sexta-feira, outubro 29, 2004

E agora para algo verdadeiramente... importante.

A propósito da permanência do José Eduardo Miniz à frente da TVI.
Congratulo-me com essa decisão. Muito mesmo. E desejo fervorosamente que outros jornalistas de profissão, vocação e convicção lhe sigam o exemplo para bem de todos nós, da sociedade portuguesa presente e futura.
Não me agrada particularmente o modelo de informação da TVI. Mas uma televisão generalista privada que faz Informação tem necessariamente de tentar manter o difícil equilíbrio entre o comercialismo (que a sustenta financeiramente com inerentes pressões dos anunciantes - note-se que o Estado já não mete lá tostão, e mesmo que metesse...) e a liberdade de expressão e o direito à informação. Essa é a realidade e essa é uma tarefa complicada nos dias que correm.
O exercício do jornalismo acarreta uma obrigação ética de responsabilidade, de isenção, de respeito pela verdade dos factos, pela equidade, pela objectividade, pela desafectação dos interesses. Tudo isto planta um bichinho no âmago de quem exerce a profissão. É o mesmo do amor à liberdade, à justiça, aos valores que regulam a sociedade em que vivemos. É uma paixão boa que não se apaga nunca. É um objectivo cada vez mais utópico e, por isso, cada vez mais importante de ser concretizado e cuja prossecução deve ser sempre defendida.

Quando entrei na faculdade em 1992, o meu professor de Imprensa falou-me da importância, seriedade e previlégio que seria um dia sermos jornalistas. Foi nesse dia que o "bichinho" me mordeu.
Dez anos depois, voltei à mesma faculdade para concluir o curso que deixara pendurado por uma tese de licenciatura que a realidade do meio jornalistico português conseguiu frustrar. Seja como for, voltei e ouvi um dos meus professores mais respeitados fazer a seguinte afirmação:
"Esqueçam essa coisa de quererem ser jornalistas. Hoje, vocês são todos apenas e só produtores de conteúdos."
Engoli em seco. Eu sabia que ele falava a verdade. Eu já tinha provado essa verdade nos cinco anos que mediaram entre a quase conclusão do interessantíssimo CESE em Jornalismo Internacional, e esta águinha-com-açucar-com-alguns-pontos-de-interesse que era o 4º ano da Licenciatura em Comunicação Social. Não gostei de ouvir. Não porque não fosse verdade, mas porque um estudante de Jornalismo precisa de sair da faculdade acreditando que tem uma função de grande responsabilidade na sociedade, e preparado para lutar por ela.
Temi que os meus coleguinhas inexperientes confundissem o que era um aviso e uma tentativa de desencantamento quanto ao mercado de trabalho, com uma sugestão de uma saída fácil para quem concluia um curso de Comunicação. Temi que fosse demasiado cedo para eles ouvirem uma coisa dessas, porque não a conseguiriam entender. Temi pela (de)formação ética dos meus colegas futuros jornalistas-produtores-de-conteúdos. É aquilo que vem a seguir, a "tarimba", as pressões, a isenção dos OCS, ou a falta dela, que tratará de separar o trigo do joio, formando, deformando ou transformando os ossos (ou as ainda cartilagens) de quem se inicia neste nobre ofício.
Quem tem a sorte de sobreviver como jornalista (não eticamente, mas fisicamente mesmo...aqueles que conseguem comer e ter abrigo com aquilo que ganham a trabalhar 24/7 como jornalistas) tem de lutar por aquilo que acredita, aquilo em que todos os jornalistas (os bons, os verdadeiros, os conscientes) acreditam.
Ontem, José Eduardo Moniz estava demasiado emocionado para ser fluente, conciso ou objectivo. Mas a atitude que demonstrou falou por ele. Palavras não eram precisas tantas para a mensagem passar. Exemplar.
Nunca foi tão importante como agora lutar pela independência da Comunicação Social.
Senhores do 4º Poder, não vos acagaçeis. Não agora. Não nunca.
Não aprecio a Informação da TVI, mas passei a respeitá-la um bocadinho mais.

