quinta-feira, junho 29, 2006
Boneca.
Sou eu. :)
Derreto-me toda quando me chamam assim, tão espontâneamente, de "boneca". Especialmente se for dito com carinho e a entoação do Norte.
Não há nada mais fofo.
(Ok. Há. São as bonecas da Rosa Pomar.)
Derreto-me toda quando me chamam assim, tão espontâneamente, de "boneca". Especialmente se for dito com carinho e a entoação do Norte.
Não há nada mais fofo.
(Ok. Há. São as bonecas da Rosa Pomar.)
quarta-feira, junho 28, 2006
(ainda) O sumo da laranja.
Os telejornais continuam a abrir com notícias e conferências de imprensa sobre o jogo Portugal/Holanda. Ainda há sumo a espremer da laranja mecânica. Se os jornais o fazem, eu também posso fazer. Vai daí, colo aqui um postaço do O Holandês de Socas nos Pés:
"Regresso à normalidade
Finalmente vejo os comentadores da televisão holandesa a chamarem as culpas ao jogadores e ao Van Basten. Não desculpando Figo, mas dizendo que foram os holandeses que declaram guerra aos jogadores portugueses, e que essa conduta, pensada pelo treinador holandês nunca daria resultado com jogadores tão experientes como os lusos.
E concordam que o jogador holandês que lesionou Ronaldo devia ter sido expulso, e o jogo seria diferente.
Os holandeses estão agora irritados com Van Basten, com a funçanga de Robben, e com a parvoíce de fazerem aquilo que os portugueses quiseram: perder a cabeça.
É por isto que gosto destes gajos [do povo holandês], passado a tempestade vem o mea culpa e tentam resolver onde falharam e assumem as culpas. E é assim que funcionam, senão o país já se teria afundado há muito!
Ik hou van Nederland. Echt!
En, nu, hup, hup mijn lieve land, hup hup Portugal!!!"
Há mais de onde este veio.
"Regresso à normalidade
Finalmente vejo os comentadores da televisão holandesa a chamarem as culpas ao jogadores e ao Van Basten. Não desculpando Figo, mas dizendo que foram os holandeses que declaram guerra aos jogadores portugueses, e que essa conduta, pensada pelo treinador holandês nunca daria resultado com jogadores tão experientes como os lusos.
E concordam que o jogador holandês que lesionou Ronaldo devia ter sido expulso, e o jogo seria diferente.
Os holandeses estão agora irritados com Van Basten, com a funçanga de Robben, e com a parvoíce de fazerem aquilo que os portugueses quiseram: perder a cabeça.
É por isto que gosto destes gajos [do povo holandês], passado a tempestade vem o mea culpa e tentam resolver onde falharam e assumem as culpas. E é assim que funcionam, senão o país já se teria afundado há muito!
Ik hou van Nederland. Echt!
En, nu, hup, hup mijn lieve land, hup hup Portugal!!!"
Há mais de onde este veio.
Eu tenho quatro amores...
Redacção Criativa, Marketing Relacional,
Produção e Jornalismo de Viagens.
E vou ter de me decidir por um.
Nota mental:
Organizar-me e é para já.
Chega de anhanço.
Eu não disse que dormir me faz bem? Já estou aqui aos saltinhos para me pôr a mexer!!!
Produção e Jornalismo de Viagens.
E vou ter de me decidir por um.
Nota mental:
Organizar-me e é para já.
Chega de anhanço.
Eu não disse que dormir me faz bem? Já estou aqui aos saltinhos para me pôr a mexer!!!
VONTADE!!!!
De cada vez que entro na A4, tudo o que me apetece é seguir em frente e parar só quando chegasse a Lisboa.
terça-feira, junho 27, 2006
Amigos daí.
Só pra dizer que estou com saudades do Alexandre, do Bruno, do Seiça, da Carina e da Heidi.
:)
:)
segunda-feira, junho 26, 2006
A "Portuguesa-2006"
À falta de um hino sem interesses comerciais, o meu primo oferece a Portugal e ao Mundo esta canção para a que entoemos em uníssono e não necessariamente afinados, pelos nossos guerreiros da bola, e para que se escute daqui até à Alemanha.
Heróis da booola
Nobres chuu-u-tos
Joga o valeeente,
O figo e o pauletaaa
Levantaaai hoje de nooovo
Esta taçaaa do-o mundiaaal
Eeentre as fintas
Dooo ronaldo...
Centrou e va-ai maniche
Marcar pela selecçãaaao...
Que nos ha-de levar à vitóooooria
Às boooolas, às boooolas...
Pela relva e pelo aaar
Às booolas, às boooolas...
Por portuuu-gaaaal marcar!!!
Contró brasil, ganhaaaar, ganhaaar!!!
Heróis da booola
Nobres chuu-u-tos
Joga o valeeente,
O figo e o pauletaaa
Levantaaai hoje de nooovo
Esta taçaaa do-o mundiaaal
Eeentre as fintas
Dooo ronaldo...
Centrou e va-ai maniche
Marcar pela selecçãaaao...
Que nos ha-de levar à vitóooooria
Às boooolas, às boooolas...
Pela relva e pelo aaar
Às booolas, às boooolas...
Por portuuu-gaaaal marcar!!!
Contró brasil, ganhaaaar, ganhaaar!!!
Frangos.
Só me saem gajos queimados. E depois tudo o que faço é interpretado à luz da fogueira da diabinha anterior.
Pá, vão curar as queimaduras para longe de mim, sim?
Pá, vão curar as queimaduras para longe de mim, sim?
domingo, junho 25, 2006
Força aí, rapazes!
Hoje sim, finalmente, a raça portuguesa mostrou-se bem ao mundo!
Sem mortos, mas com feridos, e depois de um jogo vermelho, amarelo e roxo, os nossos rapazes merecem aquele espacinho ali em cima.
:D
Obrigada, putos.
Obrigada, Scolari, por os saberes motivar assim.
Já ganharam!!
Sem mortos, mas com feridos, e depois de um jogo vermelho, amarelo e roxo, os nossos rapazes merecem aquele espacinho ali em cima.
:D
Obrigada, putos.
Obrigada, Scolari, por os saberes motivar assim.
Já ganharam!!
Love-me-not.
Sempre que escolhia um daqueles planos de 10 números favoritos a quem ligar mais, acabava invariavelmente por deixar de ligar a esses números (pessoas) e a ligar a outros fora da lista ou da rede.
Agora que tenho 250 mensagens grátis por semana para 96, há poucos 96 com quem gastá-las.
Em Lisboa, a maior parte das pessoas que conheço são 91.
