quinta-feira, março 31, 2005

Um passeio pelo parque.

A menina aproxima-se do menino e, passando-lhe uma bola de futebol para as mãos, diz:
- Olá! Queres brincar?
Ele pega num canivete, retalha a bola toda e devolve-lha, dizendo:
- Eh, pá...não me apetece.

Os homens de sonho, e os outros.


O meu. O dela.


E o das outras...

Jovem,

Se tens namorada, mulher ou és comprometido,
Se estás queimado de uma anterior relação,
Se és gay, mas ainda não te assumiste,
Se és simplesmente um chato, tímido e atadinho,
Aceita este conselho que te dou: Fica longe!
Não te aproximes sob pena de me confundires a auto-estima
e de eu TE PARTIR A BOCA TODA!
:)

quarta-feira, março 30, 2005

Desejo concedido mas não saciado.


A minha alma está parva.
Há momentos em que até os... de uma mulher, se ela os tivesse, cairiam. Definitivamente, vou passar a ter mais cuidado com aquilo que desejo. É que pode concretizar-se. Ou não.

(Felizmente, só tomo café porque me apetece e não por vício.)

1-2-3- CLEAR!...bzzzzzzzzzzt!

Agora também eu necessito de um choque. Não será dos tecnológicos, mas é, com certeza, dos bons, só dos bons, dos muito bons. Algo assim chocante, chocalhante, abananante, electrizante, energizante e absolutamente drenante.
Alguém me diga o que faço com toda esta energia e uma agenda vazia?
(Sim, ando sempre ao contrário dos comuns mortais, e ainda não me adaptei à hora de verão...)

Yes.

(Consu)missão.

1. Método. Método é importante. Escrever qual a peça a que se destina o copy, a campanha, não esquecer o nº da ordem de trabalho na identificação do documento.

2. Listar as peças a criar. Especificar o que é o headline, baseline, bodycopy, logotipo, asteriscos, small print. Prever tudo. Repetir o body copy para cada peça. Adaptá-lo para cada headline diferente, cada variação, cada derivação.

3. Verborreia mental. Escrever tudo o que vier à cabeça, não impedir nada de atingir o papel, ou no caso, o ecrã. Escrever muito, escrever mais, escrever demais da conta. Fazer desenhos no papel, ir passear se der para isso, ir à caça de palavrinhas. Tentar ver as coisas ao contrário. Ver as coisas do avesso. Fechar os olhos e imaginar filmes, ondas maradas. Palrar como uma criança. Ficar embriagada de ideias parvas e risíveis. Ficar cansada de puxar pela ervilha. Ficar irritada com a secura. Sofrer mesmo. Ficar f...... Perder o sono. Sonhar com a solução. Escrevê-la ou para sempre esquecê-la. Voltar a tentar. Sentir que, lentamente, o trigo e o joio se separam na frente dos nossos proprios olhos. Voltar a respirar.

4. Atingir o conceito. Sentir que chegamos lá. Sentir que aquilo até pode ser a coisa. Sentir que o contacto vai lixar tudo. Sentir a teimosia tomar conta. Preparar-se para a guerra.

5.Escolher "a tal" ou "tais" para o trabalho. Esculpir tudo "na prancha" (expressão antiguinha mas eu gosto) porque é aí que as palavras ganham vida e for preciso mudam de cor, formato, força, posição. Mudam. E muda tudo até não poder mudar um ponto final.

6. Ver o trabalho numa revista/mupi e: 1) encontrar um monte de erros e insuficiências (todas da responsabilidade do cliente); ou 2) sentir um friozinho na barriga e dizer aos amigos..."olha, fui eu que escrevi".

terça-feira, março 29, 2005

Dúvida existencial.

Porque é que o café, depois do almoço, nem sempre funciona?
ZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....

segunda-feira, março 28, 2005

Foda-se. Já me sinto melhor.

Vou respirar fundo e começar de novo. Esboçar um sorrizinho, pensar numa piada e mudar de assunto.



Ai, esse teu olhar, meu príncipe, deixa-me perfeitamente enlevada. Mereces uma beijoca repenicada.
...hmmm, pensando melhor, é melhor não. É melhor deixar as coisas como estão. E voltar a pousar o penico.

Para não dizer um palavrão.


Quando o filtro se aperta, eu passo a palavra.
Que enjoo...!

domingo, março 27, 2005

Teoria da conspiração #2

Apanha-se mais depressa um par de coscuvilheiros do que um coxo.
Este blogue não é para ser lido ao telefone. Coscuvilhice e covardia são duas coisas que me irritam profundamente. Já lhes tinha dito uma vez a propósito do fax. Desta vez, sugiro que insiram o telemóvel por onde lhes for mais doloroso.
(Por favor, vocês os dois não se metam na minha vida, especialmente fazendo de conta que não se metem, porque não vão conseguir chegar a lado nenhum e só conseguem piorar a barreira. NÃO SE METAM!)
Agora vão lá trocar telefonemas, faxes, teorias, enquanto eu faço de conta que não sei de nada.

