quinta-feira, agosto 31, 2006

* dixit, S. escrit it (parte II)

(CONTINUED FROM THE POST BEFORE LAST...)

'K'
é de "Superhomem", ok, não parece, mas é. O nome dele é Clark Kent. Lá está! (isto não há nada que não se explique). Coerência, minha gente, ou devo dizer koerência, é o que o homem mais forte que um comboio desgovernado, mais rápido que uma bala acelerada, e que não é um pássaro e nem mesmo um avião, nos demonstra ao usar uma capinha (Kapinha) sobre os ombros.
'L' é de "Loira" e de lambidelas e de tudo o mais que envolve língua e mais não me alongo porque a mamã às vezes lê o meu blog.
'M' e com mais duas letrinhas apenas se escreve a palavra "mãe". Foi um momento do mais meloso que há e porque era mesmo previsível. Para emendar a mão, ou dá-la à palmatória, só mesmo evocando o "Mestre" (ele é que encomendou isto).
'N' é de Nuno. No meu telemóvel, há uns cinco homónimos inscritos. Depois também temos os Andrés e os Joões. São 'n'.
'O' é de "onomatopeia" como, por exemplo, "oh", "oh-oh", "olarilas", "oí-óai" e "ó-és-tão-linda".
'P' é Porto, Portugal, Puáááááárto e Patrícia. Também é de pé, pata e galinha, ou não é, mas é pena.
'Q' é de "quando é que isto acaba? Ainda bem que não é o alfabeto chinês que, com certeza, não se chamará alfabeto porque não tem origem grega e não tem alfa nem beta nem to".
'R' é de "Ruben", que foi a minha primeira paixão na pré-primária e cujo nome era sempre chamado antes do meu. Belas recordações do Ruben tenho eu... :)
'S' é de... passo. É que não me ocorre mesmo nada...
'T' é de "trenga". Quem não sabe o que é isto, não sabe tudo.
'U' é a letrinha que mais aparece nos meus nomes de homem preferidos: Nuno, Bruno, Ruben, Rui e Hugo. (perdoem-me os os Luíses e os Paulos, mas ficam para outra encarnação, ok?)
'V' é de baca e de voi. É basicamente a letra que nunca debia ter existido. Dantes lia-se 'U', mesmo com o ângulo agudo no fundo. Depois a coisa arredondou e deu um bira-cú na fonética. É perfeitamente ignorada de S. João da Madeira para cima, inclusibé na Galiza e no resto da península onde se pronuncia sempre 'B', seja V ou baca.
'W' é de "vvingança".
'Y' é de "ya", e é giro e dá sempre um ar internacional e moderno a qualquer língua e tal, excepto à da cobra que, essa, é de fugir.
'X' é de "era ki msm k ixtu acabv n ovexe ind u 'Z' p xatiar.", (leia-se, X marca o fim da Língua Portuguesa como a nossa professora de Português nos ensinou.)
'Z' é de "Zás trás catrapás, zá tás!"

Demora, mas vai.


Graças aos incêndios, demorou cerca de cinco horas a vir do Porto para Lisboa. Mas como é que eles sabiam ao que eu vinha...?

* dixit, S. escrit it. (parte I)

'A' é de... "Atirei o pau ao gato", ou aquilo que me vem à cabeça quando não sei o que dizer ou pensar.
'B' é de "barraca", coisa que armo repetidas vezes, também conhecida por "tenda", mas esta armo menos vezes que a primeira.
'C' é de "carago", que, francamente não sei o que significa, mas é coisa do Norte e faz parte de mim e eu gosto e digo muitas vezes. Tem um sabor especial dizê-la aqui em Lisboa.
'D' é de "dicionário", aquele livrinho que eu sou preguiçosa demais para consultar e descobrir o significado de "carago". Provavelmente não tem, apesar de já ter "Duh" que também começa com 'D'.
'E' é de "eu". Essa é que é essa.
'F' é de "flor". Não, não é Floribella, apesar de andar apanhar com ela nos intervalos dos "Morangos" (passei um mês longe meu mac, tá?!)
'A' é de Apple, lembrei-me agora. A minha paixão, loucura e religião digital, e também é de "amor", claro, pelo meu mac. (ninguém disse que eu não podia alterar a ordem das letras ou voltar atrás.)
'F' é repetido, mas é de "fome". Venho já. Vou filar um farnel...
'G' é de "gula", de "gorda", de "gourmand", e de "got milk?" pra tomar com as bolachinhas de manteiga que me estão a saber que nem "Ginjas"?
'H' é de "Há lá letrinha mais fascinante que esta? Ou ninguém dá por ela, ou dá um nó na língua que os estrangeiros vêem-se gregos para pronunciar. NNHHEE. LLHHEE... BAHH!!. Ehehehe!! Em inglês, às vezes aspira-se: "Hair" (do chão do cabeleireiro); e outras vezes não: "Heir" (apesar de haver dinheiro para pagar "hired help"). Adoro o "Agá"(santinho!). HA-DO-RO!! Bem haja o Agá! (santinho!)
"I" é de "idiota". Com bolinha é ainda mais lindo.
"J" é de... "Já ia dormir e continuava isto amanhã, não?". Justamente. (Também gosto muito desta letra porque também tem bolinha). Imagino o 'J' e o 'G' sempre à bulha um com o outro por causa de escrever "Je/Ge". O 'J' é macho e o 'G' é fêmea. O 'J' convidou a 'G' para beber uma ginjinha e ficou tudo bem.