Ó minha filha!

Já mostrei as fotos à mamã. Ela gostou muito. Acha que se eu me arranjasse assim todos os dias, teria um pelotão de pretendentes atrás de mim. Claro que eu vou passar a arranjar-me assim todos os dias..logo que arranjar uma maquilhadora profissional, um director de fotografia e um artefinalista ao meu serviço, o tempo inteiro.

quinta-feira, outubro 28, 2004

A minha nova imagem.


Começo a desenvolver alergia de contacto à visão da minha imagem espalhada aqui pelos computadores da agência, nas prints para aprovação dos criativos, dos DC's e do Cliente. O artefinalista está a desenvolver uma relação perigosamente íntima com cada poro da minha cara, cada fio do meu cabelo, além de me ter apagado os dois sinais simétricos que enquadram o meu sorriso, corrigido as sobrancelhas e retirado uns 6 meses às minhas incipientes rugas. O resultado final vai-se afastando a passo de Photoshop da crua realidade da minha singela pessoa... ainda assim...huh. O pessoal ri comigo, se bem que não de mim, mas mesmo assim a piada começa a ser daquelas só servem para não chorar. E eu que sempre almejei por uma vida atrás das câmaras, pareço um rabbit caught in the headlights...Tirem-me deste filme LITERALMENTE e, por favor, não insistam numa campanha outdoor...ou acho que vou ter de apelar para o saquinho de vómito...:P

Modelo todos os dias.

Vá, vá!...Roam-se de inveja, suas magras, suas giras, de dentes de marfim que se esmifram todas para ir aos castings, e depois nada...ficam a vê-los passar...na televisão, nos "mupes", nos "autedores", a nadar na "interneta".
Vivam as mulheres reais, cheias de curvas e nenhum silicone, com metro e meio de altura e dentes desalinhados, porque essas, sim! vão conquistar o mundo da publicidade. E das novelas, dos filmes e quiçá do "óliude". A essas, o mundo pertence! A essas e a mins! Nós somos as verdadeiras estrelas. A gente todas nós! Quando a maquilhage faz milagres, pois fá-los para todas, suas pindéricas! (Eu já me acalmo...ai, as luzes, as luzes!)

Pois, e é assim, caras amigas e fiéis leitores, que num dia se é redactora, no outro modelo, e logo a seguir, redactora outra vez. E é assim que uma campanha está rejeitada, e depois não está, porque da maquete nasceu uma estrela...e depois já não sei...pois, quando o cliente vir o resultado...volta a optar pelas mulheres reais deste mundo... São um must (lê-se mãssst), do melhorio. Não há hipótese.

Ok. Agora a sério.
Para todos os amigos e colegas que acharam que dois segundos de presença, de perfil e no escuro num filme publicitário protagonizado por três machos sedutores e atraentes, me vai lançar nas luzes da ribalta, tenho apenas uma coisa a dizer: Já lançou...Mas ontem, pelas 18 horas, as luzes apagaram-se e fomos todos para casa.

Sinceramente, já viram alguém ficar famoso, ou sequer ser recordado pela sua participação num filme publicitário de 15 segundos? De 20'' que sejam? Algum dos pacotes do Minipreço subiu de prateleira, ainda que não de preço? E daqueles meninos que comem salsichas e pão sem côdea e se sujam com tulicreme, conseguem apontá-los na rua? E da outra senhora que vai para dentro dos lençóis com o homem do fato? Ein? Nada. Participar num filme destes dá tanto protagonismo como passear no shopping e ser filmado pela câmara de segurança. É tudo gente anónima e olvidável, como eu...bem...talvez não como eu, mas anda lá longe. Por isso, guardem os livrinhos de autógrafos e mantenham as cuequinhas no lugar porque os meus primeiros dois segundos de glória, foram só isso. Os primeiros.
Da próxima vez que eu participar num anúncio, sou eu quem vai emprestar a minha fama e reconhecimento ao produto. Euzinha. Sem mim, nada se vende.
Pensando bem, isso sempre foi assim.

sexta-feira, outubro 22, 2004

Posts do vazio#1: Anestesi...huuuummm.

