domingo, fevereiro 27, 2005

A minha cidade de volta.

O melhor de passar um fim de semana longe pode ser a simples recompensa de regressar. O Porto está lindo.

Alguém me disse um dia.

"Viajar contigo é como ter um canivete suiço."
A acrescentar novas funções todos os dias.

Inocência repetida.

Pronto. Dantes eu ainda achava que não tinha de ser assim. Agora tive a confirmação de que continuo a ser a única a achar que não tem de ser assim.

Muita terra. Pouca parra.

4 vezes NÃO! E não me volto a repetir.
A SSF Viagens lamenta informar os senhores que se seguem de que
se encontram na fila ERRADA.

Eu e ele.

Há coisas que acontecem porque têm mesmo de acontecer. Este fim de semana, fui para fora e tive tempo para ler metade de um livro. Andava há duas semanas para lhe pegar e agora entendo porquê: este livro foi a companhia perfeita para esta viagem. Sem ser um guia turístico, é um guia completo do turista.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Educação é bonito e eu gosto.


(...)
Segundo a Academia Portuguesa de Letras, "CARALHO" é a palavra com que se denominava a pequena cesta que se encontrava no alto dos mastros das caravelas (navios antigos) e de onde os vigias olhavam o horizonte em busca de sinais de terra. O CARALHO, dada a sua situação numa área de muita instabilidade (no alto do mastro) é onde se manifesta com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de um barco.
Também, era considerado um lugar de "castigo" para aqueles marinheiros que cometiam alguma infracção a bordo.
O castigado era enviado para cumprir horas e até dias inteiros no CARALHO e quando descia ficava tão enjoado que se mantinha tranquilo por um bom par de dias. Daí vem a célebre expressão “VAI PARA O CARALHO"....
(...)

Para conhecer as várias utilizações dadas ao CARALHO, continua a ler aqui.

É um sorriso.

É

I haven't ever really found a place that I call home
I never stick around quite long enough to make it
I apologize that once again I'm not in love
But it's not as if I mind That your heart ain't exactly breaking

It's just a thought, only a thought

But if my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine

I've always thought That I would love to live by the sea
To travel the world alone And live more simply
I have no idea what's happened to that dream
Cos there's really nothing left here to stop me

It's just a thought, only a thought

But if my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine

While my heart is a shield and I won't let it down
While I am so afraid to fail so I won't even try
Well how can I say I'm alive

If my life is for rent and I don't learn to buy
Well I deserve nothing more than I get
Cos nothing I have is truly mine

Cos nothing I have is truly mine
Cos nothing I have is truly mine
Cos nothing I have is truly mine


in
Life for Rent - Dido,
A minha porta-voz.

Literatura infantil.

Era uma vez um relhoto, um cagalhoto e um réu-réu.
E prontes.

Ainda, a nhanha

O Amaral pergunta-me se sei o que é nhanha.
Respondo que sim: Nhanha é uma palavra onomatopeica e auto-explicativa.

Mais nhanha.

"O mote é escrever", diz o Amaral quando lhe peço um mote para escrever. Passa-me pela cabeça escrever "mote" num pedaço de papel e ir lá pessoalmente entregar-lhe em vez de lho comunicar pelo msn. Escrever. Até dá medo. Inspira respeito quando é o Amaral a sugerir que o faça sobre "escrever". Tenho nhânha na cabeça. Ele diz que nhanha é literatura nas línguas boas e nas más linguas. Entendo. Mas esta nhanha, em vez de discorrer no pensamento e sair pela ponta dos dedos, escorre-me pelo nariz.

Nhânha.

Hoje não consigo escrever. Tenho a cabeça cheia de ranho.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Mulher não tem sentido de humor.


Tem sim. Tem que ter.
Se tem mamas, se não tem. Se tem ancas, se não tem. Se tem madeixas, se não tem. Se tem namorado/marido/encostado, se não tem. Se tem idade, se não tem. Se tem filhos, se não tem. Se tem o look certo, se não tem. Se tem carreira, se não tem. Se tem dinheiro, se não tem.
Se tem tempo para escrever estas parvoíces, se não tem.
Mulher tem sentido de humor, sim. Se não tem, tem que ter.

