quarta-feira, maio 30, 2007

Olá Família!!!


Ora, aqui vai o postalinho da praxe para vos informar que me encontro bem e de saúde apesar da forte exposição às águas ferrosas e quentes das furnas da ilha de S. Miguel. Eu e os meus meninos temos andado por toda a ilha, pois temos, temos capoeirado, pois temos, e temos apanhado solinho, ah pois temos!!!
Ainda só vamos no dia 2, mas isto já me sabe que nem ginjas...er...morcela.
E pronto, sei que já é noite, mas tenho de ir dar mais um mergulhinho.
Não se habituem aos posts enquanto eu estiver por cá, porque, como imaginam, ando ocupadita.
Beijos e abraços.
Vossa até que a falta de net nos separe,(ok, isso e um oceano...atlântico, ou outro)
Sílvia Sem Filtro.

segunda-feira, maio 28, 2007

Não.


Vai. Vem. Volta. Dá. Faz. Escreve. Fala. Diz. Explica. Responde. Cala. Escuta. Ri. Sorri. Aguenta. Sê. Mostra. Pega. Leva. Busca. Traz.
Fica.

sábado, maio 26, 2007

SSF - Ano III

Estou de férias.
Estou muito cansada.
Estou cheia de coisas para fazer.
Estou de partida para o outro lado do mar.

3 anos de bloguisse. Ok. Celebramos quando eu voltar.

Land of the free.

quinta-feira, maio 24, 2007

O dia mais longo. E o post também.

Ontem foi um dia mesmo, mesmo, mesmo à Sílvia. Na verdade, as origens deste dia radicam nos idos de Janeiro, em que confiando no conselho irresponsável de um rebelde urbano, deixei o meu carro estacionado, dia e meio, em território da EMEL. Pois, claro está, os senhores multaram-me. Pois, claro está, o rebelde pega na multa e deita-a fora "porque podia ter sido o vento". Pois, claro está, nunca mais me lembrei disso.
Cinco meses depois, no presente, portanto, mas nem tanto porque foi há umas duas semanas atrás, os senhores da EMEL localizaram a minha morada na Invicta e enviaram para lá a dita, registada e com aviso de recepção. A minha mãe, honrada cidadã deste país, ofereceu-se para ir levantar a cartinha, convencida de que era coisa importante. Para tal, cedi-lhe o meu BI. Diligente, a senhora minha mãe, enviou-me no próprio dia, o documento em Correio Azul, para a agência.
Duas semanas depois, apesar do meu chaganço diário à paciência ao
recepcionista/secretário/escriturário-e-tudo-e-tudo-e-tudo, este continuava a jurar a a pés juntos que a carta não tinha chegado e que nada tinha visto.
Permitam-me apenas uma incursão no futuro de apenas alguns dias, para acrescentar que na próxima semana me vou ausentar deste quadradinho luso e que, para tal, precisarei do BI para viajar. Sem mais adiamentos, decidi considerar o BI extraviado e tratar de tirar um novo.
E eis que chegamos ao momento presente que também não o é porque já foi ontem.

O dia começou bem. Os senhores das obras não tinham ainda ligado as retroescavadoras e o silêncio ainda reinava entre as janelas do meu quarto. Ou era dia santo, ou ainda não eram oito da manhã. Consegui dormir mais um bocadinho, apenas para acordar sobressaltada porque já estava a atrasada e a burocracia vinga-se quando a fazemos esperar.
Saí de casa e dirigi-me ao Metro. Tinha decidido que não levaria o carro para não ter de o estacionar. Pois que cheguei ao metro e pois que o passe não funcionou. Aqui há uns dias - flashback muito rápido - parti o cartão de plástico, mas num acto de solidariedade, só pode, o chip intacto recusava-se a funcionar. Fui à bilheteira, preenchi aquele que seria apenas o primeiro impresso do dia, e acabei a pagar 6 euros por um novo passe. Foi para aquecer.

