terça-feira, junho 29, 2004

Silvia no Exílio

Aos meus amigos, visitantes frequentes e novos e antigos leitores:
Eu não fugi. Estou em Lisboa, exilada, submetida a trabalhos forçados, escravizada por uns japoneses muito auto-importantes. Há 3 dias que me encontro presa entre imensas paredes, com um horário que começa perto das oito manhã e ainda não terminou antes da meia noite, durante mais uns 10 dias. A net é analógica...isto de estar na capital é tudo muito moderno... e não dá sempre para cá vir. Daí que blogar é complicado, até porque tenho muito mais que fazer.
Mas estou a divertir-me. Quem trabalha por gosto só se cansa lá para as 3 da manhã.
Vou aparecendo. Tenham saudades minhas, tenham muitas saudades minhas.
E escrevam. Comentem ou escrevam para silviasemfiltro@hotmail.com.

Beijinhos muitos
Silvia.

Cheira a Lisboa

Ou melhor, cheira a mijo.
A sério. E não digo isto por mal. É a mais pura verdade, e quase me deu a volta ao estomago enquanto tirava as malas do carro. Estou num hotel junto ao Parque Eduardo VII...e mais não digo.... E foi ao que me cheirou.
Eu sei que sou do Porto, e isto vai soar a bairrismo, que não o é, mas não me consigo filtrar e evitar perguntar: Será isto o cheiro a Lisboa?

(Ok, trocidem-me nos comentários...lol)

quarta-feira, junho 23, 2004

Amanhã é mais um dia.

E como hoje já não mando mais posts, aproveito para convocar:
Amanhã, TODOS À CORDOARIA para apoiar a Selecção! (aqueles que não tiverem conseguido bilhete, claro - os que tiverem deixem-se estar.)
E porque é giro e porque eu vou lá estar.

(uma pequena pista: sou aquela com as cores de Portugal!)

;)
Apareçam. Vocês também estão convocados!
Bom S. João!

Tantos tantos.

Tantos blogues.
Tão pouco tempo para os ler.
Tanto menos para actualizar os links.

Silvia Sem Filtro #3

Adoro um homem que escreva bem.

Farturas com Sumol de laranja

Hoje à noite é S. João...
Já não puxa...Está a chover e já fiz de tudo que havia a fazer: Jantar frango assado nas Fontaínhas, dar um pé de dança no bailarico do bairro, comer uma sardinha em broa oferecida por uma simpática senhora numa viela estreita do Porto mais íngreme, ver o fogo de artifício em Cima do Muro, percorrer a interminável marginal entre a Ribeira e a Foz, saltando uma fogueirita das pequeninas porque já falta a força nas pernas, retemperar energias com uma fartura "com açúcar e muita canela!" e um sumol de laranja, dançar no bailarico que se segue, e ir morrer à Foz, desiludida porque o sol não nasce no mar...
Agora nem o martelo compro, que me desculpem as vendedeiras, e faço tudo para me esquivar às marteladas, oferecendo o toutiço apenas às crianças para que se perpetue a tradição. Os alhos porros irritam-me, mas nunca me permiti partir nenhum. De resto, acho que fiz de tudo. Até já arranjei namorado, e também já servi de pau de cabeleira. Gastei fortunas em carrinhos de choque e matraquilhos, andei em grupo, de mãos dadas, e até já me perdi sózinha. Já servi de guia a estrangeiros e fugi dos foliões portugueses. Também já tentei ficar em casa...mas isso ainda não consegui.

terça-feira, junho 22, 2004

"We need to get out more."

(Recebi isto hoje por mail. Não sei quem escreveu. Assina apenas "guru", e basta. Reproduzo na integra, porque merece.)

"Se és designer ou criativo, talvez já tenhas descoberto um dos segredos da profissão: as empresas onde ganhamos o pão não alimentam a criatividade. Aliás, elas nem sequer sabem o que é a criatividade.
As empresas de comunicação são especialistas na arte do desperdício de talentos. Sob o pretexto, simplista, de o design e a publicidade estarem ao serviço das necessidades do marketing, acabam por nivelar por baixo o potencial criativo das peças que desenvolvem. A lógica da venda sobrepõe-se tirana sobre o potencial inovador que os recursos humanos poderiam criar. Como a psicologia dos Clientes favorece quase sempre a solução convencional, consensual, contida, são raras as agências que têm a força moral para furar o muro da mediocridade.
Há uma característica do acto criativo que continua a escapar à inteligência de muito boa gente – quão mais criativo é um trabalho, mais resistências vai encontrar. O público, quer o das equipas de marketing, quer o consumidor final da comunicação, incomoda-se com tudo o que seja diferente da sua experiência passada; pois o que é novo obriga a pensar. Ora, pensar assusta aqueles que estão satisfeitos com o que já conhecem.
O que seria uma casa criativa ideal? Quando lemos as missões e apresentações e aspirações das empresas ditas criativas encontramos sempre a mesma lenga-lenga. Que “somos absolutamente fantásticos a fazer o que fazemos e que mais ninguém consegue fazer porque temos um método de trabalho genial e uma organização divinal” e etc. Entre esta retórica e a realidade há uma maior distância do que entre a Lua e o fundo do universo. A verdade está nesta simples constatação, criar criatividade implica ter gestores criativos. Gestores capazes de compreender os factores decisivos na actividade dos designers e criativos, capazes de moldar o ambiente de trabalho e capazes de seduzir a Clientela com ousadia intelectual. Se não remarmos todos na mesma direcção, mais vale mandarmo-nos à água e começar a nadar – sempre chegamos mais longe.
Designers e criativos transportam consigo um sonho nebuloso, indefinido, desfocado, sobre o seu futuro. São como seres fabulosos, no sentido em que se aparentam com as criaturas mitológicas cujos corpos são constituídos por partes de diferentes animais. Esse conjunto heterogéneo de grifos, quimeras, harpias e minotauros vive cindido entre as exigências de um trabalho industrial e o desejo de ser artista. Permanecer no meio e não perder a alma, embora servindo a dois senhores, pede uma constante atenção ao essencial da nossa vocação. Isto é, se tivermos vocação...
A criatividade começa nos genes, não nascemos todos para o mesmo. A criatividade desenvolve-se com uma educação rica em estímulos para as nossas capacidades específicas, sejam as gráficas, visuais, de escrita ou conceptuais. A criatividade cresce com as experiências da vida, a descoberta das nossas estonteantes possibilidades, a consciência de nunca estarmos acabados. E a criatividade atinge a maturidade quando se compreende a sua finalidade suprema – entrar na intimidade invisível do outro, vencer o abismo que separa duas pessoas.
Se existisse uma empresa de comunicação que escolhesse os seus criativos pela ambição de marcarem a diferença, os seus produtores pela paixão da perfeição, os seus contactos pelo entusiasmo de vender grandes ideias e superiores execuções, os seus directores pela visão comercial revolucionária, uma empresa que se unisse na derrota e fosse generosa na vitória, que não exigisse dos criativos que chegassem cedo ao trabalho mas antes que chegassem o mais rápido possível às boas ideias, que investisse na inteligência emocional muito mais do que nos computadores, que escolhesse Clientes também pela liberdade criativa que eles permitissem e que fizesse do dia-a-dia laboral uma oportunidade para nos dignificarmos como seres humanos – quanto pagarias para trabalhar aqui?
A criatividade não nasce nas agências. A criatividade é aquilo que os criativos levam para as agências, mas que foram buscar a outro lado qualquer. We need to get out more.
guru, 2004
"

segunda-feira, junho 21, 2004

Tá tudo muito calado...