Crápula.

Há certas facetas de certas pessoas que gostaríamos de nunca conhecer. É sempre melhor pensar muito bem ou pensar muito mal de alguém em quem simplesmente não se pode deixar de pensar. O percurso pode ser feito de duas maneiras: Descobrir o lado bom de alguém asqueroso é uma experiência, de alguma forma, ascendente. Sai-se do vermelho, entra-se na fase mais cinzenta. Conclui-se que nem tudo é mau afinal, e até se respira fundo, de alívio.
Deparar-se com o pior de alguém numa situação em que se tinha apenas motivos para a admirar e respeitar, é um balde de água fria num dia de inverno. Fica-se enregelado até aos ossos perante a possibilidade de tudo o que conhecemos até então ser falso, de nos termos enganado tão profundamente com essa pessoa. Questionamo-nos a nós próprios onde é que errámos ao acreditar nela, e onde é que não reparamos que afinal era tudo farsa. Fica-se na retranca e, nunca, nunca mais se confia. Eu espero nunca tropeçar em alguém assim na minha vida.

Contraproducente.

Com pulso de ferro e bafo de leão, vocifera um discurso que só ele escuta. Inspira medo, insegurança, fala do perigo e da ameaça, garantindo a custo a segurança às tropas acuadas. O General Sem Medo trava uma guerra que é só dele. Ele combate sózinho. Enquanto isso, o resto das tropas continua a cavar a trincheira...

Concorrência.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Da minha obrigação.

Começou por ser uma forma de ocupar o tempo e exercitar os dedos
e a mente. Mudou de nome umas cinco vezes, e depois nasceu
o Silvia Sem Filtro. Silvia sem acento é abreviatura e o Sem Filtro
foi uma promessa que não consegui cumprir.
Um dia descobriram-me. E começaram a chegar os comentários. Lembro-me que o primeiro me deixou excitadíssima, quase a tremer. Depois seguiram-se tempos de escrita automática, mas até essa parecia fazer sentido para quem por aqui passava e se divertia com o que lia. Hoje, mesmo os posts mais tristes e desesperados se tornam diversão para os que me lêem. Confesso que, passado o sufoco da emoção, até eu me acho piada. Há quem se passe e encontre a salvação nas minhas palavras. Há quem se identifique tanto que se apropia de algo que julga ser a Silvia. Há quem analise cada post à letra, à virgula, leve tudo a peito. Há quem acredite em tudo e quem se reveja nos sentidos mesmo quando não estão lá. Mas é tudo gente boa. E isso, deixa-me orgulhosa, é verdade. Enquanto isso, eu faço o que gosto. E que gosto muito.
Sempre fui capaz de parecer muito melhor no papel.
No ecrã, é até mais fácil. Dizem que escrevo de forma simples e que, basicamente, ponho em palavras o que toda a gente pensa, mas não se lembra de exteriorizar.
Mais do que me ler, gosto de me escutar a escrever. Gosto de esculpir cada linha, transmitir a mensagem com algo para além da gramática que a constitui. Este blogue lê-se também com os olhos. E o coração.
Este ano foi giro. De uma brincadeira tornou-se uma obrigação minha, a de ter sempre alguma coisa diferente para servir à blogosfera. Nada de pretencioso, só mesmo pedacinhos do meu mosaico caleidoscópico.
Já sinto que preciso disto. E preciso que continuem a aparecer, comentar ou não. É bom. Obrigada por estarem aí.
Sílvia.

O que penso eu disto tudo.

































Acho que vi um bocadinho mais da vida nestes dias... dasse...

Finalmente a chuva.

