E quando lá vou, ainda sinto que vim incomodar. E depois espantam-se que os portugueses se auto-mediquem, ou que recorram às farmácias antes de recorrer a um Centro de Saúde.
Vou lá daqui a nada. Vou agora mesmo. Não me quero atrasar para uma espera que pode demorar até às oito da noite.
Que incómodo!

terça-feira, janeiro 18, 2005

Self-fulfilling prophecy.

Jamais te tentarei desiludir. Jamais tentarei provar seja o que for, e muito menos desenganar-te. Por isso, o que pensares de mim é aquilo que de mim verás.

Teoria da conspiração.

Gostou? Sentiu-se bem a cavar o fosso ainda mais fundo?
Pois agora este post é para si:
Vá para a puta que o pariu e, já agora, meta o fax pelo cu acima.

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Soneca, Mocotó e Encravado.

Estávamos os três na sala a ver televisão. Nós os dois gostamos muito do terceiro. Ele estava emocionadíssimo a assistir à novela. Nós os dois nunca vemos novela, nem apreciamos o género e não seguíamos a história, mas, naquela noite, a amizade entre os três fez daquela novela o melhor programa do mundo.

Sinais de fumarada.


Perdi-me da minha tribo e agora não os encontro... Eu sei que eles andam aí. Eu sei que existem porque de vez em quando, por breves momentos, sinto que pertenço, que comunico, que nada é complicado, que tudo flui naturalmente... São breves momentos, horas por vezes, talvez dias sem história, em que a mente brilha, o discurso voa, a energia sobe. Mas depois fujo, afasto-me, e remeto-me à segurança da minha inacessibilidade. É melhor assim, ou talvez pior. Eles andam aí. Pois, eles que me encontrem a mim.

Transplante de maçã

O meu mac ficou doente e teve de ser operado. Fiquei triste porque as maçãs são muito mais do que computadores. O senhor veio e transplantou o caroço para uma casca muito maior. Por dentro, a fruta é a mesma. Tem o mesmo aspecto, comporta-se da mesma maneira, igualzinho, só que tem mais espaço, muito mais espaço e parece que tá cheia de ar. Agora posso espraiar as minhas janelas e os meus desintitulados, mas continuo a concentrar tudo em frente ao nariz. Por fora, a casca tá grande, tão grande que a fruta toda nem cabe em cima da mesa. Mudei de mesa, mas 'tasse' bem. Agora até já me ouço a pensar e até me ouço a escrever.

#$%#$!@##&%$"#@fl#!!


Há quem não entenda um caralho daquilo que eu escrevo. Há quem não entenda um caralho daquilo que eu digo. Há quem não entenda um caralho de nada, nem mesmo porque me fartei de escrever caralho neste post. Eu explico: porque posso, caralho!

Tu pedes demais.

Esticas os ramos e tentas tocar-me. Aproximas-te de mim e tentas acariciar-me. Sempre que me vês, tentas falar-me. A tua intenção é boa, mas só consegues irritar-me.

Elogio.

Um cão que ladra demais, manda-se abater. Podia ter sido um bom cão de guarda, quiçá ter salvo uma vida. A um pamonha que só sabe dormir e cagar, acha-se muita piada e catam-se pulgas até morrer.
O elogio da sonsice.

Quero ir.

Um amigo meu viajou para longe. Agora sim, sinto-me parada no tempo. Aqui todos os dias são iguais, todas as experiências são controladas, aqui pouco ou nada se aprende, e quase tudo se vicia. Ele é que está bem e eu não desejo que ele regresse. Quando muito, desejo partir também.

Que não se volte a repetir.

Nunca fazes nada cá em casa! És impressionante, rapariga. Ninguém pode contar contigo para nada. Bem podias fazer alguma coisinha, tens bom corpinho. Eu levanto-me de manhã para fazer as coisas, trabalho o dia todo e ainda consigo arrumar, e olha que doem em costas que mal me mexo. Lá porque pagas as contas, não penses que tens criados! Olha lá, foste tu que estendeste a roupa ontem? Fui. Pois! Eu olhei e vi a roupa estendida, e achei esquisito. Pus a máquina a lavar, mas não me lembrava de ter pegado na roupa antes de sair...Mas porquê, não era pra estender?... Estava bem estendida. Estranhei que tivesses sido tu.

Um pouco mais Azul.

