sexta-feira, setembro 28, 2007

Desabafo.

Os meus amigos têm-me a mim. Eu tenho o meu blog.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Auto-elogio merecido.

Amem-me ou odeiem-me, mas eu sou especial.
Especial como o Mourinho.

quarta-feira, setembro 26, 2007

To do's list

quinta-feira, setembro 20, 2007

Facto.

Sou uma trenga que dou demasiada importância a um morcão.

Até que te doa.

Auto-sabotar-me-ei até que sejas capaz de me parar.
Se não quiseres, ou não conseguires, eventualmente eu extinguir-me-ei.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Uns têm, outros têm que os arranjar.


Embora eu seja mais polpa. Com graínhas, e pele e tudo... mas polpa.

Uns têm, outros não.

Sou uma lorpa por gestos arrebatados. Grandes gestos, pequenos gestos, miminhos, pensamentos revelados, brincadeirinhas, private jokes postas em prática, surpresas, atenções. Sou uma lorpinha e derreto-me toda.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Adeus Lisboa (até ao meu regresso).



21: 17
Há dias em que me sabe realmente bem deixar Lisboa para trás. Hoje é um deles. A 2ª Circular, pejada de carros, como sempre, às sete e meia da tarde, pareceu-me uma estrada para o paraíso. O pára-arranca marcava o compasso calmo da minha aproximação ao meu objectivo: Deixar Lisboa para trás.
Ainda fui estacionar o carro e jantar, antes de me sentar junto à linha de onde partiria o meu comboio ("meu comboio", digo-o com todo o carinho e gratidão por me levar a casa), quarenta minutos antes da partida. Já sinto a calma do Porto. Até as pessoas que aqui esperam pelo comboio já me parecem mais normais, mais serenas, como eu.

Nos últimos tempos, Lisboa tem sido uma perda de tempo atrás de outra, uma desilusão, ou a simples constatação do facto de que as pessoas em Lisboa são realmente diferentes das pessoas no país real. Crucifiquem-me, como de costume, por dizê-lo, mas até eu sou pior pessoa nesta cidade: sou mais fechada, mais desconfiada, menos generosa e muito menos divertida, do que quando estou com pessoas da minha terra. Basicamente, faço o jogo das pessoas que me rodeiam. Ou quase. Constato que há muitas palavras e pouca palavra, muita promessa e nenhuma vontade, uma sonsice instalada e sem escrúpulos, e uma grande falta de compromisso nas pessoas aqui em Lisboa. Ou sou eu que já não acredito no que me dizem, já não suporto os sorrisos abertos e promissores deste mundo e do outro vindos de pessoas que mal me conhecem.

21:24
Queria que o meu comboio chegasse. Quero descansar no comboio. Talvez ler uma revista, talvez ouvir rádio toda a viagem. Quero deixar para trás todas as desilusões que Lisboa me causa. Quero chegar a casa e abraçar a certeza da devoção canina. Quero dormir na minha cama, quero comer bem, com apetite e gosto. Em Lisboa, não me alimento. Como para não ter fome, mas raramente sinto o prazer de degustar uma refeição, um bolo, uma meia de leite realmente bem servida.
Ainda não desisti de Lisboa, mas não me sinto mesmo nada atraída por esta cidade. Acho-a um logro. Uma cidade feita de devaneios e ilusões e invejas e muito pouca humanidade. Há muita gente em Lisboa, mas as pessoas esquecem-se que o são. Correm como ratos sem saber muito bem para onde, sem sentir o chão, sem sentir o vento, a chuva, o ar puro, o sabor da comida. Daqui, tudo isso fica longe demais, e tem um preço, um estatuto, reside atrás de um obstáculo.
Lisboa cansa-me. É uma cidade estúpida de onde exala a mais profunda pequenez do português. Lisboa não é real. Almada é bem mais real do que Lisboa. Almada fica no País real. Santarém fica no país real. Mas Lisboa é uma fantochada. Uma cidade feita de promessas, de abandonos, de palavras ditas por não ditas, uma cidade falhada, oca.
Tenho direito a dizer tudo isto e estou-me perfeitamente a cagar para o que os lisboetas, se é que os há realmente, possam ter para dizer. Acreditem, estão equivocados.