Finalmente a chuva para me lavar a alma e, já agora, o carro também.
Gosto da chuva e, se não trabalhasse de costas para a janela, estaria agora deliciada a ver as gotas a escorrer pelos vidros abaixo (bem que precisavam de uma refrescadela, estavam cheios de pó).
Hoje acordei melancólica e o dia combina comigo.
Está de chuva, mas está um dia muito bonito. Dá para sentir algo diferente. Ar fresco. Ar molhado. A chuva que molha tolos e me encharca a mim porque deixo. As plantinhas também gostam. A terra acorda e eu já não apanho gripe.

Amanhã é outro dia.

But for tonight, I think I'll just give up on sleep altogether.
Goodnight.
See you when I see you.

Toque de Génio.


I've fallen in love with you
Please tell me, tell me what else was there to do
When I'm feeling lips like yours And looking into eyes like yours
Oh I might aswell face it Cause it's true Yes, I've fallen in love with you
Oh-oh my beating heart wants you And my empty arms need you
Don't you go, Please stay, and never try to send me away
I've fallen in love with you

Please stay

I've fallen in love
I've fallen in love with you And you've just got to feel the same way too
When you embraced me last night,
The Lord knows, it was pure, oh so, was pure delight
Oh-oh my beating heart wants you And my empty arms need you
Don't you go Please stay, and never try to send me away
Oh, yes, my love
Oh yes, my love, my darling
I've fallen in love with you
I've fallen in love

I've fallen so deep in love you see, Until you've become the very soul of me
Oh, let me tell you something I don't care enough
Anyway if all over, hey-hey, Over my face it shows
Said I'm talking 'bout love this time, Oh, yes I am
And you know what? It's not a schoolgirl crush, oh no no no no no
Oooh baby

My beating heart wants you And my empty arms need you
Don't you go, Please stay, and never try to send me away
My beating heart wants you And my empty arms need you
Don't you go Please stay, and never try to send me away
I've fallen in love with you
Yes I have
In love with you In love with you
It's not enfatuation, as I would really know
My beating heart wants you You know You know You know
I've fallen in love with you
I've fallen for you
I've fallen in love
Tell me What else was there to do

in The Soul Sessions - Joss Stone 2004
Em loop.

O moço #2563405

Casou. O moço casou.
É bom.
Fico contente.
O moço casou. Está de parabéns.
Mas está magrito o moço.
Casou.

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

24 Horas em Portugal


A festa é aqui!
Finalmente, Portugal tem um rumo. É cor-de-rosa.

domingo, fevereiro 20, 2005

Ir.

A mulher que eu mais admiro profissionalmente é da opinião de que se deve sempre 'ir'.
'Ir' é uma palavra operativa, pro-activa e quase sempre recompensada com novas e melhores experiências ou, pelo menos, diferentes e sempre enriquecedoras. Ir ao encontro das situações, das pessoas, dos novos desafios. Sempre que sentirmos que esse é o caminho. 'Ir' em oposição a deixar-se ficar. Vou tentar ir. Ao menos, vou tentar.

Coisa boa.


Um dia de sol e uma excelente companhia.
Há momentos em que não preciso de mais nada.



Ok...preciso de uns óculos escuros novos.

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Fim de semana e os outros dias todos.

Tudo isto, só isto e nada mais do que isto.
Abram alas ou juntem-se à festa.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Basta.

Basta acreditar num projecto, nas pessoas que o integram, nos objectivos que, devendo ser partilhados, não o são. Basta vestir a camisola. Basta ter paixão, mostrar dedicação. Basta ser transparente. Basta rir e chorar. Basta gostar realmente daquilo que se faz. Basta almejar a fazer melhor. Basta ter sentido crítico. Basta insistir, teimar, questionar, contrapôr. Basta ser puramente profissional. Basta indignar-se com as injustiças, basta defender a equipa com que se trabalha, ainda que a recíproca não se aplique. Basta ser diferente e respeitar a diferença alheia. Basta não ter papas na língua. Basta não ser cínica. Basta não ser graxista. Basta ser espontânea. Basta ser mulher, pequena, menina. Basta não ter vergonha de ser assim. Basta ser só uma voz. Basta confiar. Basta fraquejar uma vez.
Basta isto para ser o alvo a abater. Mas só isso não basta para mim.