Já repararam que não houve bomba no Euro2004? Nem no Rock in Rio? Se calhar, o Osama esqueceu-se. Se calhar, não está assim tão chateado...
Se calhar, não existe.

Como um fado...

...que ninguém consegue calar.
Este é o jeito português, o de nos prepararmos para a derrota, a humilhação, o auto-desanque pelo atrevimento de sequer tentar, o conforto da convicção no falhanço total, a garantia de 100% de que não poderá correr pior. Porque, pelo menos, para a desgraça e frustração, Portugal tem o melhor remédio: O FADO. Cantado na mais comovida atitude do coitadinho.
Inteligentemente, tudo se resume à questão de manter a face. Os japoneses cometem hara-kiri. Os italianos mandam os afilhados do padrinho tratar do assunto. Os portugueses fazem o velório antes do morto falecer. Assim estamos sempre bem (ou estamos como Deus manda). Está-nos na massa do sangue.
Dizemos que vamos perder, e cobrimos o flanco da honra nacional. Se perdermos, mantemos a face. Se ganharmos, mantemos a face (com uma expressão de alguma surpresa) e lá celebramos, um pouco desajeitadamente, como se não estivéssemos habituados a isso... até porque temos de celebrar hoje como se fosse a última vitória, porque se calhar até é... Ou não!
:P

E agora para uma atitude completamente diferente.

Duuuuh!
Para quem achava que Portugal não passaria o segundo jogo e MUITO MENOS do terceiro:....Aha!
ahahahahahahahahaha! Na-na-na-na-na! Toma! Chupa! Bai Buscuare! Carago! Fosca-se! Put...qu..os...a..riu! Eheheh!
POR-TU-GAL! Olé! Olé! Um golito para ti! Olé! Olé!
E agora vamos até ao fim!
Olé! Olé! O Euro é nosso, em mais maneiras do que uma!
Imainada.

sexta-feira, junho 18, 2004

Silvia COM filtro

(...mas a deitar fumo pelos olhos...!)
Imaginem um talhante rico que vai ao médico, acompanhado do seu afia-facas. Vai ao especialista, a um profissional competente que sabe o que faz. E o talhante rico vai lá porque o médico é bom. Caro, mas bom. O talhante fica calado com cara de empoado, enquanto que o afia-facas passa o brief, perdão, explica a situação.
- Ao sr. dr. Talhante dói-lhe a cabeça, e o sr. dr. Talhante deseja que o senhor lhe receite uma aspirina.
O médico escuta a sugestão de receitar a aspirina, tão elevada e eloquentemente proferida pelo afia-facas de serviço do sr. dr. Talhante, mas sabe que a sua obrigação e formação profissional o obrigam a realizar-lhe o exame completo para determinar a origem do problema.
Assim faz. E diagnóstico não é o esperado, mas também não é completamente desanimador:
- Lamento informá-lo, mas o senhor sofre de um tumor cerebral. No entanto, é perfeitamente operável. Garanto que essa seria a melhor solução e que ficaria completamente curado.
Sem registar uma única palavra do que especialista dissera, o afia-facas, que já conhece o patrão e aquilo de que o Talhante padece (foi sua, aliás, a sugestão da cura pela aspirina em doses entretanto já planeadas estrategicamente) desfia o discurso que já tinha preparado anteriormente (fruto da longa experiência em lidar com este tipo de ralé):
- O senhor não sabe o que diz. Faça como lhe foi pedido. Uma aspirina é o remédio que o sr. dr. Talhante deseja e é o que vai ter. Afinal o sr. dr. Talhante paga. Faça o favor de escrever a receita conforme lhe disse: AS-PI-RI-NA, com A no início e no fim.
A vontade do médico era mesmo mandar o afia-facas à merda, mas já tendo cumprido a obrigação de os informar dos factos, limitou-se a suspirar... este era um caso perdido. Escreveu "aspirina" num pedaço de papel de propaganda médica e entregou-o ao afia-facas. O afia-facas, orgulhoso de mais uma missão cumprida, entregou o papel ao sr. dr. Talhante e acompanhou-o à farmácia para se certificar que tudo seria feito à sua vontade.
Uns meses mais tarde, o Talhante morreu, e nem sequer a herança houve para agradecer ao fiel afia-facas que não teve outro remédio senão ir lamber as respectivas do Borra Botas que se seguiu.

O mais chato desta história é o que médico também perdeu o cliente. E o Talhante podia ter vivido muito mais e ter tido tempo para padecer de mais doenças resoluveis, e ter tido família e filhos e recomendado o serviço aos amigos. Halas...

quinta-feira, junho 17, 2004

"Vem cá..."

Entrei no quarto e fechei a porta à chave com duas voltas. E tranquei a porta da varanda que era comum com o quarto dele. Não queria voltar a sair do quarto. Não queria deixá-lo entrar, mas mais do que isso, não queria deixar-me sair. Sentei-me na cama e senti que o sono tinha fugido.
Não tinha dormido nada na noite anterior, na viagem para sul. Passara toda a noite a trocar mensagens com ele. Ele, que eu já não via há uns cinco anos. Ele, que sempre fora um dos meus colegas de faculdade favoritos. Ele, com quem quase nunca precisei de falar nesses quatro anos de faculdade. Ele, que agora me convidara para passar um fim de semana no Sul, numa casa junto ao sol.
"Vem...". Vou.
E agora estou sentada em cima da cama. Sem sono.
E ele está no quarto ao lado.
Passámos o dia na praia, e depois na esplanada, e depois de um lado para o outro sem destino, eu bêbeda de sono, ele bebêdo de contentamento por me ter ali, com ele. Passámos o dia a dizer brilhantes disparates e a rir muito. Jogava-se o Mundial, e o Brasil ganhou o jogo e os passarinhos vieram comer à minha mão. Já não me lembro de que mais fizémos, onde jantámos, se jantámos. Sei que adormeci no sofá, e quando acordei, ele estava sentado no chão, só a olhar para mim, com uma doçura imensa.
Levantei-me e subi as escadas. Ele seguiu-me, apagando as luzes atrás dele. No cimo das escadas, voltei-me e agradeci-lhe o olhar doce com um beijo. Depois entrei no meu quarto, e tranquei todas as portas.
Sentei-me na cama e não consegui dormir.
Foi então que me apercebi de que tinha deixado o telemóvel na sala. Tentei convencer-me de que não precisaria do telefone, que não ligaria a ninguém, que até fazia mal tê-lo comigo... Mas não resisti. Ao menos a isso não iria resistir. Abri os ferrolhos e corri até à sala para o buscar. Depois corri, escadas a cima, de volta para o quarto e tranquei-me de novo. Quando me sentei na cama, abracei os joelhos e fiquei muito quieta.
Então ele enviou uma mensagem: "Vem cá...".

De quem me tem.