Comprei um Vodafone Directo, mas o telefone pifou. O 91 fica assim temporariamente suspenso. O conserto do telefone demorará sensivelmente o mesmo tempo que o meu regresso a Lisboa.
Curioso...
Tudo acontece por uma razão.
Confesso que ando com pouca vontade de escrever. E ando com pouca vontade de escrever porque ando com baixo nível de estímulos. Isso deve-se ao elevado número de horas de sono que venho acumulando nos últimos dias. Durmo mais do que achei que seria possível e descobri que dormir o dia todo não impede que eu durma a noite toda.
Tudo acontece por uma razão.
Cheguei de Lisboa incomodada. Não havia realmente uma causa a apontar, mas sentia um mal-estar generalizado, uma desadequação, uma inquietação cansada. Sentia-me intoxicada.
Não seria do stress, porque sendo Lisboa uma cidade stressante, tenho conseguido evitar esse factor com algum sucesso, até porque acho que até o sei gerir benzinho. Seria talvez da poluição. Há muita poluição em Lisboa: o ar é poluído, a terra é poluída, a vibração é poluída. Há poluição emocional também. Muita coisa acontece ao mesmo tempo, em códigos que não são os meus, suscitando muitos mal-entendidos, o que me obriga a um sobressalto constante numa curva de aprendizagem que é difícil partilhar. Estava a ficar de rastos e nem sabia como, porquê ou o quanto.
O meu corpo estava a pedir-me um retiro. Quando cheguei a casa, foi um caso de matter over mind, em vez do usual contrário. Nos primeiros dias, devo ter dormido umas 36 horas. Nos dias seguintes, o tempo que estive acordada foi o tempo que estive fora de casa e não foi assim tanto. Os amigos... pois, agora não. Não me tem apetecido ligar a ninguém, nem contar novidades a ninguém, nem responder que o curso está acabar e que, não, ainda não tenho perspectivas de emprego, e que não, não vou voltar para o Porto, e que a única certeza que tenho é que faço planos para meia hora e até esses são reajustáveis. Porque, depois, a conversa fica por aí. Não quero que me falem da desmotivação que envolve o Porto neste momento, não quero que me perguntem sobre Lisboa, não quero que me perguntem porque não venho mais vezes cá acima, não quero que me peçam para voltar, não quero animar ninguém, não quero que me lancem amarras, não quero que me vejam como uma gaja corajosa nem como uma coitadinha.
Hibernei, se quiserem.
Neste momento, estou a abastecer baterias recorrendo apenas a mim mesma. Não vampirizo ninguém. Fico só comigo e com duas cadelas muito ciumentas uma da outra.
Estava a contar voltar esta semana para Lisboa.
Não posso voltar, mas descobri que vou precisar de toda a energia e horas de sono que venho acumulando.
Lá está.
Tudo acontece por uma razão.
Cheguei de Lisboa incomodada. Não havia realmente uma causa a apontar, mas sentia um mal-estar generalizado, uma desadequação, uma inquietação cansada. Sentia-me intoxicada.
Não seria do stress, porque sendo Lisboa uma cidade stressante, tenho conseguido evitar esse factor com algum sucesso, até porque acho que até o sei gerir benzinho. Seria talvez da poluição. Há muita poluição em Lisboa: o ar é poluído, a terra é poluída, a vibração é poluída. Há poluição emocional também. Muita coisa acontece ao mesmo tempo, em códigos que não são os meus, suscitando muitos mal-entendidos, o que me obriga a um sobressalto constante numa curva de aprendizagem que é difícil partilhar. Estava a ficar de rastos e nem sabia como, porquê ou o quanto.
O meu corpo estava a pedir-me um retiro. Quando cheguei a casa, foi um caso de matter over mind, em vez do usual contrário. Nos primeiros dias, devo ter dormido umas 36 horas. Nos dias seguintes, o tempo que estive acordada foi o tempo que estive fora de casa e não foi assim tanto. Os amigos... pois, agora não. Não me tem apetecido ligar a ninguém, nem contar novidades a ninguém, nem responder que o curso está acabar e que, não, ainda não tenho perspectivas de emprego, e que não, não vou voltar para o Porto, e que a única certeza que tenho é que faço planos para meia hora e até esses são reajustáveis. Porque, depois, a conversa fica por aí. Não quero que me falem da desmotivação que envolve o Porto neste momento, não quero que me perguntem sobre Lisboa, não quero que me perguntem porque não venho mais vezes cá acima, não quero que me peçam para voltar, não quero animar ninguém, não quero que me lancem amarras, não quero que me vejam como uma gaja corajosa nem como uma coitadinha.
Hibernei, se quiserem.
Neste momento, estou a abastecer baterias recorrendo apenas a mim mesma. Não vampirizo ninguém. Fico só comigo e com duas cadelas muito ciumentas uma da outra.
Estava a contar voltar esta semana para Lisboa.
Não posso voltar, mas descobri que vou precisar de toda a energia e horas de sono que venho acumulando.
Lá está.
sexta-feira, junho 23, 2006
quinta-feira, junho 22, 2006
O segredo mais bem guardado de Portugal, arredores e toda a terra até perder de vista.
De cada vez que pego no carro para dar uma volta à noite, concluo, sem margem para dúvidas e com termo de comparação, que o Porto é uma cidade, no mínimo, PERFEITA.
Quero vir morar para cá... um dia. Daqui a uns anos. Nem que seja quando me reformar.
É mesmo uma cidade...UAAAAUU!!! Carago.
Carago, carago. UAU.
Perfeita
Quero vir morar para cá... um dia. Daqui a uns anos. Nem que seja quando me reformar.
É mesmo uma cidade...UAAAAUU!!! Carago.
Carago, carago. UAU.
Perfeita
quarta-feira, junho 21, 2006
Knotty brain.
Dentro da minha cabeça: equações, equações, equações, equações, equações, equações, equações, equações, equações, equações, equações.
Nenhuma delas é matemática, mas eu continuo sem saber como as resolver.
Nenhuma delas é matemática, mas eu continuo sem saber como as resolver.
Em fuga.
É das melhores coisas do mundo, sentir quando alguém está de coração aberto para mim. Quando faz especial questão de me ter por perto, quando rejubila com a minha presença, e quando me dá aquele abraço depois de me escutar horas a stressar por causa das questiúnculas da vida. Quando me diz que sou linda, mesmo quando me sinto horrível, quando diz que me adora e o diz sem reservas, quando repete que tem saudades minhas e não me esquece porque estou longe. Quando me quer, mas me concede todo o espaço do mundo. É lindo. É precioso. É raríssimo.
É bom.
Mas assusta.
É bom.
Mas assusta.
terça-feira, junho 20, 2006
Fraquinha...