O meu farol.


Um dia, eu dou com ele.

Assunto sério.

Isto dos blogues é coisa séria. Ou não é. Para mim não é. E é, e muito.
É assim. Há blogues para todos os gostos. Há até mais blogues que blogueiros porque cada blogueiro pode e tende a manter mais que um blogue. Há os blogues pessoais, os blogues profissionais, os blogues temáticos, os blogues que aspiram a livro e os blogues que não aspiram a nada. O meu insere-se nas categorias 1 e última acima referidas. Eu, pessoalmente, enquanto pessoa, euzinha que escrevo, euzinha a quem estes dedinhos e neurónios pertencem, sou muito daquilo que aqui escrevo, e não sou nada daquilo que aqui escrevo, porque escrevo logo mudo, se quiser porque, se não quiser, não mudo.
Serve o presente para reclamar contra aqueles que acham que me conhecem só porque lêem o meu blogue. Arre porra, que não há nada mais irritante do que ter o vizinho a dar bitaites sobre que flores plantar no meu jardim quando nem foi convidado, ou ter o jornal da terra a dar notícias sobre a nossa casa quando nela não há notícia.
A blogosfera é de todos, mas cada blogue é de cada um. Respeitemo-nos e multipliquemo-nos. Não nos respeitemos e vamos estar a escrever para o boneco porque esse é único que nos poupa aos comentários infelizes. Pronto, tenho dito.
Se não perceberam nada do que disse é porque este post não vos é dirigido, e não vo-lo sendo, sejam bem vindos.
Este post é dirigido a um blogger não vai ler este post porque decidiu cá não voltar, apagar todos os meus contactos e abster-se de futuros comentários registados, isto depois de me chamar de "infantil!"

Páscoa, Natal, Carnaval e outras oportunidades para comer.

A tradição já não é o que era, com muita pena minha e culpa também, e por isso a mesa farta é coisa do passado. Agora temos a mesa light, sem sal, de baixo colestrol, e calorias contadas. Definitivamente, a Páscoa é mais bem passada numa espreguiçadeira nos trópicos.

Pai.

Ele ligou-me. Com aquela voz doce, a voz mais bonita do mundo. Ligou-me, mas eu não quis encontrar-me com ele. A voz dele já não corresponde à imagem que dele teimo em conservar. Não o quero ver, não o consigo ouvir por mais segundos do que aqueles que dura uma breve chamada de telmóvel. Quero mais. Quero muito mais. Quero tudo de novo, quero coragem, quero verdade e para tudo isso é preciso tempo. Quero tempo só com ele. Não quero mais ninguém por perto. Quero que ele tenha a força que nunca demonstrou. Quero que ele tenha a força que já imaginei que tivesse, aquela que ele passou para mim. Mas que também me falta agora. Ele ligou-me e a voz dele marcou-me. Ficou tudo na mesma. Não sei que faça. Não sei como reaja. Não sei. Só sei que tenho medo. Medo de mim, medo do tanto que sinto, medo de quebrar a barreira que ambos erigimos. Tenho medo. E já não tenho idade para que seja ele a encontrar-me quando me perco.

quinta-feira, março 24, 2005

Post Loiro.

Querida Maria,

Descolorei os cabelos para chamar a atenção daquele rapaz lá do escritório. Ontem, ele riu-se para mim e aproximou-se para apreciar o meu novo visual. Fiquei empregnada do perfume dele.
Estarei grávida?


(aguardo a resposta na caixa dos comentários)

¡Lero lero!

Quando as guedelhas crescerem vou considerar o look "loira com raízes" à la Shakira. ¿Qué tal?
Uma miúda pode sonhar, não pode?


Suerte que en el Sur hayas nacido y que burlemos las distancias
suerte que es haberte conocido y por ti amar tierras extrañas
Yo puedo escalar los Andes solo por ir a contar tus lunares,
contigo celebro y sufro todo y mis alegrias y mis males

Le ro lo le lo le Le ro lo le lo le
Sabes que estoy a tus pies

Contigo, mi vida quiero vivir la vida
lo que me queda de vida quiero vivir contigo

Suerte que es tener labios sinceros para besarte con mas ganas,
suerte que mis pechos sean pequenos y no los confundas con montañas
Suerte que herede las piernas firmes para correr si me hace falta,
y tus dos ojos que me dicen que han de llorar cuando te vayas

Sabes que estoy a tus pies
Le ro lo le lo le
la felicidad tiene tu nombre y tu piel

Ya sabes, mi vida estoy hasta el cuello por ti
si sientes algo asi quiero que te quedes junto a mi

Contigo, mi vida quiero vivir la vida
lo que me queda de vida quiero vivir contigo
(...)