"Tenho-te a conversar comigo,
às vezes a desabafar, às vezes a rir, às vezes a chorar…
Tenho-te a passear,
às vezes pela ribeira à noite,
às vezes por leça, porto, maia e até póvoa já estiveste.
Tenho-te a chatear,
às vezes a alegrar, às vezes a irritar, às vezes a discutir,
às vezes a abraçar, às vezes a beijar.
Tenho-te ao telefone,
às vezes a falar, às vezes a "mensajar",
tantas vezes a combinar, tantas outras a anular.
Tenho-te a olhar,
às vezes energizada, às vezes cansada, às vezes a provocar,
às vezes a insinuar, às vezes sem ver.
Tenho-te tantas vezes e de tantas maneiras,
tenho-te tanto sem às vezes te ter,
tenho-te de uma forma como não tenho a mais ninguém,
mas também não quero ter mais alguém como gosto de te ter.

Ah! também te tenho a responder aos meus mails…"

Também.

Acordo de manhã e a primeira coisa que procuro é o botão OFF para desligar o alarme no meu telemóvel. Detesto a musiquinha com que acordo e há muito que ando para a alterar, mas as opções são parcas e a lembrança também. A seguir, desbloqueio o teclado e vejo se tenho aquele abençoado envelope pespegado no ecrãn. Se tenho, arregalo logo os olhinhos mais remelados para conseguir ler aquilo que me sabe sempre a uma carícia. A última dizia assim: "Beijo. De boa noite. Ou bom dia. Toma.". Entrara às 04h05 da madrugada. Ele não se deita. Eventualmente adormece. Entendo bem esta necessidade de tocar alguém antes de terminar o dia. Às vezes respondo. Às vezes, também.

Uma palavrinha só.

(para quem já tinha enterrado a nossa selecção):

AHA!

quarta-feira, junho 16, 2004

Reunião dos PA (Portugueses Anónimos)


"- Olá...O meu nome é António/Maria...
Tem o olhar cabisbaixo e dificuldade em vocalizar a vergonha que se segue, - e.... e eu sou Português(esa). Argh!"
Que vergonha, não é? Que vergonha esta atitude portuguesinha estúpida. Mudai de filme! Porra!

Portugal não começa nem acaba no futebol!.. E além do mais, o Euro2004 tem sido uma grande oportunidade para projectar Portugal junto dos nossos colegas e vizinhos europeus, e não necessariamente pelas vitórias da nossa selecção nacional.
Já o mundo inteiro sabe que neste país se joga excelente futebol, mais localizadamente na zona oriental do Porto, cidade costeira no Norte de Portugal. Por isso, independentemente dos resultados da nossa equipa, quer ganhe o torneio ou perca logo no primeiro jogo e os outros todos a seguir, o importante é que o nosso país saia ganhador de uma legião de fãs europeus que vão querer voltar nas férias, nos negócios ou apenas porque sim e porque é um país lindo, de gente simpática e hospitaleira, que sabe receber em grande e em paz, e que tem uma comida fabulosa e certamente a melhor cerveja do mundo, e um sol que nunca deixa de brilhar, do Minho ao Algarve.
O Euro 2004 deve ser visto como uma oportunidade de arrancar Portugal da sombra da Espanha e os portugueses da letargia da depressão. Vejam como os fãs do Futebol se divertem na casa que é nossa. Nada pode alegrar mais um anfitrião! E eu fico feliz. E quero repetir a dose.
Por isso, hoje vou assistir ao jogo e divertir-me seja qual for o resultado, porque o que interessa é curtir esta festa europeia. Imainada.

O poder das não palavras.

Se assistirmos a uma conferência de imprensa pelo Scolari e fizermos a experiência de tirar o som, ficando apenas com a linguagem não verbal, o que se apreende é o seguinte:

"-Oh cara, eu tou é farto dessa porra toda. Tô farto da sua cara, da sua e da sua aí, ô cara de cu. Jornalista da porra, filho da pu.... Tô pouco me cagando pra essa selecção de boiolas. Eu nem sei como é que entrei nessa fria.... Os cara é tudo frouxo, e não sabe jogá futebol...Mas eu não tô nem aí. Vocês que são europeu, vocês que se entendam. Mania de que é tudo educadinho...polidinho, não pode perder um joguinho já fica tudo virado na porra. Mas eu que sou o manda-chuva aqui, eu que mando enquanto me pagarem para isso...É... foi mesmo só pelo dinheiro. Não vejo a hora dessa merda acabar e eu voltar lá pra ilha que já comprei c'o dinheiro dos portuga. Quando é o próximo jogo? E eu sei? Quando for, alguém vai me levar. Tô nem aí."

E como o seleccionador é um bom seleccionador, o seu carisma começa já a contagiar as mesmas hordas de portugueses que obedeceram ao colocar a respectiva bandeirinha na janela. A instrução agora é a de cagar para a selecção. Pôr os meninos de castigo, tal como Scolari tem feito nos últimos dois anos. Vamos lá pessoal, o que tá a dar é encolher os ombros, não encarar ninguém de frente e desistir da nossa própria selecção. Obedecei. E provai que o seleccionador é um grande seleccionador, e que controla, não 20 e tal jogadores, mas uns 11 milhões de almas muito ceguinhas.


terça-feira, junho 15, 2004

Orgasmo simultâneo.

"Ai! que o moço tá c'o diabo no corpo!...
Ui! Passou-mo!!..."

Procrastinator's Diary

Now, here's a regular day in my life back when I was a freelance copywriter living alone in a big flat.
Supposedly I always planned to start work at 3h00 pm after having lunch and watching a bit of TV. That was when procrastination usually took hold:

1. Lay belly up on the sofa, listening to the noises coming from outside. It's hot and my house is so quiet. I feel happy but lonely. Energized yet slow and lazy.
2. Look at the ceiling actually looking to find something worth looking at. Manage to find some spots and wonder how they got there. The lamp wiring eventually becomes fascinating...but not for long.
3. Turn belly down. Not comfortable.
4. Get up and sigh twice.
5. Go for meia-de-leite and a torrada.
6. Take the dog for a walk in the meantime
7. Come back feeling half motivated half guilty
8. Sit by the computer.
9. Look at the screen.
10. The coffee hasn't kicked in yet, so maybe I'll go for a lay down on the sofa.

11. Repeat steps 1. through 4.

12. Get back on the computer.
13. Try to remember what it is I was supposed to be doing.
14. Look at the watch.
15. Sense for hunger. Make sure I really don't feel like eating something. Maybe some fruit.
15.a) I could eat something. Go into the kitchen.
15.b) Not really hungry. Maybe some fruit. Go into the kitchen.
16. Try to remember why I came into the kitchen. I'm not hungry at all. Actually I feel sick from the coffee.
17. Go to the loo.
18. Look in the mirror.
19. Maybe I could do something with my hair.
20. Try out different hairdos with pins and bands.
21. Conclude that my hair needs washing. Maybe I'll do just that.
22. I'll just have a shower.
23. Start the water running.
24. Have a bath instead of a shower. I could do with a bit of relaxation.
25. Stay in the bath until my heart is pounding and I get slightly edgy.
26. Get up, wrap myself in a towel and go lay on top of the bed.
27. Sleep.