21:33
Faltam 6 minutos. Vou guardar o computador e apanhar o comboio.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Post sujeito a mal-entendidos.

Ando caladinha, recolhida, metida comigo mesmo. É meu recém-descoberto conforto para ver se me escuso ao diz-que-diz-que e à sonsice que me rodeia e que mais parece uma praga descontrolada.
Não sou anti-social, mas recuso-me a ser uma tela para que os outros projectem os seus filmes e novelas. Simplesmente, não ando com paciência para impressionar e para sorrir quando não me apetece, nem para agradar a quem só fala comigo por interesse. Por isso, fico quieta e só saio quando quero e quando posso. Quem é meu amigo, respeita. Quem não é, passe adiante.
Só quero estar no meu canto. E, se forem bem a ver, nunca me vão encontrar a invadir o canto alheio.

Espera-se quatro dias e já está.


Tinha esta noção de que a longevidade de uma melga era de apenas alguns dias. Como não tenho grande paciência para as esparramar contra a parede, dou por mim a escutar aquele sonzinho de violino irritante e a imaginar as babas vermelhas com que vou acordar de manhã, enquanto espero que a melga se extinga em pleno voo.
Nunca dei por nada. Ou estaciona na parede, ou se cala depois de um momento de autoflagelação minha. E eu geralmente adormeço antes que a melga se fine. Desta vez, ela ficou-se antes mesmo de eu me deitar.
É assim, quem espera pelo fim da melga, mais dia, menos noite, alcança.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Save the words, save the text.


(via Duda)

E, já agora, salvem o bom português, aquele que não se xcrev axm.

Uma ensaboadela, dizias?

Chuva que amansa.

"Chuva, eu peço que caia devagar,
só molhe esse povo de alegria, alegria,
para nunca mais chorar.
Você que tem medo de chuva,
você não é nem de papel,
muito menos feito de açúcar,
ou algo parecido com mel,
experimente tomar banho de chuva,
e ver a energia do céu,
a energia dessa água sagrada,
Deus abençoa da cabeça aos pés,
Oh chuva,
eu peço que caia devagar,
só molhe esse povo de alegria, alegria,
para nunca mais chorar,
para nunca mais chorar.
(BIS)



Falamansa, CHUVA.

Chuva, chuva, temporal.

Desejo que chova em Lisboa durante uma semana inteira, com períodos de chuva intensa a moderada, com descida razoável da temperatura, a suficiente para que eu possa andar com o casaco novo. Desejo que chova forte e feio para lavar a cidade, o ar, e o meu carro.
Desejo que chova mais, para me hidratar a pele e me lavar a alma. E desejo que todos os guarda-chuvas desapareçam do mundo inteiro e, com eles, todas as pessoas que não gostam da chuva.

terça-feira, setembro 11, 2007

Desenganem-se.



Eu e o meu mau tempo. ADORO.


Ass: Pequena Himalaia Relampejante, by Goulão com uma luzinha pela minha parte.

O príncipio do ainda mais estúpido.

Já conhecia o princípio KISS (Keep It Simple, Stupid),
mas acabo de descobrir que existe um outro bem mais inelutável:
Keep It Stupid, Simple.

Fiquei para tia!!!


:D
Oficialmente, aconteceu hoje às 3h15 da madrugada.
O meu primo direito, mano resgatado das brumas da família, e sua Super-Suz tornaram-se os papás babados do desejadíssimo Gustavo.
Isto equivale a dizer que o pequeno Guta (desculpa lá, Primium, mas eu gosto assim) é agora meu priminho "em segundo grau", mas, pode tratar-me por tia, que eu prefiro.
Para mim, é meu sobrinhito. O Guta!!
;)

No momento certo.