(TO BE CONTINUED)

quarta-feira, agosto 23, 2006

Venha-a-mim.

Porque já se acabou o eu-ir-aos-outros.
Sim, eu porque também não tenho saldo no telemóvel, e não tenho carro, e não tenho dinheiro e não tenho tempo e também já se me curou a madreteresadecalcutisse...
Agora venha-só-quem-quiser.

segunda-feira, agosto 21, 2006

O melhor dos dois mundos.

Para aqueles que comentaram o post anterior, aqui vai o que se me oferece dizer:

O Porto é uma cidade boa para se viver. Lisboa é uma cidade boa para estar vivo.

sábado, agosto 19, 2006

Tens razão.

Entretanto, tento.

Num esforço importante para tornar Lisboa um bocadinho mais minha, tenho passado os dois últimos dias a passear. Na Quinta, fui às compras e depois ao cinema. Na Sexta, passei o dia no Jardim Zoológico e depois fui ao cinema. Em ambos dias, regressei a pé para casa, perdendo-me por ruas desconhecidas ou mal reconhecidas, seguindo noções sempre ténues de que "é por ali... acho". Apercebi-me que já não suporto muito bem o sítio onde moro. Está menos assustador, mas está mais sujo. Aliás, Lisboa toda é mais suja. A calçada portuguesa revela mais do que se possa pensar.

Hoje, que é Sábado, quero ir para casa. Quero ir para o Porto. Tenho saudades da minha mãe, dos meus avós, da Loira e do André (por esta ordem mesmo, animal.)
Lisboa não é o melhor sítio para viver. Só para quem nasceu cá, e não conhece diferente, é que Lisboa é... o que o Porto é para mim. Espero pelos dias em que me sentirei em casa aqui. Eles hão-de existir, eu sei, basta deixar as coisas acontecer. Entretanto, tento.

Gostei do Jardim Zoológico. Fez-me lembrar o Palácio de Cristal no tempo em que tinha restaurantes e até animais (agora está muito mais civilizado). Gostei do espectáculo dos golfinhos. O carinho entre os animais e os treinadores fez-me lembrar a minha fabulosa, dedicada e agora saudosa cadela Loira.
Também gosto sempre de ir ao cinema, de preferência à sessão das cinco e meia ou das sete, quando está menos gente. Faz-me lembrar os cinemas do Maiashopping, que estão quase sempre vazios.

Lisboa faz-me lembrar das saudades que sinto do Porto. Acho que estou a falhar no objectivo de me apropriar afectivamente desta cidade. Faltam-me 30 anos de background, de episódios e de recordações. Lisboa continua muito confusa e eu continuo demasiado preguiçosa e desorganizada para a estudar no mapa.
Vou ao Bairro e é giro e tal e tenho amigos novos e tal, mas não partilho com eles aquelas paredes, aquelas soleiras das portas e as centenas de copos entornados ao longo dos anos. Só por isso o meu discurso fica coartado. Calo-me e sorrio, bebo e rio e depois só digo disparates. No final da noite, volto para uma casa que não é só minha, aliás, nem minha é, para um quarto que divido com alguns dos meus objectos pessoais, entre quatro paredes de papel. O meu mundo continua trancado dentro de mim à espera de um espaço onde se possa revelar.

Devo ficar em Lisboa a trabalhar.
Isso faz-me pensar em comprar uma casa, finalmente. Mas não sei onde. Ou sei: Matosinhos. Mas Matosinhos não fica em Lisboa. Mas eu também ainda não conheço Lisboa. Tenho de me perder mais vezes até começar a encontrar-me. Aí sim, já poderei falar, ou escrever. Ou comprar uma casa.

The Hunt.


Estou à espera de uma chamada telefónica. Entretanto, recebo outras não solicitadas. Descobri que há agências que são como os homens. A gente deseja-as, elas ignoram-nos. A gente dá-lhes para trás, elas vêm atrás de nós. Deve ser porque são geridas por homens.

Etiquetada, pois então.

