sábado, dezembro 31, 2005

No último dia de 2005.

Estou feliz.

2005, o ano Super-Sílvico.


Dois mil e cinco foi o ano em que tirei o cuzinho da cadeira e me fiz à estrada. Foi, também, o ano em que o universo conspirou para me dar aquilo que eu queria. E eu aceitei, sem surpresa.
Se eu não estava satisfeita com a empresa onde trabalhava, eis que me vejo fora dela. Se queria voltar a ter a minha independência, eis que estou sózinha de novo, perfeitamente entregue a mim mesma, mas jamais desacompanhada. Se Lisboa há muito me chamava, eis que daqui vos escrevo. Se antes me encontrava inquietamente acomodada, eis que me sinto calmamente instalada no alto do meu novo reino.
Não tenho planos para 2006. Não tenho, por isso, ansiedades ou expectativas e, à parte das coisas basilares como Saúde, Amor, Felicidade, Dinheiro e tudo de bom para a minha família, amigos e mim mesma, nem sei o que irei pedir quando comer cada uma das doze passas que me ofereceram ontem, no Bairro Alto.
2005 foi um ano excelente. Apesar de tudo. Apesar de algumas stepping stones terem tido algumas arestas mais complicadas de transpor, todas contribuiram para o lugar bom e de bem com a vida onde me encontro.
Não espero que 2006 seja igual a 2005. Espero apenas que 2006 seja a continuação natural de 2005. Que mais posso eu esperar?

Só para dizer que...

Amanhã é um novo ano.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Tripeirice assolapada.

À noite, dou por mim a assistir à novela da TVI, aquela do "Dou-te Quase Tudo". Só mesmo porque o enredo se passa, em parte, no Porto. Gosto de ver as vistas, mas não me interessa seguir a história. Não me identifico com os personagens, nem mesmo os do Porto porque não têm sotaque. O argumento fica logo furado e o interesse desaparece.
É a tacanhice do costume das produtoras que só contratam actores lisboetas, com sotaque lisboeta, para interpretarem os personagens do Porto.
Pior do que isto, só mesmo "A Ferreirinha" e "João Semana" sem um único actor com xotaque lá de xima da Rrrrégua. Curiosamente nunca faltam personagens alentejanos com sotaque alentejano. Porque será?
Ok, eu mudo de canal. Melhor ainda, vou ficar na net.

Mitos Urbanos #1: O Martim Moniz.

Sempre que digo a alguém que moro no Martim Moniz, é um desastre de Relações Públicas.
Há quem não acredite "no meu azar", há quem não acredite que é possível eu estar bem instalada. Há quem expresse pena. Há quem deixe escapar uma expressão de ligeiro....hmmm... nojo, e quem pondere não voltar a dirigir-me a palavra. E há, também, quem me dê o benefício da dúvida e pense: "Se a Sílvia lá mora, não pode ser tão mau assim". Se esta gente estivesse toda junta quando eu digo que moro no Martim Moniz, esta gente toda diria, em uníssono, "Bem, o Martim Moniz é muito mau!" Pois. Mas não é.
Não é mau. É muito feio (apesar de a estação de Metro ser das mais bonitas) porque é velho e sujo. E está cheio de imigrantes (não confundir com os estrangeiros que são os nórdicos, europeus e americanos, loiros, alvos e turistas) que, por terem fisionomias diferentes (mais escuras), línguas incompreensíveis, costumes e credos diferentes, e vestirem roupagens étnicas-mas-não-fashion, geram estranheza. E a estranheza gera medo, e o medo gera resistência, e a resistência gera incapacidade de adaptação que resulta, invariavelmente, em ignorância.
Na verdade, o Martim Moniz não é pior que as outras zonas de Lisboa que aparecem menos vezes nos tablóides. Não é um sítio bonito. Mistura abandono com decrepitude com pobreza com exclusão com sujidade com imigrantes com pouca iluminação (e lojas com merchandise do Benfica, o pior de tudo). As pessoas ali também não são bonitas. O Martim Moniz tem gente que dorme nas ruas, drogados, polícias, africanos, indianos, chineses e muitos alfacinhas, tem uma praça, uma estação de Metro, tem dois Centros Comerciais muito fatelosos e tem o 28, tudo aqui na central Mouraria, no coração da Baixa de Lisboa, e já virou frase feita.

Quando a terra treme...

Talvez Lisboa não seja o melhor sítio para morar... (glup!)