Lost in time I can't count the words
I said when I thought they went unheard
All of those harsh thoughts so unkind
'Cos I wanted you
And now I sit here I'm all alone
So here sits a bloody mess, tears fly home
A circle of angels, deep in war
'Cos I wanted you
Weak as I am, no tears for you
Weak as I am, no tears for you
Deep as I am, I'm no ones fool
Weak as I am
So what am I now but loves last home
I'm all of the soft words I once owned
If I opened my heart, there`d be no space for air
'Cos I wanted you
In this tainted soul
In this weak young heart
Am I too much for you?
"Weak" - Skunk Anansie
I said when I thought they went unheard
All of those harsh thoughts so unkind
'Cos I wanted you
And now I sit here I'm all alone
So here sits a bloody mess, tears fly home
A circle of angels, deep in war
'Cos I wanted you
Weak as I am, no tears for you
Weak as I am, no tears for you
Deep as I am, I'm no ones fool
Weak as I am
So what am I now but loves last home
I'm all of the soft words I once owned
If I opened my heart, there`d be no space for air
'Cos I wanted you
In this tainted soul
In this weak young heart
Am I too much for you?
"Weak" - Skunk Anansie
segunda-feira, junho 19, 2006
domingo, junho 18, 2006
O post mais esperado.
Este blog vai parar por tempo indeterminado.
Há muito que nada nem ninguém acrescenta seja o que for à minha existência. Ando sem inspiração, sem curiosidade, desisti de me importar com a maior parte das coisas. Já comprovei que tenho razão em algumas coisas, mantenho as mesmas dúvidas por satisfazer e ultimamente não tenho aprendido nada de novo. Tudo o que digo e penso em escrever me soa a repetição, a círculo vicioso, a deja vu (não sei onde ficam os acentos e não me apetece ir procurar).
Vai daí, o SSF vai parar pelo tempo que tiver de ser.
Obrigada a todos os que cá vieram investir o seu tempo e me deixaram os valiosíssimos comentários. Foi bom enquanto durou, já foi muito melhor e também já houve tempos complicados. Agora é tempo de parar.
Beijinhos. Inté.
Há muito que nada nem ninguém acrescenta seja o que for à minha existência. Ando sem inspiração, sem curiosidade, desisti de me importar com a maior parte das coisas. Já comprovei que tenho razão em algumas coisas, mantenho as mesmas dúvidas por satisfazer e ultimamente não tenho aprendido nada de novo. Tudo o que digo e penso em escrever me soa a repetição, a círculo vicioso, a deja vu (não sei onde ficam os acentos e não me apetece ir procurar).
Vai daí, o SSF vai parar pelo tempo que tiver de ser.
Obrigada a todos os que cá vieram investir o seu tempo e me deixaram os valiosíssimos comentários. Foi bom enquanto durou, já foi muito melhor e também já houve tempos complicados. Agora é tempo de parar.
Beijinhos. Inté.
sexta-feira, junho 16, 2006
Porto spa.
Sempre que cá venho, e já não vinha há imenso tempo, passo o primeiro dia, as primeiras 24 horas a dormir. Toma conta de mim uma serenidade misturada com cansaço, uma vontade de descansar que vem do tutano dos ossos, que me enterra dentro de casa e me dá aquela sensação de estar na toca, no ninho, longe do mundo que me rói os cantinhos todos os dias.
Aqui estou em casa. Aqui conheço a frescura do ar, aqui cheira-me a campo e nada mesmo a mijo de gato misturado com tubo de escape e arroz de caril. Aqui meto menos o dedo no nariz. Aqui sinto-me mais limpa durante mais tempo, independentemente da altura do mês, e mesmo que tenha andado na cidade todo o dia, treinado até desmaiar, brincado com as cadelas ou tenha rebolado com elas no parque da cidade. Aqui ando de chinelos todo o dia e chego a casa com os pés limpos.
Aqui é fresco. Aqui a comida alimenta sempre. Aqui saio de carro sempre com o piloto automático. Aqui, ir ao cinema não implica estratégia de metro ou carro, sózinha ou acompanhada, kingkard ou a pagantes. Aqui não tenho medo de com quem me cruzo na rua. Aqui as caras conhecidas são quase todas. Aqui dou por mim a perguntar às pessoas se são do Porto e a surpreender-me quando respondem todas que sim (chego a ter pena de dizer que moro em Lisboa).
Aqui a vida é tão mais suave.
Em Lisboa, a vida tem muito atrito: muito que fazer, muitas pessoas, muita diversidade e igual dispersão, muitas decisões a tomar e sempre muito rapidamente, além de que de cada vez que me encosto a alguém, fico sem pele.
Aqui estou a salvo... antes do próximo round.
Não faço ideia do que vou fazer com o resto do meu dia.
Acho que ficar por casa, a ouvir os pássaros, me basta.
Aqui estou em casa. Aqui conheço a frescura do ar, aqui cheira-me a campo e nada mesmo a mijo de gato misturado com tubo de escape e arroz de caril. Aqui meto menos o dedo no nariz. Aqui sinto-me mais limpa durante mais tempo, independentemente da altura do mês, e mesmo que tenha andado na cidade todo o dia, treinado até desmaiar, brincado com as cadelas ou tenha rebolado com elas no parque da cidade. Aqui ando de chinelos todo o dia e chego a casa com os pés limpos.
Aqui é fresco. Aqui a comida alimenta sempre. Aqui saio de carro sempre com o piloto automático. Aqui, ir ao cinema não implica estratégia de metro ou carro, sózinha ou acompanhada, kingkard ou a pagantes. Aqui não tenho medo de com quem me cruzo na rua. Aqui as caras conhecidas são quase todas. Aqui dou por mim a perguntar às pessoas se são do Porto e a surpreender-me quando respondem todas que sim (chego a ter pena de dizer que moro em Lisboa).
Aqui a vida é tão mais suave.
Em Lisboa, a vida tem muito atrito: muito que fazer, muitas pessoas, muita diversidade e igual dispersão, muitas decisões a tomar e sempre muito rapidamente, além de que de cada vez que me encosto a alguém, fico sem pele.
Aqui estou a salvo... antes do próximo round.
Não faço ideia do que vou fazer com o resto do meu dia.
Acho que ficar por casa, a ouvir os pássaros, me basta.
36
argumento por Silvia Sem Filtro
INT. QUARTO - NOITE/DIA/NOITE
SILVIA dorme.
Em cima da cama estão três almofadas que SILVIA vai mudando de sítio conforme lhe agrada. Em cima da cama também, duas cadelas vão dominando o espaço livre entre a parede, as almofadas, o corpo de SILVIA e as suas duas pernas.