Shakira - Suerte
La versión original en castellano.

quarta-feira, março 23, 2005

Apeteceu-me dizer isto.

Ontem de manhã esteve chuva e de noite, fez lua.

terça-feira, março 22, 2005

Quiz Time! (Late Night edition)



Get your own Boobie Names

Get your own Porn Star Name

Get your own Sex Name

Segundo as conclusões destes três testes de altíssimo gabarito científico, este Blogue não se chamaria SILVIA SEM FILTRO, mas sim:
The Milk Shake Boobies Nurse Naughy who's best definition for 'Sex' is 'Having a Beef Injection' SEM FILTRO.

O meu dia de hoje

Querido Diário,
Hoje o meu dia foi ahahaha hahah ahahaha hahah...ehe heh ehh he...ai...aii...tenho que respirar.... fundo... aaaaahhhhh... LOLOLOLOLOLOLOLOL... Quack!.... ahahahahahahahahahahahhaahahah.... Quaaaaaack! Quack! Lololololololololololol...ihihihihihihih OINK! LOINK! QUOINK! eheheheh... ihihihihihihi... já me dói o estômago de tanto rir... ehehehehehehehehehehe....piu!...Ahhhh....LOLOLOLOLOL...Não posso mais....há gajos muito papalvos. E as mulheres conseguem ser magnânimas....

Só mais uma coisinha...


(N.T. - Este é o meu blogue. Nele, tu só comentas.)

QUACK! ;)


- Quaaaack!
- QUAAAAAAAAAAAAAAAAAACK! Looooooooooooooooooool!
- LOLOLOL QUAACK!
- Quack! Quack! LOL

Mulheres. Resmas delas.

Há dois tipos de mulheres.
Ou melhor, há vários tipos de mulheres, há muitos tipos de mulheres, há inúmeros tipos de mulheres. Há mulheres para todos os gostos, e até para aqueles que não têm gosto nenhum.
O que não há é duas mulheres iguais e também não existem mulheres ideais, embora haja muitas mulheres idealizadas.

Eu sou uma grande mulher - este é o meu blogue e posso ESCREVÊ-LO EM MAIÚSCULAS se eu quiser... mas não é preciso. Nota-se bem.
E há outras grandes mulheres por aí, muito inteligentes, sensíveis e absolutamente magnéticas. Alguns dos melhores espécimes visitam e comentam neste meu blogue.

As outras, sim, as OUTRAS pululam pelos tristemente célebres "Blogs do esfrega esfrega engraxa ui ca bom"...mas está tudo bem. Nós vamos lá impor respeito e rir um bocado...LOLOL...(quack?!)
(Mais uma vez, porque prefiro respeitar a reserva de cada um na blogosfera, não vou publicar link algum para nenhum desses blogues.)

segunda-feira, março 21, 2005

Quiz Time!

What Age Do You Act?

· You act 18 ·
13-19: You are a teenager at heart. You question authority and are still trying to find your place in this world.

· · · · · · · · · · · · ·

What Gender Is Your Brain?

· Your brain leans female ·
You think with your heart, not your head
Sweet and considerate, you are a giver
But you're tough enough not to let anyone take advantage of you!

Nem chove nem sai de cima.


Hoje a chuva sugere-me uma imensa analogia.
Hoje não está a chover que chegue.
Depois de um longo período de seca, hoje chove, mas ainda assim não está a chover tudo. Chove um bocadinho, chove para molhar, mas não lava. Chove às pinguinhas. É uma chuva de molhar tolos, tolos ressequidos, mas ainda assim, só tolos. Satisfaz, mas só um bocadinho.
Chove menos do que desejariamos que chovesse, chove mas não desenvolve. É uma chuva que não se assume.
Chove sem paixão.

Secos.

Os homens portugueses são uns secos. Falta-lhes tudo, mas especialmente falta-lhes letra, falta-lhes salero, falta-lhes tomates no sítio e coragem intelectual. São uma seca. São desencantadores. São preguiçosos. Não são criativos e não gostam de gostar de mulheres.
São uns tristes. Irritam-me profundamente.
Pronto, disse-o.
Agora, tentem desenganar-me.

Dia Mundial da Poesia.

E depois espantem-se que os homens portugueses tenham dificuldade em encantar as mulheres. Isto são canções de amor, em que ele simplesmente mata qualquer esperança.
Abstenho-me de publicar tudo porque o meu blog tem mais que fazer. (são versos de diferentes canções. Nem me dou ao trabalho de identificar quais...)

