terça-feira, janeiro 31, 2006

Drama ou comédia?

Ao telefone.
- Guilherme, liguei para te dizer que me vou matar.
- Ai vais?
- Vou.
- Porra, fazes sempre isso.
- Isso o quê?
- Matares-te.
- Eu nunca me matei antes.
- Olha, mata-te agora.
- Estás a dizer-me para me matar?
- Mas não é isso que queres?
- É. Faço qualquer coisa para me livrar de ti.
- Então vai. Como é que vais fazer?
- Enforcar-me com o fio do telefone.
- Queres ajuda?
- Por acaso, foi mesmo por isso que liguei. Queria uma sugestão de nó. Preciso de um que não se desfaça.
- E vais mesmo matar-te com o fio do telefone? Isso é ridículo. Não te preferes atirar da varanda?
- Hmm... até era fixe. Saía nas notícias...
- Fama até ao fim.
- Eu mando-te o recorte do jornal.
- Fico à espera, então. Adeus.
- Adeus.

A urgência de escrever.

Há alturas em que só a escrever é que passa. Momentos em que temos mesmo de chegar até um computador, um moleskine, um guardanapo de café. Minutos em que o mais importante no mundo é ter uma caneta que escreva e um sítio onde assentar as palavras. Não precisam fazer sentido, não se destinam a ser lidas, ou talvez sim. Serve para desabafar, para acalmar a revolta de um pensamento que a palavra dita não consegue porque não é livre. Porque ninguém escuta, porque ninguém concorda, ninguém contrapõe porque não é o momento para discutir e tentar defender o inquestionável.
São momentos de profunda solidão auto-infligida, uma fuga para um lugar seguro, um mundo perfeito, estranho, clandestino, inexplicável, visível apenas ao seu criador.
Pode ser a hora de lavrar a sentença mais dura sem direito de apelo. Coincide, por vezes, com a desilusão, o fim, o momento em que algo se quebra e não está lá ninguém para contestar. Ou pode ser a celebração de algo que merece ser recordado, lido e relido, emoções revividas, sentimentos que não se podem esquecer. Pode ser o mais valente "tou-ma-cagar", um perfeito "in-your-face", um "não-me-chateies", ou então um "não sei que faça". Pode ser um desejo, uma lista de coisas para fazer, um "prós e contras". Pode ser só para aquecer as mãos, rodeios para evitar o busílis, tempo a mais e nada mais que fazer. Há quem pinte, há quem corra, há quem encontre alguém para foder. Há quem escreva e não cause dano. Há quem escreva e destrua a seguir. Mas quem escreve, pensa, e quem pensa raciocina e, quando raciocina, resolve.
Escrever resolve, às vezes. Escrever é terapêutico e pode durar segundos ou horas. Pode ser febril e produzir resultados brilhantes nesse momento único, e que seriam impossíveis em qualquer outra altura.
Podem escrever-se tratados ou apenas uma palavra na areia. Pode perder-se tudo e jamais recuperar, ou reescrever e fazer melhor ainda.
Escrever irrita, escrever acalma, escrever resulta.

Constatação do dia.

Os homens adoram bimbas.
Adoram as gajas parvinhas, ciumentas, birrentas, mimadas, desde que sejam mesmo boas e (quase) inatingíveis. Gostam daquelas que lhes fazem a cabeça em água, os destratam, os incomodam, os fazem sentir uns inúteis. Babam-se pelas gajas que os atam (à cama) com amarras invisíveis (e algemas...?) e os esmagam sob o peso de um compromisso que não tem razão de existir.
Gostam das gajas que não gostam deles. Gajas que só gostam delas mesmas e conseguem que eles façam o mesmo.
Os homens perdem-se por mulheres que lhes alteram o sentido da realidade e os fazem comportarem-se como o tipo de gajo que mais nenhuma mulher há-de querer.
Mas, se é assim, é porque se merecem.

domingo, janeiro 29, 2006

Caros Senhores*,

(*leia-se "gajos")

For the time being,

Agradecida pela paz de espírito.

Querido Diário,

Este fim de semana, a única coisa que não me aconteceu foi ficar entediada.

