A coisa mais extraordinária é que já não consigo ver as coisas da mesma forma que antigamente.
Não consigo recuperar aquele sentimento de me ver enredada em ansiedades, faltas, expectativas e obrigações, numa tortura antecipada e auto-infligida por tudo o que deveria acontecer e tudo o que não poderia acontecer. Não consigo mais viver em antecipação e, de cada vez que uma frase feita lá consegue sair dos meus lábios, imediatamente é arrestada pela ideia de que não concordo mais com o que acabo de dizer. Já não sou quem era. Definitivamente, não sou. Sou muito melhor, ou ESTOU muito melhor do que alguma vez fui ou estive antes. É simples, tão simples que por mais me esforce (ainda) por complicar, não consigo... :). Eh.
Estou no momento, e é só onde consigo estar. É agora, é neste instante, é eterno e dura todo este momento. Os outros minutos, segundos (porque dias e anos não existem), não sei. O que vem a seguir será apenas a consequência do momento presente, logo, se este for perfeito, o próximo não tem como correr mal. Só bem que gera bem, e quanto mais bem, melhor.