Acende um cigarro
Olha para mim
Sentada a meu lado
Toca-me assim
Envergonhado estou-me a sentir
Posso estar farto
Mas fico por aqui
Trocas as voltas do tempo
Recordas futuros ausentes
Apagas os rastos que deixei
Ficas farta, não me afasto
Sei que estou apaixonado
Mas não posso ficar assim
Deitado num rochedo canto para ti
Como um passaro livre que voa sem fim
Porque é que choras?
Porque é que dizes o meu nome
Sem nunca me poderes tocar?
Recordo-me de ti
E imagino porquê
A tua cara a flutuar
Não há ninguém como tu, tão diferente
Não há ninguém como havia antigamente

João Pedro Pais (por favor, alguém lhe escreva letras novas, sim?)

sexta-feira, março 18, 2005

The Muppets Show.


Costumavam passar aos domingos ao final da tarde na casa da minha avó. Vinham acompanhados de Sumol de laranja e Sortido Tradicional.

Nao sei que lhe chame.

Sexta feira ao final da tarde. Já era tempo de escrever um post com algum interesse. Mas nada. Briefings despachados e já muuuuuito depois da hora de serviço, estou eu aqui a pasmar e a ouvir música em alemão alegremente misturada pelo meu colega que espera pelo mesmo que eu. Já passei os olhos pela imprensa especializada e pelos blogues dos outros. Está quase. Vou-me embora daqui a nada. Tá calor lá fora e ainda não decidi se hoje ainda vou queimar as calorias que acumulei com a francezinha ao almoço e a Carvalhelhos Sweet (don't ask.)... a alemã faz uns sons muito estranhos... Dói-me a cabeça e estou ligeiramente enjoada. Já despachei o correio e estou à espera de receber os MMS que enviei e ainda não chegaram ao destino. Hoje o dia está deveras interessante. Só me ri umas 27 vezes, e à gargalhada. Este post vai longo. Nem tudo se quer assim.

O melhor blogue do mundo.

É este . Mesmo. Gosto e respeito. E nunca seria capaz de chegar aos calcanhares destes senhores. Isto é que é um blogue a sério, daqueles que se escreve "BLOGUE" (com as letras todas), de serviço público, que acrescenta algo às nossas vidas. Estes senhores têm uma revista do maior interesse, que custando-lhes pestanas e celulas cinzentas, não lhes custa um tostão. Inteligente do primeiro ao último post. Estou a falar a sério. Esqueçam o meu blogue e vão ler algo verdadeiramente relevante. .
Saravá QF&Mica.

quinta-feira, março 17, 2005

St. Patrick's Day is my day too.


Venha de lá uma Guiness que eu mereço.
Ok, pode ser amanhã.

Limpinho.

Ele ligou à esponja depois de se servir da esfregona.

quarta-feira, março 16, 2005

V.A.S.E.L.I.N.A

Aqui está a prova provada de que, na verdade, NINGUÉM, nem mesmo
o cliente, lê o body copy.



O anúncio já esteve em mupis. Sempre achei de mau gosto, mas agora deparei-me com o mesmo na imprensa e atentei no copy...
Sem comentários. Passo a transcrever o dito.

"O enólogo começa por apreciar a sua cor rubi, depois sente o seu carácter intenso, com notas de fruta madura, compota e esteva; finalmente, na boca, é com prazer que verifica que é macio, redondo, com taninos suaves, finalizando longo e frutado. O enólogo pousa o copo e sorri.
O apreciador sente tudo isso, levanta o segundo copo e decreta: pomada."

"Blogues de esfrega, esfrega, engraxa, ui ca bom!"

Eles escrevem bem, são notoriamente inteligentes e tanto escrevem sobre emoções como escrevem sobre economia, carros ou mulheres. Com mais ou menos sentido de humor, eles são uma leitura agradável, mais ou menos provocadora, por vezes elevadora, outras vezes simplesmente divertida. Até chegar às caixas dos comentários....
"Ai que lindo [o nome do autor entra aqui], mas que sensibilidade, que iluminadura do pensamento, que elevação, que envergadura, como mi gusta, si si cariño"... segue-se o orgasmo cibernético, uma carrada de emails e várias tentativas de contacto carnal. É bizarro.
Uma surpreendente corja de mulheres carentes, dementes e muito pouco articuladas, insistem em poluir as caixas de comentários dos bloggers machos mais insuspeitos. Elas pegam-se, elas insultam-se, elas pelam-se em todos os sentidos da palavra, elas não sabem escrever, elas às vezes são homens, elas dão mau nome às outras mulheres. Mais valia estarem quietas e caladinhas.
E enquanto isso, eles lá vão escrevendo serenamente sobre os temas do costume, ignorando por vezes, provocando outras, rindo e alimentando a polémica.
É quase tão bom como um...a decência impede-me de continuar, mas este é o fenómeno a que escolha chamar:
"Blogues de esfrega, esfrega, engraxa, ui ca bom!"
(não vou fazer links. não me apetece, mas que os há, os há.)