Sábado começou com um incêndio.
Isso mesmo, um incêndio com labaredas e fumo e telhas a explodir e gente a gritar pelos bombeiros, e a apenas dois metros e meio da janela do meu quarto. O meu vizinho drogadito, que insistia em habitar a casita devoluta mesmo em frente ao meu prédio, não quis passar frio. Por isso, ou por outra razão mais ou menos insondável, pegou fogo à casa.
A janela dele é mesmo em frente à minha. Enquanto que a janelinha dele ardia, a minha aquecia. Foi emocionante. Liguei para os bombeiros e, em cinco minutos (louvados sejam, e a PSP daqui também) estava tudo acabado. Lá pude sair de casa e ir assistir a uma mostra de Documentário Português.
Aí, descobri que o meu colega preferido do curso é um realizador talentoso. Fiquei impressionadíssima. O documentário "Amanhã, não é aqui.", do João Seiça e da Joana (eu já vou saber o sobrenome) Pimenta é das mais belas peças de documentário que eu já tive o prazer de assistir. Aquilo tem PRÉMIO escrito por todos os lados.
Depois foi o almoço com gente nova e depois o debate sobre os documentários da manhã, e depois o Sporting/Benfica, comigo a torcer pelo Sporting (SPÓÓÓÓÓRTIIING!!), e depois jantar com mais gente nova e uma retumbante e inesperada vitória ao Party&Co em casa de amigos, com, não uma, mas duas chamaditas, pelo meio, para a Casa Branca (sim, A Casa Branca, aquela do Bush, e em que se fica a saber que o Mr. President agradece a nossa chamada: Thank you for calling the White House. Your call is very important for the President... e agora desliga que isto está a ficar caro...), uma fuga estratégica a tempo de evitar o jogo do copo e, depois, a primeira vez que conduzi em Lisboa. Excelente ao volante, não deixei ir o carro abaixo nem sequer bati, e acabei a noite a ajudar o amiguito a disfarçar o excesso de tinto no sangue com cházinhos e ar fresco. Foi bem.

No Domingo, acordei com um trovão. Aconteceu logo a seguir a um impressionante relâmpago, e que foi o maior que já senti em toda a minha vida. Sim, a terra tremeu para mim, aliás aqui o montinho estremeceu todo. E depois veio a neve. Surreal. :)
Estava eu a ver um divertidíssimo e relaxante filme para toda a família, o "JAWS", também conhecido por "Tubarão" (ao Domingo!!! às 15H!!!! e sim, na TVI), quando recebi uma chamada da Lucie para ir, debaixo de chuva e frio, assistir a performance de dança mais estúpida que alguém teve a coragem de levar a público. Mas tudo bem, eram bonecos a mexer, ao vivo e tal, com montes de palavrões em inglês e coiso. Saímos a meio.
O que interessa é que, depois jantei bem, passei na Fnac, andei por Lisboa à noite a curtir o frio e depois vim para casa. Tinha planos para a noite, mas levei tampa.
Foi um fim de semana...eh pá, coiso.

Olha!

Bel said...
oh Silvia...olha, NEVE!

Beijo
BN

Domingo, 29 Janeiro, 2006


Pois é, Belinha. Aqui também. Nunca vi nevar no Porto, e vim ver nevar em LISBOA!!!!!
Quero mais!

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Sexta, não é?

Plano para hoje à noite, depois de ter passado a tarde a ver curtas metragens e a cansar os olhinhos:
Sentar-me agasalhada na varanda, lá fora, a olhar a cidade, a não ver a cidade, e a tomar um chocolate quente. Até me apetecia ver gente, mas não me apetece sair. Amanhã tenho de acordar cedo. Vou ficar na companhia do Wallace & Gromit que comprei há dois meses e tenho andado a guardar como a um bombom especial. Devia tentar escrever alguma coisa...
Hoje que dia é? Sexta. Hmm. Provavelmente, este não será o último post de hoje.

Quanto muito, sem molhos!

"(kentucky?)"
;)

O Dragão não tem telhado de vidro.

Uma miúda posta, posta, posta, e esta gente só comenta os posts sobre peidos, varadas e política. Fará se eu falasse de futebol!... oops, é melhor não entrar por aí. Hmm...Não resisto.

No outro dia, passei mesmo ao lado do Estádio do Benfica. É feio.
Parece uma obra de construção civil clandestina, cheio de canos por fora e com os tijolos de cimento à mostra. E o do Sporting não é melhor: parece uma casa de banho com péssima escolha de azulejos com um neon pindérico a brilhar. Eh.
Pronto, ripostem, se conseguirem. O Dragão não tem telhado de vidro.

Saudades do #@‰¶#&@@!!

Tenho saudades do Porto quando daí me dizem que está um frio do car...lho.

(don't) let go.


Strings attached ou cordas de segurança?

"Hmm?"