Mexilhão.

Pois.
Euzinha, aqui mesmo. É aproveitar.

Beijo na testa.


Eis a minha reacção a tu-sabes-o-quê que tu-sabes-quem-és publicaste naquele sítio que nem-todos-podem-saber-que-existe e que fica onde-a-gente-sabe. Só não digo mais porque fica melhor entre nós.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Post falhado.

Se é a tua primeira vez neste blog, não te assustes. Este blog não é feminista, nem anti-macho. Isto é só uma fase em que os machos andam a dar à costa. Alguns são bem vindos. Os outros, é tratá-los como aos mosquitos. Zás!


(Este post tinha como objectivo mudar o tom feminista que este blog vem adoptando.
Este post falhou redondamente.)

Fé.

Há homens que acreditam em tudo. Acreditam, inclusivé, que as mulheres acreditam neles.

A Lei da Compensação.

Ontem não alterei um milímetro dos meus planos. Fiz tudo, e ainda adormeci com um sorriso. Há sempre coisas boas a acontecer.

A irmã Lúcia morreu.

A Madre Teresa já lá está e o Papa anda muito mal. Eu só recolhi um cachorrinho da rua em toda a minha vida e pago todos os meus impostos. Quanto a ti, meu caro, a tua causa faliu.
Convenhamos que, nos termos da nossa incipiente relação que nem de amizade conseguiu ainda ser, eu permitir-te a quebra de um compromisso mais uma vez, começa a raiar as barbas da otarice. Sou boazinha, não sou otária. Sou boa praça, compreensiva, e até tenho dias em que aceito a fraqueza humana. Mas agora todos os semáforos vermelhos se acendem. Todos os sinais de perigo se amontoam. A escrita da parede está fluorescente e em letras garrafais. Não quero e não vou investir um segundo em ti. Esgotaste todo e qualquer crédito. Falhançozinho medíocre. E o pior disto é que era mesmo evitável, tão facilmente como cumprir premissas básicas das regras de convivência e cortesia em sociedade. Não foi por falta de recursos, não foi por impossibilidade técnica. Já sei que me vais dizer que já era muito tarde para ligar, que não tiveste coragem de me incomodar, que não tiveste coragem. Ponto. E esse é o ponto a que quero chegar. Falta de coragem em situações tão simples é uma promessa de desgraça quando a força de carácter for realmente necessária. Dizes-me que falhas com muitas pessoas, mas isso não te desculpa comigo. Muito antes pelo contrário, é um daqueles sinais de aviso muito claros. Trabalhas de manhã até à noite, jogas futebol todas as noites com os patrões e não tens telemóvel. Duuuuuuh.
Também não tens tomates. E esta é a única coisa em que acredito.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

14 de Fevereiro.

Eeeeh paahh.... Foi ontem...
Eh.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Só para homens.

Trabalhei numa organização (palavra mais in para empresa) onde, sabe-se lá porque razão, os homens insistiam em utilizar a casa de banho das senhoras. Não sei. Talvez a nossa estivesse mais limpa - antes de eles lá entrarem -, talvez tivesse sempre papel higiénico e gel para lavar as mãos. Mas eles preferiam a nossa casa de banho e insistiam em marcar presença. Um dia revoltei-me e tomei medidas. Colei este avisozinho por cima do autoclismo:



(autoclismo goes here.)


Afixado com o conhecimento oficioso do CA, foi um sucesso. Houve quem tirasse fotocópias e estendesse a iniciativa às casas de banho das senhoras de vários outros pisos. Em cheio!

Os amigos são para as ocasiões.