A verdade incontornável.


Há os que aprendem a escrever na escola. Somos todos.
Há os sabem escrever. São uns e outros.
E depois há aqueles que escrevem palavras que comunicam para além das palavras. Somos nós. Este post é para nós, os subestimados da criação, os incompreendidos da escrita, os melhores que o mundo tem, os copys.

terça-feira, março 15, 2005

Humpf.

Homens, importam-se, por favor, de não referir a beleza das russas, das checas, das tchetchenas, das brasileiras, das africanas, das televisivas e das revisteiras na minha frente?
Já repararam que, quando dizem este tipo de barbaridades, estão a excluir, a ostracizar, a depreciar este belíssimo espécime que sou EU e que, no mínimo, vos merece consideração?
Pois, este post é uma reclamação contra o hábito que os homens têm de gabar NA MINHA FRENTE as mulheres que nunca terão, que nunca alcançarão, e aquelas com as quais, nem que se pelassem todos, jamais conseguiriam sequer meter conversa. É que não há paciência, e mesmo que haja auto-estima de sobra, isso, bem...humm... chateia. Oh, poças! Sejam corteses, pelo menos.
Desde já vos esclareço: Evitem esse tipo de comentários na minha frente e na frente das vossas amigas. É muito desagradável... ter de morder a língua para não vos dizer a verdade acerca da vossa triste realidade.
Por isso, se não for por educação, consideração e cortesia, evitem gabar mulheres na frente de outras mulheres se não desejarem que elas vos olhem como uns pobres coitados que só têm garganta, e muito fraca, mas que competência, charme e presença não têm nenhuma. Humpf.
E agora vou fazer beicinho.

Gata soalheira.


No mais estrito cumprimento do proposto no post anterior, aceitei o convite dos meus colegas e fui almoçar à praia.
Fiquei ao sol, a sorver toda aquela energia fantástica, a abastecer as baterias há muito descarregadas, a sentir o calorzinho atípico de Março, a ignorar os meus colegas que diziam "Olha que o sol faz mal!". Faz mal a quê? Faz bem, só faz bem. E a mim, ainda faz melhor. Até podia ter dispensado o hamburguer e até mesmo o gelado, mas não podia ter dispensado de todo aquele sol fantástico. Não sou gata de borralho, mas podem sempre encontrar-me ao quentinho do sol. Puurrrrrr...

segunda-feira, março 14, 2005

Sol e laranjas.

Adoeci por falta de sol. Num país onde não chove, consegui adoecer por falta de sol. Esta coisa de cama-carro-emprego-carro-cama está a matar-me. Vou deixar o carro em casa e começar a fazer passeio matinal até ao apeadeiro do comboio, daí até à praça, da praça até à avenida. E à hora do almoço, prometo dedicar uns 15 minutos no mínimo à antiquíssima terapia de corar ao sol. Isso e comer mais laranjas.

sábado, março 12, 2005

Duas aspirinas.

Só porque sim. Porque a febre não sobe e não desce. Está estavelmente incomodativa há vários dias. Fui trabalhar à custa de Ben-u-ron®, mas agora que é chegado o fim de semana é que vão ser elas. Não tomo nada. Só duas aspirinas antes de dormir pelas propriedades curativas de tudo e mais alguma coisa que as aspirinas têm. Eu sei. Eu vi no Discovery Channel.

P.S. Se não conseguirem comentar podem sempre mandar mails, né?
E quem tiver o meu nº de telemóvel, é favor mandar mensagem porque quando estou doentinha gosto muito de receber sms. :P

sexta-feira, março 11, 2005

Blogger matou meu tamagoshi.


Sem comentários nem novos posts,
morreu de fome e solidão no deserto das ideias,
das próprias e das alheias...




quinta-feira, março 10, 2005

Tamagochi Sem Filtro.


Meu blog, meu Tamagochi. É preciso alimentá-lo todos os dias.