Juro. Se fosse a loira burra do anúncio teria mais assunto a passar-me entre as orelhas do consigo ter que tenho neste momento.
Mas não, "su-presa!", é um vazio só. Só moscas a avoar de um lado para o outro. Ou nem isso. Pensando bem..se é que penso de todo, é o barulhinho do computador... hummmm..... ou será do frigorífico... hhhhuuuuuummmmmm... da televisão, do motor do meu carro, da cadela a ressonar, da betoneira das obras... mas... hummmmm... pensamentos é que não escuto nenhum (sim, porque os pensamentos escutam-se). Mas nada...
Vazio. Hummmmmm...
É um total desinteresse por todos os assuntos mundanos, um alheamento das questíunculas que animam ou desanimam a maioria dos mortais que me rodeiam, com consequente esvaziamento do sentido crítico, anestesia geral. Não se passa nada. Nada me excita, nada me incita, nada me incomoda, nada me agita. Podia ter escrito isto em verso. As estátuas em mármore sem pilinha chegam a ter mais assunto do que eu, neste momento. E pensar que sempre almejei chegar a este estado de espírito nas aulinhas de yoga, estando eu lá toda torcidinha a cantarolar "OMMM...", pois era aí que a mente fervilhava. Passava-me tudo pela cabeça, era quase tanto filme como naquelas alturas em que uma mulher tá...errr...isso agora não interessa nada..., mas a mente viaja léguas até mesmo ao supermercado mais próximo e volta com sacos de palavrinhas parvas, situações básicas, o bigode do sapateiro, a lista de compras e até trechos daquele textinho das letrinhas mínimas no rótulo do pacote de cera em grânulos que nunca comprei...Mas não,agora é...huuummmmm...o silêncio. Das luzes. Apagadas.
Eu não mereço manter um blogue. Mas como sou desobediente até a mim mesma, nada feito. Huuummmmmm....

Obrigada, meu Povo.

Obrigada, meu povo, OBRIGADA!
Obrigada, meu povo - digo isto de voz embargada e braços abertos - é para vocês que eu blogo.
Palminhas, palminhas...Obrigada.


P.S. - Só volto se a Magnólia voltar. Só volto se assinarem todos os comentários. Só volto quando o meu bom humor regressar. Só volto a pedido de várias famílias.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Filtro obstruído.

A Silvia Sem Filtro não existe. Morreu. Asfixiada. Pode ser que volte, qual fenix renascida, qual grande merda, mas será sempre uma grande mentira. Esta miúda é tudo isto e muito, muito mais. Vocês são livres de acreditar no que quiserem. Eu não acredito em mais nada. Não quero saber. Não sei se volto. Não sei se quero.
Fui. Foda-se.

Word!

quarta-feira, outubro 20, 2004

Faz de conta que estás em tua casa.

Tá ali um gajo ao fundo da sala a dizer palavrões. Eu gosto daquele gajo e até curto os palavrões. Dado o contexto, acho que até devia dizer mais.

terça-feira, outubro 19, 2004

Ainda aqui estou...

...venham buscar-me.

Sitting duck.

Desde que coloquei um contador neste site que a coisa soma visitas ao montão. Mas quem anda aí? Mostrem-se, deixem ficar prendinhas, um aranhão na porta, um papelinho na caixa. Escrevam, comentem, façam o meu trabalho por mim.
Estou farta de escrever sobre nada.
Ando sem assunto e PRECISO DE AJUDA!.
Vá, chegou a vez de quem anda por aí. Falem de mim, a favor e contra. Falem de outras coisas. Massagem-me o ego ou dêem-me porrada, mas não me ignorem. É a vossa vez. Bloguem-me.
Estou aqui, sentadinha à espera.
Shoot.