Martim Moniz -> Areeiro -> Sitio onde se tiram os Bilhetes de Identidade:
- Extraviado? Certidão de nascimento. Não tem? Fontes Pereira de Melo Sete.
- Onde, desculpe?
- Picoas. Fontes Pereira de Melo Sete.
Antes que a senhora sofresse uma contratura dos músculos da face, voltei para de onde tinha saído. Meti-me no metro e Areeiro -> Campo Grande -> Picoas -> Fontes Pereira de Melo Sete.
O segurança deu-me a escolher a Conservatória que eu preferisse, já que não era daqui. Benesses, é o que é. Escolhi uma que estivesse vazia. Fui dar à 5ª. Quando lá cheguei, estava uma senhora de Leste, bem posta, educadíssima, com pose de que devia ser formada, mestrada, doutorada até, mas que como tem sotaque de empregada de limpeza ucraniana, estava a reclamar ter sido tratada como tal. Tinha ali solicitado e pago uma certidão, e tinha tido a audácia de perguntar quando estaria pronta. As funcionárias do "Serviço" responderam-lhe à altura das suas competências: "Não sei. Aqui ninguém sabe".
Augurei uma experiência difícil para mim também.
Tirei a senha e esperei. Eu seria a próxima vítima.
Quando me sorriram, eu sorri de volta e disse ao que vinha.
- A menina é de onde?
- Vila Nova de Gaia
- Isso é onde?
- Gaia. Distrito do Porto.
- Ai, Porto é muito complicado. Tem cinco conservatórias...- diz uma funcionária, ao que a outra responde: - Tem, mas eles ao fim de um ano mandam tudo para a Conservatória Central... Onde é que a menina nasceu?
- Vila Nova de Gaia.
- Isso é Porto?
- É Gaia.
- Se é Gaia, não é Porto.
- Pois...
- Deixe ver... Vila Nova de... Paiva...
(por momentos, receei que me fosse dizer que Vila Nova de Gaia não constava)
- Aaah... Gaia tem duas Conservatórias... A Primeira e a Segunda. E agora? A menina está em qual?
- Pois não sei.
- Mas tem de saber.
- E como é que eu posso saber isso? Aqui na Conservatória de Lisboa não têm forma de aceder a essa informação? Uma base de dados? Ou podiam telefonar para lá e tentar apurar, não?
- Não. Aqui não podemos fazer telefonemas para lado nenhum.
- Não podem telefonar para outras Conservatórias?
- Não. Aqui está tudo racionalizado ao máximo. Até o papel higiénico é comprado nem se sabe como...
- Ah bom. Então como é que eu vou saber em que conservatória fui registada?
- Tem que lá ir.
- A Gaia...!?
- Ou pode telefonar. Tem aqui uma lista... todas as Conservatórias têm esta lista (e mostra-me orgulhosa uma pasta de micas com uma listagem números de telefone)... e se quiser tirar o número...
- Porque vocês não podem fazer a chamada...
- Não. Isso era o que a outra queria. Que ligássemos lá para a terra dela a saber quando vem o papel.
- Olhe, eu não tenho tempo para isto. Dê-me o número que eu ligo.

Liguei para a primeira e descobri que só poderia estar registada na segunda. Podia ter confiado na exclusão de partes, mas mesmo assim, investi uma segunda chamada para confirmar que os meus ricos paizinhos me haviam registado numa das duas conservatórias de Gaia. Aproveitei para explicar a situação e preparar a senhora de Gaia para enviar o fax com o documento que já havia encontrado e que tinha em mãos. Resposta da funcionária:
- Com certeza, menina. As colegas que enviem o pedido que eu vou já enviar isto.

Passei a informação às funcionárias de Lisboa, preenchi um papel, paguei €14,5, e o fax seguiu.
Passaram-se dez minutos e nada. Chegavam outros faxes, mas o meu... nada.
- Não quer ir tomar um cafézinho? É que ninguém sabe quando vai chegar...
- A sua colega de Gaia disse que não demoraria.
- Pronto... Como queira.