Sempre gostei de ouvir o Sr. Pinto da Costa falar, e sempre me diverti com as respostas inteligentes e contundentes com que derrubava os jornalistas e quem mais se atrevesse a merecer-lhe uma resposta. Sabia que o homem é um crânio e que esta inteligência acima do normal lhe corre na família. Mas este Domingo à noite, o Presidente conquistou-me definitivamente. Tenho dificuldade em encontrar as palavras para me referir à interpretação que Pinto da Costa fez de um imenso poema de António Nobre, em directo, no programa do Herman, e perante uma assistência de centenas e uma audiência de centenas de milhar. Podia ter corrido muito mal. Mas correu impressionantemente bem. Foi surpreendente, foi tocante, foi...arte. Calei-me e escutei cada palavra. Observei como Jorge Nuno Pinto da Costa se ia descontraindo e se entregando às palavras magestrais e aos sentidos e aos sentimentos. Tomara a muitos actores conseguirem imprimir tanta emoção, tanta eloquência às palavras de uma poesia. Foi absolutamente um momento único e que me revelou uma faceta inteiramente nova do Presidente do maior clube de futebol português. Agora sim, compreendo ainda melhor por que razão o F.C.Porto é o clube que é. Porque tem à frente dos seus destinos um homem com esta dimensão.
Ficai azuis, ò invejosos, ficai azuis porque é deveras a melhor cor.

sábado, janeiro 15, 2005

Alguém disse

"Pessoas normais falam de coisas.
Pessoas inteligentes falam de ideias.
Pessoas mesquinhas falam de pessoas."

Era alguém a citar Platão. Mas ficou-me.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Escrevo, logo, existo.

O que é que eu escrevo? MAS O QUE É QUE EU ESCREVO!?...
Quantas vezes já colocou a si mesmo esta pergunta? Pois é. De quase todas as vezes que tem de juntar mais do que uma palavrinha, de forma organizada e coerente, numa mensagem para ser lida e julgada por outrém, lá se instala aquele friozinho no estômago acompanhado de um "mas o que é que eu escrevo?"
As ideias fogem, as palavras somem-se, tudo o que aprendeu na escola primária se eclipsa perante o temor de uma folha de papel em branco, um novo email a enviar, um postal dos correios, um passatempo para escrever-a-frase.
O que é que escreve? Escreva palavras.
Escreva o que sente, escreva como quiser o que quiser. Escreva com erros, não se preocupe com a coerência das ideias, escreva sem ansiedade, sem sentir que tem de acertar à primeira. Se for um formulário, faça um rascunho à parte. Escreva sobre o que lhe vier à cabeça, mesmo que não tenha nada a ver. Escreva o que quer dizer, escreva o que não quer dizer e que jamais poderá ser lido. Escreva. Escreva até se desunhar. Escreva como puder e souber.
Depois vá tomar café, dar uma volta, tomar banho.
Apanhar ar.
Finalmente, com a cabeça fresca, volte e leia a merda que fez. Edite, corte, apague, corrija como se o texto não fosse seu.
Se ainda assim o resultado o envergonhar, contrate um profissional.
E para isso que eu escrevo.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

Misunderstood?


Não és o único.
When you're done looking, you'll have found me.

terça-feira, janeiro 11, 2005

Caladita.

Hoje fiquei caladita. Sem me apetecer argumentar, porque há lições que se ensinam, calando. E há lições que se aprendem, observando.
Preciso de ir apanhar ar e, como um amigo sugeriu, apanhar uma buba.

Fascinante III.

Uma parte considerável da minha tese de licenciatura debruçava-se sobre isto: Eyetracking.
Sempre me fascinou conhecer como a mente lê, conduzida pelos olhos, uma página de jornal. Mais do que cegar sobre um primado das palavras versus o das fotos ou de outros elementos gráficos, é a conjugação de todos e o efeito que juntos conseguem na mente do leitor que me fascina até hoje. Agora a pesquisa evoluiu para abarcar os novos media, e já vai na fase III.

See the page. Read the Ad.

How Heatmaps Can Help.
Last December, The Poynter Institute observed nearly four dozen individuals as they navigated their way through a number of Web sites, tracking what they call "user eyeflow" on those sites. Poynter was primarily looking at how users interacted with news sites, but it also looked at how users interact with ads before they click on (or away from) them. (...)
The study mocked up news Web sites and article pages that included advertising ranging from the standard 468 x 60 to in-content 300 x 250s, skyscrapers, pop-ups, and text links. Forty-six participants navigated the sites while researchers monitored their eyeflow on the pages. They then aggregated the results of where on the pages users spent time viewing to create heatmaps that show users' concentration of attention. The heatmaps plot what Poynter calls heatspots. Heatspots are aggregate representations of all participants' eye fixations on a page. Check out this heatmap. It's really cool stuff.