Portugal quase todos os dias.

"Se não os consegues vencer, junta-te a eles" é uma atitude podre, mas necessária, resultante de uma outra, frustrante, a de "atirar pérolas a porcos". Em terra de cegos, quem tem um olho devia vazá-lo para sofrer menos.

(um comentário que promovi a post)

segunda-feira, outubro 18, 2004

Saudades de mim.

Tenho saudades de escrever bem. Tenho saudades de aprender coisas novas todos os dias. Tenho saudades de admirar alguém. Tenho saudades de poder confiar no que me dizem. Tenho saudades de concluir "Ele tinha razão". Tenho saudades de não poder cumprir horário. Tenho saudades de vestir uma camisola. Tenho saudades da sensação de "estar lá". Tenho saudades de gostar daquilo que escrevo. Tenho saudades de mim.

Prémio: A frase mais ignorante.

"Eu é que sou a designer!"
És. Mas o assunto é o copy.

Dias assim #1

Há dias em que me apetece namorar. Hoje é um deles.

sexta-feira, outubro 15, 2004

Anticlimax.

É uma espécie de anti-climax.
De repente, já não tenho de me preocupar, já não tenho de pensar mas mil e uma estratégias de localização que me ocupavam a inteligência. De repente, sinto como se tivesse apanhado uma porrada de meia noite.
A Loira voltou.
A minha mae já chorou de contente e a Loirinha também. Chegou bem, e chegou de banhinho tomado. Alguém tomou conta dela estes dias. Conta o meu avô que ela andava sózinha na rua. Ou a trouxeram a casa (os cartazes incluiam a minha morada) ou ela conseguiu fugir. Gosto de pensar que alguém a trouxe, mas fico orgulhosa ao pensar que a Loirinha não é nada burra e que soube voltar para casa quando pôde.

Ufffff!

My Littlest Hobo.

Dou por mim a cantarolar isto... Lembram-se?

There's a voice that keeps on calling me.
Down the road. That's where I'll always be.
Oh, every stop I make, I make a new friend.
Can't stay for long. Just turn around, and I'm gone again.
Maybe tomorrow, I'll want to settle down.
Until tomorrow, I'll just keep movin' on.
So, if you want to join me for awhile,
just grab your hat, and we'll travel light. That's hobo style.
Maybe tomorrow, I'll want to settle down.
Until tomorrow, I'll just keep movin' on.
Until tomorrow, the whole world is my home."


(The Littlest Hobo. 1980's)

Dia 4.

Correcção: Os cartazes não estão a resultar. A minha mãe diz-me que confia que ela esteja em casa de alguém. Eu resisto à tentação de me revoltar por ela não ter verificado se a cadela estava dentro de casa quando ela saiu para o trabalho. A minha esperança mantém-se, mas a espera irrita-me.
Parece um sonho que acabou. Aquela era... é a melhor cadela do mundo. Já chegou ensinada, e aprendia coisas novas todos os dias. Também me ensinou a amar, a acarinhar, a tolerar e a confiar. Tudo isso ela me devolveu, e só por nunca desistir de mim, mesmo quando eu estava mal humorada. Se nunca a tivesse encontrado, hoje seria uma pessoa muito mais dura, empedrenida, revoltada e amarga. Triste.

Às vezes penso que ela foi como um anjo que me veio ajudar. Não espero que compreendam. É algo que só eu conseguiria ler na expressão doce da minha Loirinha. Agora penso que ela foi ajudar outra pessoa.
:)

quinta-feira, outubro 14, 2004

Loira desorientada.

Os cartazes estão a funcionar. Chegam notícias de que a Loira anda por Alfena, quiçá a caminho de Paredes.
Aquela cadela desorientou-se e, em vez de virar à esquerda, virou à direita. No que toca ao sentido de orientação esta cadela sai à dona.

Espera por mim, maluquinha, que eu já te vou buscar.

quarta-feira, outubro 13, 2004

Have you seen this dog?

