quarta-feira, dezembro 31, 2008
Começou com uma operação ao joelho, depois perdi o emprego, depois arranjei um emprego muito mais bem pago, depois fui ao Brasil, depois recebi uma proposta bem paga para vir para o Porto, deixei um pseudo namoro e os amigos em Lisboa e vim para o Porto de encontro à família. Três semanas depois de chegar, comprei uma casa e, mais tarde, uma bicicleta, e vim para uma agencia mt calminha, e, depois, um dia antes do natal, o meu avô faleceu. Foi um ano importante, digamos.
terça-feira, dezembro 30, 2008
No more baggage.
"Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos a esses encontros determina se estamos à altura de recebermos a mensagem."
(err... não faz mal. Vai pelo correio.)
(err... não faz mal. Vai pelo correio.)
Strike that.
Ênfase em "nada" e em "mais do mesmo".
Até a mais tradicional das ofertas acaba derrotada pelo mal do consumismo.
ok... NEXT!
Até a mais tradicional das ofertas acaba derrotada pelo mal do consumismo.
ok... NEXT!
domingo, dezembro 28, 2008
Gift wrapped.
A minha prenda de natal, o meu prenúncio de bom ano novo chegou hoje. Veio na forma de um nada cheio de tudo, uma coisa boa que não tive de pedir, um espelho gentil.
O meu ano novo já começou.
O meu ano novo já começou.
quinta-feira, dezembro 25, 2008
Cá para nós, é sempre festa.
Eu sei que preferirias uma festa. Com os teus companheiros do Janeiro, os teus amigos do Velasquez e da Garagem, as senhoras do Pingo Doce. Comigo e com a tua família. Quererias toda a gente a rir, quererias um passeio, correr a cidade toda a pé, confraternizar com um belo lanche, um dia bem passado e uma noite muito boa para todos.
Imagino que aquele que estava ali já não eras tu. Tu já vais longe, com certeza, livre, a renascer de novo para tocares mais vidas e inspirares mais almas, como fizeste connosco. Eu vou contigo, eu estou contigo, rapaz, eu entendo-te sem que precises de falar muito mais. Basta ler nos teus olhinhos doces, e ter a confirmação num piscar de olho.
Por mim, fazia-te uma festa.
Cá para nós, eu fiz-te uma festa.
:')
quarta-feira, dezembro 24, 2008
Natal?
O Natal há todos os anos.
Meu avô é que só havia um.
Apesar de tudo, e com todo o egoísmo posto de parte, este foi um dos natais mais genuínos de sempre. Como tu o haverias de querer.
Meu avô é que só havia um.
Apesar de tudo, e com todo o egoísmo posto de parte, este foi um dos natais mais genuínos de sempre. Como tu o haverias de querer.
terça-feira, dezembro 23, 2008
Um passo à frente.
O meu avô faleceu, hoje, dia 23 de Dezembro 2008.
Hoje tive a certeza de que a melhor coisa que fiz foi ter escolhido estar com ele nestes últimos seis meses. Se não vivemos pelas pessoas que nos são especiais, vivemos por quê?
Ele foi e eu herdei-lhe a força, o ânimo, a determinação, o sentido de humor, a falta de filtro, o olhar que fala e todas as lições que me ensinou. Ele é o meu exemplo, o meu pai duas vezes, o homem da minha vida, o meu melhor amigo, aquele que se orgulhava de tudo o que eu fazia, que me dava ânimo para prosseguir com as minhas pretensões e os meus sonhos, sem me desculpar, mas responsabilizando-me sempre.
Ele foi à frente e eu sinto-me uma pessoa melhor, mais forte, mais em paz, serena, e muito mais eu porque, afinal, foi ele que me criou.
Obrigada por tudo, bô.
;)
segunda-feira, dezembro 22, 2008
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Foleira.
— Esse conceito não serve. É demasiado complicado, exige demasiada atenção, é muito [a melhor agência de design de comunicação da cidade], e eu não gosto.
