sexta-feira, julho 28, 2006

Trazei a mim os vossos pescocinhos.

Para eu os apertar e estrafegar e dar mais um beijinho!!! :)
Tou com saudades de toda a gente.
Voltei à capital, voltei à festa, voltei, voltei, voltei para cá! Depois de uma série de visitas-relâmpago à Capital, eis que esta... é mais uma.
Ah pois é (mas deve ser a última).
Neste fim de semana, ainda devo ir ao Porto, mas depois volto e depois sou capaz de dar um saltinho ao Andanças (se um determinado senhor não tiver um fogo para apagar, o que é quase tão bom como andar no bailarico), a seguir diluo-me no Sudoeste e depois logo se vê. Estou com sede de ver gente e com saudade dos amigos de cá.
Confesso que voltei a ter aquela sensação que tinha quando me tinha acabado de mudar para Lx: quando acordo nunca sei onde estou, em que quarto estou e em que terra fica.
Assim que me mudar para a tenda, a coisa serena.
Vá, tragam cá os vossos pescocinhos para eu os estrafegar... Eehehhe! :)

PS. É mesmo muito bom quando nos abraçam e nos perguntam : "Então, já ficas?"

quinta-feira, julho 27, 2006

Posto.

Ai... glup! Ai aaaaaaaaaaaiiiii......

quarta-feira, julho 26, 2006

Post colorido.

De uma conversa com o meu primo catalogador-de-todas-as-coisas-
-alternativas-mainstream-forinhas-dentrinhas-e-outras-
-debaixo-do-sol-e-à-volta-dele-também-independentemente-
-da-distancia-calculada-pela-comunidade-científica-mundial, encontrei em mim esta ideia que até acho reconfortante:
Num universo a preto e branco, eu seria uma zona cinzenta... matizada... e não necessariamente já convertida para grayscale.

terça-feira, julho 25, 2006

O Mundial que se segue.


(encontrei no Zuminho.)

Post Carochinha.

De cada vez que passo uma temporada no Porto, habituo-me à qualidade de vida que aqui tenho. Apetece-me ficar em Matosinhos, sentir o ar fresco da maresia... Ou nas Antas, perto de um jardim aprazível, um parque romântico, um clube de ténis e um shopping agradabilíssimo. Apetece-me ter sempre sítio para estacionar, uma garagem até!, andar à vontade na rua à noite e até poder andar de bicicleta. Por isso, a resolução para o novo ano (escolar/fiscal) em Lisboa é (logo a seguir a arranjar sustento):


MUDAR DE CASA.
Adeus Martim Moniz. Olá EXPO!
:)

(ok, ok, sonhar é a única coisa que não custa.)

segunda-feira, julho 24, 2006

Eu vou.


Quem vem também?

Silvia com ou sem filtro.

Caros amigos leitores e visitantes talentosos, criativos e outros:

Estão a ver aquela barrinha ali em cima, aquela de sempre, mas que desde o Mundial ficou adornada com a bandeira nacional? Já era tempo de a mudar, pois era...
Eu até podia devolvê-la ao aspecto original. Ou não. Ou podia pedir-vos uma ajudinha... ehehehe... assim, quem tivesse tempo, interesse e TALENTO até podia sugerir uma coisinha que me ficasse bem à maneira, não?
Então vá. Apresentem-me as vossas propostas.
(A imagem deve ter 683px por 122px)

De encher o peito.


