domingo, janeiro 30, 2011

O que me custa.

O que me custa é, a cada dia que passa, passar mais um dia sem uma mensagem, um toque, um telefonema daqueles com quem me sentei durante um ano inteiro. Foi como se nunca lá estivesse estado.
Se calhar nunca estive mesmo. Foi só coisa da minha cabeça.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Gosto.
















Na Maia. :)

Passeia comigo por aqui.













(Amanhã partilho contigo.)

As ideias são para partilhar.



:)

É uma coisa nossa.

Eles não entendem, mas é uma coisa que se sente. Que nós sentimos.
Existe uma alegria de viver muito especial nas gentes do Porto. É uma leveza de espírito, uma espontaneidade pura, uma abertura para receber, cuidar e ajudar os outros.
Voltei ao Porto e sinto-me em casa.
Passei demasiado tempo em Lisboa, logo, dou por mim surpreendida quando qualquer pessoa, detrás de qualquer balcão, em qualquer loja, café ou quiosque, desmonta a minha retracção ou contenção lisboeta adquirida, ao falar comigo como se eu fosse cliente habitual da casa, sorrindo, brincando, resolvendo o meu problema, atendendo ao meu pedido, despedindo-se de mim como de um amigo.
Sinto-me a descongelar. Sinto como se o sol, finalmente, me aquecesse com aquele quentinho bom. Como se o ar. finalmente, me obrigasse a respirar, em vez de me fugir e asfixiar.

Eu sou feliz nesta cidade que está cada vez mais linda, mais interessante, mais viva, mais maravilhosa. Com chuva ou com sol, com o rio espelhado ou grandes bombas a rebentar no paredão.
Eles não entendem porque não sabem do que falamos, nós, as gentes do Porto. É uma coisa nossa, e ainda bem.

terça-feira, janeiro 18, 2011

os astronautas

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Foi um prazer.

Foi um prazer. Foi um prazer chegar todos os dias bem disposta e dizer bom dia à menina da recepção. Sim, porque mais ninguém se lembrava de o fazer. Foi um prazer percorrer aquele corredor e perceber que eu não tinha vontade de me esconder debaixo da secretária como sentia que a maior parte das pessoas ali desejaria fazê-lo. Foi um prazer sentir que tinha nascido e crescido num sítio onde dizer "bom dia" ainda é uma saudação natural e a expressão sincera de estar contente de re-encontrar estas pessoas a cada novo dia. Foi um prazer... que se esgotaria à medida que me aproximava da nossa mesa.
— Bom dia...hmm. — a voz esgotava-se-me à medida que os olhos se perdiam naquele panorama de pessoais imóveis, com tampões nos ouvidos (ou headphones gigantescos com bloqueio de ruído exterior), de olhar fixo no monitor de computador cheio de janelas que não abriam para lado nenhum. Foi assim todos os dias, e não foi, de todo, um prazer.
Passou-se um ano e eu não fiz amigos naquela mesa. Fiz amigos e troquei sorrisos com pessoas nas outras mesas, nas outras salas. Essas sim, conhecê-las e tê-las comigo durante um ano, foi um prazer. Obrigada a todos. Vocês sabem quem são.