sexta-feira, agosto 31, 2007
Geralmente posto mais quando tenho menos que fazer. Foi assim que este blogue nasceu. Mas ao fim de um ano de marasmo, até os meus posts guardo para mim.
Noite não, noite não, dia quase, noite sim.
É assim o meu padrão de sono, ultimamente.
Ando inquieta justamente pelo marasmo que me rodeia.
Passo duas noites sem dormir descansadamente, um dia a cair para o lado, até chegar a noite e dormir desesperadamente.
Preciso que chegue o fim destes dias.
Ando inquieta justamente pelo marasmo que me rodeia.
Passo duas noites sem dormir descansadamente, um dia a cair para o lado, até chegar a noite e dormir desesperadamente.
Preciso que chegue o fim destes dias.
Por um canudo.
Adorava ver isto, mas ando aversa a multidões.
P.S. - Sabiam que aquela igreja redonda, ali em cima, tem quase 500 anos? E que, sendo de planta circular, é única na Peninsula Ibérica? E se vos dissesse que é dedicada a Nossa Senhora do Pilar, uma santinha espanhola, sem devoção em Portugal, já que a igreja foi construída no ínicio do domínio dos Filipes?
Se eu estivesse no Porto, era dali que ia ver os aviões.
terça-feira, agosto 28, 2007
Grau de exigência: ELEVADO.
Existe lá outra maneira de ser?
Menos que absolutamente especial, é fraco.
Menos que absolutamente especial, é fraco.
Grau de expectativa: ZERO.
Tudo o que desejo hoje é chegar à uma da tarde e ir ali à esquina comer um hamburguer. Simples e bom.
Ou nem por isso...?
Ou nem por isso...?
sexta-feira, agosto 24, 2007
Procurem THE MOSS.
É desta que ele fica famoso.
O meu amigo Hugo Moss é um músico brilhante e promissor.
Empreendedor, gravou um EP que já passou na radio e televisão. Também já tocou nas FNACs e iniciou este verão uma busking-tour para mostrar o trabalho dele e vender os CDs que editou a espensas próprias...
...até lhe terem assaltado o carro aqui em Lisboa e roubado 40 CDs originais, como este.
É um excelente EP que, se não for recuperado pela polícia, vai reverter apenas para os bolsos sebados de um grunho qualquer da Mouraria.
Vão-se os aneis, ficam os dedos, ou neste caso, vão-se os CDs, fica a música.
Caso os meus excelsos leitores lisboetas se desloquem nos próximos Sábados e Terças-feiras à Feira da Ladra, e caso encontrem estes CDs à venda, NÃO OS COMPREM. São roubados.
Ou comprem.
Mas divulguem, e depois compensem o Hugo Moss com a vossa presença nos concertos dele, que ele compensará o vosso esforço e atenção com excelentes performances e música que vale mesmo a pena escutar.
O meu amigo Hugo Moss é um músico brilhante e promissor.
Empreendedor, gravou um EP que já passou na radio e televisão. Também já tocou nas FNACs e iniciou este verão uma busking-tour para mostrar o trabalho dele e vender os CDs que editou a espensas próprias...
...até lhe terem assaltado o carro aqui em Lisboa e roubado 40 CDs originais, como este.
É um excelente EP que, se não for recuperado pela polícia, vai reverter apenas para os bolsos sebados de um grunho qualquer da Mouraria.
Vão-se os aneis, ficam os dedos, ou neste caso, vão-se os CDs, fica a música.
Caso os meus excelsos leitores lisboetas se desloquem nos próximos Sábados e Terças-feiras à Feira da Ladra, e caso encontrem estes CDs à venda, NÃO OS COMPREM. São roubados.
Ou comprem.
Mas divulguem, e depois compensem o Hugo Moss com a vossa presença nos concertos dele, que ele compensará o vosso esforço e atenção com excelentes performances e música que vale mesmo a pena escutar.
Antes do café.
(Serviço Pós-Venda, marca XPTO)
Somos mesmo especialistas em automóveis.
Diga-nos com que carro anda,
nós dizemos-lhe de que marca é.