Grande, grande, grande, GRANDE filme este "Piratas das Caraíbas - A Caixa Toráxica do Homem Morto". Mesmo muito grande. Duas horas e quarenta minutos para ser exacta, e que se vão converter em cinco horas e vinte minutos ou até oito horas inteiras de absoluto deleite para a vista e fascínio cinematográfico, quando eu revir e trevir (isso existe?) este grande filme grande que até parece que acaba a meio.
É tudo em grande: a produção, a fotografia, a realização e brilhantismo do argumento maravilhosamente representado pelo elenco para ver, olhar e babar por mais. Ele é o Johnny Depp, o Orlando Bloom, o Orlando Blooooooooom, o Johnny Deeeeeeeeeeeeeepp, o Jack Davenport (aquele do 'Coupling' com uma voz sensualíssima e um the most adorable british accent) e a outra magra pescoçuda da Keira Knightley, mais os feios, maus e a cheirar a peixe do costume.
É lindo, é grande e sabe outra vez a pouco. Também é bom para quem gosta de polvo.
Quando a trilogia ficar completa e sair o DVD-edição especial com making of, façam o favor de mo oferecer, bale?

domingo, julho 23, 2006

'Useless' music video.

Se rodasse hoje um video musical, seria qualquer coisa como isto:
Eu, enquanto policia-sinaleira, sem chapéu, só mesmo o casaco da farda, desgrenhada pelo vento e pela deslocação do ar dos camiões que passam mesmo ao meu lado. Estou na placa separadora central de uma autoestrada. O trânsito é intenso. Há fumo e muita poluição. Atrás de mim, vê-se um nó de autoestrada também muito congestionado para compor o plano já muito caótico. Eu mexo os braços pouco convictamente enquanto faço o playback de uma canção que não dá para ouvir por causa do barulho dos carros.
"Cof! Cof!", e não, eu nem sequer sei cantar.

sábado, julho 22, 2006

ELEKTRAAA!!

You Are Elektra

There's really no superhero with more style than you.
Because who could beat being sexy assasin ninja?



Wow... sempre foi a minha favorita. Apesar de que na primeira BD que li dela, ela tinha morrido. A história era toda em flashback. Nunca mais me esqueci e ela ficou a minha favorita.

A minha tropa.

Dos meus quatro avós, três deles estavam hoje no hospital. "A minha tropa", expliquei eu ao ortopedista de serviço*.
O meu avô materno está internado já vai quase para duas semanas. Como as visitas são muito controladas, o meu avô paterno decidiu atirar-se para o chão, no meio da rua, abrir o sobrolho, escanar os óculos e arranjar uma luxação do pulso direito só para conseguir ir ver o compadre ao hospital. A minha avó paterna foi com ele. A minha avó materna recusa aproximar-se do hospital. O meu avô materno tem dois grandes desejos com ele: 1) que a esposa se deixe de tretas e o vá visitar, e 2) comer um geladinho, uma torrada e um pinguinho.

* Dos três ortopedistas de serviço, todos os três eram lindos de morrer. Era um atentado à compostura desta neta de quatro avós octagenários... "Quem? Como disse, sôtor, sim, estou a ouVÊ-lo muito bem... aaah, sim... O meu avô. Pôr muito gelo, sim, bem preciso... ELE precisa, sim o avô...não eu, pois claro. Mais alguma coisa, doutor? (suspiro) O seu número de telemóvel...? O meu vem no processo clínico... Sim, avô, já vou... Obrigada, doutor. Eu vou só então partir-me toda ali fora e já cá volto, sim?... aai, deixe estar, eu tropeço já aqui."

What Color Is Your Aura?

Your Aura is Blue

Spiritual and calm, you tend to live a quiet but enriching life.
You are very giving of yourself. And it's hard for you to let go of relationships.

The purpose of your life: showing love to other people.
Famous blues include: Angelina Jolie, the Dali Lama, Oprah
Careers for you to try: Psychic, Peace Corps Volunteer, Counselor

Post Matinal.

