sexta-feira, agosto 28, 2009
segunda-feira, agosto 17, 2009
Madre Sílvia
Apetecia-me dar-te a mão.
Estender a minha mão e agarrar a tua e deixa-me ficar assim.
Apetecia-me. Mesmo que estejas tolhidinho de ranhoca.
sexta-feira, agosto 14, 2009
Tá calor...
Das poucas coisas de que gosto aqui no bunker do Partido, é da minha mesa. Posso estar de vestido, fresco, leve e largo, e alegremente de perna aberta, com o máximo de discrição... :)
quarta-feira, agosto 12, 2009
Rumi
"Don't convince, cajole or beg. Don't control, insist or seduce. Just show up with love." — Rumi
Silêncio Sem Filtro
Não tenho escrito muito neste blog porque o silêncio vem aumentando dentro de mim.
Não há nada para racionalizar, nada sobre o que teorizar, nada que realmente me indigne, ultimamente.
Não há nada para racionalizar, nada sobre o que teorizar, nada que realmente me indigne, ultimamente.
Simples.
— Tá frio. Não me apetece dormir sózinha. Queres dormir comigo?
Imagino o que lhe terá passado pela cabeça...
Imagino o que lhe terá passado pela cabeça...
A CASA DE HÓSPEDES
O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos
Mesmo que seja uma multidão de dores
Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando
para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia,
encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem,
porque cada um foi enviado
como um guardião do além.
Rumi (Mestre Sufi do sec. XII)
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos
Mesmo que seja uma multidão de dores
Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando
para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia,
encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem,
porque cada um foi enviado
como um guardião do além.
Rumi (Mestre Sufi do sec. XII)
quinta-feira, agosto 06, 2009
Tão grande, tão simples.
— Tá vendo essa Lua?
— Sim... :)
— Eu ofereço essa Lua a você. :)
Agradeci-lhe com o meu olhar mais iluminado. Cheguei a casa, coloquei a lua na janela. :)
— Sim... :)
— Eu ofereço essa Lua a você. :)
Agradeci-lhe com o meu olhar mais iluminado. Cheguei a casa, coloquei a lua na janela. :)
Um dia, quem sabe. Ou não.
Eu sou um iceberg. Ele reduz-me a um cubinho de gelo.
Eu sou uma montanha. Ele define-me como um calhau.
Eu sou um oceano. Para ele, eu não passo de um copo de água.
Eu sou grande. Ele vê-me pelo buraquinho da fechadura.
Eu estou lá. Ele ainda vem a caminho.
Se vou estar cá? Vou andando.
Eu sou uma montanha. Ele define-me como um calhau.
Eu sou um oceano. Para ele, eu não passo de um copo de água.
Eu sou grande. Ele vê-me pelo buraquinho da fechadura.
Eu estou lá. Ele ainda vem a caminho.
Se vou estar cá? Vou andando.
O último dos primeiros.
Admito. Preciso de admitir e admito que tenho tendência sempre para o mesmo tipo de homem: moreno, giro, de olhos castanhos e com um ego descomunal. É verdade que gosto de homens com atitude, mas a tendência é admitir-lhes a atitude errada. A atitude deste meu tipo de homem é de grande confiança. Como são giros, eu sou garantida. Como são determinados, eu sou fácil. Como falam mais alto do que a razão, eu escuto-os. Como são líderes, eu sigo-os. Como não concordo com eles, começo a achar que estou errada. Como não me submeto durante muito tempo, a coisa dá para o torto.
Por esta altura, quem me lê já se apercebeu, pela descrição feita, que o erro da atitude não está, na verdade, nos homens que fazem o meu tipo. O erro está em mim.
Felizmente, a idade, a experiência, o calo no coração e a justiça universal já me mantêm a salvo destas criaturas.
Pela primeira vez, soube dar tempo ao tempo para que me mostrasse realmente como as coisas são.
Desta vez, admirei (e continuo a admirar) mas não endeusei. Senti-me atraída, mas não fascinada. Gostei, mas não me deixei seduzir. Desta vez, não projectei nada. Não me perdi no vapor da paixão assolapada, mas naveguei sempre à vista.
E mantive-me sempre segura, calma e confiante. E orientada, ainda que entregue aos mesmos elementos de sempre. Alarguei horizontes e conquistei um Novo Mundo (para manter a metáfora dos descobrimentos). E como é bom ter as vistas desimpedidas, como é bom entender os processos, como é bom ler a todas as distâncias! É bom ver as qualidades e ficar ciente das características boas e menos interessantes. E é melhor ainda entender e aceitar em vez de julgar e ressabiar.
E isto tudo sem deixar de amar, muito simplesmente e muito incondicionalmente, sem expectativas, nem apegos, nem reinvindicações egoístas. E tudo isto, sem perder aquele calorzinho que me aquece o coração e me impele a gostar, a cuidar, a olhar com carinho e a estar lá, quando é preciso e quando não é, também.
Por esta altura, quem me lê já se apercebeu, pela descrição feita, que o erro da atitude não está, na verdade, nos homens que fazem o meu tipo. O erro está em mim.
Felizmente, a idade, a experiência, o calo no coração e a justiça universal já me mantêm a salvo destas criaturas.
Pela primeira vez, soube dar tempo ao tempo para que me mostrasse realmente como as coisas são.
Desta vez, admirei (e continuo a admirar) mas não endeusei. Senti-me atraída, mas não fascinada. Gostei, mas não me deixei seduzir. Desta vez, não projectei nada. Não me perdi no vapor da paixão assolapada, mas naveguei sempre à vista.
E mantive-me sempre segura, calma e confiante. E orientada, ainda que entregue aos mesmos elementos de sempre. Alarguei horizontes e conquistei um Novo Mundo (para manter a metáfora dos descobrimentos). E como é bom ter as vistas desimpedidas, como é bom entender os processos, como é bom ler a todas as distâncias! É bom ver as qualidades e ficar ciente das características boas e menos interessantes. E é melhor ainda entender e aceitar em vez de julgar e ressabiar.
E isto tudo sem deixar de amar, muito simplesmente e muito incondicionalmente, sem expectativas, nem apegos, nem reinvindicações egoístas. E tudo isto, sem perder aquele calorzinho que me aquece o coração e me impele a gostar, a cuidar, a olhar com carinho e a estar lá, quando é preciso e quando não é, também.
segunda-feira, agosto 03, 2009
Keep away from the dark side.
"És coerente."
"Essa tua loucura sã."
"Estás mais sólida."
"Tinhas razão."
"És buéda fixe."
"Estás lá".
Não me posso esquecer destes ditos de cada vez que me disserem exactamente o contrário.
É que apenas um dos lados tem razão.
"Essa tua loucura sã."
"Estás mais sólida."
"Tinhas razão."
"És buéda fixe."
"Estás lá".
Não me posso esquecer destes ditos de cada vez que me disserem exactamente o contrário.
É que apenas um dos lados tem razão.