A solidariedade masculina é algo absolutamente louvável. Quando se juntam, os homens, mesmo que não se conheçam bem, criam uma união tal que os converte numa parede inexpugnável. Se a falta de inteligência prevalecer, até o mais brilhante se ofusca perante tanta neblina. Ficam estúpidos, ou pior que isso, ficam cegos, burros, espessos como a própria parede em que se tornaram. E tornam-se injustos. Perdem a memória e viram putos mesmo básicos. Talvez seja por isso mesmo que os exércitos são compostos por homens. Basta um burro zurrar mais alto e mais vaidoso, que os outros seguem-lhe o exemplo.
Para qualquer mulher que se depare com uma situação deste tipo, o melhor mesmo é bater em retirada. Todo e qualquer esforço para os despertar do transe é um esforço perdido.
O triste mesmo, e o que me tira o sono, é quando isto acontece com os melhores amigos. Só me faz pensar que ou não são amigos, ou só são amigos para quando lhes convém, ou o erro é meu e eu escolho mesmo mal as pessoas com quem me misturo.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Vou de fim de semana.


E com esta disposição toda! Ó para mim!
Up! Up! And away-iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Tchau. Fui.

Long Live Charles and Camilla!

Foram 35 anos à espera! TRINTA-E-CINCO anos.
Há que haver respeito! Eles merecem(-se)!
Eu estou feliz com o casamento do Príncipe Carlos e da amiga Camilla. Mesmo. Sou uma trouxinha romântica, mas o amor é lindo. E com 35 anos de contrariedades é mais lindo ainda. Que sejam muito felizes.

Mas não desejaria que a história se tivesse passado de outra forma.
É que se se tivessem casado logo, nunca teríamos tido a Diana nas nossas vidas, com todo o seu charme, glamour e assunto nas revistas. Nem nunca teríamos tido o William e o Harry. Na verdade, o Reino Unido teria hoje muito menos piada. Londres seria uma cidade monótona e indistinta de outras capitais europeias, e a Família Real inglesa seria mais uma entre as que abundam no Velho Continente. Quiçá, nós portugueses, seguíssemos com mais interesse a familia real espanhola do que a britânica. Um mundo inteiro de conteúdos e motivos de conversa ter-se-ia perdido se a Rainha Isabel II tivesse autorizado o jovem príncipe Carlos a casar-se com a jovem Camilla que conheceu em 1970 num jogo de polo. E a Diana teria, muito provavelmente, tido uma (mais) longa e monótona vida como educadora de infância ou até mesmo directora de escola.
Assim, a história sempre fica mais rica e os plebeus entretêm-se.
Eu, pessoalmente, prefiro seguir as novas do casamento destes dois do que apanhar todos os dias com a desgraceira mesmítica do Iraque e do resto do mundo. Long Live Charles and Camilla!! Long Live indeed!

A vida é mais gira deste lado.

Humm. Quando te conheci, fizeste-me lembrar alguém. Fizeste-me lembrar a característica que me fez perder o encanto por essa pessoa. Achei, nesse dia, que isso não ia importar. E, de facto, não importa até hoje. Até porque passaram anos e eu não sou mais a menina deslumbrada de então. Ainda assim, conseguiste desencantar-me. Fiz tudo para que isso não acontecesse, mas tu preferes esconder-te no teu próprio buraco e eu jurei a mim mesma que jamais voltaria a gastar a minha energia para salvar os outros. Apetece-me cada vez menos estar contigo. Salva-te. A vida é mais gira deste lado.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

A Branca de Neve e os outros anões.


