Eu sou a favor de o Estado Português ter uma Central de Comunicação. Desde que não durante a vigência deste Governo.
Tenho a absoluta convicção de que a imagem do Estado Português beneficiaria absolutamente com a criação de uma máquina de comunicação capaz de produzir, organizar e divulgar aos cidadãos toda a informação que estes necessitam para usufruir de todos os seus direitos, conhecer os seus deveres, e interagir com os diversos organismos publicos da forma mais eficiente e bem informada. Basta visitar uma repartição pública, uma qualquer, na capital ou na província, um hospital, uma escola ou uma universidade para constatar que a Comunicação em todos estes locais é feita de forma pontual, amadora, expontânea e falível, dada a absoluta falta de linhas condutoras emanadas superiomente pelo respectivo ministério.
Quando a Comunicação é clara, o entedimento é pleno, e quando é assim a imagem institucional é percepcionada positivamente e a interação entre cidadão e o Estado é facilitada. Isso ainda não acontece neste País.
Idealmente, o Estado é uma pessoa de Bem composta por todas as instituições e organismos públicos cuja actividade se dedica exclusivamente ao serviço aos cidadãos ( a definição pode não ser perfeita, mas dá para entender onde quero chegar).
Idealmente, a informação e linha de Comunicação estabelecidas pelo Estado devem ser isentas, claras e idóneas, dirigidas aos cidadãos, com lisura e observação absoluta do Direito e constitucionalidade que regulam a sociedade portuguesa.
À Comunicação Social, o Quarto Poder, cabe o papel regulador, que sempre lhe coube,de questionar, investigar e denunciar situações de incumprimento, abusos e falhas do sistema. Da actividade isenta da Comunicação Social, cujo agente principal é o jornalista, obrigado e respeitador da ética e deontologia profissional, resulta uma importante contribuição para a correção dos eventuais desiquilibrios da acção Pública.
O Estado, enquanto Pessoa de Bem, necessita, respeita, incentiva e defende o papel regulador da Comunicação Social.
O Estado, enquanto Pessoa de Bem, ao criar uma Central de Comunicação, colocá-la-ia, como a todos os organismos públicos que o compõem, ao serviço dos cidadãos.
Mas, no contexto actual, o Estado, que é uma Pessoa de Bem, não é definitivamente, o Governo que gere os seus destinos.
Num momento de crise motivada pela ingerência desastrada do actual governo no livre funcionamento da Comunicação Social, este governo anuncia a intenção de criar uma Central de Comunicação do Estado. (Erro sobre erro, de facto precisam de alguém que saiba alguma coisa sobre Comunicação e marketing político! Arre!)
Perdoem-me se estiver errada, mas a imagem que projecta é de que, a ser criada mais este organismo públcio, seria exclusivamnete para servir os interesses das pessoas dos governantes e para dar emprego aos assessores que vem contratando e não a totalidade das instituições que compõem o estado e que servem os Portugueses.
O Sr. Presidente da República vetou a Central de Comunicação proposta pelo
Governo, e ainda bem, mas deveria ter vetado a formação deste Governo que os Portugueses não elegeram. Porque os Amigos de Santana podem ser "bem" mas não demonstram ser Pessoas de Bem. Eleições para quando? Este país precisa de começar de novo.
Pronto. Andava há dias com este post entalado. Bem ou mal, é como vejo este triste Estado de coisas...Humpf!