Estava a demorar muito. Liguei para Gaia outra vez.
- Mas eu já enviei, menina. Enviei assim que chegou o fax daí. Olhe até lhe digo para que número é que enviei. Foi o XXXXXXXXX89.
Não tomei nota, mas perguntei à funcionária (nunca era mesma, porque enquanto uma ia lanchar a outra tinha de sair para o almoço) que verificasse o fax que terminava em não-sei-quê-89.
- Não é 89. É 39. Deve estar a chegar.

Mais dez minutos.
Era impossível. Alguma coisa tinha de estar errada. A senhora de Gaia dissera-me que acabara de o enviar, e eu não senti que me estivesse a enganar.
Liguei de novo para Gaia.
- Vai-me desculpar, Dona Emília - sim, a empatia foi imediata e já nos tratávamos pelo nome - mas não chegou nada...
- Olhe, pois não. Recebi aqui o aviso que o fax não existe... mas é o número que aparece no fax que chegou daí, 21 XXXXXX89.

Desta vez escrevi.
As senhoras de Lisboa não reconheceram o número.
- Isso é impossível. Esse número não existe aqui. Todos os números aqui na Conservatória começam por XXXX, por isso...
- Estou a dizer-lhe que a colega de Gaia respondeu ao número que vai no cabeçalho do vosso fax.
- Nós recebemos muitos faxes e nunca acontece nada disso.
- Compreendo, mas compreenda também que o vosso aparelho de fax tem um número de origem memorizado que, obviamente, não corresponde ao do Serviço e que, para evitar problemas destes, vocês devem corrigi-lo.
- Mas esse número não existe e aqui ninguém sabe de onde apareceu esse número.
- Agora sabem. E ficam informadas de que a situação está a ocorrer. Seria melhor evitá-la, digo eu.

Liguei de novo para Gaia.
- Dona Emilia, vou-lhe pedir o especial favor de me repetir o envio, mas para o número que lhe vou dar, pode ser?
- Com certeza, menina, diga lá.
- 21 XXXXXXX
- Vou enviar agora mesmo.

Desliguei e confiei que desta vez seria sem espinhas.
Mais cinco minutos. Dez. Impossível. Isto era fax, não correio.

- Vai-me desculpar, minha senhora, mas o fax tem papel?
- Oh...! Vou já, já, por papel.

Não, eu ainda não estava a fumegar. Não sorria, mas disfarçava bem porque já só ria deste circo.
Depois, vi-a carregar num botão. Temi que apagasse a memória do fax ou lá o que fosse. Como nunca se pode ser cautelosa que chegue, voltei a ligar para Gaia, desfiz-me em desculpas, expliquei o sucedido, e pedi à colega que, pela terceira vez, repetisse o envio.
Um minuto de pois, a minha certidão emergiu da boca do fax. Respirei fundo.

- Tem o papel?, pergunta-me a funcionária.
- Que papel?
- O talão que dei quando fez o pedido.
Eu sabia lá onde andava o raio do papel. Eu não tinha saído dali o tempo todo. Aquela certidão era minha e isso ninguém o podia negar
- É que, senão, não lhe posso entregar a certidão. Precisamos de agrafar aqui ao processo.
...Medo!!! Não me atrevi a imaginar o que seria ter de arranjar uma solução de recurso, tivesse o raio do papel desaparecido.
- Aqui tem o seu papel.
- Ah, muito bem. A sua certidão, Sílvia. - o sorriso era de quem estava mesmo contente com o serviço prestado.
Surreal. Avancemos.
- Bom dia e muito obrigada.

Saí dali a sentir que deveria reinvindicar uma manhã de trabalho ao serviço do Estado. Não interessa. O que interessa é ir tirar o BI.

Picoas -> Campo Grande -> Areeiro -> Sitio onde se tiram os Bilhetes de Identidade.