(about half an hour later)

28. Quit pretending I can't hear the computer fan going "hummmmmm."
29. Get up and find some clothes.
30. Go into the bathroom again.
31. Hair dried into an absolute mess. Skin's dry.
32. Wet hair again, and comb it into something worth looking at.
33. I'm pretty. Need to lose some weight.
34. Choose which body moisturizing cream to rub on.
35. Remember that maybe I could do with a bit of waxing.
36. Wax.
37. ....wax! Shit.
38. the other leg now.
39. feel like leaving it for another day...I'll just wear trousers.
40. Wax, wax, wax, wax. Now I'm tired.
41. Put cream all over.
42. Leave bathroom in total havoc. I'll tidy it later.
43. Find comfy, fun, pretty clothes.
44. Feel good.
45. Go sit in front of the computer.
46. Choose soundtrack.
47. Open the document I should be working on.
48. Get into the music.
49. Get up and dance around the room.
50. Sing and dance imitating the singer, pretending I'm in front of an audience of thousands.
51. Hear the neighbours coming home, realizing is past seven o'clock in the evening.
52. Remember I have capoeira practice somewhere.
53. Change into capoeira gear.
54. Leave.
55. Return past ten at night.
56. Have a quick shower while thinking of what to have for dinner.
57. Pasta. The quickest solution for a hungry belly. With tuna and apple. Nice.
58. Go into the computer room while pasta cooks.
59. Play a game.
60. Come back into the kitchen. Dish up.
61. Eat on beanbag in front of the TV.
62. Get bored with TV.
63. Make a few phone calls. Find someone to go for coffee with.
64. Go out intending to not take long 'cause I have work to do.
65. Come back around one in the morning.
66. Check what's on TV.
67. Get bored again.
68. Go back into the computer room.
69. The document was left open. Start working without even noticing I'm doing it.
70. Get a feeling of "Oh...this is going really well."
71. Start feeling tired around half past four in the morning.
72. Try to think of any phone calls to be received or any things that need doing in the morning: 1) no; 2) yes ( but those I'll leave 'em for the afternoon).
73. Work a bit more.
74. Realize it's not night anymore. Get to bed before there's too much sunlight, hearing the birds going mad outside.
75. Sleep until I naturally wake up around noon.


P.S. I didn't know I was a procrastinator until my welsh ex-boyfriend told me so. That's why I better relate to the concept in English....and because I can't pronounce it in Portuguese...:P

Sou desobediente e gosto.

"Ai, Patricinha, és tão desobediente!", desesperava a minha mãe. E ainda desespera. E eu desespero também, mergulhada neste mundo de gente obediente, segura de si mesma, séria e chata e cinzenta e previsível que tem medo de ser diferente. Que tem medo de tentar ser diferente, nem que seja só para constatar que não dá. E eu tenho medo de gente assim. Se não há mortos nem feridos, o jogo continua. E as nódoas negras fazem parte do colorido da vida.
Há momentos para obedecer a quem sabe melhor. E há momentos para experimentar, propor, tentar, falhar, repensar, inovar, tentar de novo, começar do zero, partir numa direcção diferente para chegar ao lugar marcado com uma perspectiva completamente fresca. Será isto desobediência? Acho que não.

Laranja e Azul são cores complementares.

Eles andam aí! os homens mais lindos do planeta. Altos, loiros, de olho azul e extremidades cor de rosa, sardentos muitos, alguns ainda cor de camarão, mas lindos, lindos de morrer. E andam vestidos de cor de laranja, uma das minhas cores favoritas...Ok, eu sou baixinha, mas eles também gostam das filipinas e das tailandesas, não é. Haja esperança!
Sim, mas hormonas à parte, adoro ter norte-europeus à solta na minha cidade. Eu gosto. Gosto, pronto. E gosto de ver a profusão das bandeiras e das cores das tshirts e das formas dos calções, e dos braços nórdicos, fortes e vikings, e das sardas e dos sorrisos e do espirito brincalhão e...ai, ai.
A laranja mecânica desceu à cidade azul, e isso é perfeição. Hoje estou com a selecção holandesa...aquela que está sentada na bancada, no estádio ou na praça.

P.S: E para além dos holandeses, gosto dos ingleses e dinamarqueses, e também gosto de escoceses e irlandeses. Não tenho opinião formada sobre franceses, suecos e suiços, mas não me importo com os checos, e os russos passam-me ao lado. Com os gregos, italianos e espanhóis a relação é mais mediterrânica. E venham também os brasileiros para ajudar à festa. Sejam todos bem vindos e espero que gostem de Portugal. Para que voltem sempre.

segunda-feira, junho 14, 2004

Segunda feira depois do jantar.

Estou no meu quarto e não tenho nada para fazer. Pelo menos nada que me preencha o espírito. Há muitas coisas que me ocupariam o corpo, maquinalmente movido por uma obrigação de arrumação cínica que não acrescenta nada à minha vontade. Procuro algo que me ajude a procrastinar até para não fazer nada. Tenho vários livros apenas meio lidos...perco o interesse logo à primeira interrupção. A televisão é apenas um electrodoméstico. Olho para o computador e não me puxa. Está sem net. Um imac sem net é contranatura. Podia sair, mas já conheço as ruas todas. Podia ir a algum lado, mas não me apetece ir sózinha, embora também não queira levar ninguém. Pode ser que o sono chegue. Eu sei que não vai chegar já. Penso em todas as pessoas a quem poderia ligar, mas nenhuma me atrai. Nenhuma ia entender que estou apenas a fazer um telefonema e não um convite, não uma declaração, não um pedido de atenção. Seria apenas um telefonema para que a pessoa me dissesse de si, me contasse o que tem feito, me fornecesse algumas imagens mentais diferentes das que já tenho. Pego no moleskine e escrevo sem convicção. E assim não tem interesse.
Telefono ao meu melhor amigo, só para mandar um beijinho. Ele sabe que é só isso. E ele também não quer que eu desligue. E isso é bom. Costumávamos encontrarmo-nos sempre às segundas feiras à noite para assistir às "anedotas". Mas até isso já perdeu a piada. E a televisão voltou a ser um electrodoméstico. Hoje não vamos estar juntos porque ambos temos de trabalhar amanhã cedo. E porque a gasolina é cara e porque nem a mim, nem a ele, apetece fazer seja o que for, ainda que apeteça fazer alguma coisa.

Hoje vi.

Num baldio junto ao apeadeiro da linha de comboio da minha terra...uma senhora de alguma idade e largura de anca, sentadinha num daqueles banquinhos muito pequeninos de praia, no meio das silvas, com o que me pareceu ser um caniche. Mas que estanha forma de passear o cão, pensei...
Ao chegar perto, constatei que não era um cão. Era uma ovelha. Branquinha e encaracoladinha. E tinha trela e estava tomar pequeno almoço. E a senhora, dedicada ou apenas poupada, viera preparada para esperar o tempo que fosse necessário até que a sua ovelhinha, a única ovelha deste rebanho de uma, ficasse, enfim, satisfeita.... Cenas de um campo perto da cidade.

sábado, junho 12, 2004

Blog best viewed on an Apple Macintosh computer.

Pois..é isso. Este Blog é muito mais bonito e as palavrinhas fluem muito melhor quando lidas num computador Apple Macintosh com MacOsX.

Post verde e vermelho.

Nunca vi o meu país assim. Todo vestido de vermelho e verde. Parece que vamos entrar em guerra... Mas é giro. É positivo, é bom! E finalmente celebramos com alguma criatividade nas tshirts, qualidade variável no desenho das bandeiras e esconde-pescoços, apitos, bandeirinhas para automóvel.... E os oceanos de gente tão orgulhosos de si mesmos e das cores de Portugal... Até eu cedi à tentação e comprei uma tshirt, um cachecol e só não comprei o boné porque já não tinha $$$. A bandeira ainda tenho a do Mundial Coreia/Japão...

(90 minutos depois...)