— Vou aceitar isso como um elogio.
— Entenda como quiser. O nosso postal não pode ser assim. A [nossa agência] não é assim. É...
—...*foleira*
— Vou aceitar isso como um elogio.
— Entenda como quiser. O nosso postal não pode ser assim. A [nossa agência] não é assim. É...
—...*foleira*
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Stupid, from the Grinch.
É Natal e o Grinch lá da agência quis agraciar o dep.criativo com a sua habitual generosidade:
A/c do Dep. Criativo: escolham as vossas prendinhas.
http://www.stupid.com
Re:
Podia jurar que esta é a tua bíblia.
http://www.stupid.com/fun/TRAU.html
Re: Re:
Não, mas há quem a saiba de cor.
(este era o momento em que se aplicava um I rest my case, mas, no melhor espírito natalício, foi dada mais uma oportunidade)
Re:Re:Re:
Como és um gajo giro e tal, ofereço-te antes um espelho, que tal?
Re:Re:Re:Re:
De ti, nem de um sorriso preciso.
(GRINCH!!!!)
domingo, dezembro 07, 2008
Ele não estava lá.
Esta semana fui ao Jantar do Holmes Place. Fui por curiosidade, porque aprendi com a experiência que ir é sempre melhor do que ficar a imaginar. Pois, eu tinha curiosidade. Aliás, fascina-me a vida dos seres que polulam pelo Holmes Place. Desde os administradores que se esforçam por disfarçar o modelo de gestão ganancioso, até aos PT's recém-formados das Faculdades de Educação Física e que quase pagam para ter o Holmes no currículo. Gosto de apreciar as pessoas nos momentos em que se comportam da forma mais invisível. Quando estão lá e não querem que ninguém as veja, sendo que vão para não se sentirem sós, para ficarem mais atraentes, para serem mais aceites. O jantar foi sui generis, sem ser, de todo, surpreendente. Gente só, muita gente só, à parte dos funcionários do Holmes que lá estavam uns com os outros como colegas, divertidos.
À mesa, algumas pessoas comportavam-se como se estivessem o balneários: bom dia, boa tarde, boa noite, vou fazer aquilo que se espera de mim, se não me virem também está bem, se falarem para mim eu respondo. Claro que destabilizei a minha mesa, só conversei com os homens e entornei o meu copo de vinho tinto na toalha branca só para que todos os cavalheiros me disponibilizassem os respectivos guardanapos para disfarçar a asneira. Senti-me deslocada toda a noite - só lá tinha ido, à parte da curiosidade, para ver se encontrava um senhor que, vim a saber, se encontrava de férias na romântica Itália (enfim...nada que dois copos de vinho não compensem), mas tive sempre vontade de fugir.
Havia um PT lindo, um misto de Adonis com Tarzan, que me olhava de fugida de vez em quando e que me dá a sensação de que me quer mesmo conhecer. Mas eu tenho medo. Aquilo é homem a mais em todos aspectos. Fugi, ignorei e até hoje mesmo, no ginásio, tendo-o visto duas vezes, continuo a lançar um charminho tímido, só pelo gozo, só porque é giro e porque sei que aquilo é lobo em cuja boca não cairei. De resto, entretanto, refugio-me nos dois celibatários baixinhos, gordos e carentes que foram a minha audiência no jantar e que esperam uma chamada minha e que insistem em tocar-me demasiado quando falam comigo, como se fossemos íntimos desde sempre.
E depois há o outro menino. Mas fujo também. É novinho demais.
O mundo anda tolo e eu também. Ainda assim, divirto-me entre os mortais.