Primeiro passo: Tirar a senha.
Cinquenta pessoas à minha frente. Puz-me na fila dos impressos. A mesma senhora da cara contrita.
- Era para substituir o BI extraviado.
- Tem a certidão de nascimento?
- Tenho. Mas preciso do BI com urgência.
- Isso depois as colegas lá dentro informam dos prazos. 13 euros (acho, já nem me lembro)

Fui lá para dentro e preenchi os impressos. Chegou a minha vez. Felizmente, desta vez, a funcionária era amabilíssima, inteligente e competente. Uau.
- Olá Sílvia.
- (ena!) Olá... Eu precisava do BI com urgência, por favor. Vou viajar. Quando é que estará pronto?
- Hoje mesmo, a partir das cinco.
- (ena) Ena!
- Mas tem de ir aos impressos e comprar o impresso de Urgência, e depois volta aqui directamente.

Mais uns quantos euros e um impresso com um recibo agrafado depois:

- Assina aqui, por favor.
(assino)
- O dedo agora...
O dedinho pinta aqui, pinta acoli.
- Tem as fotos?
- Estas.
- Não servem.
- Não servem!?
- São em papel, e como a laminação é térmica, não aguentam. Tem de ser em papel fotográfico. Vai ali ao lado tirar fotos e vem aqui directamente depois.

Vou poupar-vos os pormenores de tirar as fotos na casa ao lado, em estúdio digital improvisado e em que a senhora teve de tirar cinco-fotografias-cinco porque a minha expressão era de tal descrédito que eu não conseguia disfarçar.
Cinco sorrisinhos amarelos depois, volto ao balcão do BI com seis fotos horríveis em papel fotográfico e seis euros a menos.

- Temos aqui um problema...
- Um problema...?
- É um problema mais ou menos... a assinatura não está igual. A terminação é diferente.
- Pois, isso é sempre...
- Mas aqui não pode ser.
- Vá, outra vez.
Assinei outra vez.
- Pronto, vai ter que dar. Mas vá ali aos Impressos outra vez e compre o impresso (XPTO).
- Mas eu já não tenho mais dinheiro!! Posso pagar com multibanco?
- Não. Mas são só €0.55.
- Ainda tenho. ok...
Em troca dos cinquenta e cinco cêntimos nem impresso recebi. Só mesmo o recibo.
- Leve só isto.
Levo.
Entreguei.
- Está tudo?
- Agora é só este impresso... e pode levantar a partir das 17h.
- Obrigada
E adeus.

Almocei lambarices e apanhei um táxi para a agência. Merecia.
Quando cheguei à agência já passava das três da tarde.

- Sílvia...
- Sou.
- Pega para ti. Tava na mesa da (Administradora) há mais de uma semana.




Um doce a quem adivinhar o que continha o envelope de Correio Azul que a DC acabava de me entregar....

Isso mesmo.
Isso.
Pois.
Quarenta euros tarde demais. #$Ø≈###"@!!!!
E com uma multa da EMEL de €30 para pagar.
AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!
Mais #$Ø≈###" e @#$Ø≈###"@!!!!

E depois trabalhei até às dez da noite, e depois fui jantar e ainda tive de me explicar a um amigo meu, berrar um bocado e tal, e depois cheguei a casa e tinha a casa cheia de gente que não conheço. Felizmente, por esta altura, já era hoje.

One Grimmy's dream is another SSF controversial post's comments dropbox.*


*especialmente se for sobre Porto/Lisboa ou FCP versus resto do mundo.

quarta-feira, maio 23, 2007

Aviso à navegação.

Aos senhores comentadores que esperam que este blog seja politicamente correcto ou que a sua autora se abstenha de publicar posts de teor clubístico favorável ao Futebol Clube do Porto, bem como a partilhar, neste espaço que é só seu tanto quanto de blogosfera o permite, a sua visão estritamente pessoal sobre a qualidade de ser oriunda da cidade do Porto, bem como sobre a cidade em que habita e as experiências nela vividas, tenho a comunicar que podem aceder a uma CÓPIA DESTE BLOG DEVIDAMENTE SANEADA E CENSURADA de todo o conteúdo considerado sensível, ofensivo ou até malcheiroso, na cesta de vigia do mastro principal da caravela mais próxima de vós.
Ide e disfrutai muito . E que o vento esteja a vosso favor.