Dizem-me muitas vezes que tenho um feitio difícil. Especial e diferente são outras duas palavras usadas para me descrever. Não entendo nenhuma das apreciações. Não me considero difícil ou especial, e diferentes somos todos.
Sou até bastante flexível. Sou carinhosa, ainda que não esbanje carinhos e muito menos delicadezas circunstanciais. Pareço muitas vezes mal agradecida, e outras vezes, mesmo insensível. Tenho sempre consciência daqueles que me rodeiam, mesmo que não pareça, e procuro ter muita noção do espaço que ocupo, de forma a não atrapalhar os outros. Gosto de pensar estrategicamente e de prever complicações de forma a antecipar soluções. Também sou despassarada e, de vez em quando, confundo-me toda, não distingo a direita da esquerda e sou terrível a fazer contas. Sou boa onda, sou da paz, mas não admito abusos. Já disse que sou flexível e sou mesmo, sou adaptável e tento sempre acomodar todos os interesses mesmo que isso implique algum sacrifício da minha parte. Sou tolerante com quem me tolera, sou exigente com quem deveria ser responsável, e sou absolutamente inamovível com quem é intransigente e estúpido. Sou justa, mas executora sem julgamento quando o instinto me avisa do perigo. Digo o que penso quando me interessa, calo-me quando não há nada a fazer. Enquanto protesto, quero ajudar. Castigo por omissão. Ajudo sem me pedirem, mas, quando preciso para mim, não sei mesmo pedir ajuda.
Sou mel e sou pedra, sou cola e sou distante. Sou um espelho incómodo. Sou um saco de pancada e sempre um bom adversário no ringue. Sou um muro de lamentações, um banco de confiança. Sou aquilo que merecem de mim. Sou mais até, e outras vezes não sirvo para nada. Não sou perfeita e falho todos os dias.
Falho com quem falha comigo, e falho mais ainda quando não consigo quebrar o ciclo. Não faço nada sózinha e faço muito pouco por mim mesma. Sou eu. Sou assim, por feitio e por defeito. Também sou egocêntrica quando escrevo posts assim.
(Se eu não os escrevesse, quem os escreveria por mim?)

quinta-feira, julho 20, 2006

A rata roeu a rolha do rei da R******.


Inteligência, justiça e imparcialidade para quê, quando há uma rata por perto?

O P(h)oder.

Qual é a coisa qual é ela que consegue ser pior que uma mulher mesmo muito cabra? O cagão do homem que tem medo de lhe impor respeito.

Quando assumimos que toda a incompetência será perdoada e toda a irreverência severamente reprimida, a estupidez humana inaugura novos limites e Portugal mostra por que razão é verdadeiramente um país de merda, e merece sê-lo.

quarta-feira, julho 19, 2006

Post PUB


Gostam das minhas sandalinhas? Feitas à medida. Ah poisé!!! :)
Concebidas e confeccionadas à mão pelo Sr. Carlos, artesão aqui de Águas Santas, com loja numa das galerias comerciais em frente ao Modelo, mas que também vende em Sta Catarina e nas feiras de artesanato. 25 oiros, mas não vendo. Também existem em preto.
Foram escolhidas por mim e ajustadas ao milímetro até que se ajustassem sem dor nem dano, e com absoluto conforto, à alturinha do meu peito do pé.
Perfeitas. Espero que durem uma década, tal como as anteriores que só não duraram tanto porque as perdi.
Vou passeá-las agora.

De novo, o Tempo.

Ontem choveu. Foi muito bom. Então aqui no Norte, quando refresca, até a alma se hidrata. Muito bom.

Quando consigo sair da sombra do meu quarto, e não me apetece pegar no carro, venho com a Loira tomar o pequeno almoço a uma esplanada aqui perto de casa.

Há 10 meses atrás, a Loira não tinha vindo comigo e também não era de manhã. Não estava enevoado e eu não estava a tomar o pequeno almoço numa esplanada. Há 10 meses atrás, eram quatro da tarde e eu estava duas ruas abaixo, num ciber-café que ainda aqui há, a olhar para o site da Restart e a considerar os cursos de Criatividade Publicitária e Argumento (sim, este foi um momento PUB). Estávamos em finais de Outubro, e eu já tinha a certeza de que queria mesmo fazer um daqueles cursos e de que não queria, nem podia, ficar-me pelo Porto. Liguei, então à Mariazinha, umas das mulheres mais bonitas e inteligentes, sim e inacreditavelmente solteira (este foi um momento IMAGE MANAGEMENT), que tinha feito Argumento e que, não me falando maravilhas do curso, referiu que seria "uma experiência interessante". Experiência interessante. Era exactamente isso que eu precisava de ouvir.