Loira?! Loirinhaaaa...

Há mais de dois anos, em 09/06/2002, eu escrevi assim:
Há dois dias cheguei a casa à meia noite e meia. Ia a sair do carro e apareceu-me um cachorrinho muito escanzelado, empapado da chuva, com um olhar tristinho. Não resisti e fiz-lhe uma festinha. E depois outra, e depois olhei para aqueles olhinhos de mel e escutei o que ele tinha para me dizer.
"Tu és humana. Pareces pacífica. Tu podes ajudar-me. Eu não faço mal. Também sou pacífico. Ó pra mim. Puseram-me fora. Eu já tive donos, mas não sei onde estão. Posso ficar contigo? Ficas comigo? Ó pra mim que sei que não posso fazer cócó dentro da tua casa. Ó para mim a pedir com jeitinho e com as duas patinhas molhadas sobre o teu casaco de couro... ó para mim a dar-te um beijinho - já sei que não queres...Se não me enchutares vais ficar comigo. Ó para mim. Ó pra mim, que tá a chover e não quero passar outra noite ao relento..."

Eu podia ter virado as costas, mas ó pra ele. Pois. Há alturas assim em que fazemos este tipo de coisas. "Se vieres atrás de mim, mostro-te onde moro, e até pode ser que te adopte..." Ele veio atrás de mim. E veio para a minha casa. E custou-lhe subir as escadas. E eu pensei que fosse só fome e fraqueza. Depois meti o cão na banheira e descobri que tinha as tetitas inchadas. Não era cão. Era cadela.
Tiraram-lhe os bebés e abandonaram-na a seguir, pensei. Porque é cadela. Não interessa se é dócil e muito linda. É cadela e isso justifica tudo.

Ontem cheguei a casa, e a cadela....ainda não lhe dei nome....chamo-lhe de tudo... tinha tido dois cãezinhos. Um já tava morto, o outro é de pêlo dourado.
Agora tenho dois cães...num apartamento. Ai ai. Não sei que faça. E o homem do condomínio não me curte nem um bocadinho... A ver vamos. Se não, vou ter de lhes arranjar dono ou valer-me da Sociedade Protectora dos Animais.


Em 09/06/2002, apenas algumas horas mais tarde, voltei a escrever:
O cãozinho nao resistiu. A cadela foi baptizada Quiri.

Em 12/06/2002, eu escrevi assim:
Update: a cadela só se chama Quiri no registo do veterinário. Desde então já foi Loira, Sombra (porque não me larga) e presentemente chama-se Sofia. Só para que saibam. E para que não insistam em chamar-me Sofia por que não sou Sofia. Sofia é o nome da minha cadela. Estou a pensar em pôr-lhe um lenço ao pescoço...ou será que já não se usa? Ou será que só se usa nos Golden Retrievers, ou será nos Labradores. Mmm...e nas Sofias?
Em 18/06/2002, eu escrevi assim:
heeeee: ERRADO! A cadela ficou definitivamente Loira e cheira muito mal da boca. Parece o Axel Rose.

E apenas ontem, 12/10/2004, eu descrevia a minha cadelinha a um amigo, assim:

Sometimes I feel like Loira is the only one that is ALWAYS there for me, the only one I trust, the only one who's devotion I can make my life depend on, the only one who's simple love is all I want.
Loira doesn't need a leash. She just walks beside me every time. No strings attached. And that's how I treat people too. I only want them with me if they wish that themselves.



...IS THIS A REALLY STUPID TWIST OF FATE?!

Loiraaaa!

Hoje estou muito triste. Perdi a minha cadela.

Ou ela perdeu-se de mim.



Se não volta para casa é porque não pode, e nem quero pensar nas definições de "não pode".


Loirinhaaaa!

terça-feira, outubro 12, 2004

Não há censura em Portugal!