O telemóvel toca. SILVIA ignora. Volta a adormecer.
A cadela quer sair para fazer xixi. A SILVIA ignora. A mãe de SILVIA abre a porta para as cadelas poderem circular.
SILVIA dorme. Um ibook adormecido descansa sobre a mesinha de cabeceira. SILVIA abre um olho e fixa a luzinha que suavemente se acende e apaga na lombada do iBook. SILVIA ainda pensa em escrever um post, mas tem sono.
Muda as almofadas de sítio, faz uma festinha à LOIRA e adormece de novo.
FIM
INT. QUARTO - NOITE/DIA/NOITE
SILVIA dorme.
Em cima da cama estão três almofadas que SILVIA vai mudando de sítio conforme lhe agrada. Em cima da cama também, duas cadelas vão dominando o espaço livre entre a parede, as almofadas, o corpo de SILVIA e as suas duas pernas.
O telemóvel toca. SILVIA ignora. Volta a adormecer.
A cadela quer sair para fazer xixi. A SILVIA ignora. A mãe de SILVIA abre a porta para as cadelas poderem circular.
SILVIA dorme. Um ibook adormecido descansa sobre a mesinha de cabeceira. SILVIA abre um olho e fixa a luzinha que suavemente se acende e apaga na lombada do iBook. SILVIA ainda pensa em escrever um post, mas tem sono.
Muda as almofadas de sítio, faz uma festinha à LOIRA e adormece de novo.
FIM
quarta-feira, junho 14, 2006
Santos.
A noite "dos Santos" (que é mesmo só um: Santo António) atrasou a minha partida para o Porto. Porque tinha curiosidade em testemunhar a tal da "putadaloucura" e tal e coise..
Ah-ã... pois bem, sobre "os Santos" tenho a dizer que... terei sempre o S. João.
:)
P.S. Já agora, Santo Antoninho... tens uma excelente oportunidade de fazer um milagrinho por mim... ok, esquece. Eu não sou devota nem nada...
Ah-ã... pois bem, sobre "os Santos" tenho a dizer que... terei sempre o S. João.
:)
P.S. Já agora, Santo Antoninho... tens uma excelente oportunidade de fazer um milagrinho por mim... ok, esquece. Eu não sou devota nem nada...
segunda-feira, junho 12, 2006
Mensagem não enviada.
"QUERES VIR ALMOÇAR?"
Enviar -> Contactos -> ... (cancelar)
->Guardar em rascunhos? (não)
Enviar -> Contactos -> ... (cancelar)
->Guardar em rascunhos? (não)
Coisinha fascinante.
A dimensão interior das pessoas não cessa de me fascinar.
Tanto me atrai como me dá vontade de fugir.
Tanto me atrai como me dá vontade de fugir.
Era uma vez, mas não foi.
Era uma vez eu, tu e toda a gente que há no mundo.
Antes de nascermos, os papás coleccionaram manuais de puericultura e saúde em família para saberem o que fazer quando metêssemos feijões pelo nariz ou ardêssemos em febre com uma alergia ao leite chocolatado. Depois, vieram os manuais para a infância, as educadoras estagiárias que nos faziam testes para saber se era aos 4 ou aos 5 anos que conseguíamos apertar os atacadores e fornecer a nossa morada ao senhor polícia em caso de nos perdemos. A infância foi um período feliz se não tiver havido pedófilos por perto, pais estranhados e se tivermos sido nós a bater nos outros meninos e não o inverso. Nessa altura, viajamos na imaginação por mundos fantásticos em que tudo pode acontecer. Atrevo-me a dizer que a infância tem algo de muito sábio. Pena que depois vem a adolescência e esquecemo-nos disso tudo.
É então que descobrimos que somos todos diferentes e que queremos ser únicos, mas iguais aos outros todos. A complicação da adolescência é isso mesmo, uma complicação. Pressão de grupo, ceder ou não ceder, pertencer ou criar o próprio grupo, evitar tudo e todos e ser um solitário, vestir preto e raramente mudar de roupa, gastar a mesada em roupa de marca, ou comprá-la na feira e morrer se alguém nos descobre, evitar o espelho ou adorá-lo, professar o credo numa letra de música, descobrir substâncias desaconselhadas ou proibidas, consumi-las ou evitá-las, dedicar esses anos a bares escuros e cheios de fumo e álcool e conversas profundas em que se discutem o sexo e os anjos, ou passar os dias na praia, no mar, no campo de treinos a acreditar que somos capazes de ganhar o próximo jogo e a próxima competição, guiados pelo guru que é o nosso treinador-e-mais-que-nossa-mãe que nos lava o cérebro e nos inculca a convicção de que conseguimos dominar a bolinha e de que somos tudo se vencermos e somos uma merda se falharmos, ou não, e depois escrever tudo isto em livrinhos e diários que escondemos nos sítios mais improváveis, e só mostramos ao(s) namorado(a)/melhor amigo(a), com quem temos relações de afecto absolutamente eternas até ao dia em que entrarmos na faculdade.
(respirar)
Depois disso, marranço e copos, copos e marranço. Quatro, cinco anos depois, ou mais, saímos pela porta por onde entrámos e não nos lembramos de porra nenhuma do que andámos a fazer.
Com 20 anos, estamos cheios de força e de certezas e temos todas as fórmulas para mudar o mundo. Também temos 5 anos para cumprir o calendário que nos inculcaram durante a infância e a adolescência, e que era a razão pela qual deveríamos ter sempre boas notas na escola.
Saídinhos da faculdade (quem nunca foi para faculdade, leva um avanço de 5 anos), deveríamos então conseguir um bom emprego na área em que investimos os anos anteriores, casar com o namorado que tivémos na faculdade, desde que ele andasse em Medicina, Engenharia ou Direito e já tivesse um futuro assegurado. Dar uns dois anos e casar. Os papás ajudam a comprar a casa e mobilam a casa. Mais um ano e vem a primeira criança, a mudança para um apartamento maior, trocar o utilitário por uma station wagon ou jipe, ir tomar café à esplanada todo o santo domingo de manhã.
Se tudo correr conforme o planeado pelos paizinhos, e com uma sorte descomunal, viveremos nesta gaiola de segurança (como aquelas com que se mergulha com tubarões) até ao fim da vida e seremos um modelo para a comunidade e uma referência para a imensa maioria a quem não aconteceu nada disto. Porque à maior parte das pessoas, depois dos 25 e até aos 30, 40 ou seja quando for, não aconteceu mesmo nada disto. Afinal, havia era um mundo de possibilidades.