Os homens são gajos calados. As mulheres falam para eles e eles até se fazem de simpáticos e tal, e quando não as ignoram, mudam o assunto graciosamente. Claro que, quando engraçamos com eles, fazemo-nos de simpáticas e fazemos de conta que não reparamos e até aceitamos o novo tema de conversa, damos umas risadas e logo voltamos à carga. Ou não.
Os homens são gajos calados. Mudos mesmo, e surdos também. Na proporção inversa do tamanho dos tomates. Às vezes.

Meio frango para cada um.

Amostrinha.

Queridos [nome de código aqui],
Este Natal eu queria que fosse a mamã a fazer a consoada. No ano passado, o meu irmão e o meu pai pegaram fogo ao jantar e por isso tivemos de comer sandes de Tulicreme. Eu gostava de Tulicreme mas agora enjoei. Quero que a mamã me faça uma sande de manteiga. Mas ela só vê televisão e nunca passa o comando. Eu também queria ver o Noddy.
Eu ia escrever ao Pai Natal, mas disseram na televisão que o Pai Natal não existe. Eu já desconfiava que havia ali batota porque há muitos pais natais que eu sei porque eles ficam pendurados nas varandas muito tempo e não saem de lá e não têm tempo de ir às compras e comprar prendas para mim no Continente. O pai natal da minha vizinha ainda lá está pendurado e já é Agosto, por isso eu sei que não vale a pena escrever-lhe.
O meu irmão tem internet e eu sempre que posso vou lá ver umas miúdas. Um dia destes eu fui lá e encontrei o vosso site e achei que era mesmo à maneira.
Venham cá buscar a mãe e façam com que ela empreste o comando e evite que o pai pegue fogo à casa. O meu irmão também se recusa a mudar os lençois da minha cama. Já disse à mãe que tenho comichão, mas ela diz que já vai e já passa, mas ela não vem e a comichão não passa. E prontes. O meu pai depois escreve a morada no envelope, que eu não sei.
Andem lá, se faz favor.

Quico.
6 anos

Sei...

Sei muitas coisas. Assusta-me a quantidade de coisas que já aprendi com esta (ainda) tenra idade.
Aos 80 anos, planeio ser intratável.

(de)Generation Crap.

Com a quantidade de informação que ando a absorver, será que, aos 110 anos, para além de um implante auditivo, uma anca postiça, uma dentadura completa e um andarilho, também irei precisar de um disco duro externo?

Gosto de me ler.


Eu escrevo mesmo muito, caraças! Não escrevo nada de jeito, mas que escrevo muito, escrevo.

Puff!


Minha amiga, foste com o ca..raças. Tinha aqui o link na barra de bookmarks e tirei-o. Puff! (num mac, faz mesmo puff!, é giro!) Já não acrescentavas nada à minha existência e estavas só mesmo a ocupar-me o espaço. Olha... pufff!
Substituí por outro. Porque perdeste o interesse, porque ultrapassaste o limite da minha paciência, porque estou farta de que fizesses a festa no meu quintal e não deixasses ninguém brincar com as tuas bonecas pindéricas. Sempre preferi subir às árvores e jogar à bola e brincar com os rapazes. Hoje ainda brinco com os rapazes, mas isso não te diz respeito.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Alien inside.

Porque é que é só quando se está acompanhado que a barriga se lembra de fazer imensos barulhos estranhos? Deve querer participar da conversa.

Porto, boulot sans dodo.*

*é franciú, très chic!! oh, la la!
Significa que vim do Porto direitinha pro trabalhinho e que estou de directa. Mas foi produtivo, sim senhor, obrigada por perguntarem. Agora tenho mais que fazer, mais que pensar, mais que escrever, e ainda alguma coisa para dormir. Té já.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Varadas.

Hoje encontrei um amigo da faculdade que já não via há uns dois ou três anos. Perguntou-me logo como estava de amores, se estava casada, se namorava. Respondi-lhe que não e que não. Ele continuou: "...e umas varadas?..."

É isto que eu gosto nos amigos da faculdade...(suspiro). Bons tempos. :)
Não passam por nós. :D

1974,Geração Trintage #16

O resultado é divertido, mas o teste é bem mais.
Da Radio Comercial, via a durona da Magnólia. Ide bere!



Você é “You Spin Me Round (Like A Record)” dos Dead Or Alive (1984):
Você é uma pessoa exuberante e que não se preocupa demasiado com o que os outros pensam de si. O caminho da normalidade raramente é aquele que você escolhe trilhar. Gosta de se divertir e não se importa nada de ser o foco de todas as atenções.
...You spin me round round baby right round like a record baby round round round round...