Hoje, 10 meses depois e com o curso terminado há uma semana (quer uma certa mulher-rato queira, quer não) não me encontro exactamente no mesmo sítio. Estou duas ruas mais acima e um mundo de experiências de vida mais à frente.

(este post continua mais tarde, que hoje o dia tem sido pleno de interrupções)

terça-feira, julho 18, 2006

Post da mosca.

Há momentos em que tenho tanta energia que, se uma mosca viesse de encontro a mim, quem caía era eu.

sábado, julho 15, 2006

Copyright with copywrite.

All the images in this blog are either Getty or gotten from somewhere else.

Bus(y).


"Quando é que vens?" Esta é a pergunta que mais ouço ultimamente. E ouço dos dois lados. Não é que um dos ouvidos não funcione ou que eu passe mais tempo em "ménages a trois", mas, sim, porque ou estou em cima ou estou em baixo, e, repito, não passo mesmo tempo nenhum em ménages porque nunca fico para o dia da faxina. Refiro-me ao Norte e ao Sul (não, não é isso, é mesmo ao Porto e a Lisboa).
Nesta época de Estio, em que o pior que se pode fazer é insistir no alcatrão, a minha agenda arrisca-se a virar roadkill churrascado quando eu a atirar pela janela algures na A1, entre um compromisso em Matosinhos e outro no Bairro Alto. Sem que seja de borracha, estica-se como uma pastilha elástica para escrever Paredes e Odeceixe na mesma página. Agora que penso nisso, gostava de inserir um compromisso qualquer nos Trópicos, mas nunca tenho a caneta à mão. É por isso.
E é assim que ando, para cima e para baixo, navagando por entre ares condicionados por uns euros a mais e uns minutos a menos de viagem. Há gente a despedir-se de cá e a despedir-se de lá para irem para todos para além, e eu quero poder dizer-lhes, "e então, guarda-me lá uma suite com banho privativo e vista para a praia/piscina/Central Park para quando te for visitar e, sim, eu levo o meu saco-cama e o chão também serve".
Tudo o que eu queria, nesta altura, era aparcar o biquini numa praia algures entre a Costa Alentejana e uma ilha grega e não me mover mais do que num raio de 5 quilómetros. Isso e conseguir recuperar o sono algures onde o chão não se mova. Ok, risquem isso, eu aceito um navio cruzeiro.

quinta-feira, julho 13, 2006

Que nunca te falte.

Qual é a melhor invenção do mundo quando o ar condicionado falha?
- O desodorizante.

Post moderno.