From the heatmaps, Poynter was able to observe (for this study at least) that some ads draw a user's attention more than others. Attention was defined by two factors: the user's eye being drawn to the ad unit and time spent viewing the ad.
(...)
A few specific observations:
- People tune out certain ad types, going so far as to avoid them. Heatmaps indicate the 468 x 60 is all but ignored, probably as many of you suspected. This type of testing may actually prove it.

- Borders around ads appear to keep attention out of the ad unit. Although some publishers require ad borders, these may need to disappear to make ads more effective.

- Ads that blend into content work. Text ads work especially well. If it looks like content, people look at it.

- Size matters. In general, larger ads perform well. That doesn't mean the largest ads performed best. Skyscrapers performed well, with 44 percent of the audience seeing them. Thirty-eight percent saw half-page ads.

- In-content 300 x 250 ads performed even better than skyscrapers and half-page ads, with 56 percent seeing them.

- Page placement plays a clear role in an ad's effectiveness. Following the typical user navigation pattern, ads that appear in the upper left corner were seen more often.

- Pop-ups are seen by 70 percent of those exposed to them. Yet they were generally closed very quickly (within three seconds) or ignored.(...)

Many of the observations are fairly intuitive. Yet if we can substantiate "observations" and turn them into "findings," we stand to become a little smarter. This kind of testing platform could really drive the media placement and creative approach we take as advertisers, agencies, and publishers.(...) As advertisers demand increased accountability, this approach stands to become another way to prove performance and to make us smarter interactive marketers.(...)
Pete Lerma.

O meu feitio é difícil?

Why do we strive for excellency when mediocrity is required?

There is little demand in the commercial world for excellence.
There is a much, much bigger demand for mediocricy.

The truth is, I'm glad it's this way.

Imagine a world where all clients are wonderful, where we could produce whatever we felt like with no restrictions, with everybody having freedom to produce all their fantasies unfettered by tedious clients.

What would we do?

We would react against it, saying, 'isn't this boring? How can we be dull? Let's do it badly, lets make it ugly, lets make it really cheaply'.

That's the nature of the creative person. All creative people need something to rebel against, it's what gives their lives excitement, and its creative people who make the clients' lives exciting.

Paul Auster, in "It's Not How Good You Are, It's How Good You Want To Be"



Prefiro ser difícil a ser amorfa. A mediocridade faz-me mal, polui-me, desacelera-me, dá cabo de mim. E causa-me mau humor, muito mau humor. Por isso, lixem-me a cabeça, critiquem-me, corrijam-me, questionem-me, que eu gosto. Ou melhor, eu PRECISO.
E se eu vos fizer o mesmo, é com a melhor das intenções... e podem agradecer-me.

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Trabalho de copy.

Para uns, é precioso. Para outros, um preciosismo.

Burrice que dá coice.

Magoam-me os comentários irreflectidos vociferados à boca cheia por alguém com um quociente de inteligência tão baixo, mas tão baixo, que mete pena. E porque mete pena, eu calo-me. E porque não consigo descer a um nível de tamanha irracionalidade. Mas fico imensamente triste, e viro-me para algo que gosto realmente de fazer. Escrever.
Nem que sejam apenas algumas linhas, num espaço que muito prezo.
O meu blog.

Iluminário.

Se o feminino de IMPERADOR é IMPERATRIZ,
então, o feminino de PESCADOR deveria ser PESCATRIZ...

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Post Documentário.

A natureza humana é algo fascinante de observar. Em particular, quando reage a estímulos imaginários que alteram profundamente o estado de humor do sujeito e o seu padrão de comportamento. É de ressalvar que este tipo de fenómeno acontece com maior prevalência em sujeitos que, organizando-se em bando durante longos períodos de baixa ocupação física e intelectual, engajam em actividades descritas pelos especialistas como o "diz-que-disse" ou "quem não entende um conto, distorce-lhe um ponto...ou vários".
Estes comportamentos denotam uma predisposição para a percepção negativa das situações, de que resulta a debilitação da capacidade de compreensão oral e escrita, déficit de sentido de humor e, finalmente, a auto-vitimização. Segue-se o enregelamento das relações, a indelicadeza verbal, e inclusivamente, nos casos mais extremos, a agressão sublimada, sob várias formas, ou não. Temos, assim, definido o quadro clínico da patologia clássica comummente denominada "RESSABIAMENTO".

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Momento alto.


e tããão raro...
:)

Magnolia Fashion Lab For Men


É isso tudo. Para os homens que já se aperceberam que para ser belo é preciso sofrer, chegou o remédio indolor.
Magnólia Azul, Consultora de Imagem para quem gosta de se ver. Atenta e implacável, ela que sabe bem o que as mulheres querem e como os homens as hão-de conseguir.
Está tudo no Magnolia Fashion Lab. Para vocês.