segunda-feira, maio 21, 2007

A Força do Dragão:


Para mim, é mais que a 22ª VITÓRIA DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO. É uma forma de estar na vida, isto de ser do Porto, e vê-se bem nos rostos destes rapazes e de quem lhes reconhece o talento, a dedicação e o desempenho. Isto vai muito para além do futebol! :)
Quem é do Norte, sabe do que estou a falar. Quem não é, pode suspeitar, ou então vai-se gastar todo com comentários parvos. Poupai-me, quem não sabe do que estou a falar, porque isto não é coisa que se explique. É coisa que se sente.


Confesso que, depois de uma noite como a de ontem, é uma tristeza ter de rumar a Lisboa, à triste terra dos mouros ressabiados, e apanhar logo de manhã com um silêncio sepulcral na agência. É que nem um bom dia de resposta!! Podia falar de falta de desportivismo mas, pronto, vou dizer que é mesmo muita falta de sentido de humor.Para não dizer pior.
Nunca fiquei doente por o Benfica ter ganho - verdade seja dita que também é fenómeno raro - e já torci pela vitória do Sporting, sim, porque nós PORTISTAS conhecemos o sabor bom da vitória e, quando estamos fora da competição, conseguimos empatizar desportivamente com quem luta BEM por um título. Mas isso somos nós, gente do Norte, mas não só, gente que sabe reconhecer uma equipa vencedora, gente que sabe apoiar a sua equipa, gente de sangue azul e nobreza de espírito (excepções sejam feitas, ainda que débeis, a um ou outro benfiquista e sportinguista que conheço, e com quem me dou, justamente pela elevação que sabem ter.

Infelizmente, apanhei logo de manhã, ainda no comboio, com o benfiquista engraçadinho cheio de falta de graça, desportista, por sinal, a quem eu dera a oportunidade de me dar os parabéns pela vitória no campeonato, a responder-me que "bem posso esperar" (fica-lhe bem... NOT!). E depois o silêncio na agência, onde nem sequer um bom dia oiço, porque afinal o Porto ganhou, e eu sou do Porto, logo um cataclismo aconteceu e todos os portuenses merecem ser tratados com profundo desprezo. Eh.... Como se não puxar assunto os isentasse de apanharem com as boquinhas todas a que têm direito. EH EH EH... Tarde demais. Já os comemos.

Parabéns ao FCP, que mais uma vez nos dá a alegria merecida, e viva o Porto por nos por na massa do sangue uma muy nobre e invicta qualidade de ser Portuense bem como criar as condições para nos orgulharmos de sermos Portistas.

terça-feira, maio 15, 2007

Pro mundo todo saber!! :)


"É UM PILAS!

C'est un garçon!

Uno ragazzo!

It's a boy!

Ein gründa salsichen!

Dår piløn grånda!"



Achei que irias querer postar isto, Primium.
:)))))

segunda-feira, maio 14, 2007

Então é isso.

Sílvia: Latim, da floresta, da selva.
Revela paixão pela vida e a vontade de assumir tudo o que contribua para aumentar a felicidade humana.
Por vezes, seu grande poder de comunicação pode provocar invejas e incompreensões por parte de seus amigos.


Tá tudo explicado.

Shhhh.

Hoje nada nem ninguém me merece um post. Tudo o que eu possa escrever seria demasiado encriptado e, ao mesmo tempo, demasiado óbvio, sem deixar de lançar a dúvida e suscitar o mal-entendido, como de costume. O post nosso de cada dia.
Só hoje é que não.
(Começo a aprender a controlar-me. Essa é a novidade.)

sexta-feira, maio 11, 2007

Amo-te, bicha.

Sabor Intenso.