Ok, Sílvia... descansa agora.
Somos mesmo especialistas em automóveis.
Diga-nos com que carro anda,
nós dizemos-lhe de que marca é.
Ok, Sílvia... descansa agora.
quinta-feira, agosto 23, 2007
Eu sou mais Sílvia.
No sítio onde eu trabalho, há uma outra Sílvia. Como ela chegou primeiro e o segundo nome dela é mais feio que o meu segundo nome, ela manteve o direito a ser chamada pelo primeiro nome, e eu, para evitar confusões, passei a ser chamada pelo meu segundo. Nunca tal me tinha acontecido. Logo a mim que respondo tão bem pelo meu nome.
Mas, pronto, tá bem, seja. Pelo melhor funcionamento e o evitar de confusões.
Achei que eventualmente me habituaria.
Mas não me habituei.
E neste momento, já me faz "espéce".
Claro que, por vezes, sabe bem fazer orelhas moucas quando chamam por "Sílvia". Ali, não é para mim, não tenho nada a ver, não sou eu que vou à pedra, fico descansada no meu canto... Mas chateia-me. Porque reajo sempre e afinal não é para mim. É sempre falso alarme, o que me dá vontade de soltar os lobos. Incomoda-me mesmo. Sinto-me desconsiderada, diminuída, uma Sílvia de segunda classe, e isso não pode mesmo ser.
Aprendi que não voltarei a prescindir de algo tão basilar como o próprio nome próprio (daí ser próprio, duh!).
Também não gosto de alcunhas, e pelo segundo nome, ou pela combinação dos dois nomes próprios, só mesmo a minha mãe me pode chamar.
Mas, pronto, tá bem, seja. Pelo melhor funcionamento e o evitar de confusões.
Achei que eventualmente me habituaria.
Mas não me habituei.
E neste momento, já me faz "espéce".
Claro que, por vezes, sabe bem fazer orelhas moucas quando chamam por "Sílvia". Ali, não é para mim, não tenho nada a ver, não sou eu que vou à pedra, fico descansada no meu canto... Mas chateia-me. Porque reajo sempre e afinal não é para mim. É sempre falso alarme, o que me dá vontade de soltar os lobos. Incomoda-me mesmo. Sinto-me desconsiderada, diminuída, uma Sílvia de segunda classe, e isso não pode mesmo ser.
Aprendi que não voltarei a prescindir de algo tão basilar como o próprio nome próprio (daí ser próprio, duh!).
Também não gosto de alcunhas, e pelo segundo nome, ou pela combinação dos dois nomes próprios, só mesmo a minha mãe me pode chamar.
terça-feira, agosto 21, 2007
sexta-feira, agosto 17, 2007
Eu vou andando, então, sim?
Agosto tem sido um mês interminável. Até porque começou no dia 13 de Julho, uma sexta feira, curiosamente, quando regressei a Lisboa, depois das férias. Desde aí, tem sido um mês estúpido, longo demais e que vai prolongar-se até Setembro.
Estou farta. Aconselho quem me estiver a ler neste momento para avançar de blog, aproveitar para ir fazer um xixi, telefonar à mãezinha, ir fazer madeixas ou conferir o mapa de amortizações de uma grande multinacional. Eis quão interessante prometo ser nas linhas que se seguem.
Há muito que não me sinto eu mesma. Tudo o que digo ou faço está errado, falha o objectivo, ou quase acerta na mouche, não fosse o alvo estar de costas. Talvez seja por falha alheia, talvez seja por culpa de outrém. Mas eu estou sempre errada, pelo menos, na maior parte dos dias, de segunda a sexta, e durante a maior parte do dia, entre as 10 e as 7, com intervalo de acerto para o almoço. Não sirvo para nada. Nota-se.
Sinto a ervilha adormecida, ou adormeceu enquanto fazia greve. Talvez tenha desistido de tanta desadequação, de tanta realidade alternativa, de tanta insistência em olhar pela janela da caixinha. A minha ervilha is no more. A minha ervilha só funciona desde que em diferentes coordenadas geográficas ou depois das sete em dias (in)úteis e aos fins de semana e feriados, especialmente se passados no Porto.