Como eu gosto de ver o Mestre Paulo Portas em acção!
Ele foi na (re)criação do PP (leia-se..Pê de Paulo Pê de Portas), ele foi no afastamento do Manuel Monteiro do CDS que ficou então apenas PP. Ele foi na apropriação da pastinha da Defesa, ele foi na manutenção da pastinha da Defesa-e-do-Mar-Também quando o governo foi todinho remodelado, ele foi ontem à noite em todos os telejornais, nos quatro canais privados ou mais ou menos.
Custa-me acreditar que o eloquente do Sr. Santana Lopes, com mais assessores do que dentes na boca, e com o ex-jornalista e ex-director de jornal, dr. Paulo Portas, ao seu lado direito, tenha conseguido transmitir tão má imagem apenas por acaso.
Eu não sei de nada, mas o que pareceu foi que:

- SL apareceu atarracado e escondido atrás da secretária. O plano era quase picado, o que o fazia parecer ainda mais enterrado na cadeira que obviamente não estava à altura do nosso (?) Primeiro. (É que isto nos GRAVADOS não se pode corrigir, não é?)
- Mal sentado, SL descaía para a direita (de quem vê), um cotovelo em cima da mesa e outro fora dela, transmitindo um desconforto e desequilíbrio constrangedores. (Seria o peso da coligação a fazer-se sentir?)
- SL remexia nos papéis, perdendo a fluência do discurso e quebrando o contacto ocular com o público. E usava óculos. Vísiveis. Que contribuiam para a quebra do olhar.(Ninguém tem por aí um teleponto? Com letras grandes?)
- Só havia uma câmara. Plano fixo quase sempre. Muito chato...ZZZZZZZ (Não se pode aumentar salários, descer o IRS e pagar a mais que um câmara ao mesmo tempo!)
- O homem falava depressa demais, estava nervoso, como que consciente de que não conseguiria encaixar tantos caracteres em tão pouco (?) tempo de antena (?). (Mas não há um assessorzinho que seja que edite texto? Não? E um par de tesouras, também não? Ah, claro! Não há censura em Portugal!)
- Todo este sofrimento se estendeu por demasiado tempo, num discurso monocórdico, quase interminável e sem pontos de tensão.
- Não acrescentou nada de novo, não referiu dados concretos, não transmitiu conhecimento de causa, e apropriou-se de feitos de executivos anteriores...mas deixemos isso para a oposição.
- E tudo isto durante o telejornal? Ou QUATRO??? Para que ninguém perdesse este triste espectáculo...Hmm.
- Gravado, para que nenhuma das falhas...falhasse. Hmm. Hmm.

Será que Paulo Portas não manda mesmo nada no Executivo, furtando-se a contribuir com o profundo conhecimento que todos sabemos que possui sobre técnicas de Comunicação? Em tantos assessores, será que nenhum dos ditos se dedica à gestão da imagem do Governo? Ou dedica mesmo muito? E nesses todos, será que não existe alguém capaz de construir um discurso eficazmente curto, conciso e contundente qb? E fora do governo também não? E um que queira?
Depois de um escândalo como o de Marcelo Rebelo de Sousa, miseravelmente conduzido pelo governo e magistralmente aproveitado pelo Professor, o melhor que o Governo consegue é...isto?

A este nível não existem azares, nem coincidências, nem falta de jeito para comunicar. Alguém anda a brincar com os destinos dos portugueses, apenas para saciar a própria sede de poder. Só em Portugal...
Mas eu não sei de nada. Foi só o que me pareceu.

segunda-feira, outubro 11, 2004

Massagem, anyone?

Hoje dói-me o corpo todo. O meu fim de semana foi uma sucessão de oscilações entre a total imobilidade e a frenética actividade física. Sou uma mocita de extremos. E agora estou extremamente necessitada de uma massagem. Is there a masseur in the house?

sexta-feira, outubro 08, 2004

Gente de longe.