É ela! A mais bela, a mais nova, a mais alta, a mais poderosa.
É a Maria José Ritta? Não. É a Super-Mulher? Também não. É a Mulher-Maravilha? Quase! Mas, então quem é? É a Branca de Neve!!
Ela anda há montes de tempo a fazer-se a isto, e finalmente conseguiu. Desta vez, decidi fazer-lhe uma surpresa porque, afinal, ela tem trabalhado com afinco para os milhares de visitas ao meu blogue. Assim, logo de manhãzinha, quando entrar pelo blogue adentro vai dar de caras com isto. E eu, por um dia, vou chegar a horas. ;)
É uma moça linda. Uma top-model por descobrir, em parte porque se esconde das câmaras, apesar de desfilar orgulhosa no cortejo lá da terra. Tem os olhos verdes mais lindos que já vi, sardas e cabelos negros. A boca é mesmo de cereja, pelo menos os lábios, porque a língua é afiada, tão afiada como o instinto de escorpião que faz dela uma mulher de fugir ou chorar por mais. Uma perna das dela é mais comprida do que eu inteirinha. E a outra é do mesmo tamanho. A moça não é mesmo nada coxa e, quando anda de salto-agulha, os moços tremem.
Os moços todos a cobiçam, mas ninguém se atreve. Todos passam por ela e alguns passam-se com ela. Quando é apelidada de "mulher perfeita", ela cora toda, faz-se de tímida, arma-se em envergonhada, mas sabe que os moços têm razão. Eu não disputo nada, é tudo merecido. Ao pé dela, eu sou um piolho. Ao pé dela, a maior parte dos homens não passa de anões.
É novita. Uma papoila a florir. É a cara, a voz e o ponto da agência. Gostei dela desde a primeira vez que vim à entrevista. À terceira visita, já eramos quase íntimas. Quando não ela está, o dia corre menos bem por aqui. Ela sabe de tudo, controla tudo e até responde à letra ao patrão. Uma absoluta mulher-furação, solta a franga quando vê a porta de um armário escancarada, faz as paredes estremecer sempre que encontra um x-ato aberto e é implacável a cobrar os euros dos aniversários. Toma leitinho com Nesquik entre as 10 e as dez e meia da manhã, e é doente do F.C.Porto. Parou de estudar porque... porque é novita. Mas vai voltar... o que só vai ser bom para ela porque para nós vai ser mesmo muito mau porque depois ela vai querer voar tão alto como merece e mudar de poiso, e nós vamos ter de nos haver sem ela, o que será muito pouco agradável. À sexta-feira, traz-nos broas d'Avintes quentinhas. Nos outros dias da semana, impinge-nos cremes hidratantes dos catálogos.
Ela faz parte do meu bom dia, mesmo que esteja a chover.
Há um mundo de coisas a acrescentar sobre este absoluto fenómeno da natureza, mas que escolho manter no silêncio por razões de segurança. Dela, da empresa e de mim mesma.

Perfeição equivocada.

Fascina-me. Tem um estilo inconfundível. É que não existe ninguém como ele. Tão...convencido de que está bem, de que tem estilo, de que não existe ninguém, espelho dele, melhor do que ele. E eu vejo-o passar. Nem sempre o apanho, mas quando o vejo é um espectáculo de fazer parar o trânsito. Os seus óculos escuros, caríssimos, diz, comprados na feira, nota-se bem, o casaco atirado sobre o ombro, o queixo levantado por vezes, outras vezes com olhar compenetrado nas pedras da calçada. Exige tudo das mulheres. Não tem nenhuma. Nenhuma o alcança. Nenhuma tentaria. Fascina-me. Como me fascinam os trolhas das obras que imagino de banhinho tomado e cabelinho aparado, diferentes, recuperados para uma existência de vaidade. Fascina-me ele. Mas neste caso, não há nada fazer. Tudo perfeito. O perfeito exemplo do triste. Irrecuperável. Irreversível. Irrepetível, felizmente. Perdido para o mundo e para as mulheres. Só ele não sabe. Mas sonha. Enquanto isso, eu passo ao largo.

Bzzzzz..blahhh...be....laahh! Xnhéc... Clap! Clap....Pum!

Acho que não conheço ninguém normal. Ninguém. Nem eu mesma.
Até concebo que a minha perspectiva seja distorcida pela minha própria anormalidade, mas não conheço ninguém que seja digno de total admiração, respeitinho sem medo e confiança sem reservas. É tudo torcido, está tudo louco! Resta-me escolher apenas os melhores, os mais divertidos, os mais inofensivos, e aqueles que sabem contribuir para a boa da loucura. Mas só a escolha, põe-me doida. :P

Desinteressante.