Feito o diagnóstico, não estou bem neste reino da Dinamarca e preciso mudar-me.
Note bem: preciso de mudar-me, não de mudar.
Estou farta. Aconselho quem me estiver a ler neste momento para avançar de blog, aproveitar para ir fazer um xixi, telefonar à mãezinha, ir fazer madeixas ou conferir o mapa de amortizações de uma grande multinacional. Eis quão interessante prometo ser nas linhas que se seguem.
Há muito que não me sinto eu mesma. Tudo o que digo ou faço está errado, falha o objectivo, ou quase acerta na mouche, não fosse o alvo estar de costas. Talvez seja por falha alheia, talvez seja por culpa de outrém. Mas eu estou sempre errada, pelo menos, na maior parte dos dias, de segunda a sexta, e durante a maior parte do dia, entre as 10 e as 7, com intervalo de acerto para o almoço. Não sirvo para nada. Nota-se.
Sinto a ervilha adormecida, ou adormeceu enquanto fazia greve. Talvez tenha desistido de tanta desadequação, de tanta realidade alternativa, de tanta insistência em olhar pela janela da caixinha. A minha ervilha is no more. A minha ervilha só funciona desde que em diferentes coordenadas geográficas ou depois das sete em dias (in)úteis e aos fins de semana e feriados, especialmente se passados no Porto.
Feito o diagnóstico, não estou bem neste reino da Dinamarca e preciso mudar-me.
Note bem: preciso de mudar-me, não de mudar.
Falta uma hora...
Vou escrever este texto quando devia escrever um outro.Um sobre o nosso respeito pela natureza e por tudo que ela nos proporciona, noemadamente dividentos, dinheiros, lucros e extratos de plantas mil que engarrafamos e vendemos como remédio que não o é, alimento que não basta, pózinho mágico se nele acreditarmos. Nenhum cliente aceitaria que me referisse nestes termos ao seu produto. Lamento, mas preciso de o fazer, para que, a seguir, possa interpretar a mais bela sinfonia de teclas que alguma vez a sua marca inspirou:
...
...err...
...hmmm...
...ratatata...clic, clac, clac, clic, clac...
...hmm... nada.
Vou-me embora. Vou para casa preocupar-me com isto. Aproveito que a ervilha só reactiva depois das sete, distraio-a e, truclas! Há-de discorrer... (quem é que eu estou a tentar enganar??)
...
...err...
...hmmm...
...ratatata...clic, clac, clac, clic, clac...
...hmm... nada.
Vou-me embora. Vou para casa preocupar-me com isto. Aproveito que a ervilha só reactiva depois das sete, distraio-a e, truclas! Há-de discorrer... (quem é que eu estou a tentar enganar??)
quinta-feira, agosto 16, 2007
A purga. (mais uma)
Eu não ia publicar isto, juro que não ia, para não me dizerem depois coisas do género: "ah e tal e não tinhas backup?"; ou então, "E seguro?"; e na versão distraída, "Mas porque é que fizeste isso?"; ou, finalmente, a frase que já acho que irá comigo, não para o túmulo, mas para a pedra tumular e que será: "SÍLVIA, SÓ TU!!".
À falta de melhor assunto publicável, cá vai disto.
Uma destas noites tive uma insónia.
Não conseguia dormir, estava cansada demais para ler, irrequieta demais para ver filmes, chateada demais para aguentar conversas da treta nos messengers e coisos afins, até porque nem um coiso a fim havia por perto. Assim sendo, estava entregue às horas.
Decidi que ia ser organizada e por-me a apagar o muito lixo que vou acumulando na maçã e livrar-me dos ficheiros que deixo sempre para apagar mais tarde, assim, como naquela noite, lá pelas quatro da manhã...
Vai daí, toca a mandar para o Trash fotos de gente que nem conheço, piadinhas alheias, .ppts delico-trágicos, escritos abortados. Tralhas, portanto. Tudo o que estava a mais na pasta "As Minhas Coisas" foi para o Trash.