1974, Geração Trintage #11

Uma das coisas que mais me desagrada acerca dos 30 anos é o cepticismo face às relações. A desilusão face ao "amor eterno", a impossibilidade de me referir à eternidade de um sentimento sem lhe colocar as cautelosas aspas, a hesitação do investimento inicial, o pé atrás em todas as situações, o cinismo, a frieza e o distanciamento até nos jogos aparentemente mais íntimos. Confunde-me a profusão das interpretações, o comprimento da check-list, o overload de informação, os pormenores que insistem em não me escapar. Basicamente, revolta-me a constatação do calo.
Hmmm... Alguém tem aí uma pedra pomos?

Brasileiros, os inatos criativos.

(...)
descobertos principalmente pelos recenseamentos e pelas listas de eleitores (O Cruzeiro, Rio, nov. 1960,0 Globo, Rio, 7-12-60, Gazeta do Povo, Curitiba, 18-10-70, O Estado do Paraná, Curitiba, 18-04-73, Jornal do Brasil, Rio, 21 -08-73, A República, Natal, 10-06-79, etc.):
Antônio Dodói, Antero Americano do Brasil Mineiro, Abrilina Décima Nona Caçapava Piratininga de Almeida, Amada Sempre, Antônio 20 de Julho de 1895, Amarascoryia, Águas Marinas Gomes, Alarme José, Ariquieta Dadinho, Antônio Morrendo das Dores, Argentina América do Brasil, Abecê Nogueira, Anésio Arcebs de Cantuária (de acordo com a folhinha do dia: Sto. Anésio, Arcebs. (arcebispo) de (Cantuária), Barrigudinha Seleida, Cafiaspirina Cruz, Celeste Batata, Catarina Goiânia de Goiás, Colapso Cardíaco da Silva, Catarina Graciosa Rodello, Céu Azul do Céu Poente, Cento e Três, Crepúsculo das Dores, Dezecâncio Teverêncio de Oitenta e Cinco, Dulcelanauzaura Alves, Dinosauro, Dourado Peitudo, Depozarino, Delícia Leal, Damores Santos, Defensor daParte, Eclâmpsia, Eclesiaste Cardeal da Costa, Epílogo, Esparadrapo, Éter Sulfúrico Amazonas Rios, Eustácio Ponta Fina Amolador de Ponta Grossa, Frígida, Fachada, Fim Pedro, Francisco Cebola, Fordelícia, Frevorosa, Filosofina, Gilete de Castro, Holofotina, Himeneu Casamentício das Dores Conjugais, Ilegível Inelegível da Silva, Isabel Ignorada Campos, Isso, Inocêncio Coitadinho Sossegado de Oliveira, João Cólica, Jardinino, Joaquim Sherlock Holmes, José Amando e Seus Trinta e Nove, José Salamargo, João Rei Bispo de Deus, Jesus Rei das Nações Diniz, João da Mesma Data, José Casou de Calças Curtas, Liberdade Igualdade e Fraternidade Narbona, Libertina, Lembrança de Aliás, Missa, Milagre Efigênio, Melancio, Maternidade da Silva, Maria Espertina, Motim, Marmolina Terebentina, Maria Passa Cantando, Miramolin Mansour da Linha, Manuel Arrependido Gomes, Maria Coragem da Cruz, Naftalina, Nacionézia, Nacional Futuro da Pátria Brasileira, Nacional Futuro Provisório da Pátria, Povo, Neto Louro das Cotias, Natal Criança de Castro, Náusea Pereira, Ouvindo Pedro Franco, Odin Indiano Americano do Brasil Ótima, Ouriço, Atila Dantas, Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Obstinada, Osso, Primeira Delícia, Palestra Itália, Pegueite, Portaleconina de Assis, Padre Bispo Cardeal, Quimbar-H, Raimundo Papa Leão, Restos Mortais de Catarina e Silva, Raimundo Raio de Estrada de Ferro Brasileira, Rodo Metálico, Sahara, Símio, Termina de Castro, Tox Mix Bala, Tuessanta, Terezinha Tosse, Um Dois Três de Oliveira Quatro, Vai por Mim Beleza, etc.
(...)
(cliquem no título para satisfazer a sede junto à fonte.)

Pedalada versus joie de vivre

Um diz-me que gostava de ser mais como eu. O outro diz-me que eu sou assim, tipo, três passos para a frente e uma cambalhota, em oposição ao outro que é um passo à frente e dois atrás.
Será que não há gajos cuja auto-reclamada pedalada que não se meça pela quantidade de directas que conseguem fazer, ou o número de discotecas que correm numa noite alimentados a alcoól etílico, mas apenas pela pura e simples joie de vivre?

terça-feira, março 08, 2005

Só mais dez minutos.

Tão bom. Tão pouco. Só um bocadinho mais. Uma transgressão menor, negociada. Mais dez minutos. Mais dez minutos para me levantar. Mais dez minutos para falar ao telefone. Mais dez minutos. Só mais dez minutos. Mais dez minutos assim.