"Joder tia, que moderna!, dizia o meu amigo com quem as novas tecnologias me permitem teclar enquanto derreto numa camionete chocolateira, daquelas mesmo antigas, com bancos que picam nas costas (a minha mae bem me disse que eu ia muito despida, mas pronto.)
Vou do Porto para Lisboa, e isto não vai nada bem.
O motorista é estagiário e nem consegue conduzir a camioneta dentro da cidade sem deixar o motor ir abaixo em cada semáforo. O homem também não soube encontrar o botão do ar condicionado na primeira meia hora de viagem, o tempo suficiente para a maior parte dos passageiros provar que é, de facto, feito de 75% de água. Eu inclusivé.
Um casal de backpackers loiros e muito nórdicos acha tudo muito pitoresco e até curte do conceito de sauna on the road.
Ao meu lado, a paixão justifica todos os sacrifícios. Um casal conversa alegremente, ele não se cala e ela, afónica e irritante, também não. Pergunto-me quanto tempo falta até dar o pio final. Já a criancinha do banco da frente não se coíbe de estalar num berreiro só, de tanto que é o desconforto. As janelas não abrem. Começo a alucinar e a imaginar-me na colónia de férias quando abríamos aquelas janelas do tecto à revelia das educadoras...
Estamos a derreter e dirigimo-nos para Sul. Isto vai de mal a melado.
Finalmente o supervisor do motorista estagiário veio verificar que os respiradouros do ar FORÇADO estavam devidamente apontados para os passageiros liquefeitos. Felizmente, ao meu lado, viaja um senhor brasileiro, pelos vistos, motorista de passageiros que lembrou ao funcionário da RENEX que como haveria um botão de ar forçado, também haveria um para o CONDICIONADO. Seguiu-se uma espécie de disputa de "Eu é que sei" e " O ar condicionado nunca funcionou a 100%", que felizmente resultou numa baforada de ar frio finalmente escorrer pelos ventiladores.
A esta altura do texto já começo a ter um bocadinho menos de comichão nas costas. A família de indianos que viaja na "cozinha"(termo nortenho que define os 5 lugares continuos na traseira do autocarro) também já leva os véus a arejar.
Já vamos melhor.
Tenho mais 3 horas e 27 minutos de bateria na maçã, e um bocadinho menos de estrada pela frente, espero.

PS. O ar condicionado não consegue disfarçar os quase 40° que vêm lá fora e os 36°x50 que se sentem cá dentro. Isto só meditando, mesmo. OOOMMMMM...

P.S.2 (enquanto esperava para ter rede e postar) o ar condicionado pifou definitivamente. O supervisor veio abrir a janelinha do tecto. O ar já mexe, mas não arrefece. E assim nos aproximamos da linha do Equador...

quarta-feira, julho 12, 2006

Já fui.


É com algum sentimento de culpa e até dor na alma que anuncio ao mundo:
Perdi a virgindade dos caracóis.
(é verdade, aconteceu e é irreversível. Foi bom, sim senhor, mas só se eu tentar não me lembrar daquelas carinhas tão tristinhas, sofredoras, com corninhos tão mirradinhos... é terrível. Só se safou pelo molho e pela companhia.)

segunda-feira, julho 10, 2006

Dava jeito a muita gente.

Um fast-forward para o happy ending.

Procura-se:

Bom amigo, forte e equilibrado, terno, atento, divertido e paciente.
Ah!... e que saiba fazer festinhas no cabelo.

O toque de Midas.


My blog is worth $14,113.50.
How much is your blog worth?


Quem quiser, que me compre.

domingo, julho 09, 2006

“Everything you do comes back to you.”

Antes de regressar a Lisboa andava ansiosa e um bocadinho desesperada, no sentido em que nada me esperava em Lisboa. Nem ninguém especial, nem um emprego, nem nenhuma obrigação. A única coisa que Lisboa tinha para mim era o cumprimento da decisão que tomei de que quero viver em Lisboa e de que, logo, não posso refugiar-me no Porto.
Vim a Lisboa para resolver uma questiúncula infantil criada por quem devia ter mais juízo do que aquele que demonstrou. Como questiúncula que era, ficou sanada prontamente. Eu até podia ter regressado imediatamente ao Porto, mas, como sempre, Lisboa tem um jeito de me agarrar e de me pedir que fique.
Estes três dias em Lisboa foram muito reveladores e foram talvez dos dias mais úteis que tive em muito tempo. As dúvidas pessoais que me sobressaltavam foram naturalmente respondidas, uma para bem e outra para canto.
Há dias em que gosto mesmo de mim e da pessoa em que me tornei. Regresso ao Porto com um sentimento de missão cumprida, com um novo e verdadeiro amigo no coração e com a certeza de que alguma coisa certa eu devo andar a fazer.

sábado, julho 08, 2006

Hoje é só festa.