O jogo acabou e eu desejei o meu dinheiro de volta. :P
Não consegui evitar esta minha portugalidade. Está-me nos ossos, sei lá...
Mas ainda bem que marcaram um golo...assim só devolvo o cachecol.
E também já não matamos o Scolari...já só lhe damos um arreio de porrada..

E já agora, se Vitor Baía estivesse estado na baliza teria Portugal sofrido o balázio supracitado?
Discutam para aí estas e outras questões de suprema importância nacional. Eu vou por a tshirt a lavar.

sexta-feira, junho 11, 2004

Silvia Sem Filtro #2

Eu sou um blogue aberto.

Coador#6: Brainstorms marásmicas

Tempestades cerebrais em que ninguém fala, não faz sequer barulho.
Só escreve, no máximo! E nem mostra! Coçam a cabeça. Esvaziam a mente e esperam que outro na sala tenha uma ideia. Mas como ninguém partilha, nunca se saberá. Nem storma, nem chove.
Huh?!?
Nem preciso de reservar a minha opinião.
Largai-vos minha gente! Gasosas ou etéreas, elas, as ideias, andam no ar! Chegai-lhes um fósforo e deixai-vos chamuscar por elas! Dizei disparates, porque dos disparates nasce a luz. Ou não. Mas nem sempre é a luz que se anda à procura. É da cor, do sabor, do som. Do factor X...aquele que geralmente o cliente não admite. Mas vale a pena a viagem, não? Sim.

Solução #3: Avoid Idea Killers

Ideas are not perfect at birth. Give them time.
Find two good things about each idea before you discard/let someone else discard it

Coador#5: Gente dependentópreguiçosa

- Vens lá ter? Eu não te posso ir buscar, desculpa.
- Não sei onde é.
- Descobre. Não é difícil. Dás com o sítio de certeza.
- Oh. Então não vou. Tenho medo de me perder.
- ...

:/...duh
Ok, por favor, não venhas. Nunca mais.

1974, Geração Trintage #2

No dia em que fugimos tu não estavas em casa.
Passei por ti várias vezes e nunca tive coragem de te cumprimentar. Acho-te uma pessoa muito interessante. Pertences àquela classe de gente, inventada por mim, que brilha no escuro. E agora ainda mais. Um dia ganho coragem, e vou dar-te dois beijinhos. Obrigada por todas as tuas palavras, todos os teus sentimentos, a tua chuva de ideias, e por teres nascido em 1974. Assim já tenho algo em comum contigo. Inté, Alvim.

Solução #2: O incentivo certo.

- Diz-me onde estás.
- Alfajuzes. É um bocado complicado estar a explicar-te...Oh pá...isto há aqui um café...não, felizmente não é Central, é... Aboínhas, raio de nome...
- Não te preocupes, eu encontro-te. Até já.
- Também te amo.

Coador#4: Hoje nunca (uncut e anotado).

- Queres vir tomar café comigo?
- Não posso...Tenho muito que fazer. Tenho que...
- Gostava de estar um bocadinho contigo. Não precisa de ser um café. E também não precisa de ser a horas de gente.
- Hoje não consigo ir ao Porto.
- Tu não estás longe. E eu consigo ir onde te der mais jeito. Não tens de ser tu a fazer tudo.
- Hmm..
- Eu sei que estou a insistir, mas é ainda não identifiquei obstáculo à altura (ou estou a fazer de conta que não...por enquanto).
- Pois, mas...
- Eu sei que não queres. É por isso que não podes. (Eu estava a dar-te uma oportunidade para teres uma atitude diferente. Entende isto como o canto do cisne.)
- Mas eu quero...
- Então arranja maneira.
- Não posso...
- Estamos a repetirmo-nos. E eu já disse demais. Agora sou eu que não quero. Mesmo. Perdi o interesse.
- Mas..
- Bah. Fechou a loja. Tchau. Adeus. Fui.

Bom é melhor.

Devia ir dormir, mas hoje não aconteceu nada de bom. É como adormecer chateada contigo. A manhã deixa de ser atraente. Quero algo de bom, e amanhã continua.

Má palavra.

É a injustiça que me fode, com o perdão da má palavra. É a injustiça que me fode. E a injustiça é a má palavra.

quinta-feira, junho 10, 2004

Tshirt casulo.

Hoje passei o dia rodeada de gente, mas consegui sentir-me solitária no meio da multidão. Só me senti acompanhada quando, sózinha, cheguei a casa e vesti, para dormir, uma tshirt velha do meu ex-namorado. Há dias assim. Dias em que sentimos que não suportamos estar rodeados de gente que só acha que nos conhece, gente que nos julga, gente que ainda nos estuda. É esse o significado da tshirt. É como uma cápsula fantástica que me transporta ao tempo em que tudo estava certo, tudo explicado, tudo entendido. Em que eu estava com alguém que estava comigo. Um círculo deliciosamente vicioso e viciante, mesmo nada viciado. Um forma redonda de viver, sem arestas, suave e doce e cor de rosa, uma toca, um ninho, um sítio bom e protegido.Tenho saudades desse tempo. E tenho saudades do futuro.

O retiro.

Escondo-me aqui porque estou sem força. Escondo-me aqui à espera de ficar mais forte. Escondo-me aqui para não me tentar com a tua força. Escondo-me, e tenho medo de nunca mais sair. Escondo-me, mas quero que me encontres. Só não quero que me encontres aqui.

quarta-feira, junho 09, 2004

Unburnt bridge.

Hoje fiz uma coisa que queria fazer. Fiz um telefonema.
E com isso, reconstruí uma ponte que se estava a queimar. É uma coisa que eu tenho desde que vi aquele filme "Uma Ponte Longe Demais". Ok, não é, mas tem a ver com burning bridges, which is something that might lead you to a terribly lonesome place.
Às vezes, é preciso estender uma mãozita e resgatar quem tem medo da palmatória, até porque esse castigo que já não se aplica.
E as minhas mãos suavam, e eu estava nervosa e com dificuldade em articular o discurso, e a pensar, Silvia, avança, e não sejas gaja...blá...blá...errr...não era nada disto que eu queria dizer...na verdade, nada, mesmo nada, do que tenho para dizer é aquilo que estás à espera. Preferia que me olhasses nos olhos e entendesses que não tenho nada dessas coisas para te dizer...e eu poupava palavras e tu ganhavas em significado, mas estamos ao telefone, e tu a meio de uma reunião... hmm...e que o que eu estou a fazer neste momento é a mostrar-te que está tudo na paz....E que não perco tempo nem invisto energia em condenar-te, cobrar-te seja o que for, mas que me incomoda que penses que eu o possa querer fazer. Só não quero cair na tentação de pensar menos bem de ti. Porque não tenho que pensar nada. Porque eu sou tão boa e tão má quanto tu, dependendo apenas dos dias e do trânsito dos astros......pois, foi Vénus...Gaja!
Mas eu não disse nada disto. Mas consegui falar com ele como queria realmente falar. Na boa. Porque existe coisa boa em nós os dois, e foi isso que nos uniu, e não foi isso que nos separou. E é só isso é que interessa.
Ele ainda plissou. Depois de dizer um..."Oláaa...Silvia." completamente desarmado, começou logo a tentar dizer onde é que tinha andado e o que é que tinha andado a fazer...e eu...naaaahhh... nem quis ouvir. Não é que não acreditasse, ou não tivesse curiosidade, ou até seja mesmo isso. Mas não é só. Nada do que ele dissesse iria alterar o que senti neste tempo todo de mutismo, embora tenha contribuido em tudo para aquilo que sinto agora. Doeu, moeu, mas foi clarificante. Por isso já não interessa, não quero mudar agora. Por isso, não te justifiques. Não quero saber, a sério, não preciso. És o que és, como és, e eu prefiro assim. Fastforward. Não tenho tempo. Não gasto vida com isto. E não gastes tu também. Play. Está tudo bem. Eu estou bem.
E tu ficaste bem, que eu sei.