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Rudolfa.

E o que fazer quando o Metro não anda?
A maior parte de vós responder-me-ia: ir de autocarro!
... EEEEHHHHH! Nope.
A resposta à la Sílvia é: ir à descoberta... a pé. Vim sempre em frente e lá dei com o caminho.
Demorei hora e meia entre Alvalade e a Graça, mas aprendi o caminho, descobri umas lojas, desfiz algumas dúvidas, e... cansei-me. Mas não há outra maneira de conhecer uma cidade, senão a pé. Já no Porto era assim. Suspeito que Lisboa vá demorar mais um bocadinho...
No entanto, há que confiar no narizinho e segui-lo por onde ele achar que é o caminho. O meu pode perder-se de vez em quando, mas nunca se atrapalha. Fica é frio...

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Fruto de Inverno

A minha Maçã é um regalo. No frio do Inverno, aquece-me o regaço e eu trabalho quentinha!

sábado, dezembro 24, 2005

Desconto TMN


Obrigada ,TMN. Natal sem SMS é efectivamente mais barato.
A minha rede de contactos pode até ficar magoada por não receber a resposta inspirada do costume, mas estando eu constipada como um pato e depenada como um perú, não há mensagens para ninguém. Só mesmo aqui.

E ia ser qualquer coisa como:
SFX:
(Tiriri-Tiriri ou o toque real do "Last Christmas", quiçá "A Todos um Bom Natal").

SMS - E Feliz Natal para ti, e para ti e para ti e mais e mais e mais!! E um Ano Novo também. E prontes.
Sílvia.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Feliz Batal, bessoal!


(Eu ia bazer alguma coisa bais original e coiso, bas cobo dão denho Freehand nem Phodoshop (oops!) desta baçã, aqui fica o esforço de oudrém. É de goração.)

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Ad...chim!!

É oficial. Confirba-se.
Esdou consdibada. B'la bribeira bez, esde ano.
E denho cieiro. Satice.

Já tá!

Estamos a dois dias no Natal, e eu já despachei as prendinhas todas.
Nem parece meu... :)

Sono que arde sem se ver.

Até se me arde a vistinha.
Porque fico muito tempo no computador, porque ando com sono, porque adormeço tarde, porque não consigo respirar direito, porque acordo cedo, porque ando a tomar muitos cafés, porque não páro em casa, porque estou cansada, porque há sempre mais alguma coisa para tratar, porque há sempre mais alguém para ver.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Post para a mesa do canto.

É só para deixar bem claro que...

EU NÃO TENHO MAU FEITIOOOOOOO!!!!!
:)

segunda-feira, dezembro 19, 2005

O Porto é lindo, c'um camandro!

É mesmo! E para todos os lisboetas que não sabem do que falam quando se referem ao Porto, aqui fica um desafio.
Metam-se no carrinho, no comboio ou até na carreira da Renex e venham cá ter. Venham ver as luzes da cidade escura, venham vê-las de preferência à noite, que é quando brilham mais. E aproveitem também os dias solarengos - mas agasalhem-se que aqui faz frio - para visitar os Jardins do Palácio de Cristal e apreciar as vistas para o rio. De noite, admirem os reclamos luminosos das marcas de Porto ali, na Ribeira de Gaia, e, de dia, embebedem-se com os aromas e sabores do vinho fino. Corram as Caves todas, uma após a outra e apanhem a maior bebedeira gratuita das vossas vidas, em estilo inglês.
Envenenem-se com uma francesinha, arrisquem uma tripa enfarinhada, ou até uma pratalhada de Tripas à Moda do Porto.
Passeiem. Passeiem muito, e a pé, que o Porto foi feito para isso.
Aproveitem para conhecer as marginais da Foz, de Leça e de Matosinhos. Comprem prendas em S.tª Catarina ou, então, num dos nossos Centros Comerciais. Assistam a um concerto na Casa da Música, subam à Torre dos Clérigos, desçam até à Ribeira, façam um cruzeiro das Pontes, apanhem o Metro de superfície e vão até ao Dragão. Surpreendam-se com a calma que se respira nesta cidade onde também se fala português, também se gastam euros, onde se segue a mesma novela do futebol e da politiquice. Descubram que aqui também é Portugal. Se tiverem mais uns dias, continuem até Guimarães, a Braga, Barcelos, Ponte de Lima, Viana do Castelo, cheguem até à Galiza, que é lindíssima. Venham até cá acima e entendam um bocadinho melhor aquilo de que sinto a falta quando estou lá em baixo.