Umas cervejinhas, uns tremoços, uma roda de amigos e uma televisão com o Mundial.Se estivesse no Porto, ia até à Praça.
Hoje é pro relax. Era perfeito se ganhássemos o jogo, mas já fizémos bonito que chegue para muitas gerações. Este jogo é para curtir e é para celebrar o bem que Portugal se portou neste mundial de 2006. Parabéns, rapazes.
Independentemente do resultado da bola, JÁ GANHÁMOS.

Espírito de missão.

A minha mãe sempre trabalhou no sector da Saúde. No sector público da Saúde. Uma das coisas que eu mais gostava era ouvi-la falar sobre os seus dias de trabalho na "secção", ou no Centro de Saúde, ou fosse onde fosse. Ficava sempre impressionada com a facilidade com que ela se movimentava no Centro de Saúde onde me levava quando eu ficava doente, e onde ela conhecia toda a gente, que tratava por "colega". Conseguíamos os papéis mais depressa e eu tinha de cumprimentar um monte senhoras de meia idade que me elogiavam os olhinhos verdes tristonhos e raiados da febre.

Nunca gostei da lógica de meter cunhas, fosse onde fosse. Mas minha mãe fazia o que podia pelas colegas e amigas que precisavam de um contacto, de uma informação ou da agilização de um qualquer processo. Ela compreendia o quão importante um pequeno gesto pode ser para uma pessoa em crise. Ela sabia o quão calmante era "conhecer alguém" que pudesse ajudar.

O destino determinou que eu acabasse por trabalhar num Hospital. Estive lá um ano e meio. Pela função que ocupava - era responsável pelo Gabinete de Comunicação e Relações Públicas - tornei-me conhecida de boa parte do pessoal do Hospital. Relacionava-me transversalmente com todos os escalões profissionais, desde o Conselho de Administração (que foram quatro no período que lá estive), aos médicos, enfermeiros, técnicos, administrativos e auxiliares, seguranças, empregados de limpeza, contratados ou de outsourcing que fossem. Era uma família muitíssimo alargada.
Para mim, eram todos públicos-alvo com os quais eu tinha de conseguir comunicar, motivar e cuja colaboração me seria sempre imprescindível. Enquanto pessoas, eu não distinguia o "senhor doutor" da "menina do bar". O meu sorriso era igual para todos e quando me tratavam por "doutora", eu respondia sempre que "doutores são os médicos e o meu nome é Sílvia". Fiz amigos, cativei alguma simpatia, e sei que o meu jeito descontraído é capaz de ter chocado algumas sensibilidades mais formalistas.
Posso afirmar que gostei francamente de lá ter trabalhado. Apesar de ter uma estratégia global para a instituição, nunca cheguei a concretizar realmente nenhum grande objectivo (Comunicação numa instituição pública é o tipo de coisa que só gera despesa, já que o retorno em termos da imagem da instituição é inquantificável). Ainda assim, lá somei pequeninas vitórias, umas aqui, outras ali, quase sempre a nível pontual ou sectorial, mas mesmo só aquelas que não implicavam investimento financeiro por parte da Instituição.
Fiz o que pude por quem pude, mas nunca salvei a vida de ninguém...

Quase três anos depois, regresso ao hospital, mas desta vez para acompanhar um familiar doente. O pessoal do hospital cumprimenta-me nos corredores como se eu de lá nunca tivesse saído. Volto a sentir o carinho e a simpatia dos antigos colegas e a repetir a média de 20 "bom dias" e "olás" por cada 100 metros de corredor percorrido.
Volto a dar por mim a indicar o elevador aos utentes, a abrir portas a senhoras idosas ou meninas de bebé ao colo, a olhar para os papéis que os utentes têm nas mãos e indicar-lhes onde têm de se dirigir.