No final, ele disse: "Obrigado".

Paz.
Já podemos rir disto tudo.

terça-feira, junho 08, 2004

Bocas da agência#6

(várias vezes na agência, e uma numa estação de serviço a caminho do Rock in Rio)
- "Cheira a gente, aqui."
JB, account enjoado.
(ele diz que é diferente fora do local de trabalho... hmmm, deve virar lobo mau).

Frutos da floresta.

Os frigoríficos.
Encontram-se nos sítios mais recônditos da mata, aqueles onde não é possível chegar de carro... E como é que eles lá chegam?... Se um frigorifico cair na floresta e ninguém lá estiver para o ouvir cair, será fruto do acaso?
Só se fosse a arma de um crime seria possível conceber que alguém se dispusesse a carregar com um frigorífico às costas, serra acima, pelo meio das silvas e dos pedregulhos, só para evitar a vergonha de o pôr à porta e o ver levado por um camião do lixo... Ou isso, ou é promessa. Talvez seja uma ligação afectiva mal resolvida. Estou mesmo a imaginar a D. Clotilde, toda chorosa, a virar-se para o Ti António e a dizer: "Manel António, não temos mais comida para pôr no frigorífico. Vamos ter de o abandonar na floresta".
E depois chamam o homem mais forte da aldeia que procede ao arremesso do frigorífico. Mas é chato. Como aquecimento, o homem costuma atirar também o fogão e a máquina de lavar.

Bocas da agência#5

(enquanto o dr. engenheiro ressuscitava o meu mac com palavrinhas da programação)
- "...mas que belo pedaço de pianismo...!"
S. copy alucinada.

Bocas da agência#4

"Impactante é uma palavra em si mesma!"
S., copyzinha pensadora.

Bocas da agência#3

(Durante o tour pela agência, para um cliente vitivinicultor, apontando para as salas dos criativos)
- "Estes são os nossos lagares...",
PF, marketeer, relações públicas, stressado e corredor virtuoso.

Resposta dos criativos: "Hic!"

Bocas da agência#2

A propósito de um bar no Porto:
(...)" Aquilo é um talho. Chegamos lá e penduramo-nos num gancho."
DS. designer e gira.

Bocas da agência#1

"Aquele cheirete que vinha do ar condicionado é dos ratos mortos."
SR. designer e hipocondríaca.

Busy but no Blog

Hoje tou ocupadita. Sem tempo (ou inspiração) para blogar. Também estou com sono. Ainda não recuperei completamente da noite perdida no regresso do Rock in Rio. O segundo dia é sempre mais complicado especialmente sem chá verde com sabor a menta. Vou ver se me despacho. Vou ver se me inspiro. Hoje vim de totós. Não é novidade. Só não curto o meu cabelo...tá numa daquelas fases chungas que não dá para fazer nada...excepto totós. Muito pequeninos.

Dá para notar que ainda estou Zen...E a curtir hip hop nonstop numa radio do iTunes. Se não tivesse que trabalhar punha-me aqui a dançar...e nem sequer blogava.

1974, Geração Trintage #1

Ninguém nasce depois de 1974. Ninguém.
E ninguém é mais novo que eu. Só os irmãos mais novos, os primos e os putos de liceu.
Tudo o resto é demografia.

segunda-feira, junho 07, 2004

1974, Geração Trintage #0

Este vai ser um post e cravos. Assim que eu acordar para a vida. Hoje não vale.

Rock In Rio Chelas: Eu Voltei!

Acabo de chegar do Rock in Rio-Chelas e ainda não dormi tudo. Também ainda não digeri toda a poeira que engoli de bom grado a mando da amiguinha Ivete Sangallo (com um ou dois éles? nunca sei). Mas este último dia foi um grande dia. Um dia em que também não houve bomba, mas estiveram lá 100 mil pessoas a rebentar com aquilo. Entrei com os bolsos das calças cheios de cargas explosivas, armas brancas e outras e ainda algum pó, chocolate e uma sande de bife, mas os seguranças, como eu não trazia mochila, deixaram-me entrar na boa.

RADICAL SEM B.I. NÃO!
Eu queria queria, mas não me deixaram. Eu queria escalar a parede vertical (existe outro tipo??) e queria atravessar a maralha de slide, mas como não acreditavam que eu era mesmo eu e que sabia assinar o meu nome como nos cheques, não me deixaram. Humpf. Não havia mais nada para fazer lá. Só ficar nas filas para receber o misericordioso merchandise dos patrocinadores. E isso, não, obrigada, mas não.

STING vs TENDA ELECTRÓNICA
Depois andei para lá meia perdida - e acabei por trocar o concerto do Sr. Sting por um estado de quase transe na tenda electrónica. É que precisava mesmo de me comportar como uma pastilhada da vida, e dar alto show dançante.
Que me perdoem os que se ofendem, mas ainda ouvi o Sr. Sting a cantar as minhas músicas favoritas. É um senhor. Pagarei para o rever em Portugal ou em qualquer outro lado do mundo, as vezes que for possível.

ALICIA KEYS
Curti largo a Alicia Keys que é uma miúda cheia de sentimento, mas péssimo gosto em guarda roupa de palco. A miúda canta mesmo bem, ama a música e isso sentia-se bem em cada poro obstruído de pó. Também pagaria para a voltar a ver, mas num ambiente mais intimista, uma sala de espectáculo, um bar-concerto...ao ar livre a coisa perde-se um bocadinho, especialmente quando se é constantemente interrompida por gente a procurar um lugar estratégico para assistir ao Sting, ou quando se esquiva aos desequilíbrios de um casal de adolescentes gordos em pleno acto de acasalamento...

IVETE SANGALO
Ivete Sangalo merecia um Rock in Rio só pra ela...e para nós todos também. Aquela energia toda não se consegue conter em 1 hora de espectáculo. Muito bom. Muito divertido. Grande astral. Grande Ivete. Pensei no Felipe o tempo inteiro que gostaria de estar ali a curtir. Eu também gostaria que ele estivesse estado. Mas para a próxima não tem como falhar.

MIGUEL
Reencontrei o meu ex-namorado Miguel. Agora casado e pai de um Joãozinho de 15 dias, com um par de quilinhos a mais, mas de resto igualzíssimo como há 8 anos! Impressionante. Foi muito bom tê-lo reencontrado. E depois a Ivete tocou uma modinha que sempre me faz lembrar dele e da viagem de finalistas à Bahia,onde nos conhecemos. :) Felicidades muitas, Miguelito.

ALEJANDRO SAINZ
Só escutei duas músicas: uma estava sentada nas escadas no Stand Toyota, e a última lá no meio do monte, com o rasgão eternamente crescente das minhas calças favoritas (no traseiro, sim!) a captar a atenção da objectiva de uma câmara digital...

PEDRO ABRUNHOSA
Huh?!? Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz --> Porto, mas é...!

sexta-feira, junho 04, 2004

Há quem post...

...e há quem mande uns post-its. Sou eu.