Saudade.

É difícil aceitar conhecer pessoas novas quando estou a tentar despedir-me da maioria das pessoas que conheço.
Não quero mais pessoas de quem sentir a falta.

Le Mot do Jour.

(ou a palavra do dia, para os menos poliglotas)

DESOPILAR
... é uma bela palavra, sim senhor!!!
(especialmente quando já me dói o corpinho todo de estar aqui a debitar palavrinhas a soldo, todo o santo dia, e não me sai nadinha-de-jeito-ora-porra!)

Soares é cómico. Yo!


Super-Mário e Movimento MP3 .
Com apoios destes, quem é que precisa de Oposição?

domingo, dezembro 18, 2005

A menina dos meus olhos.

Sempre me disseram que tenho olhos bonitos.
Finalmente, sou obrigada a concordar. Ai, ai...(suspiro).
O Natal é para quando uma mulher poupar.
Apresento-vos a menina dos meus olhos, a minha outra metade, a minha última tentação do ano, o meu pecado original:

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Não demoro.

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Puto de vício!

Depois da ressaca, veio a overdose!! Aiissh!
Isto é downloads, actualizações, blogs, posts, comentários, pesquisas, videos, mails, messenger... concentração é que nenhuma.
Deixem-me trabalhar!! Devolvam-me o perú e afastem este Sapo de mim!!!

Papai, eu quero....


Dizei-me, meus filhos, que ides querer de prendinha de Natal?

terça-feira, dezembro 13, 2005

O equívoco nacional.

O maior equívoco nacional é a vergonhosa confusão que persiste entre os conceitos de CIDADE e CLUBE DE FUTEBOL.
Há dúvidas?
Então respondam-me a esta singela questão que vos coloco:

Será que Porto e Lisboa (só para nomear as principais) deixariam de existir, desaparecendo em absoluto do mapa, até mesmo do Google Earth, e seriam os seus habitantes pulverizados, eclipsados e esquecidos, se os respectivos clubes de futebol simplesmente se extinguissem?

domingo, dezembro 11, 2005

Uns e outros.

Há Lisboetas que gostam do Porto. E depois, há os ignorantes.

Apeteceu-me.


Estou com saudades do Dragão, de passar pelas Antas, de chegar à praia em 10 minutos, de lanchar no Palácio, de torturar a linha com uma francesinha, de me deliciar com um chocolate quente na Gesto, e de saber chegar a todo o lado, ao volante do meu boguinhas.
E tenho saudades das minhas pessoas e da Loirinha também.

sábado, dezembro 10, 2005

Hmmm...

Aguardo com serenidade que me passe este encantamento com a capital. Vai serenar e pode ate passar. Aí sim, serei objectiva.
Mas ter duas amigas do Porto que passam o primeiro fim de semana alargado comigo cá em Lisboa, e estar, eu mesma, de regresso ao Porto na próxima semana para festejar o Natal e o Ano Novo, não ajuda.
O encantamento vai continuar por mais algumas semanas. A bere.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

La dolce vidinha de estudante-turista.

Hoje quantos são? Que dia é? Eu nem sei. Estou numa dimensão à parte! Ando a curtir , muito, muito, muito mesmo. Entre turista e estudante, a vida é um doce de baixas calorias.
A casa onde estou é banhada pelo sol, e as pessoas com quem divido são simpáticas, generosas, muito descontraídas, muito gajas, românticas, práticas e boa onda. Vemos pouca ou nenhuma televisão, o iMac compensa com DVD's. A amiga que me alugou o quarto revela uma impressionante proximidade de interesses (as cores, a decoração, a atitude perante a vida) e deixou ficar imensos livros muito interessantes e que vou aproveitar para ler. É um mundinho tão agradável que me custa a acreditar, apesar de achar que o mereço.