Hoje não consigo blogar. Sinto o couro cabeludo quente, mas as ideias estão a frio. Podia escrever sobre os parvos que estacionam à larga e que por 20 cms que desperdiçam para cada lado, me impedem de estacionar o boguinhas mais perto do emprego. Podia escrever de como o meu carro velhinho é mimado pelos meus amigos que o adoram. Podia escrever de como não apanho sol suficiente e de como isso influencia a minha linha de cintura. Podia descrever como hoje de manhã não conseguia sair da cama porque a minha cadela me estava a aquecer as costinhas, tão bom, e de como reparei que o pelinho dela é de um ruivinho lindo. Podia dizer que estou apaixonada pelo novo telemóvel da Vodafone, que dizem que é a minha cara - pequenina e quadrada - , mas não é a minha rede, ou como detesto relacionar-me com pessoas que estão sempre ao ataque, sempre a ofender e com as quais a única interacção possível ou é o desprezo ou o contra-ataque. Cansa. E de como tenho saudades de estar com pessoas que simplesmente estejam de bem com a vida. E de como gosto do sol de inverno, uma benção de energia e calor, quando em torno está frio....Podia escrever sobre um monte de coisas boas, mas... Um amigo meu está deprimido. Ele é dos que faz rir uma plateia inteira, mas anda triste. É uma excelente pessoa, mas anda mal. E eu não queria que fosse assim. Há pessoas que precisamos que estejam sempre bem. Porque elas merecem e porque o mundo é melhor porque elas existem.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

A campanha eleitoral que resulta, ó, se resulta!

Aqui há mais anos que me apetece referir, havia um detergente em pó para a roupa que oferecia uns copos assim como os do debate de ontem - acho que era o "Pop". Os copos vinham enterrados no pó, acho eu...mas também era muito novinha para saber se vinham mesmo ou não. Eram assim todos trabalhados. E a minha avó tinha uns três ou quatro parecidos, com feitio de piquinhos, nas modalidades de vidro branco, verde e castanho escuro. Eram rijos, feios e resistiram anos a fio ao lava-loiça em mármore da casa da minha avó. Acho que ela ainda deve ter o castanho lá no armário...ou será o verde? Bem, mas isto a que propósito? É que ao assistir o debate de ontem, e sentir uma identificação tal com os ditos copinhos, lembrei-me daquela máxima que advogava que os políticos se deviam vender como detergentes. E eis que esta ideia me fez pop!:
Criavam-se uns bonequinhos miniatura dos políticos, assim em PVC. Depois, pegava-se nos ditos e metiam-se nas embalagens do detergente da roupa, enterrados no pó. Cada um vinha embrulhado num papelucho com a promessa eleitoral de um lado e, no verso, com um cupão de desconto na compra da próxima embalagem! Ecco!
Todas as famílias gostam de brindes grátis e agradecem os descontos. Seria uma acção limpa e pó-activada por parte dos glutões dos votos, i.e., os partidos. Uma campanha eleitoral assim chegaria a todos os lares de Portugal. Portugal inteiro iria adorar e coleccionar. Pelo menos, já ninguém ia dizer que não sabe quem é quem... E resulta!

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Comentário político.

Do debate entre Santana Lopes e José Socrates, ontem na SIC,
o que mais me chamou à atenção foi o copo em vidro trabalhado.
Seria Marinha Grande? Hmm.

terça-feira, fevereiro 01, 2005

Mimos.

- Eu rebento-te essa boca toda!
- Ah é? E como? À murraça?...
- Não, amiga... Cof!..ºº. É mesmo c'uma beijassa! Chega-te a mim, queridaº º** Anda cá! Cof!..Cof!..Cof...Sluurp! ºº
'* *

Os vírus são dos nossos amigos.

Olha só!


Olha só o que a Natacha me deixou aqui. Muito lindo.
E há mais de onde esta veio.
:)