À mesa, algumas pessoas comportavam-se como se estivessem o balneários: bom dia, boa tarde, boa noite, vou fazer aquilo que se espera de mim, se não me virem também está bem, se falarem para mim eu respondo. Claro que destabilizei a minha mesa, só conversei com os homens e entornei o meu copo de vinho tinto na toalha branca só para que todos os cavalheiros me disponibilizassem os respectivos guardanapos para disfarçar a asneira. Senti-me deslocada toda a noite - só lá tinha ido, à parte da curiosidade, para ver se encontrava um senhor que, vim a saber, se encontrava de férias na romântica Itália (enfim...nada que dois copos de vinho não compensem), mas tive sempre vontade de fugir.
Havia um PT lindo, um misto de Adonis com Tarzan, que me olhava de fugida de vez em quando e que me dá a sensação de que me quer mesmo conhecer. Mas eu tenho medo. Aquilo é homem a mais em todos aspectos. Fugi, ignorei e até hoje mesmo, no ginásio, tendo-o visto duas vezes, continuo a lançar um charminho tímido, só pelo gozo, só porque é giro e porque sei que aquilo é lobo em cuja boca não cairei. De resto, entretanto, refugio-me nos dois celibatários baixinhos, gordos e carentes que foram a minha audiência no jantar e que esperam uma chamada minha e que insistem em tocar-me demasiado quando falam comigo, como se fossemos íntimos desde sempre.
E depois há o outro menino. Mas fujo também. É novinho demais.
O mundo anda tolo e eu também. Ainda assim, divirto-me entre os mortais.
Alone is good, too.
É curioso constatar que é justamente quando nos começamos a (re-)habituar a estar sós e a estar bem assim, que nos aparecem as pessoas que não sabem estar sós e que nos tentam ocupar o tempo que, finalmente, conquistámos para nós.
sábado, dezembro 06, 2008
quinta-feira, dezembro 04, 2008
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Sílvia is...
...keeping quiet.
...keeping to herself.
...babysitting grown-ups.
...letting chips fall where they may.
...afraid to grow up.
...bigger than most.
...looking for someone actually bigger than herself.
...writing again.
...working.
...listening to old Xutos e Pontapés.
...keeping warm.
...missing Lisbon.
...not missing Lisbon
...wondering why...
...not letting go
...remembering teenage drama songs
...getting tired
...looking out the window
...holding her head in her hands
...pretending to enjoy the ride
...wishing for more
...becoming a better professional due to a good example
...getting a headache
...going to bed.
and watch Wall-E.
...keeping to herself.
...babysitting grown-ups.
...letting chips fall where they may.
...afraid to grow up.
...bigger than most.
...looking for someone actually bigger than herself.
...writing again.
...working.
...listening to old Xutos e Pontapés.
...keeping warm.
...missing Lisbon.
...not missing Lisbon
...wondering why...
...not letting go
...remembering teenage drama songs
...getting tired
...looking out the window
...holding her head in her hands
...pretending to enjoy the ride
...wishing for more
...becoming a better professional due to a good example
...getting a headache
...going to bed.
and watch Wall-E.
Tenho saudades de Lisboa.
Tenho saudades da Lisboa dos postais ilustrados. Do romantismo iludido de um cidade cheia de gente passageira, turista, visitante, a caminho de algures, em busca de algo, à conquista de alguma coisa, mas que jamais permanecerá realmente. Tenho saudades de ser uma entre a multidão cheia de sonhos às voltas numa cidade feita de ilusões. Sinto falta do desafio, do desconhecido, da descoberta permanente, dos pequenos confortos depois da dificuldade. Lisboa é uma cidade que não se deixa ter, resiste à conquista, encanta e afasta. Por isso, está velha.
Apetece-me visitá-la como se fosse uma avó ou uma tia cheia de histórias.
Tenho saudades de me poder vir embora e de não pertencer aonde ninguém realmente pertence. Era mais uma. Só mais uma, mas do tamanho do meu mundo.
Apetece-me visitá-la como se fosse uma avó ou uma tia cheia de histórias.
Tenho saudades de me poder vir embora e de não pertencer aonde ninguém realmente pertence. Era mais uma. Só mais uma, mas do tamanho do meu mundo.