Hoje saí de casa para resolver esta coisa do batráquio, e acabei perdida entre lojas e lojinhas. Muito comércio tradicional, coisa que já não existe grandemente no Porto, e um ambiente muito português. Apesar da imensidão de estrangeiros que a visitam ou escolhem para morar, Lisboa é uma cidade muito portuguesa. Muito portuguesa mesmo. Aqui encontro lojas e objectos que já desistira de encontrar no Porto. As pessoas são muito simpáticas e acessíveis, as velhinhas e os velhinhos são postais clássicos. Tudo me parece muito familiar, e ao mesmo tempo, absolutamente novo e entusiasmante. As casas antigas, os botecos, o sapateiro, as vizinhas à conversa nas entradas das portas, as escadinhas, os eléctricos, as lojinhas de tralha, as pessoas das lojas de tralha, os alfarrabistas, os mercados... O mercado da Praça da Figueira! Pareceu-me um souk quando por lá entrei, mas é um mercadinho, tipo supermercado, mas muito castiço, onde só existem os produtos de que eu mais gosto. Todas as marcas, delícias e comidas que eu gosto podem ser encontradas ali. Senti-me como uma chinesa num supermercado chinês. Estava lá tudo!! E agora que cozinho em casa, aquilo é mesmo um miminho.
Hoje à noite, vou, provavelmente, ficar no meu hiper-quarto, hiper-excelente, hiper-confortável, a trabalhar, estudar, a escrever... mas infelizmente, não a blogar.
:D

Quem tem um blog tem tudo.

Tem amigos, tem casa em Lisboa, tem trabalho, tem convites para café e para cinema e até tem drivers para macintosh!
Gosto de vocês todos que cá vêm por bem.
Beijinhos!!

terça-feira, dezembro 06, 2005

Rai`s parta o SAPO!!!

Macs e sapos nao se dao, e eu, com o teclado alemao deste PC portatil emprestado tambem nao - acho melhor desistir dos acentos... rais parta a coisa. Ha dois dias que tento que o SAPO leve a minha macsa a passear na net, mas o gajo nao se digna. Eh PT e ta tudo dito. Humpf....
Acontece que o meu imac tem o software desactualizado, mas nao o suficiente para ser compativel com o CD de instalacao do SAPO que, contudo, funcionaria no OS9 se eu ainda tivesse um browser em versao arcaica. Nao tenho. Pois nao. O MacOs X, recheadinho de software netborn, netwise, netsavy, netbrainiac, netnet, net NADA! Nao mexe, nao pisca, nao navega, so chateia. Ando a seco e ja estou a ressacar. Mas amanha o sapo vai coachar baixinho. Ai vai, vai.
E vim eu carregadinha com a macieira ahs costas soh para agora me ver obrigada a blogar de num pc estrangeiro (isto nao da jeitinho nenhum... argh). Ha! Mas isto nao fica assim, ou nao fosse eu a gaja mais... mais... mais necessitada de ir a net, oh siiiiiimmm, oh por favor!!!
Diga-se, em abono da verdade, que estou tao bem instalada que nem me apetece sair de casa para nada - as ruas `ingremes ah volta teem concerteza alguma coisa a ver com isto. Mas o que tem de ser tem muita forsa (glup... fassam de conta, sim?) e a PT vai ter de me dar solussao. Caso contrario, pois bem, de volta ao ciber cafe do Bairro Alto, pois vai ter de ser.... Ateh que os mossos lah nao sao nada sapinhos, ai nao sao, nao senhor!
;)

domingo, dezembro 04, 2005

:|

Não lhe liguei, não mandei mensagem, não fiz esforço nenhum. Ele também não, e foi melhor assim.
Se ligássemos, escrevessemos ou aparecessemos seria mais um placebo de boa vontade do que o remédio realmente necessário. Assim como assim, sinto que passei para o outro lado do campo e começo a perceber como certas coisas se fazem e porque acontecem. É tudo muito natural.
Mas eu não gosto.

Na mesma.

Eu: - Então, já casaste?
Ele: - Não. Continuo a saltar de namorada em namorada.
Eu:- Tu não mudas, rapaz.
Ele - E tu?
Eu: - Eu?
Ele: - Sim, tu!
Eu: - Eu... eu continuo a esquivar-te com sucesso.

Última sessão.

Sessão da meia-noite. É a minha tradição dos domingos à noite.
Comecei por ir sozinha, depois juntaram-se o Felipe e o André. O cinema ficava 5 minutos de casa, e estava quase sempre vazio.
Agora, o Felipe foi para o Brasil, o André está Espanha, e eu mudo-me amanhã para Lisboa.

À espera de que (NÃO) chova.

Foi boa a desculpa de que estava a chover muito. Mas não resultou.
Amanhã continua a chover e vou ter de ir assim mesmo.
(Ainda só arrumei as ideias. O resto volto cá para buscar, ou compro de novo... a bere.)