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Sejam amiguinhos!

O filtrão.

E é assim que a Sílvia Sem Filtro desilude os seus leitores ao, sem filtro, publicar a sua escolha eleitoral.
Que se lixe o conteúdo dos posts publicados ao longo de quase dois anos, que se lixe o estilo leve da escrita, que se lixem as ideias que tocaram os corações e as consciências de quem os leu. Acima de tudo, que se lixe a coerência de quem exerce uma coisa chamada Liberdade de Opinião.
Se os meus leitores são assim, estão a mesmo a precisar que eu publique a doutrina SSF em livro para poderem, todos vaidosos, vir à vernissage, e à sessão de autógrafos e fazer todas aquelas merdas que ficam bem na sociedade portuguesa, mas que não adiantam um caneco.
Já não se pode ser feio e honesto. Já não se pode dizer o que se pensa sem apanhar na boca. Já não se pode resistir à máquina mediática e dizer só que o interessa em vez do que o que os outros querem ouvir. Acordem lá do circo da merda em que andam a javardar. Portugal ainda é aqui! Cambada de atrofiados.
E depois acham-se muito diferentes do Cavaco Silva. Aquela porradinha na Ponte 25 de Abril? Aproveitamento mediático à parte, temos de ser uns para os outros.
Passem bem. Passem ao próximo.

Pequenino.

Acredito em viver o momento. E acredito em viver os momentos seguintes. Aprendi a viver os momentos como eles são e enquanto o são. Não os projecto para o futuro, não os deformo na projecção, e entendo muito bem quando não é o momento. Tenho a perfeita consciência quando algo que é bom só o é num determinado contexto e não tem condições para ir além disso. Um dia após o outro e celebremos as coisas boas da vida. Às vezes, custa-me desistir de algo que nem começou, mas faço-o porque o entusiasmo é algo que exijo partilhar.
Entristece-me o medo que persiste em algumas atitudes. Desilude-me.

domingo, janeiro 22, 2006

O meu voto é secreto.


E vencedor. :)

Portugal no choco.

Bamos lá, então, botar o obo para ber quem sai da casca.
(aceitam-se ilustrações para este post.)

sábado, janeiro 21, 2006

It's a bumpy ride.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Quem quer comprar esta linda carrocinha?

É uma menina, pequenina, maneirinha, mas é grande mulher prá guerra. Vestida de rosa escuro não é propriamente a mais bela carruagem do mundo. É um tanque, na verdade. Não foi propriamente bem tratada, mas resiste a quase tudo. É um Peugeot 205, mas é leoa, e é a minha boguinhas. Está à venda. Talvez.

O meu Peugeot 205 não é apenas mais um Peugeot 205. É o fiel companheiro das fugas para sítios bonitos, o intrépido conquistador de distâncias, o mais utilitário dos amigos, amigo dos meus amigos, e o carro que mais respirou capoeira neste lado do Atlântico. Para quem me conhece, este Peugeot 205 não mais que um automóvel, é o "Carro da Sílvia". E o "Carro da Sílvia" é um clássico, uma lenda, o novo mito urbano de entre o Porto e Paredes. O "Carro da Sílvia" faz tanto parte do meu figurino como a Loira, como o SSF, como os ganchinhos do cabelo, as botas confortáveis, o sorriso, e o mau feitio.

O Carro da Sílvia está à venda...
Pela melhor oferta. Pecuniária ou outra.
Ou até eu encontrar uma solução melhor.

Anexos.

Neste momento, tenho:
· Duas moradas
· Dois automóveis
· Dois computadores
· Duas cadelas
· Dois grupos de capoeira.

Vivia melhor com metade.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Fui daqui pra ali.


É um pulinho.

(sim, também já há Google Earth para mac. As coisas que eu vou encontrando...eheheh)

I must confess...

I'm a sucker for that wonderfully charming British accent.
Oh well...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Trata com DELETE! ;D


Há doentes mentais na net. Mantenha-os à distância com DELETE.
Quando parece que não há nada a fazer, quando os argumentos se esgotam e a razão não é aplicável, sorria.
DELETE é a solução eficaz.

DELETE, a pastilhinha cala-tolos.

Aplicada no momento exacto, DELETE devolve a serenidade a qualquer blog. Incolor, inodor e sem dor, DELETE elimina na perfeição os comentários parvos de gente insistente, sem deixar nódoa.
Para alívio imediato, use DELETE.

DELETE, a pastilhinha cala-tolos.