Mas, entre um esfregar de olhos e um bocejo entediado, fugiu-se-me o dedo e apaguei "As Minhas Coisas".
E depois fugiu o resto da mão e mandei Empty o Trash.
E depois, quando quis continuar a apagar coisas velhas em "As Minhas Coisas", já não havia "As Minhas Coisas" de onde apagar.
F@%#-#&.
Já me começo a habituar a perder coisas.
(Só posso, né?)
E depois sobreveio a paz de espírito. E eu espantei-me.
Foi uma purga.
Se calhar, não precisava mesmo daqueles bits e bytes que lá tinha esquecidos. Se calhar, só preciso de alguns. Se calhar, havia muito pouco que interessasse. Se calhar, nada interessa, realmente.
Agora, para quem se prepara para me sugerir o backup: Não, não fiz, mas um dia faço. Enquanto isso, valham-me os amigos que me cederam programas de undelete que já recuperaram os ficheiros que eram mesmo fundamentais, como o portfólio, por exemplo.
Tudo o resto, eram bits e vaipes.
À falta de melhor assunto publicável, cá vai disto.
Uma destas noites tive uma insónia.
Não conseguia dormir, estava cansada demais para ler, irrequieta demais para ver filmes, chateada demais para aguentar conversas da treta nos messengers e coisos afins, até porque nem um coiso a fim havia por perto. Assim sendo, estava entregue às horas.
Decidi que ia ser organizada e por-me a apagar o muito lixo que vou acumulando na maçã e livrar-me dos ficheiros que deixo sempre para apagar mais tarde, assim, como naquela noite, lá pelas quatro da manhã...
Vai daí, toca a mandar para o Trash fotos de gente que nem conheço, piadinhas alheias, .ppts delico-trágicos, escritos abortados. Tralhas, portanto. Tudo o que estava a mais na pasta "As Minhas Coisas" foi para o Trash.
Mas, entre um esfregar de olhos e um bocejo entediado, fugiu-se-me o dedo e apaguei "As Minhas Coisas".
E depois fugiu o resto da mão e mandei Empty o Trash.
E depois, quando quis continuar a apagar coisas velhas em "As Minhas Coisas", já não havia "As Minhas Coisas" de onde apagar.
F@%#-#&.
Já me começo a habituar a perder coisas.
(Só posso, né?)
E depois sobreveio a paz de espírito. E eu espantei-me.
Foi uma purga.
Se calhar, não precisava mesmo daqueles bits e bytes que lá tinha esquecidos. Se calhar, só preciso de alguns. Se calhar, havia muito pouco que interessasse. Se calhar, nada interessa, realmente.
Agora, para quem se prepara para me sugerir o backup: Não, não fiz, mas um dia faço. Enquanto isso, valham-me os amigos que me cederam programas de undelete que já recuperaram os ficheiros que eram mesmo fundamentais, como o portfólio, por exemplo.
Tudo o resto, eram bits e vaipes.
terça-feira, agosto 14, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
Sonho de uma semana de Verão.
Só tenho a dizer que é bom estar em casa rodeada da minha tribo. É bom re-encontrar pessoas que falam a minha língua, me entendem o raciocínio, e para quem aquilo que digo faz naturalmente sentido.
É bom.
Para mim, é férias.
É bom.
Para mim, é férias.
quinta-feira, agosto 02, 2007
Barking up the wrong tree.
Às vezes, fico espantada com a minha própria capacidade para levar certas coisas (leia-se desaforos, desconsiderações e provocações não declaradas) com a maior das descontracções. É que já passei uma ou duas vezes por situações semelhantes. Conheço-lhes o desfecho e os efeitos colaterais. Já sei o que vale a pena valorizar e aquilo que, apesar de desprezível, é desprezável. Sei o que quero obter para mim e não me interessa mesmo nada aquilo que não me compete e não controlo. Também sei que a minha descontracção é a resposta mais eficiente (leia-se irritante) ao tipo de atitudes supracitadas.