Tenho tido sorte. Quando mais preciso, quando menos espero, e sem eu pedir, os meus amigos têm aparecido, por obra do acaso, do destino, para me fazer companhia. É bom, e eu fico bem.
Obrigada Ricardo, Pedro, Hugo, Bau e Magoo.

sábado, setembro 08, 2007

* * * * * * * *

Sylvia, eight points.
Sylvie, huit points.
Sílvia, oito pontos e uma vacina do tétano.

Já me benzia...

sexta-feira, setembro 07, 2007

Mimo e alimento.

Estou a pensar em adoptar um gato. É só perder o amor às almofadas novas, e adopto um.
Ou talvez uma tartaruga. Ou duas.
...
Um gato, definitivamente.

Hoje o telefone tocou.

Eram cinco da tarde.
Era engano.

Medo.

Diário de trás dos muros.

Ok, o meu dia hoje foi, metaforicamente, algo como isto:
- Aperceber-me que o muro voltou emtoda a sua pujança.
- Tentar aceitar que o muro existe e que não mudou nem um calhauzinho. Quanto muito, está ainda mais calhau do que antes.
- Prosseguir, tentando ignorar o muro.
- Apanhar com vários calhaus na cabeça, que me recordam que o muro está lá e não vai sair cedo.
- Lembrar-me que há outros muros na minha vida.
- Esperar, em vão, que um outro muro fale comigo.
- O primeiro muro é continua inamovível.
- O outro muro permanece em silêncio.
- Resistir à tentação de mandar o muro à merda.
- Desistir de mandar o outro muro à merda - até esse esforço seria em vão.
- Aprender a viver com os muros que me rodeiam.
- Tentar não pensar em dinamites e outros explosivos.
- Desistir de tentar mudar o muro.
- Não tentar trepar o outro muro.
- Carregar sózinha com um móvel do IKEA, pelas escadas acima, que me parece que pesa mais que um muro.

Erigir o meu próprio muro.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Fé, vá.


Preciso de alguém que acredite em alguma coisa.

Cansa-me.

Confesso.
Estou cansada de ouvir o mesmo tipo de discurso de várias pessoas à minha volta:" ah... porque eu não consigo, eu não sei, eu não faço, vou falhar, é melhor nem tentar, mas que amargurado que estou, que deprimido, sou o único a quem isto acontece, porque é que os outros conseguem e eu não, estou num mau momento..."
Confesso, eu também me sinto assim às vezes.Mas mexo-me.
E já estou a ficar sem argumentos originais para relembrar a essas pessoas aquilo que têm de bom e de valor, e como deviam aproveitar os talentos que têm, e como são melhores que muita gente que nunca ouvi queixar-se.
Estou sempre pronta a ouvir desabafos, mas, confesso, o assunto repetido já me cansa.

terça-feira, setembro 04, 2007

Eu ajudo.


Vais começar por sacar o dedo do cuzinho e depois fazes-te à vida.

Gestão do esforço.

Se gostamos tanto de nos sentir bem, porque investimos tanta energia em sentirmo-nos mal?

À míngua de palavras.

Em tempo de paz.

Não valho nem 6 cêntimos.

.

Às vezes preciso que falem comigo, preciso que me digam o que vêem desse lado, de fora de mim. Preciso que me confirmem os pensamentos mil que tenho, ou que me desenganem daquilo que os olhos vêem, o coração sente e o instinto grita. Fica tudo baralhado e eu perco-me. Entre ir e ficar. Entre escutar o que me diz a alma, ou simplesmente, ignorar-me. Porque eu quero estar enganada. Mas não estou. Porque, quando quem me poderia desenganar não o faz, é a mais cruel das confirmações.

Dito de amigo.

eu: - A minha vida continua a dar voltas atrás de voltas...
Chico: - Quando encontrares o teu sítio isso acaba. Tenho a certeza.


(é bom ter alguém que nos diz coisas destas)