A cagar posts à tonelada

Foi assim que o Rui Amaral, meu colega e um dos grandes responsáveis e principais impulsionadores do blog do momento "Quartzo, Feldspato & Mica", definiu a minha verborreia blogsianesca:
"Tu cagas posts à tonelada. Tu dá-los à luz.!"...
..e depois também disse coisas simpáticas sobre os textos e assim, e eu... eu fiquei toda babada e..e...e a modéstia não me permite repetir...e..mas, prontossss... fiquei feliz. :)))) eh.
Obrigada Rui. Mesmo. Eu é que fico banzada com as coisas que vocês encontram, seleccionam, pensam, reflectem, escrevem, questionam e nos dão o prazer de partilhar e disfrutar com vocês no QF&Mica (ver link).
Postem sempre. Postem mais, porque todos os dias eu lá vou ver as novidades, aprender um bocadinho, às vezes até buscar sugestões para a minha agenda. Beijos e bem haja para todos!

De volta à estaca zero.

Ou então podemos conceber que cada ponto final pode ser um ponto de partida. Que ainda vamos a tempo de escolher tudo de novo. O tipo de estaca, a distância entre elas, a profundidade a que as vamos enterrar para compôr a vedação em torno da tenda de campismo. Todos os anos há uma táctica nova e uma distribuição diferente de estaca-pedrinha-pedrinha-estaca. É lindo. Primeiro espetam-se as estacas todas e depois pintam-se. A estaca zero é aquela em que experimentamos as cores de que vamos pintar a vedação da residência de férias. E era lá que estávamos quando se reacendeu a luta anti-vampiros. Imaginemos o cenário em que os vampiros nos devolviam todas as estacas espetadas desde o tempo dos filmes mudos e no-las atiravam por ordem inversa de chegada. A última seria a estaca zero. Não estaríamos de volta à estaca zero, mas teríamos a estaca zero de volta.

Tédio é quando...

...não tens nada que fazer e não podes fazer nada do que gostarias.
...perdes a capacidade de te rir de algo que era suposto surpreender-te.
...não consegues pensar em nada para o quebrar.
...aquilo em que pensas é imoral, ilegal ou engorda.
...tens o messenger cheio de gente e não te apetece falar com ninguém.
...a pessoa que te anima está ocupada, incomunicável ou a dormir.
...não há nada de novo na net.
...decoras parágrafos inteiros do teu blog e de blogs alheios.
...não aguentas gente a comer-te o juízo.
...nem paciencia para isto tens.

Nem todos os superpoderes...

Até os super heróis enfrentam aquela altura da vida...sim aquela altura da queda da folha, em que a gravidade começa a levar a melhor sobre todos os elementos em suspensão. As pernas ficam mais pesadas, os braços também, outros pedaços corporais parecem ter perdido a vontade de viver. Tudo cai. Tudo fica quedo e nada hirto, tudo fica frouxo. E isto é grave, embora quem lá chegue já nem tenha vontade de se revoltar...é que a gravidade também age sobre a vontade.
E eis que vamos encontrar o celebrado homem-aranha sentadinho na sua poltrona em frente à televisão, assistindo impávido ao desfiar de desgraças na caixinha floating flat panel. O que dantes servia como um apelo criativo à capacidade do super-aranhiço de resolver problemas, agora causava-lhe um cansaço enorme só de assistir. De tal forma assim era que o herói das collants de rede desejou mudar de canal...sei lá, talvez uma novelazinha ou um canal porno, quiçá o canal História...
A custo, ergueu o braço da poltrona, e estendeu-o em direcção à televisão,...ahh...esforço...preguiça...tédio..., rodou o pulso para cima e disparou....

... . ...

... . ....

...Mas não disparou. Huh?!?
Vamos tentar outra vez....estou mesmo a dormir...
Olhou para o controlo remoto, mas esse estava coberto de teia de aranha.
Ora aí vai disto...canal 9. Canal 9. Dez. Oito? Oh porra! (em inglês, oh... bugger!) Deve estar entupido...
E virou o pulso em direcção ao nariz para ver se descobria o coágulo de teia que tinha de estar a evitar a função... Eeenh...Não vejo nada sem óculos... deixa-me ir buscá-los...e estendeu o outro braço com a intenção de disparar um fiozinho de teia que agarrasse os óculos em cima da mesa do café. E....NADA!....Eeehh...Eh pá, isto não tá a dar, oh, porra porra! (em inglês, oh bugger bugger - era um homem aranha com british accent)...Já tenho o braço dormente...é isso, as minhas funções estão a adormecidas e eu estou a ter um pesadelo....acho que vou tomar banho....

E depois escorreu pelo ralo.

Quem bloga assim temumproblemacomabarradeespaços

Estou muito zen. Deve ter sido do Muralhas deontem à noite. Três copos três foi quanto me bastou paraficar completamente "leve e fresca" como uma colega me definiu. Na verdade, bastou um copo. Os outros foi só para não fazerdesfeita.Ontem fizémos um jantardedespedidadas estagiárias aqui daagência....Já estou com saudades delas. São tão lindas, simpáticas inteligentes, criativas, mas a publicidade não era a cena delas, outros voos virão. Mas eu entendo, eu mesma já fugi à publicidade em tempos idos. Eu, cuja formação jornalística me incutiu um sentido dedever cívico.Anos mais tarde, e com a dívidapaga à sociedade, aqui estou eu serenamente à esperade um brief. Mas isso deve-se ao Muralhas de ontem à noite. E eu tenho saudades daAna e da Inês e detesto ver a salinha delas vazia...Bem hajam e muita sorte para vocês sempre.

(não me apeteceu corrigir as falhas da barrade espaços.)

Estou feita ao brief.

Não estou, mas é um título engraçado.
Aqui estou eu, à espera que as horas passem, e as pessoas apareçam (eu disse: APAREÇAM), mas não necessariamente no plural, e enquanto os briefings não aparecem (à sexta feira, preferencialmente não no plural). E aguardo serenamente, planeando ir para a praia amanhã, e para o Rock in Rio no domingo. Sim, Eu Vou. Mas como sou portuguesa, eu vou... à pala. Bilhete oferecido, pois. E em excursão. Hoje já vou comprar as febras para os panados, e o bacalhau para os bolinhos. Também preciso de uns tupperwares jeitosos para o arroz malandro, talvez de tomate, talvez de frango. ahhh... Já me imagino-me a beber do garrafão daqueles revestidos a palhinha de plástico, claro. Porque não gosto de Sagres. Prefiro SuperBock, tal como prefiro o cartaz do SuperBock SuperRock, mas como não posso armar a tenda junto ao Tejo e tomar duche nos repuchos do parque das Nações, é má onda. Fica caro. Por isso, sou capaz de dar um salto a Barcelona para compensar responsavelmente o fluxo migratório que se registará nas próximas semanas neste nosso relvado à beira mar...duuuuh. Por outras palavras, enquanto os homens torram o dinheiro e a careca com o futebol, as mulheres põem-se ao fresco e vão às compras em outras capitais europeias. É a lei da compensação.

quinta-feira, junho 03, 2004

Bloga logo tatua.

Blogar é como uma tatuagem. Postas uma vez, queres logo postar outra.
Pensando melhor, as analogias que se podiam fazer...
Pronto, é vício.

Gosto disto tudo. E mais ainda.