Por outras palavras.

O post anterior escrito com outras letras.

Sílvia

Sílvia é um nome fugidio como, de resto, também o sou. Um nome controlado, incisivo, até pode ser contundente como uma arma branca. Afilado e frio. É um nome de leste. Começa com a letra mais sinuosa de todas e acaba com a mais consensual do abecedário. Pelo meio, uma sucessão de linhas rectas e intransigentes, fixas e aguçadas.
Tem acento, e isso pode incomodar.
Sílvia. Uma dimensão paralela de mim mesma. Nunca gostei muito do meu nome. Simplesmente aprendi a respeitá-lo.

segunda-feira, março 07, 2005

Soneca, Mocotó e Encravado #2


Sanduiche para três. E mais não digo porque alimentou imenso o espírito. Claro que causou flatulência e resultou nalguma azia em quem não tem estômago para algo que, sendo completo, parece comida de pobre. Mas o que interessa é que é bom e não tem pecado. Para outras bocas, orelhas moucas.

domingo, março 06, 2005

Falam, falam...

- Fazes?
- Faço.
- Então faz por mim.
- Preferia que fosses tu a fazer... Afinal queres tanto quanto eu...
- Pois, mas falta-me a coragem. Sou assim.
- Pois, a mim não me falta a coragem nem a vontade, mas gostava que partisse de ti. Sou assim.
- Fazes melhor que eu.
- Faço mais, mais vezes, melhor não sei. Ainda não te vi fazer.
- Mas faz.
- Apetece-me mais que sejas tu a fazer do que ser eu a fazê-lo de todo.
...
- Então fiz bem?
- Fizeste.
- Errado. Fiz mal. Porque fiz e devias ter sido tu a fazer.
- Mas é igual.
- Isso ainda é pior. Se a mim me faz diferença e a ti faz igual...
- Mas fiquei feliz que tivesses feito.
- Ainda bem. Eu fiquei infeliz que não tivesses sido tu a fazer.
- Para a próxima faço.
- Para a próxima, tenho de me segurar para não fazer.
- Não te segures, faz.
- Assim tu nunca farás.
- Faço..
- Não fazes. Se for eu a fazer, tu nunca farás.
- Faz sentido.
- Pois faz. Agora tenho mais que fazer. Adeus.
- ...Espera.
- Sim?
- E agora o que fazemos?
- Eu sei o que vou fazer. Não sei o que tu vais fazer.
- Mas o que é que eu faço agora?
- Faz isso.

sexta-feira, março 04, 2005

Manifesto.

Apresentas o teu manifesto com proficiência. E eu escuto com todo o interesse e entrega que me mereces. Conheces cada palavra, encadeias as ideias na perfeição. Tens um percurso estudado e vais desfiando os pormenores, um a um, conquistando a minha atenção. Descreves-me o teu filme como se fosses o realizador e soubesses cada quadro da história, cada vírgula do argumento, como se fosses o actor principal da acção. A tua imaginação é tão forte e o teu desejo tão vincado que ameaça tornar-se realidade. Só pela tua vontade. Mas não é assim. Apresentares-me o teu manifesto desta forma não o torna num plano de acção. Escutá-lo não me compromete. Por isso, quando eu te contrariar, não digas que eu sabia que ia ser assim, que me avisaste. Pois se é um aviso, te digo, não colhe. Se é um manifesto, ele é só teu. Se é um devaneio, então sim, pode ser nosso.

Belíssima.


Hoje o dia sabe-me a rebuçado. A coisa doce, a coisa boa, às flores do campo, à maresia de um dia de calor. Ao vento que sopra fresco, suave, acariciante. Hoje, a manhã faz os meus olhos brilhar, humedecidos por uma lágrima feliz. Um calorzinho bom que me aquece o peito e planta um sorriso nos lábios. Hoje estou assim. Como uma flor. Belíssima.

quinta-feira, março 03, 2005

Frase do dia: Amo-te.

Apetece-me dizer assim. Apetece-me sentir assim. Apetece-me fingir que te digo isto. Apenas porque é bom.
É a melhor coisa que se pode dizer a alguém. E porque isso me faz feliz. E só isso basta para eu dizer assim: Amo-te.

quarta-feira, março 02, 2005

Separados à nascença.