Gente de longe fascina-me. E não é só por serem de terra estranha, mas porque conhecer gente de terras diferentes implica sempre uma abertura de espírito, um começar do zero com a vontade de estabelecer terreno comum, uma procura de pontos de contacto que , imperetrivelmente, sempre me ensina alguma coisa.
Gosto de gente que está longe, que vê coisas diferentes daquelas que eu vejo todos os dias, que usa palavras diferentes, que entende de forma diferente. Não há gavetas pré-definidas. Está tudo por aprender, e isso significa que há muito espaço, muita tolerância e muito maior liberdade.

A diferença que uma pessoa faz.

Ontem estava eu práqui, absolutamente naufragada em falta de motivação para escrever um textozinho que até tinha o seu quê de interessante...e nada. Arrastava os pés, ou melhor, os dedos e não acertava com a ordem correcta em que deveriam cair nas teclas. No messenger...um monte de gente mas, na verdade, ninguém. No email, nada de bolinha vermelha (o Apple Mail software presenteia-nos com uma promissora bolinha vermelha com o nº de emails recebidos), nas contas de hotmail, muito pouco ou apenas alguns horóscopos furados. Aqui no gabinete, metade está de férias. Na agência, anda um trata da sua vidinha. E eu aqui, morcona...pasmo. Achei que tinha de apanhar ar, ver o sol, absorver alguma energia do cosmos. Fui ao supermercado e comprei um monte de lixo para comer. E comi. Mas nem por isso a vontade se acendeu. Comi chocolate, abusei do café, e até bolo ataquei, justificando este pecado com o treino ao final do dia que me absolveria das calorias ingeridas. Mas nada resultava. Até que o Dan apareceu no messenger. Fresco, divertido, australiano e ainda a viajar pelo mundo, começou a falar comigo e a arrancar-me sorrisos a cada frase. A conversa era totalmente irrelevante sobre tatuagens, piercings, diferenças de altura e chapéus de mexicano. O rapaz estava em Praga, vindo da Noruega, e antes disso, sabe-se lá de onde, estando de partida para os States na próxima semana. Foi uma injecção de energia positiva como nenhum chocolate consegue. Acordei, espevitei e dez minutos depois de começar a conversar com ele, já o meu texto descorria sem problemas e no melhor do meu inglês. Muito bom. Grande diferença. Thanks, Dan.

quinta-feira, outubro 07, 2004

Blaaaahhhh

Ajudem-me. Nem escrever este post me apetece. nem corrighir os erros. nem fazer maísculas. Tou lenta e entediada.
Existe algo pior do que uma procratinadora em ultimo grau assolada por um ataque de tédio?
Existe.
Uma procrastinadora em ultimo grau assolada por um ataque de tédio ao som de Norah Jones.
aaaaahhhhhhhh.

Complicadamente simples.

- GOSH! YOU ARE SO BLOODY COMPLICATED!!...
- Are you simple?
- Hmm...no.

"I shall say this only once..."

I think in English most of the time, so why shouldn't I write in Portuguese?

Silvia com Filtro.

Começo por fazer aos outros o que gostaria que me fizéssem a mim. Quando esta abordagem falha, passo a fazer aos outros o que me fazem a mim, mas isto é pequeno e redutor. Nunca invisto grande energia neste recurso. Logo, logo perco o interesse. E o filtro fica mais apertado.

quarta-feira, outubro 06, 2004

1974, Geração Trintage #8

Um dia destes, depois de um arrufo com a minha avó, o meu avô virou-se para mim e desabafou:
"Se eu fosse 20 anos mais novo, arrumava as minhas coisas e deixava-a ficar!". O meu avô tem 82 anos. Ele ainda é rapaz novo.

Falta um mês para o grande 3(três) 0(zero).
Não sei o que pensar. Penso no meu avô que, com 82 anos, ainda é rapaz novo.

Humores.

Há gente cujo sentido de humor me ofende. Se calhar, porque não tem piadinha nenhuma.

O sexo complicado.

Antes eram o sexo forte. Depois provou-se que afinal não passam do sexo fraco. E hoje em dia, os homens são definitivamente o sexo complicado.