Quando fores etiquetado tens que escrever seis informações aleatórias sobre ti. Depois escolhes seis pessoas para etiquetar e lista os seus nomes.
A bere...

1. Sou viciada no blog e na minha maçã. Também gosto da minha cadela Loira e sou fascinada por tartarugas.

2. O meu armário da roupa é um caos. Aliás, o quarto todo o é.

3. Em Lisboa, visto saias e vestidos. No Porto, ando sempre de calças de ganga.

4. Adoro conduzir, mas a autoestrada entedia-me. Tenho o pé pesado e gosto.

5. Sou um Ás das "raquetes de praia". Muito boa mesmo.

6. Não gosto de peluches com aspecto realista.

Agora que a Mariazinha está etiquetada, a ver quem sobra...
Colo etiqueta em: Estupidamente Feliz, Asterisko, Nelsinho, Athus, Carlos Moura, Rosmaninha.... ahhh e mais quem quiser.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Férias faz bem.

Olhem bem para a hora deste post. São oito da manhã. OITO!! Em toda a história deste blog, nunca houve um post escrito tão cedo, excepto aqueles escritos de madrugada, em consequência de uma directa ou de insónia. É inédito.
Ah pois é, amigos. Fériazinhas de duas semanas duas (menos não resulta) na Costa Alentejana onde animação nocturna só mesmo na natureza (sim, podem dar largas à imaginação), reguladas pelas horas do sol dá nisto. Estou prontinha para começar a laborar (aaargh...pff, pfff... Cof! cof!...ai....) de tão matutina que estou! Ontem, pelas onze da noite, eu já caía de sono e hoje, pelas sete e meia da manhã, já aqui estou toda arrebitada (ok, nem tanto). Só me falta começar a chilrear também...

quinta-feira, agosto 17, 2006

De volta à vidinha de Lisboa...

Lisboa parece ter voltado a ser uma cidade estranha para mim. Já cá não parava há uns dois meses.
Ontem voltei a perder-me entre a 2ª Circular, a CRIL e a A5, confundi tudo e fui dar quase a Cascais, quando o objectivo era mesmo só o IKEA. Liguei a todos os lisboetas que conheço e todos (áqueles que liguei, cheguei até ao D) tinham os telefones desligados ou não atendiam. Conheço mais gente de fora do que indígenas cá do burgo. Assim como assim, tá tudo de férias e por isso não interessa nada.
Hoje voltei à vidinha lisboeta: Sobe colina, come mal, muda carro de sítio, desce colina, passeia na baixa, faz compras, apanha o metro, vai ao cinema, regressa a pé, apanha fumos de escape e as ruas cheias de m... cócó.

Preciso de uma nova aventura. Fora daqui, de preferência.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Viajar sozinha.


Cada vez gosto mais.
Quem me conhece, sabe que sou gregária. Que gosto de estar rodeada de gente. Mas quem me conhece ainda melhor, sabe que gosto muito de estar sozinha. Que adoro e defendo a minha auto-determinação. Que gosto de mudar de planos, ou que nunca os tenho realmente, ou apenas faço esquiços. A experiência já se encarregou de me provar, repetidamente, que planos feitos a cinzel tendem a esboroar-se.
Digamos que tenho vontades. Vontade de ir ali e acolá. Gosto que me acompanhem.
Geralmente acompanho quem me convida até ao fim do mundo, se a minha presença for necessária, desejada e se eu vir nisso uma experiência positiva.
Não gosto mesmo nada de acomodar preguiças, más-vontades e taus alheios. Por isso, gosto de estar sozinha quando a ideia é ir ao sabor do vento.
Nestes dias, tive momentos de doce-fazer-nenhum. Tive momentos de esperar que me viesse a vontade de fazer alguma coisa, até mesmo a de levantar o traseiro da praia. Também tive momentos de lavar a roupa toda no tanque. Tive momentos de mudar a decoração da tenda, e muuuuuitos momentos para dormir. Passei a ter momentos allbran que davam para acertar o relógio. Tive momentos de lavar o carro à esponja (e conferir-lhe assim um aspecto sujinho, mas intencional) e depois para testar o resultado, seguiram-se os momentos de pegar no carro e seguir as intermináveis estradas alentejanas até ao cucuruto dos montes e escarpas e de me sentar a centímetros (a centímetros) de onde as gaivotas cagam sentadas (sim, ali no alto onde até as caganitas têm vertigens).
Tive vontade de ler, finalmente. Não tive vontade nenhuma de escrever. Escrevi algumas das melhores SMS de sempre nestes momentos. Não tive vontade de tirar fotografias. Para além de só raramente ter pessoas comigo, não tive vontade de me fotografar a mim mesma só para mostrar onde estive, e preferi gravar as paisagens e sensações associadas numa imagem mental que só para mim fará sentido.
Continuo a sentir que a melhor parte da viagem não é o estar, é o ir.
Gosto de ter pessoas à volta e de conviver com elas. Mas é quando volto a poder acelerar em direcção ao meu próprio destino, conferir as placas no mapa, ou simplesmente seguir as que me cativam, é que me sinto bem.
Ganhei respeito e admiração pelas gentes alentejanas e recordei o quão bonito e espectacular é este nosso Portugal.
Ah! E enjoei do pão alentejano... :P

Hoje.