Adoro, mas ADORO estar com pessoas do Porto em Lisboa. Adoro não lhes notar o sotaque, ou notar e sentir-me em casa, e adoro reconhecer-lhes todas as palavras, expressões e interjeições. Adoro que me chamem "Silbita" e me digam "num bazes!".
É lindo, é especial, e o que eu digo é: Tripeiro, se queres saber o que é ser do Porto, emigra para Lisboa!!
Somos os melhores, os mais autênticos e aqui já somos mais que as mães.
E, sim, connosco por cá, esta cidade é ...perfeita!

quinta-feira, maio 10, 2007

Gajas...


- Aaah... apetecia-me um gelado..!
- A mim também...
- Mas tinha de ser light. Muito light.
- É... lightesinho.

quarta-feira, maio 09, 2007

Momento irrepetível.

Este fim de semana vou para cima.
Vou ver amigos e a famelga, e vou dar um estrafeganço muito grande à minha Loirinha que tá doente. Vou aproveitar um monte de momentos irrepetíveis com pessoas especiais, em que incluo o Nuno Karmatoon e uma das encenações mais imperdíveis do momento:



Quem estiver no Porto ou arredores, que venha também.

Cabeças com prémio.

E eis que o mestre * me arranja trabalho de casa. A bere...

Na verdade não tenho tido grande tempo para ler blogs, e muito menos para descobrir novos. Sinto que o fenómeno da blogosfera já não é o que era, decaiu em quantidade, e a qualidade, bem, não me posso pronunciar porque, já disse, ando pouco por aí. Na verdade, ando pouco por aqui também. Tenho uma barra de links, mas a metade que não está desactualizada corresponde a mais blogs abandonados do que propriamente aos resistentes da velha guarda.
Asterisco, All-Bran, Anita (nem o link sobra), Carlos Moura e Karmatoon. Foram os primeiros que me vieram agora à ideia e são os primeiros que me vêm à ideia de cada vez que me permito sair do meu umbigo blogosférico para ir inspeccionar com que linhas se emaranha o cotão dos outros. (É uma bela imagem, não é? Dá que pensar, lá está!)
Cinco blogs a que posso juntar outros quantos: o Expresso Conspiracy, a Fonte da Mariazinha, o Toma e Embrulha e o Hidden. O décimo fica pro santo. Todos eles dão que pensar. E todos eles têm uma característica em comum, e que é isso que, para mim, lhes dá toda a relevância: São obras de pessoas que eu tenho o prazer e a honra de conhecer pessoalmente, uns melhor do que os outros, obviamente (só ainda não conheço o Bruno). Mas entre estes há amigos, há conhecidos e, em todos eles, há mentes e corações pelos quais nutro profunda admiração pessoal e intelectual. Para vocês, aqui vai disto.



Faço do processo de descoberta de novos blogs algo de muito semelhante à vida cá fora. Quando menos se espera, aparece um link, uma refererência, um comentarito, um post não sei onde e zás!, fico fã. Não acontece muito frequentemente, mas quando acontece, é para o resto da vida blogosférica. É a energia da pessoa por trás do blog que me cativa. Aquilo que escreve, como escreve e o que fica escrito nas entrelinhas. A gramática, por vezes, tem muito pouco que ver com a escrita. E assim vou, sem links fixos, sem fazer favores a ninguém e, perdoem-me, sem comentar muito por aí além. Mas vejo, leio, e aprecio cada caracter que sai da cabecinha destes senhores que nomeei. E de outros também que, ao tempo da redacção deste post, não me vieram à ideia (estou a pensar no Somatosda Cassandra, e nesse grande clássico do insulto gratuito entre publicitários: o Blog de Publicidade, do FP, com a sempre irreverente animação pelo Edie Falco, que também teve um blog, mas lhe foi piratado, e outros que tais) mas que balizam a minha blogosfera, e estão lá. Cá. Aqui. E cuja existência eu agradeço.
E depois há aqueles que eram bons mas que perdi porque insistiram em confusões estúpidas típicas da adolescencia blogosférica, e em que a vida real não levou a melhor. A Magnólia Azul e os meninos do 605 Forte. Bons tempos, atitudes parvas, um desperdício de boas sessões de comentarismo.