Antes de nascermos, os papás coleccionaram manuais de puericultura e saúde em família para saberem o que fazer quando metêssemos feijões pelo nariz ou ardêssemos em febre com uma alergia ao leite chocolatado. Depois, vieram os manuais para a infância, as educadoras estagiárias que nos faziam testes para saber se era aos 4 ou aos 5 anos que conseguíamos apertar os atacadores e fornecer a nossa morada ao senhor polícia em caso de nos perdemos. A infância foi um período feliz se não tiver havido pedófilos por perto, pais estranhados e se tivermos sido nós a bater nos outros meninos e não o inverso. Nessa altura, viajamos na imaginação por mundos fantásticos em que tudo pode acontecer. Atrevo-me a dizer que a infância tem algo de muito sábio. Pena que depois vem a adolescência e esquecemo-nos disso tudo.
É então que descobrimos que somos todos diferentes e que queremos ser únicos, mas iguais aos outros todos. A complicação da adolescência é isso mesmo, uma complicação. Pressão de grupo, ceder ou não ceder, pertencer ou criar o próprio grupo, evitar tudo e todos e ser um solitário, vestir preto e raramente mudar de roupa, gastar a mesada em roupa de marca, ou comprá-la na feira e morrer se alguém nos descobre, evitar o espelho ou adorá-lo, professar o credo numa letra de música, descobrir substâncias desaconselhadas ou proibidas, consumi-las ou evitá-las, dedicar esses anos a bares escuros e cheios de fumo e álcool e conversas profundas em que se discutem o sexo e os anjos, ou passar os dias na praia, no mar, no campo de treinos a acreditar que somos capazes de ganhar o próximo jogo e a próxima competição, guiados pelo guru que é o nosso treinador-e-mais-que-nossa-mãe que nos lava o cérebro e nos inculca a convicção de que conseguimos dominar a bolinha e de que somos tudo se vencermos e somos uma merda se falharmos, ou não, e depois escrever tudo isto em livrinhos e diários que escondemos nos sítios mais improváveis, e só mostramos ao(s) namorado(a)/melhor amigo(a), com quem temos relações de afecto absolutamente eternas até ao dia em que entrarmos na faculdade.
(respirar)
Depois disso, marranço e copos, copos e marranço. Quatro, cinco anos depois, ou mais, saímos pela porta por onde entrámos e não nos lembramos de porra nenhuma do que andámos a fazer.
Com 20 anos, estamos cheios de força e de certezas e temos todas as fórmulas para mudar o mundo. Também temos 5 anos para cumprir o calendário que nos inculcaram durante a infância e a adolescência, e que era a razão pela qual deveríamos ter sempre boas notas na escola.
Saídinhos da faculdade (quem nunca foi para faculdade, leva um avanço de 5 anos), deveríamos então conseguir um bom emprego na área em que investimos os anos anteriores, casar com o namorado que tivémos na faculdade, desde que ele andasse em Medicina, Engenharia ou Direito e já tivesse um futuro assegurado. Dar uns dois anos e casar. Os papás ajudam a comprar a casa e mobilam a casa. Mais um ano e vem a primeira criança, a mudança para um apartamento maior, trocar o utilitário por uma station wagon ou jipe, ir tomar café à esplanada todo o santo domingo de manhã.
Se tudo correr conforme o planeado pelos paizinhos, e com uma sorte descomunal, viveremos nesta gaiola de segurança (como aquelas com que se mergulha com tubarões) até ao fim da vida e seremos um modelo para a comunidade e uma referência para a imensa maioria a quem não aconteceu nada disto. Porque à maior parte das pessoas, depois dos 25 e até aos 30, 40 ou seja quando for, não aconteceu mesmo nada disto. Afinal, havia era um mundo de possibilidades.
O que ninguém nos disse.
O que ninguém nos disse foi que o maior obstáculo que teríamos na vida seríamos nós mesmos. Ninguém nos disse que toda a vontade, toda a força e todas as razões estão dentro de nós, e não dependem exclusivamente dos estímulos exteriores.
O que nos disseram é que quem está de fora é que sabe, quem está acima é que manda, e que devemos sempre fazer o que nos mandam.
Eu gosto de regras. Gosto. Pode não parecer, mas impor-me um belo conjunto de regras, bem pensadas, adequadas e explicadas, é do melhor que me podem fazer. Um descanso.
Ao contrário, imporem-me frases feitas, atitudes padronizadas e dizerem-me que assim é que é, é a garantia de que vou quebrar algumas, todas, ou, mais inteligentemente, escolher aquelas que me interessam.
A vida aos 30 é uma surpresa. Nunca ninguém me disse que eu havia de ter mudanças de humor sem saber porquê. Que haveria de acordar bem uns dias, e andar ansiosa ou insatisfeita noutros. Há dias em que me sinto triste, e dias em que tudo está bem. A vida aos 30 é uma imensa e imprevisível sensibilidade.
Tudo nos toca, tudo tem um significado, tudo implica uma aprendizagem nova desde que nos apercebemos que a vida não era nada do que nos venderam no post anterior.
Vai daí, dá trabalho ter 30.
A década entre os 20 e os 30 é aquela que nos determina o resto das nossas vidas. Talvez não tenhamos casado, talvez até já e nos tenhamos divorciado, separado, ou talvez nem nunca tivéssemos amado ou então nos tenham magoado. Talvez tenhamos um bom emprego, talvez nunca tivéssemos tido uma boa oportunidade ou nunca procurámos no sítio certo. Talvez tenhamos tido tudo o que sonhámos, mas, por alguma razão, não nos sentimos bem com aquilo. Talvez estejamos saudáveis, ou talvez tenhamos tido um acidente ou adoecido com algo grave. Talvez estejamos muito diferentes daquilo que éramos aos 20. Talvez os nossos colegas da escola, se nos encontrassem agora, não nos reconhecessem. Talvez não nos reconheçamos a nós mesmos. Talvez sejamos superstars do futebol ou música pop. Talvez sejamos ministros, CEO's ou estejamos a dormir na rua. Talvez tenhamos tido tudo e perdido, ou ao contrário, ou ainda venha a acontecer. Talvez já tenhamos morrido, ou uma experiência de vida nos tenha mudado para sempre. Talvez tenhamos mudado de cidade, de país, ido para onde ninguém nos conhece. Talvez sejamos mais felizes assim, talvez tenhamos tomado decisões erradas e perdido o caminho de volta. Talvez pratiquemos meditação transcendental, yoga e taichi e acreditemos nas energias vitais e na reincarnação, talvez nos tenhamos tornado religiosos ou completamente descrentes. Talvez tenhamos filhos, talvez não os possamos ter de todo, ou nasceram com deficiência. Talvez tenhamos a família alargada a viver connosco, talvez vivamos rodeados de pessoas que nos atrapalham, talvez vivamos sozinhos e não gostemos, ou talvez seja essa a única maneira que achamos que somos felizes. Talvez não nos identifiquemos com ninguém que conheçamos, ou talvez nos sintamos integrados ou nos tenhamos tornado no próprio guru de uma seita. Talvez comamos peixe ao jantar ou nos tenhamos tornado ovo-lacto-vegetarianos que devoramos baldes de pipocas no cinema. Talvez sejamos felizes mas não nos apercebamos, talvez sejamos infelizes e achemos que o merecemos. Talvez estejamos errados, ou talvez não. Talvez partilhemos espectáculos ou mofemos em casa em frente a um blog. Talvez.
