Há tantas coisas que não compreendo, tantas coisas que eu precisava de entender. Tanto mais que eu queria saber... Will I ever? E, se sim, será demasiado?
É fim de semana, ou melhor ainda, foi uma semana de férias, mas nunca tive tanto trabalho acumulado. É fim de semana, ou férias, para mim também. Tenho trabalho, eu também. E quando me mandam mais um trabalho para fazer, por mais mínimo que seja, gosto de um mimo, de um sorriso, de um olá, pelo menos, a abrir o email. Assim como foi, fiquei triste, confesso. Se fosse outra pessoa, tê-lo ia mandado às urtigas. Não faz mal, está feito o trabalho.
Eu tento. Eu sou uma pessoa positiva. Quando saio, divirto-me e deixo os outros divertirem-se. Jamais digo que a comida que os outros comem não presta, ou sequer que a minha não está boa, se o restaurante foi escolhido com carinho por quem me convidou. Danço sózinha e acompanhada seja qual for o ritmo, nunca bebo para além da conta para não estragar o divertimento dos outros. Como diz um amigo meu, curto o meu LSD natural. E sorrio. Sorrio sempre, e rio e tento fazer rir. E digo que a noite está optima e as pessoas são giras. Mesmo quando a companhia passa todo o santo tempo a criticar tudo e achar que isso faz uma piadinha mesmo risível. E a dizer que o jantar caiu mal, que tem sede e precisa que alguém se desvie para lhes dar de beber, que não gosta deste sítio e que quer mesmo ir para outro, e, uma vez lá chegados, diz que é uma merda. E arrasta os outros por meia cidade, sempre de cara fechada, ou então arrasta-se e pendura-se e diz que não pode mais e precisa que a levem ao táxi impossível, terminando ali a noite dos outros. E que, para colocar a cereja em cima do bolo, ainda diz que espera que eu me vá abaixo, que a minha energia se esgote, porque ninguém merece divertir-se assim. Eh pá, não tenho paciência. Não sou assim tão elevada de sentimentos.Ou sou e exijo melhor fado para os meus dias. Uma noite de Santo António que podia ter sido divertidíssima, foi por água abaixo. Conseguiram. Parabéns. E agora preparam-se para arruinar um belíssimo fim de semana na Arrifana. Azarito, não vão conseguir, porque eu não vou estar lá para apascentar almas penadas, com Arrifana ou sem Arrifana. Corremos o grave risco de eu mostrar o meu lado mesmo muito lunar, e isso é algo nada mesmo recomendável. A Arrifana não vai sair do sítio, e há-de haver melhores oportunidades. Vão de metro!
Hoje sou eu que preciso de mimo. Hoje sou eu que preciso de atenção. Hoje sou eu que preciso que me digam que estou certa, que tenho razão, que sou bonita, que estou bonita, que mereço, que tenho, que sim e que sim, e que sou mais e melhor que tudo e que todos e o resto do mundo e dos planetas. Hoje quero colo. Hoje quero estar no centro. Hoje quero fechar os olhos e sentir o abraço, a festinha, a segurança. Hoje sou eu que preciso da energia, do incentivo, do impulso. Hoje quero que me levem, me surpreendam, me presenteem, me façam sentir a princesa. Hoje devia ser o meu dia. E quando eu dissesse que não, que está tudo bem, que não é preciso, que não se incomodem, e que coiso e tal, pois é que mais agradeço que peguem em mim e me façam confiar.
Mas a Fisher-Price não deixa a Amazon enviar para territórios estrangeiros como, p. ex... a Europa. Quero este e não quero mais nenhum. Alguém tem um amigo nos States que mo possa mandar a salto? Troco por um maço de Português Suave. ;)
Horas de conversa na esplanada, com jolinhas panaché, tremoços, amendoins, camarõezinhos e até caracóis. É só isso que quero. Mas como é que faço para conseguir não ficar sem jeito, sem assunto, sem inteligência, sem piada e sem perdão ao pé do homem que admiro, mas que não quero?
Se estou apaixonada? Não. Se amo? Era bom. Até porque amaria a pessoa como amo o sol, a chuva, o ar que respiro, as nuvens e o céu. Estão lá e eu aceito-os. Fazem parte da minha vida, melhoram-na ou complicam-na, mas eu não os consigo afectar. Não tento, não quero, não posso. Se eu amasse alguém agora, teria de ser assim. Incondicionalmente, fluidamente, sem apego, sem ansiedade, nem propriedade, sem planos nem cobranças, sem ilusões ou desilusões. Amaria como a mim mesma. Como foi que cheguei aqui? Despertei.
Sabem aquela artista que sempre tem uma canção que se identifica completamente com uma situação da nossa vida? Pois, a Dido, comigo, já vai em dois álbuns. A mais recente foi esta. Já veio tarde, mas é na mouche.
I've driven round in circles for three hours It was bound to happen that I'd end up at yours I temporarily forgot there's better days to come I thought that I would give it just one more chance
Cos' I want, tonight, what I've been waiting for But I found, tonight, what I'd been warned about
You think that you are complicated, deep mystery to all Well it's taken me a while to see, you're not so special All energy no meaning, with a lot of words So paper thin that one real feeling could knock you down
And I've seen, tonight, what I'd been warned about I'm gonna leave, tonight, before I change my mind
So see you when you're 40, lost and all alone Being comforted by strangers You'll never need to know Not sad because you lost me But sad because you thought it was cool To be sad
You think misery will make you stand apart from the crowd Well if you had walked past me today I wouldn't have picked you out I wouldn't have picked you out
Now I've seen, tonight, how I could waste my time And I'll be on my way, and I won't be back
Cos I've seen, tonight, what I've been warned about You're just a boy, not a man, and I'm not coming back
AAAAHHH! Sem filtro e sem acento.
Nunca escrevo o meu nome com acento. Não escrevo, pronto. É falta de hábito, falta de tempo, falta de paciência. E não é erro. É abreviatura.