A blogosfera dá que pensar. Nem sei como cá vim parar... pera lá, já sei. Foi pela necessidade de escrever quando estava mais desocupada, altura em que criei um e outro blog, simples experiências iniciáticas, cujas passwords esqueci imediatamente, quase tão rápidamente como os endereços, e cujos templates eram mesmo feiinhos.

Para todos estes blogs e bloggers e comentadores que nem blogs têm, mas que comentam e assim contribuem para a piada que blogar possa ter, aqui vai esta coisa inventada por este senhor (ele queria que se fizesse referência à origem) e que se chama um Thinking Blogger Award.


Miúdos, vocês fazem-me pensar, alimentam-me os neurónios, acrescentam à minha informação e à minha felicidade também, ajudam-me a passar o tempo, contribuem para a minha sanidade mental e até estão na minha lista telefónica.
Por tudo isto, aqui fica o meu reconhecimento blogosférico, mais um e um convite para um jantarito agora por ocasião do 3º aniversário do SSF. Boa?
Boa. :)

terça-feira, maio 08, 2007

SSF para anónimos TOTÓS:

Tu mereces.

Eu só queria agradecer encarecidamente à pessoa anónima que se vem pronunciando nas caixas de comentários deste humilde blog, sempre com larachas de baixo nível, algumas mesmo insultuosas, outras simplesmente tristes, mas todas demonstrativas de uma mente débil e uma vida vazia, por tudo aquilo que tem feito por mim, e sem o qual este blog teria menos uns poucos comentários. E queria agradecer-lhe também porque, se há dias em que a minha auto-estima anda benzinho, vá, em alta mesmo, outros há em que uma atençãozinha sabe sempre bem.
Pois que esta pessoa sem nome, sem cara e sem tomates de espécie alguma, aparece e, com algumas palavrinhas apenas, provoca nas pessoas que me lêem e até gostam de mim e das coisitas que escrevo... uma onda de solidariedade e, porque não dizê-lo, de apoio mesmo. Não é que precise que me defendam de coisa alguma, e muito menos da tua insignificância, mas, olha, anonimozinh@, sabe muito bem.
Obrigada, tá?


Em sinal de agradecimento, aqui fica mais uma oportunidade para nos divertires. ;)
Força aí! A caixa de comentários é toda tua.

segunda-feira, maio 07, 2007

ai o pum...!


Tudo o que sobe, desce. Todo o balão que enche, se esvazia. E os balões que enchem depressa demais, estouram.

quinta-feira, maio 03, 2007

Momentos.

Há momentos (só momentos) em que sou brilhante. Nesses momentos (mas não só nesses momentos) não tolero que os outros não me acompanhem.