Sim e não e às vezes.
O que ninguém nos disse é que há espaço para a incerteza. O que ninguém nos disse é que tudo está sempre em aberto.
O que ninguém nos disse é que também não sabia o que nos haveria de dizer.
O que nos disseram é que quem está de fora é que sabe, quem está acima é que manda, e que devemos sempre fazer o que nos mandam.
Eu gosto de regras. Gosto. Pode não parecer, mas impor-me um belo conjunto de regras, bem pensadas, adequadas e explicadas, é do melhor que me podem fazer. Um descanso.
Ao contrário, imporem-me frases feitas, atitudes padronizadas e dizerem-me que assim é que é, é a garantia de que vou quebrar algumas, todas, ou, mais inteligentemente, escolher aquelas que me interessam.
A vida aos 30 é uma surpresa. Nunca ninguém me disse que eu havia de ter mudanças de humor sem saber porquê. Que haveria de acordar bem uns dias, e andar ansiosa ou insatisfeita noutros. Há dias em que me sinto triste, e dias em que tudo está bem. A vida aos 30 é uma imensa e imprevisível sensibilidade.
Tudo nos toca, tudo tem um significado, tudo implica uma aprendizagem nova desde que nos apercebemos que a vida não era nada do que nos venderam no post anterior.
Vai daí, dá trabalho ter 30.
A década entre os 20 e os 30 é aquela que nos determina o resto das nossas vidas. Talvez não tenhamos casado, talvez até já e nos tenhamos divorciado, separado, ou talvez nem nunca tivéssemos amado ou então nos tenham magoado. Talvez tenhamos um bom emprego, talvez nunca tivéssemos tido uma boa oportunidade ou nunca procurámos no sítio certo. Talvez tenhamos tido tudo o que sonhámos, mas, por alguma razão, não nos sentimos bem com aquilo. Talvez estejamos saudáveis, ou talvez tenhamos tido um acidente ou adoecido com algo grave. Talvez estejamos muito diferentes daquilo que éramos aos 20. Talvez os nossos colegas da escola, se nos encontrassem agora, não nos reconhecessem. Talvez não nos reconheçamos a nós mesmos. Talvez sejamos superstars do futebol ou música pop. Talvez sejamos ministros, CEO's ou estejamos a dormir na rua. Talvez tenhamos tido tudo e perdido, ou ao contrário, ou ainda venha a acontecer. Talvez já tenhamos morrido, ou uma experiência de vida nos tenha mudado para sempre. Talvez tenhamos mudado de cidade, de país, ido para onde ninguém nos conhece. Talvez sejamos mais felizes assim, talvez tenhamos tomado decisões erradas e perdido o caminho de volta. Talvez pratiquemos meditação transcendental, yoga e taichi e acreditemos nas energias vitais e na reincarnação, talvez nos tenhamos tornado religiosos ou completamente descrentes. Talvez tenhamos filhos, talvez não os possamos ter de todo, ou nasceram com deficiência. Talvez tenhamos a família alargada a viver connosco, talvez vivamos rodeados de pessoas que nos atrapalham, talvez vivamos sozinhos e não gostemos, ou talvez seja essa a única maneira que achamos que somos felizes. Talvez não nos identifiquemos com ninguém que conheçamos, ou talvez nos sintamos integrados ou nos tenhamos tornado no próprio guru de uma seita. Talvez comamos peixe ao jantar ou nos tenhamos tornado ovo-lacto-vegetarianos que devoramos baldes de pipocas no cinema. Talvez sejamos felizes mas não nos apercebamos, talvez sejamos infelizes e achemos que o merecemos. Talvez estejamos errados, ou talvez não. Talvez partilhemos espectáculos ou mofemos em casa em frente a um blog. Talvez.
Sim e não e às vezes.
O que ninguém nos disse é que há espaço para a incerteza. O que ninguém nos disse é que tudo está sempre em aberto.
O que ninguém nos disse é que também não sabia o que nos haveria de dizer.
domingo, junho 11, 2006
Drogas.
Odeio drogas. Odeio. E não é só porque li isso numa autocolante qualquer. Odeio drogas, odeio o que fazem às pessoas, odeio a mentira que lhes contam, as asas que lhes dão e depois arrancam e oferecem outra vez e depois arrancam e depois dão outra vez e voltam a arrancar no pico do voo, e cada vez que o voo é mais alto e a queda mais aparatosa, até a pessoa se esborrachar toda e já não saber onde tem a cabeça e onde fica o umbigo. Detesto o que a droga fez/faz a amigos meus, como lhes esconde a força interior que eles nem chegaram a descobrir e a substitui por uma merda química, falsa, podre. Detesto como os transforma em fracos, os convence que não prestam para nada sem ela. Detesto, detesto, detesto, odeio. Detesto como os envelhece antes do tempo, como lhes cava um buraco na alma como se só tivessem direito a ser para sempre tristes e para sempre culpados de um dia nela ter caído. Detesto essa merda e não tenho paciência.
Porque é que haveria de ter?
O ser humano é uma das maiores forças da Natureza. Só que não sabe.
Porque é que haveria de ter?
O ser humano é uma das maiores forças da Natureza. Só que não sabe.
sábado, junho 10, 2006
Baby procrastinator.
A atitude tá lá. O gesto foi capturado. O trabalhinho... err... o quê mesmo?
Já bou... só tenho mesmo é de largar o telemóvel, desligar o msn, quit o photoshop, esquecer o blog, inventar um almoço, tomar um café, comer um chocolate, sentar-me direitinha, e escrever sem pensar muito mais...
Porra...e eu nem sei se me interessam os resultados.
Se estivesse no Porto, ia mas é à praia.
Post do 10 de Junho #3
As minhas cores favoritas na bandeira nacional: Azul e Branco.
Ah, sim, e no futebol também!
Post do 10 de Junho #2
(nove horas de sono mais tarde e depois de um belíssimo acordar)
BOM DIAAAAA!!!
:D
BOM DIAAAAA!!!