Agora sou eu que conduzo a minha mãe e o meu avô pelos meandros do hospital, sentindo que eles se sentem mais calmos e menos assustados porque eu "conheço" muitos "alguéns" no hospital, porque eu sei o caminho, e porque quase todos os funcionários com quem contacto se lembram de mim e me tratam por "colega".

Sempre tentei respeitar os direitos de quem de espera ser atendido, mas reconheço que tem sido muito importante os conhecimentos que tenho no Hospital, de modo a agilizar o processo de que depende a saúde e a qualidade de vida do meu avô. Todos os (ex)colegas têm sido incansáveis naquilo que podem fazer, têm sido sensíveis e têm sido disponíveis para ajudar. No entanto, sei que essa atitude não radica apenas no conhecimento pessoal que têm de mim.
O pessoal de Saúde, diga-se o que se disser e com todos os erros e falhas que são impossíveis de evitar num sistema tão complexo como é o hospitalar, vive num estado permanente de "missão". Eles trabalham para ajudar, e fazem-no o melhor que podem. Eu própria, quando lá trabalhava, tinha como missão promover uma boa imagem da instituição, facilitar os canais de comunicação entre diversos estratos profissionais e institucionais, de modo a ajudar todos os colegas a tornar mais positiva a experiência dos utentes junto dos Centros de Saúde e do Hospital.
Eu tinha um espírito de missão. Eu gostava de fazer a minha niquice que fosse para que os Utentes estivessem melhor informados, para que os profissionais colaborassem melhor entre si, para que o público e a Administração Central percepcionassem o que de bom se fazia naquela instituição.
Eu sinto falta desse espírito de missão, agora.

Nestes dois dias em Lisboa, um amigo meu ficou doente e precisou que o levasse ao Centro de Saúde. Não conheço cá ninguém, mas conheço o sistema, e isso bastou para que pudesse vencer a resistência ao preconceito deste meu amigo em procurar ajuda profissional no sector público. Sem possibilidades para custear acompanhamento privado, a opção dele seria mesmo ficar sem tratamento. Ora isso não poderia ser.
Dei então por mim a aplicar aquilo que observei na minha mãe, das vezes que ia ao CS em criança, e a fazê-lo com a mesma confiança e desenvoltura, com algum conhecimento de causa e jogo de cintura. E foi simples, rápido e positivo, e meu amigo teve acesso aos cuidados de saúde de que necessita sem ter de desembolsar fortunas (que não tem) na medicina privada.

Confesso que é nestas alturas que fico orgulhosa de mim mesma por ter prestado atenção quando devia, mas, acima de tudo, agradeço o exemplo da minha mãe por me ter mostrado, mesmo que inadvertidamente, como se vive.

(este post, além de muito longo, não pretende chegar a lado nenhum. Estou cansada, mal dormida e um bocadinho desgastada, por isso nem me apetece organizar bem o pensamento. Já sei que os comentários vão ser de más experiências com médicos, Centros de Saúde e Hospitais e estarão cobertos de razão e de razões.
Eu só queria ressalvar que é com calma, com boa vontade e sem preconceitos que se consegue comunicar. É a falar que a gente se entende. Porque é muito bom quando se consegue ajudar alguém. Enche-nos o coração e faz-nos ganhar o dia, mesmo que para isso tenhamos de perder alguns minutos a mais a escutar alguém, a dar atenção, a segurar numa mão que treme.
Foda-se, estou passada, mas estou muito agradecida a todos aqueles que me ajudaram e àqueles que me permitiram que os ajudasse também.
Este blog segue dentro de momentos.)

quinta-feira, julho 06, 2006

To Lisbon.

Estou à espera.

Há vários dias. Os desenvolvimentos de um dia determinam o seguinte. É impossível fazer planos para vários dias ou até para uma semana inteira. Há demasiadas variáveis, novidades e cancelamentos.
Amanhã vou a Lisboa. Não vou "para". Vou "a". Não sei se volto amanhã mesmo ou se volto antes ou depois do fim-de-semana.
E assim vamos.
Vou. Às seis da manhã.
Não me apetece dormir.... tss tss.
Agora estou só à espera que as horas passem.