Meio Post sobre Lisboa

Ando a dever ao SSF um post sobre Lisboa. Pois andas, diz o Carlos. Pois ando, ando, concedo eu. :)
Ontem não trouxe o carro. Depois do treino de capoeira, arrastei-me derreada para casa. Vim de Metro pela linha azul, a única que tem os meus bancos favoritos, triplos, aqueles em que nos sentamos de lado... Costumo esquecer-me de sair nos Restauradores e depois dou por mim na Baixa-Chiado a encolher os ombros e a dar a volta para apanhar a linha verde de volta para o Martim Moniz, ou então não, e considero a possibilidade de regressar a pé. É de noite e a preguiça ou, tão sómente, o cansaço condicionam a fragilidade da escolha. Mas ontem não aconteceu. Saí nos Restauradores e vim devagarinho para casa. Seriam umas dez da noite. Atravessei o Largo de São Domingos e depois aquela ruinha estreita com as sapatarias baratuchas e os restaurantes duvidosos.
Há um ano atrás, eu estaria assustada. Há um ano atrás, o meu passo seria acelerado e a minha percepção dos movimentos atrás de mim seria tão ou mais afiada que a visão do fundo da rua à minha frente, e que ia dar à famigerada Praça do Martim Moniz. Há um ano atrás, o brilho das luzes contribuiria para a escuridão que me assustava. Hoje seduz-me. Hoje gosto de andar por ali, a qualquer hora do dia ou da noite. Gosto dali. Dos negros tribais que, de dia, se abrigam à sombra da única árvore que ali existe, que apanham o sol escasso que aqui brilha, que esperam por um angariador de mão-de-obra precária, e que à noite são substituídos por alfacinhas rústicos e turistas embriagados de ginginha. E os paquistaneses do donner kebab, na esquina. Gosto destas pessoas, da profusão de vidas que ali se cruzam: o Hotel Mundial, no Martim Moniz, e os seus turistas pouco esclarecidos; os desalojados que já não dormem ao relento entre os arbustos do jardim (onde estarão?); os drogados abastecidos que passam com o passo acelerado, as prostitutas novinhas e tão bonitas, meninas de cabelos compridos e sotaques espanholados, e que agora aderiram à moda das calças brancas que lhes salientam os rabiosques e os fios dentais, e os amigos delas, chulos ou não, mas que as olham com carinho e protecção quando conversam animadamente com elas, enquanto não chega... trabalho. Deixei-me do trajecto estratégico de seguir junto às paragens de autocarro. Agora vou bem junto ao jardim, sempre perdida em pensamentos e conversas comigo mesma, enquanto me cruzo com um ou outro drogado, ou dois indianos que conversam em hindi. E sinto-me a chegar a casa. As arcadas por baixo do Centro Comercial Mouraria já não me repugnam. Como já não há quem ali durma ao relento, o cheiro a mijo também já não se sente... muito. Os polícias são novinhos e muito giros, e eu acho-lhes um piadão. Os táxis ali é que sempre foram a minha segurança.
Nunca gostei muito da luz amarela da noite, e cada vez mais acho que a Almirante Reis merecia um arranjinho. Aquela gente que ali se encontra na churrascaria que tem um restaurante indiano lá dentro e um balcão de donner kebab logo à entrada, merece a mesma qualidade de espaço urbano que o resto de Lisboa.
Ontem não foi dia de comprar um donner kebab ali à entrada da Almirante Reis, onde o senhor indiano me serve sempre bem, e o rapazinho que me chega o ice tea green se derrete todo com o meu sorriso e jeito delicado, sabendo, contudo, que, para além do balcão, uma civilização inteira nos separa. Tenho carinho por esta gente de longe, mesmo. Identifico-me porque também não sou daqui, mas tenho a vida facilitada porque sou daqui. Eles trabalham muito e devolvem-nos na exacta mesma medida o respeito e consideração com que os tratarmos. Meto-me antes pelo Bem Formoso. Se fosse de dia, perder-me-ia nas lojas. Mas como é de noite, a rua é desafiantemente misteriosa. E sigo devagarinho, com os sacos que me entortam as costas, por uma outra rua acima. A rua é mesmo muito íngreme, por isso, ou se faz devagarinho e a escolher bem onde se põe o pé para que o esforço seja menor, ou se faz quase de gatas. Mas devagarinho vai-se com tempo, como as velhinhas, e com tempo ouvem-se as músicas de bollywood e sentem-se os aromas dos jantares de uma e outra casa. E apetece ir ainda mais devagarinho. Há muita vida aqui. Dou por mim a pensar que, se morasse num bloco de apartamentos todo moderno e com acabamentos de luxo e video-porteiro, acesso directo às garagens e aspiração central, nunca sentiria estes cheiros, muito menos veria sequer os meus vizinhos. E subo. Lá em cima fica o Miradouro da Senhora do Monte, e eu fico mesmo a meio da montanha.

quarta-feira, maio 02, 2007

Practice makes defect.

Há quem fume e beba e isso seja mau para a respectiva saúde. Eu também tenho vícios, mas dão-me cabo das costas, dos tendões de aquiles, dos pulsos, dos ombros, posso até partir o pescoço ou os dentes, fora as nódoas negras, que são quase garantidas. E quero mais, mesmo que me moa e me doa. Muito.