:D
Post do 10 de Junho #1
[insert bandeira nacional aqui]
Viva Portugal, viva, viva, oh viva.
Viva a nossa Selecção. Viva o Futebol. Viva...
Pronto, é só isto. Agora é só isto.
Viva Portugal, viva, viva, oh viva.
Viva a nossa Selecção. Viva o Futebol. Viva...
Pronto, é só isto. Agora é só isto.
Um por dia.
Sim.
Não.
Vamos ver no que é que isto dá.
Devia era ficar quietinha.
Mas porquê?
Porque não?
Vou.
Nah.
Se não for, o que é que fico a fazer?
Ao menos apanho ar.
Aprendo algo.
Bela lição.
Mais uma.
Eu já sabia que ia ser assim.
Sabia, mas há novos elementos.
Sou parva.
Não sou, faço-me.
Há sempre algo a aprender.
Devia era ficar mesmo quietinha.
Quietinha, eu sufoco.
Ligo.
Não ligo.
Ligo só pra dizer olá.
Olá.
Adeus.
Não, não me apetece sair.
Apetece, mas estou cansada.
Apetece, mas não acrescenta nada.
Nunca se sabe.
Hoje não.
Pronto, já não apetece.
Vou ficar.
Hmm...
E agora, que faço?
Dou tempo.
Deixo estar.
Fico quietinha.
Boa noite..
Amanhã nada disto existe.
Amanhã é novo.
Amanhã.
Só amanhã.
Hoje ainda é hoje.
Mas já está a acabar.
Esqueço.
Adormeço.
Fui.
Não.
Vamos ver no que é que isto dá.
Devia era ficar quietinha.
Mas porquê?
Porque não?
Vou.
Nah.
Se não for, o que é que fico a fazer?
Ao menos apanho ar.
Aprendo algo.
Bela lição.
Mais uma.
Eu já sabia que ia ser assim.
Sabia, mas há novos elementos.
Sou parva.
Não sou, faço-me.
Há sempre algo a aprender.
Devia era ficar mesmo quietinha.
Quietinha, eu sufoco.
Ligo.
Não ligo.
Ligo só pra dizer olá.
Olá.
Adeus.
Não, não me apetece sair.
Apetece, mas estou cansada.
Apetece, mas não acrescenta nada.
Nunca se sabe.
Hoje não.
Pronto, já não apetece.
Vou ficar.
Hmm...
E agora, que faço?
Dou tempo.
Deixo estar.
Fico quietinha.
Boa noite..
Amanhã nada disto existe.
Amanhã é novo.
Amanhã.
Só amanhã.
Hoje ainda é hoje.
Mas já está a acabar.
Esqueço.
Adormeço.
Fui.
quinta-feira, junho 08, 2006
quarta-feira, junho 07, 2006
Escorpião.
O caminho era diferente, a cidade era outra, mas a atitude era exactamente a mesma. Saí de casa para fazer algo que me tira mais do que me acrescenta, para dar alguma coisa a quem só suga, e com a certeza de que não iria regressar encantada da vida. Ainda assim, fui. Outra vez. O padrão já está mais que desenhado, reconhecido, estudado. É fácil quebrá-lo. Bastava seguir os mesmos conselhos que dou aos outros. Bastava ligar a quem me conhece bem, sendo por isso mesmo que não ligo.
Mas eu não me ouço, não me respeito, desafio-me a mim mesma, mando-me à merda e vou apanhar as canas. Ontem foi como se tivesse regredido no tempo, nas decisões que havia tomado, e me deixado cair novamente naquela forma de vida parva e viciada que já me permiti ter. Ainda fiz uns telefonemas para ver se arranjava distracção à altura, se arranjava desculpa para dizer que afinal não ia. Mas não. Peguei no carrinho e lá fui eu, meia a curtir o passeio por Lisboa à noite, meia a perguntar-me que raio ia eu fazer, porquê e o que ganhava com aquilo.
A resposta ia invariavelmente ter ao meu "síndrome de madre teresa", à minha curiosidade pela natureza humana, pela minha ilusão do resgate dos mal resolvidos da vida, e à minha insistência em sentir a vibração e desvalorizar os comportamentos. Devia era cuidar da minha vida e dar atenção a quem realmente merece, em vez de arranjar nova sarna para me coçar.
Nestas alturas, noto o quão instável é a minha mistura de razão e animalidade. Reajo mais do que penso, e penso muito para justificar as reacções, os apetites, os actos mais impensados. Porque sim, porque apetece, porque não perco pedaço (pelo menos não visível), porque alguém fica melhor, porque aprendo sempre alguma coisa, porque prolongo um jogo que podia nunca ter começado, porque me convenço ainda melhor daquilo que já sei, mas prefiro ignorar. Porque me seduz desafiar as minhas próprias regras. Porque sei que deixo marca. E porque me defendo de coisas maiores.
Mas eu não me ouço, não me respeito, desafio-me a mim mesma, mando-me à merda e vou apanhar as canas. Ontem foi como se tivesse regredido no tempo, nas decisões que havia tomado, e me deixado cair novamente naquela forma de vida parva e viciada que já me permiti ter. Ainda fiz uns telefonemas para ver se arranjava distracção à altura, se arranjava desculpa para dizer que afinal não ia. Mas não. Peguei no carrinho e lá fui eu, meia a curtir o passeio por Lisboa à noite, meia a perguntar-me que raio ia eu fazer, porquê e o que ganhava com aquilo.
A resposta ia invariavelmente ter ao meu "síndrome de madre teresa", à minha curiosidade pela natureza humana, pela minha ilusão do resgate dos mal resolvidos da vida, e à minha insistência em sentir a vibração e desvalorizar os comportamentos. Devia era cuidar da minha vida e dar atenção a quem realmente merece, em vez de arranjar nova sarna para me coçar.
Nestas alturas, noto o quão instável é a minha mistura de razão e animalidade. Reajo mais do que penso, e penso muito para justificar as reacções, os apetites, os actos mais impensados. Porque sim, porque apetece, porque não perco pedaço (pelo menos não visível), porque alguém fica melhor, porque aprendo sempre alguma coisa, porque prolongo um jogo que podia nunca ter começado, porque me convenço ainda melhor daquilo que já sei, mas prefiro ignorar. Porque me seduz desafiar as minhas próprias regras. Porque sei que deixo marca. E porque me defendo de coisas maiores.
terça-feira, junho 06, 2006
Cala-te agora... mas fala depois, por favor.