Não temos desculpa.

A culpa foi da camisola do Eusébio. Terceiro lugar em 66 e a História repete-se, ou pode ser que não, e que fiquemos em quarto lugar. A culpa foi da minha mãe que, desta vez, não veio comigo aos Aliados e não trouxe a sorte. A culpa foi do Fifi que nunca sai para ver os jogos e desta vez saiu. A culpa foi da Rita que comprou hoje uma camisola para ir até à final e agora já não vamos. A culpa foi do árbitro que marcou um penalty que não o era e deixou por marcar um que era. A culpa foi do Zidane que chutou a bola, mas não foi do Ricardo porque ele se atirou para o lado certo e até tocou na bola. A culpa foi do guarda-redes francês que agarrou as bolas todas. A culpa foi do Figo que falhou o ângulo do remate e do Maniche também. A culpa foi o Cristiano que não passou a bola. A culpa foi do intervalo que adormeceu as equipas. A culpa foi da campanha para desacreditar os "fiteiros" dos portugueses junto da arbitragem. A culpa foi do árbitro que foi na cantiga. A culpa foi da relva que era verde. A culpa foi da gripe das galinhas que não atacou os galinácios franceses. A culpa foi dos nossos rapazes porque jogaram bonito e deviam era ter depenado as galinhas. A culpa foi nossa porque acreditámos. Pois que se lixe a culpa.

SOMOS OS MELHORES DO MUNDO e para isso não há desculpa.

Intoxicação alimentar.


Quinámos.

terça-feira, julho 04, 2006

Valor acrescentado.

Há dois tipos de homens:

aqueles que gostam de nos ouvir quando lhes telefonamos e sabem trocar mensagens (responder, pontuar e manter um bom ratio interesse/caracter),

e...

aqueles que, além de dizerem que não gostam de falar ao telefone, não respondem às mensagens, e desculpam-se dizendo que não ouvem o telemóvel. Curiosamente, estes últimos são os mesmos que, quando estamos com eles, têm sempre o telemóvel na mão e não rejeitam uma única chamada.

Uns convencem-me, outros não.

O pai manda.

segunda-feira, julho 03, 2006

É maravilhoso!

Estar ao telefone durante uma hora, dezassete minutos e quarenta e três segundos e pagar a suave maquia de €0,15.
Obrigada Vodafone e Optimus. Finalmente a TMN aprendeu a fazer promoções.

Semana 3 and counting...


Não é propriamente prisão domiciliária, mas é quase.
Não é comigo, mas também me custa. Vai correr tudo bem.
São só mais uns dias. Não sei quantos.

In victa.

Compatriotas e irmãos brasucas torcedores, lamento ter de vos desapontar, mas vou ter de quebrar a promessa feita no post anterior. Ok, não quebro propriamente, adio. Substituo assim por...hmm... tripas. À moda do Porto ou enfarinhadas, tanto faz. Ou então mesmo com uma francezinha.
É que, afinal, vou acabar o Mundial na Invicta.
Pera lá...posto assim, Mundial na Invicta... Invicta no Mundial!!
É isso.
Ficar no Porto vai dar sorte e nós vamos, SIM!!!, levantar a Taça!!!

sábado, julho 01, 2006

Promessa.

Quando Portugal jogar com a França, eu estarei em Lisboa.
Se ganharmos, prometo experimentar finalmente (argh!) um pratinho de caracóis.

Estivemos lá.


E agora vamos em frente.

O Homem do Jogo.

Foram todos, todinhos eles e o Scolari também, mas temos de concordar que o Homem entre os Homens neste jogo foi o RICARDO.

(o Vítor Baía é mais giro, mas o Ricardo é mesmo muito bom.)

Metam-nas aqui.


Hoje só há uma baliza. A inglesa.