Raramente uma imagem tão cromaticamente simples, apoiada na fluidez das linhas e contraste dramático, transporta tanta emoção e entrega às convicções e paixão pelas questões sociais e humanas. Um exemplo de sobriedade plástica e conceptual, multicomunicante através do destaque protuberante de uma das formas em detrimento das restantes. A opção pela extremidade recta reforça a rectidão do gesto, veiculando a preocupação com um tom subtil e ao mesmo tempo contundente da comunicação. Numa interpretação diversa, há autores que concluem que este é um esquiço de Leonardo Da Vinci e que evoluiria para a imagem da jovem senhora que não esconde, contudo, aquilo em que está sentada. Outros, não obstante, afirmam que possa ser a própria mão de Leonardo, erecta e exibida defronte dos olhos da modelo Giocconda com o único objectivo de servir como incentivo, à laia de cenoura, para que a dita senhora mantivesse a expressão enigmática, crente ou descrente, jocosa ou complacente, que o mundo aprendeu a amar e os japoneses a fotografar.

Uma vaca agarrada ao poste.

Era uma vez uma vaca com cinco pernas, eu sei, eu vi, tava escrito no cartaz do circo e a dita pastava mesmo em frente a mim. Tinha cinco pernas, sim senhor, apesar de a quinta não lhe chegar ao chão. E sim era uma vaca, e não um boi, apesar de ter uma quinta pata como, de resto, o famoso cavalo. Tava assim a modos que caída, inerte, a pata, não a vaca que grassava alegremente, se é que uma vaca de circo pode ser alegre, dizia eu, e grassava alegremente num relvado ao pé da praia. A praia era no Norte, mas estava calor. Era o pino do verão, o que também não deixa de ser estranho porque o circo é mais no inverno. Mas como ela era a estrela do circo, fiquei feliz porque tinha visto a vaca com cinco pernas, sem pagar bihete. Eh.

Somos as notícias que lemos?

É sempre mais fácil acreditar numa ofensa do que o é acreditar num elogio. Também é mais fácil acreditar no lado mau das pessoas, do que no seu lado bom. Esta predisposição explica porque razão os jornais só publicam más notícias. Porque o público se identifica com elas. As boas notícias são geralmente vistas como tentativas de desinformação e cosmética dos factos concebidas para infuenciar a imprensa.

Vem, Robbie wonderz. Vamos para onde os jornais não nos incomodem.

Não.

Identifiquei-me com um poema que não vou citar. E depois, identifiquei-me com um comentário a propósito do mesmo.
Tu, que escreveste o poema, e tu a quem o comentário se dirige, sei que vais entender.

"será que a musa do teu poema não estava ela própria a pensar: "Tudo me diz que estou prestes a tomar uma decisão errada, mas os erros são uma maneira de agir. O que quer o mundo de mim? Que não corra riscos? "(in frases seleccionadas, Paulo Coelho)… por isso apenas ficou-se pela "ausência"…….

Que fresco.

O meu dia, hoje.

Mais uma vez a aquecer os dedos. Hoje vou começar mais cedo, fechar-me debaixo do boné, ou talvez não - o cabelo hoje acordou fixe - e perder-me em recordações apenas parcialmente minhas e expectativas alheias e produzir um belo de um produto de consumo fácil. Vai-me custar os olhos da cara, 20 gramas de massa encefálica e umas quantas células digitais. Vou alargar mais uns quantos milímetros em torno da cintura e perder duas pestanas por entre as teclas brancas. Vai ser uma pastilha. No final do dia, estarei esgotada como no final de uma longa e exaustiva discussão. Vou tentar não me esquecer de nada. Vou dizer apenas o que desejam que seja lido. Vou começar.
Daqui a nada.

Pragmática.

- "Nunca pensaste em escrever um livro?"
- "Hmm. Para ser lido por quem?"

terça-feira, março 01, 2005

Tearing.

Apetece-me chorar. Só um bocadinho. Posso?
Não é tristeza, nem fraqueza. É escape. É como rir muito, é como correr para descontrair, jogar para desabafar. Só quero chorar um bocadinho. Por todos aqueles com quem falho, por todos aqueles que falham comigo, porque não sou insensível a este mundo e à merda em que está atolado. Mas um dia toda a merda seca e depois esfarela-se.
Há sempre esperança. Há sempre um novo sol.
É há sempre uma lágrima para lavar o olhar.

Atitude.


Mas será que quero? Ou fico-me pelo manguito?

Nódoa.

No melhor pano cai a nódoa.
Por vezes, essa nódoa é atirada para o melhor pano por quem anda roto e esfarrapado. Em vez de aproveitar o pano e cobrir as vergonhas com ele, destrói-o para que o resto da humanidade continue desnudada e destituída.
No melhor pano cai a nódoa. Com a actual tecnologia das máquinas de lavar roupa e dos próprios detergentes, não há razão para que certas nódoas se tornem indeléveis.
No melhor pano cai a nódoa, e mais ainda nos casos em que o melhor pano anda nas mãos de quem não o sabe conservar.
Quando deixar de haver pano para manchar, então sim, o nódoa reinará.