Post sobre o Moreira.

A pedido de várias famílias e também do próprio Moreira, vou escrever este post sobre....o Moreira.
O Moreira disse que só voltaria ao meu blog se eu escrevesse um post sobre ele. Pois então, aqui está o post sobre o Moreira.
Eu vejo o Moreira todos os dias, ou quase todos, dependendo apenas da utilização que dou ao meu traseiro: se o levanto da cadeira ou não. Não, o Moreira não é assim tão baixinho. O Moreira trabalha láááá do outro lado da agência, e costumo vê-lo de passagem na recepção, de passagem para o bar, no bar, quando almoçamos juntos, ou lá no departamento dele quando me levanto para visitar as capelinhas.
O Moreira é o benjamim da agência. O Moreira tem 20 aninhos, mas mete muitos homens ditos maduros num bolso daqueles pequeninos das calças de ganga. Quando o Moreira vem de fato fica muito elegante. O Moreira é um peso pluma que se exercita às 7 da manhã e nunca se atrasa para entrar na agência, o que diz algo sobre a força de vontade e disciplina do Moreira. A somar a tudo isto, o Moreira lida com dinheiros, facturas e folhas de cálculo e, ainda assim, está bem disposto todos os dias. É simpático, carinhoso, muito educado, sorridente, e tem sempre uma palavra agradável para dedicar a todas as meninas da agência. Sabe tocar guitarra e encanta no coro da igreja. Por tudo isto, e porque também me encanta a mim, o Moreira merece este post, e merece um beijinho também. :* Chuac!

quarta-feira, janeiro 05, 2005

A melhor amiga da mulher.


Consultadoria de imagem para todas as mulheres: altas, baixas, elegantes, roliças, loiras, morenas, ruivas e, agora, garantidamente mais bonitas.
Simples, directa e muito profissional, a Magnólia que todos aprendemos a admirar, ler e escutar, ensina-nos a vestir melhor, a gostar mais de nós mesmas. Com truques simples, toques de elegância e toda a graça da amiga e muito profissional Magnólia Azul.
Visitem, aprendam, perguntem. A Magnólia responde a todas.
Sigam-na.

Os filmes da minha vida.


Nove anos depois, muito se alterou e nada mudou. Nada mudou.
Fiquei sem palavras. Eles disseram tudo. Tudo.

terça-feira, janeiro 04, 2005

Esterco.

Tenho mesmo um problema grave com objectos. Não gosto. Atulham-me o espaço, obrigam-me a limpar-lhes o pó, a mantê-los arrumados, tornam-se invisíveis quando não me servem e confundem-me quando os perco. Só me dão jeito quando cumprem uma função, nem que seja a de uma recordação cara ou a de contarem uma história na estante da minha sala. Seja como for, os únicos objectos que respeito são aqueles que me falam ao coração, tudo o resto é esterco.
(É uma bela palavra: es-ter-co. LOL)

Não é falta de respeito.

Humor negro não é falta de respeito. É uma maneira de aliviar a tensão, o pesar, o semblante carregado, e de fugir à comiseração inútil.
Dou por mim a fazer piadinhas com tsunamis, ondas, e a propósito de alguém sobreviveu 9 dias em alto mar, depois da Tsunami...pois, é sempre melhor depois de passar a rebentação.... E os meus colegas ficam a olhar para mim com ar de reprovação, como se eu fosse uma herege a vociferar blasfémias. Oh. O que mais me custa é não estar lá a ajudar. Por exemplo, toda a gente se choca com aqueles que prolongam as férias. Pois bem, traumas à parte e casos particulares considerados, se eu lá estivesse de férias, e estivesse bem, juntar-me ia aos esforços de resgate, limpeza e reconstrução, sem hesitar. Isso sim, seriam umas férias verdadeiramente úteis. E não consigo deixar de pensar que aquela gente tem uma hipótese muito especial de começar de novo...Um acontecimento destes tem a capacidade de colocar a vida sob uma nova perspectiva. Se ao menos, nós ocidentais/europeus/confortavelmente materialistas, pudéssemos sentir esse espírito de regeneração total...

segunda-feira, janeiro 03, 2005

A imagem das mil palavras.


Não podia ter surgido em melhor altura.
Esta imagem e o autor dela. :)

sábado, janeiro 01, 2005

Bon finale

Passei a meia-noite num barco. Foi a forma mais perfeita de me despedir de 2004.
Porque me recorda os momentos mais autênticos que tive este ano, e porque na verdade, ando um bocado à deriva.