Sou geralmente voluntariosa com a minha opinião, mas isso é porque sou curiosa e quero ouvir o que o outro lado tem a dizer. Gosto pouco de sermões. Prefiro conversas amenas ou animadas. Além de que falo quando mais ninguém tem interesse em pronunciar-se. Talvez seja isso. Burrice minha. Talvez os outros se tenham apercebido que é melhor calar. Talvez não. Mas quando eu falo, são demais as vezes que me mandam calar. Deve ser coisa aqui dos mouros. Estamos na aula, mas não podemos perguntar nada. Devemos é aceitar o que nos dizem... vai lá, vai.
Quando me calo - para que os outros tenham voz - há um silêncio que incomoda até as pedras da calçada.
Pois, agora, já dava jeito que a Sílvia dissesse qualquer coisinha para ajudar a animar.
Sorry, já não está cá quem falou. Humpf.
Quando me calo - para que os outros tenham voz - há um silêncio que incomoda até as pedras da calçada.
Pois, agora, já dava jeito que a Sílvia dissesse qualquer coisinha para ajudar a animar.
Sorry, já não está cá quem falou. Humpf.
Os posts que ainda hei-de escrever.
- eu a conduzir em Lisboa
- o curso quase a acabar e a vida a mudar outra vez
- o que quero ser quando for grande
- ai ai ui ui, o que é isto, e não fui eu que pedi um Porto Calém.
- quando se bate uma porta, há sempre um telemóvel que toca.
- marketing 360º 'r' us.
- não me lembro de ver a minha cadela
- silvia: VENDE-SE. Motivo: mudança de ramo. Ou não.
... e tudo mais aquilo que eu me lembrar até ao dia em que não esteja mocada demais para produzir mais de duas linhas de texto.
- o curso quase a acabar e a vida a mudar outra vez
- o que quero ser quando for grande
- ai ai ui ui, o que é isto, e não fui eu que pedi um Porto Calém.
- quando se bate uma porta, há sempre um telemóvel que toca.
- marketing 360º 'r' us.
- não me lembro de ver a minha cadela
- silvia: VENDE-SE. Motivo: mudança de ramo. Ou não.
... e tudo mais aquilo que eu me lembrar até ao dia em que não esteja mocada demais para produzir mais de duas linhas de texto.
Pronto, não doeu nada.
foto do projecto _traces_ do Yacine Sebti e do Tom Heene.
Já está. Já passou. Sem mortos nem feridos, os Encontros Imediatos correram muito bem e deixaram muitas lições a aplicar futuramente.
Gostei. Gostei francamente de experimentar mais a sério o trabalho de produção, gostei da necessidade de encontrar soluções em vez de criar novos problemas, gostei de tomar pequeninas decisões (as grandes eram com a chefinha), gostei do contributo que dei e gostei que o patrãozão também tivesse gostado. Gostei porque aprendi coisas novas e, também, porque constatei que afinal até já sabia alguma coisinha, especialmente gerir o stress. E gostei das pessoas que conheci. Gostei porque ganhei alguma coisa com isto, e ganhei bem mais do que estava à espera, sendo que não me refiro a dinheiro.
Agora há mais daqui a uns dias, mas o pior (o melhor) já passou.
Não doeu nada, mesmo.
domingo, junho 04, 2006
Domingo À BORLA
Chegou o dia dos Encontros Imediatos!!!
Das 11 às 24 há coisas giras para ver. Aproveitem que é à borla e não há nada de jeito na TV. Até podem votar e fazer um artista feliz.
Dura todo o dia e os espectáculos repetem. Venham, venham, venham!!! :D
Info aqui e o resto acolá:
Campo Mártires da Pátria
Jardim do Torel/Campo Mártires da Pátria
Casa da Juventude da Galiza
Hospital Miguel Bombarda
Rato/Príncipe Real
Museu Nacional de História Natural
Casa Fernando Pessoa
Bairro Alto
Galeria Armazém
Escola Superior de Dança
Loja Atalaia (montra)
Santos
Convento das Bernardas
Terreiro do Paço
Átrio Ministério das Finanças
Sé
Sala do Risco (junto ao Museu Antoniano)
Anjos
Espaço - café concerto
Av. Roma
Café concerto Maria Matos
Campo Grande
Museu da Cidade
Das 11 às 24 há coisas giras para ver. Aproveitem que é à borla e não há nada de jeito na TV. Até podem votar e fazer um artista feliz.
Dura todo o dia e os espectáculos repetem. Venham, venham, venham!!! :D
Info aqui e o resto acolá:
Campo Mártires da Pátria
Jardim do Torel/Campo Mártires da Pátria
Casa da Juventude da Galiza
Hospital Miguel Bombarda
Rato/Príncipe Real
Museu Nacional de História Natural
Casa Fernando Pessoa
Bairro Alto
Galeria Armazém
Escola Superior de Dança
Loja Atalaia (montra)
Santos
Convento das Bernardas
Terreiro do Paço
Átrio Ministério das Finanças
Sé
Sala do Risco (junto ao Museu Antoniano)
Anjos
Espaço - café concerto
Av. Roma
Café concerto Maria Matos
Campo Grande
Museu da Cidade
sexta-feira, junho 02, 2006
Gata borralheira.
E pronto, aqui estou eu, sozinha, num escritório finalmente vazio. Saíram todos, ou pelo menos assim parece. Foram à abertura do alkantara festival (sim, escreve-se sempre com caixa baixa, vá-se lá saber porquê), mas eu estou sem energia e também não tenho paciência. Tenho coisas para fazer, para não ter de as fazer amanhã, para dar tempo a que metade corra mal, a outra metade tenha erros, e mais metade tenha de ser repetida. Assim como assim, tenho a noite toda.
Vou devagarinho. Eu e a impressora, eu e a minha fiel maçã, eu e o meu engenho, eu e a minha paz. Eu e mais ninguém.
Sim, sinto-me um bocadinho a resvalar para o tristinha. Gostava de ir ao teatro, à inauguração, à festa, acho até que me faria bem e não me deixaria ficar a pensar em coisas que não interessam nada, mas depois ficava a cismar no trabalho. Tinha quatro bilhetes e dei-os todos. Não tenho ninguém com quem partilhar seja o que for, e o social, hoje, não me atrai.
Tenho que fazer, e quero fazê-lo. Agora.
Vou devagarinho. Eu e a impressora, eu e a minha fiel maçã, eu e o meu engenho, eu e a minha paz. Eu e mais ninguém.
Sim, sinto-me um bocadinho a resvalar para o tristinha. Gostava de ir ao teatro, à inauguração, à festa, acho até que me faria bem e não me deixaria ficar a pensar em coisas que não interessam nada, mas depois ficava a cismar no trabalho. Tinha quatro bilhetes e dei-os todos. Não tenho ninguém com quem partilhar seja o que for, e o social, hoje, não me atrai.
Tenho que fazer, e quero fazê-lo. Agora.