E assim se dá a resposta à pergunta que tantos me repetiram: "Quando é que voltas?"
Pois, foi hoje.
Estou quase deprimidíssima, a chocar um caso grave de post-holiday blues até porque não eram suposto serem holidays, mas tão somente um pequeno get away.
I got away alright... por uns quatro dias (sudoeste) mais nove (alentejo/algarve). Fugi a tudo, sobretudo (e tudo e tudo e tudo), destinos a Norte.
Agora, à pergunta: Por onde é que andaste?, a resposta segue dentro de momentos..

"E por onde é que andaste?"

Andei perdida. E assim fica respondida a segunda pergunta mais formulada à minha pessoa, nos últimos dias.
Andei perdida, mas encontrei-me. Várias vezes e com várias pessoas e depois desencontrei-me e depois até evitei encontros.
Comecei por me perder a caminho da casa do Bruno - quase que me metia na A1 quando o destino era a Zambujeira - acabando por ter de ser ele a encontrar-me no aeroporto. Depois disso, andámos perdidos pelas estradas alentejanas que me conquistaram absoluta e completamente... (posso voltar para lá, posso? posso? Agora, por favor, posso? Posso ir já...?)
Depois, foram os dias do Sudoeste em que me perdi do Bruno, mas encontrei outras gentes que apareciam e desapareciam por entre nuvens de pó e ondas do mar. Também havia quem se perdesse no meio do maralhal de gente, mas essa era eu e até fazia de propósito.
Também perdi a esperança com algumas pessoas, mas isso já começo a habituar-me.
Com vontade de não me encontrar em Lisboa, mandei-me a mim mesma para o Carvalhal e lá fiquei nove dias nove, resistindo a quem me dizia para ir ter a outros sítios. Não fui - até ao nono dia - mas fiquei muito sensibilizada por quem fez centenas de quilómetros para me fazer companhia. Valeu pelo gesto, pela simpatia, pelas bolachas de chocolate, pelo cházinho de tília, pelas conversas, pelos quilómetros em que andamos perdidos e fomos ter às portas do Paraíso...

(Não, não era uma metáfora.)
Depois, finalmente, alguém me intimou a passar um dia com ele. Tenho para mim que convites sinceros, feitos com toda a boa vontade, não são para menosprezar e, muito menos, para recusar. Fui.
Levantei a tenda do Carvalhal e fiz-me à estrada. Combinámos que nos encontraríamos a meia distância entre ambos. Eu fiz 40 quilómetros, ele fez cento e tal... Foi um belíssimo dia, cheio de surpresas e coisa boas e eu até comi dois hamburgeres!!
Ele, branquinho, apanhou uma insolação (eu sou preta e ruim, nem o sol, nem as abelhas que me mordem conseguem fazer mossa), e foi para casa mais cedo. Eu apanhei a A22 até Portimão para pernoitar em casa da Fada Martinha, e reencontrar o Bruno.
Se tivessem sido férias, este teria sido um belíssimo fim de férias. Como ainda não sei se são férias ou um primeiro get away, foi bom, do ínicio ao fim.
Amanhã vou ao cinema duas vezes, se conseguir, e depois rever os desgraçados que não se conseguiram ausentar de Lisboa em Agosto.

terça-feira, agosto 01, 2006

Os ovos da omolete.


Eu tinha um pássaro na mão e vários outros a voar. Ok, ainda era pinto, ou melhor, era um ovo. Mas já estava meio choco, assim a postos de chocar e de lá sair um passarão, quiçá uma avestruz inteira...
Mas veio um PTEROSSAURO e apanhou-me.

Entretei-vos com isto.


Enquanto eu vou ali e demoro uma semana ou até mais, entretei-vos com este Sudoku, de nível diabólico (menos do que isso seria insulto prós pupilos do SSF).
Espero que este post vos renda o tempo todo que vou estar afastada da maçã. Acreditem, vai ser mais difícil para mim do que para vocês.
Se não vos apetecer fritar com o quebra-cabeças, podem sempre seguir o exemplo aqui da patroa e ir apanhar ares do campo, da praia, da autoestrada, da estrada secundária, do caminho de cabras e até do trilho que segue entre falésias, de uma praia alentejana para a seguinte.
Fui. :)