O que mais gosto é...porra é dificil escolher uma só coisa...
O que mais gosto é...de viver.
E de canecas grandes com chá verde com sabor a menta, tshirts malucas, tamanho 8 ou S ou M (depente da altura do mês), gente divertida, gente corajosa, gente inteligente, gente boa. E de capoeira, do jogo, da arte, da malícia, e da música, e gostava de saber tocar berimbau. E gosto de dançar. E dos amigos. E da minha mãe. E do meu avô Zé e da minha avó Berta. E da Loira. E gosto de escrever e gosto do que faço. E gosto de boa publicidade e gosto da pica do processo criativo. E gosto de gente que brilha no escuro. E gosto de beijar. E gosto do Maçã. E do Felipe. E gosto de receber SMS ao acordar. E gosto de falar horas intermináveis ao telefone de madrugada. E gosto de ajudar e de me sentir útil. E de ser preguiçosa. E de não perder a calma quando os outros já se passaram. E de ser positiva. E de viajar. E de falar inglês quase proficientemente. E gosto de estrangeiros. E gosto das Spice Girls, em especial da Gerry. E gosto de mudar sempre, e ser/estar sempre diferente. E gosto de me surpreender. E gosto de gostar e de quem merece ser gostado(a). E gosto de dias bonitos e de dias de nevoeiro e de dias de chuva forte e de vento frio. Também gosto das noites em boa companhia. E gosto de praia. E até gosto do sudeste algarvio e da costa alentejana. E do interior e da neve e do Douro e do Minho e da vida no campo. E gosto de Portugal. E gosto de comida portuguesa. E gosto de conduzir e ainda gosto mais de ser conduzida. E gosto de confiar. E gosto de fazer festinhas, e de as receber. E gosto das coisas simples e leves e descomplicadas. E gosto de rir. Gosto muito de rir.
E se estás a ler isto, também gosto de ti.

Tou com saudades

Leste? E não há email que resolva. Um dia, envio-te uma intimação, a ver se não apareces.
Ai, o menino... Tolo.

Assinado: Tolaaa.

Ah!...um comentário!...glup.

No início, era o segredo. No ínicio, era o comedimento. No início, era um outro blog (um que mudou várias vezes de designação, estagnando finalmente como carrapeta.blogspot. com). No início, era só para os amigos...
Mas agora já não. O meu blog criou uma legião de fãs que regressam regularmente para conhecer as novas aventuras da Silvia Sem Filtro. Finalmente, um comentário (1!)...
É a fama, o reconhecimento público. É uma responsabilidade, é um desafio...
Obrigada, meu povo, obrigada...
Obrigada, Altino...
Obrigada, obrigada....É para vocês que eu blogo.

Foi uma amiga minha que disse.

"Decididamente, tu és um desperdício neste "fim de mundo ao pé do mar plantado". Tudo o que tu és não cabe aqui, nem na cabeça destas pessoas. Vai-te embora. Abusa dos teus 30 anos (ou lá quantos são) e faz o que podes não voltar a ter oportunidade de fazer. Procura emprego no estrangeiro. Há tantas oportunidades lá fora, ainda por cima para quem domina uma língua estrangeira como tu."

(e eu corei...)
(são 29.)
(até domino várias com golpes de língua)

MAN NOT INCLUDED. Ok. Mas só até certo ponto.

Hoje andava a surfar por uns sites de tshirts até que encontrei uma com os seguintes dizeres: MAN NOT INCLUDED. ahahahaha. Que gira. Sempre é uma maneira de deixar o mundo saber que não há cão de guarda por perto, ou dono, ou macho, ou um chato qualquer. E que a miuda está disponível, sei lá, e que tem bom humor e assim.
Vai daí, cliquei na coisa. Queria investigar a questão mais a fundo....mas eis qual não o é o meu espanto quando notei que era uma Tshirt publicitária de um site (mannotincluded.com) para produção independente de bebés. Um sperm bank. Uma associação de gajas que acham que os homens nao têm nada a ver com essa coisa da reprodução.... "Sexo?!! Argh! Só se for com a alma gémea, com mamas e tudo e cenas sintéticas!" Só se for.
Não, a sério. Deu-me a volta ao estomago.
E apanhei logo de frente com a imagem de uma mulher firmemente agarrada a uma criança - curiosamente do sexo masculino - com cara de convencida e de maníaco-possessiva como a querer dizer: "É todo meu. Só meu. Fui eu que fiz e tu não tens nada a ver com isto".
Não. Agora ainda mais a sério. Há homens que não merecem ser pais. E há homens que não querem ser pais. E há homens que não sabem ser pais. Mas esses todos juntos e somados ainda não são mais que aqueles que querem ser pais e sabem disso, os que querem ser pais mas ainda não sabem disso, e aqueles que nunca pensaram nisso mas que dariam excelentes pais.
Se a natureza quisesse que os homens não fossem pais, nunca teria inventado o sexo. Ou este mundo seria só de mulheres. E todas...como é que se diz das flores que se reproduzem sózinhas...ou serão as amibas?...ai não sei, que impressão... o cenário é terrível demais para imaginar! E está provado que uma mulher mal amada fica masculina.
Meninas, afastar os homens do milagre da vida é contranatura, contraproducente e completamente estúpido. Não encontro nada suficientemente insultuoso para vos dizer, só mesmo que merecem o mesmo desprezo a que votam os homens. São gajas como vocês que dão mau nome às mulheres e que nos lixam os poucos homens queridos que ainda existem. É que nem f..dem, nem saiem de cima, mas espezinham e estragam.
Vão-se lá f...der com os vossos frasquinhos vibratórios, as vossas caninhas comichosas...que o vosso castigo seja ter um filho macho que vos renegue logo aos 14 anos e que parta em busca de um modelo masculino...com pila! Bah.

Tss.

Humpf....

É que fiquei mesmo furiosa...

Vinde a mim, queridos, que por enquanto esta miúda está Man Not Included.

(...voltei ao local do crime e descobri, na fase pós-choque, que é um site para lésbicas. Às vezes, sou tapadita. Hmmm. Vou abster-me de futuros comentários. É uma causa perdida.)

quarta-feira, junho 02, 2004

Um dia após o outro.

(...)O desenvolvimento espiritual demanda esforço no trabalho de aprimoramento consciencial, demanda crescimento interno e ampliação do amor, lucidez, maturidade, alegria, modéstia, respeito, autoconhecimento, paz íntima, generosidade, equanimidade e luz no coração. Tudo isso leva a autêntica sabedoria, que não é encontrada em curso algum, nenhum guru pode realizá-la por alguém, não é alcançada no estudo de livro algum, não pertence a instituição humana alguma e nem é encontrada em meio a fenômenos parapsíquicos sem o equilíbrio necessário a maturidade real.(...) in MisteriosAntigos.com

E agora para algo completamente...com pés sem cabeça

LONGEST SURVING HEADLESS CHICKEN

On September 10, 1945, a Wyandotte chicken belonging to Lloyd Olsen of Fruita, Colorado, USA, had its head chopped off, but went on to survive for 18 months. Mike's owner, Lloyd Olsen of Fruita, Colorada, USA, fed and watered the headless chicken directly into his gullet using an eyedropper. Mike eventually choked to death one night in an Arizona motel. (...)

It was the end of the road for Mighty Mike. Gone but certainly not forgotten, Mike’s life is celebrated each year by Fruita residents, who simply remember him as, “a big, fat chicken who didn’t know he didn’t have a head”.