Uma aplicação certa de DELETE silencia a praga e desencoraja recidivas.
Esqueça os argumentos demorados. Prefira DELETE, ninguém vai saber que o está a usar, só mesmo a praga.

DELETE. À vista no teclado mais próximo de si.

DELETE, a pastilhinha cala-tolos.
DELETE. Aperta com eles.

DELETE está também disponível em rato e trackpad. Sabor a maçã. Medicamento de aplicação livre, porque não é você que carece de receita médica. Peça conselho ao seu Informático. Interacções e Efeitos Secundários: pode suscitar ideias para novos posts.

Shakalaka baby.


Existe algo de fantástico (no sentido de pura fantasia mesmo) em assistir a um filme de Bollywood, morando em pleno Martim Moniz.
Dou por mim animada com a ideia de que, um dia, ao sair de casa, venha a dar por um punhado de indianos bonitos, vestidos com roupas coloridas, a dançar alegremente nas ruas, festejando o romance de um deles com a mais bela e casta indiana de toda a Lisboa, ao som de melodiosa e animada música de citaras...
(Cliquem na imagem para ver o vídeo.)

terça-feira, janeiro 17, 2006

O meu Felipe.


Que saudades de te ver voar, Professor...
(quer dizer, Contra Mestre Felipe).

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Há mais na maçã...

Aliás, há mesmo de tudo. É um mundo. Ou melhor, é o mundo: jogos, bolsa de valores, dicionários, enciclopédias, info sobre voos, meteorologia, páginas amarelas, estações de rádio, notícias (até mesmo o teletexto da RTP), horóscopos, consultório sentimental ou quase, brincadeirinhas, e muito mais...
Bem vindos ao fabuloso mundo dos Widgets para Mac.


Eu já comecei a minha colecção. :P

domingo, janeiro 15, 2006

Cromo alienígena na Mouraria.

Lar chuvoso lar.

Hoje, pela primeira vez, acordei em Lisboa e pensei que estivesse em casa. Estava quentinha na minha cama e amanheci com o som da água da chuva a pingar das caleiras... hmmm. E é Domingo.

sábado, janeiro 14, 2006

Birds of the same feather...

How to Be Creative*.

*(Long Version here)

1. Ignore everybody.
2. The idea doesn't have to be big. It just has to change the world.
3. Put the hours in.
4. If your biz plan depends on you suddenly being "discovered" by some big shot, your plan will probably fail.
5. You are responsible for your own experience.
6. Everyone is born creative; everyone is given a box of crayons in kindergarten.
7. Keep your day job.
8. Companies that squelch creativity can no longer compete with companies that champion creativity.
9. Everybody has their own private Mount Everest they were put on this earth to climb.
10. The more talented somebody is, the less they need the props.
11. Don't try to stand out from the crowd; avoid crowds altogether.
12. If you accept the pain, it cannot hurt you.
13. Never compare your inside with somebody else's outside.
14. Dying young is overrated.
15. The most important thing a creative person can learn professionally is where to draw the red line that separates what you are willing to do, and what you are not.
16. The world is changing.
17. Merit can be bought. Passion can't.
18. Avoid the Watercooler Gang.
19. Sing in your own voice.
20. The choice of media is irrelevant.
21. Selling out is harder than it looks.
22. Nobody cares. Do it for yourself.
23. Worrying about "Commercial vs. Artistic" is a complete waste of time.
24. Don’t worry about finding inspiration. It comes eventually.
25. You have to find your own schtick.
26. Write from the heart.
27. The best way to get approval is not to need it.
28. Power is never given. Power is taken.
29. Whatever choice you make, The Devil gets his due eventually.
30. The hardest part of being creative is getting used to it.

Criativos e recreativos.


Há aqueles que nasceram criativos e aqueles que aprenderam, com muito trabalho e porradinha, a ser criativos (nos mesmo bons, estas duas condições coincidem). Infelizmente, também existe no mundo uma raça virulenta de aspirantes a criativos que nem talento inato, nem mesmo uma lobotomia, os poderá ajudar. Vivem vaporosos e desejosos de usar o "títalo", de o assinar na declaração das finanças, de serem reconhecidos (na rua) por isso. Claro que ainda não atingiram que a função de um criativo é RESOLVER problemas e encontrar SOLUÇÕES e não CRIAR mais problemas e andar aos soluções. Incompetentes, e insuportavelmente alheios a essa realidade, estes muito bem arranjados e balofos balões de peido pseudo-intelectual enchem a boca e o peito para afirmar que são "criativos". Ouvi-los, observá-los, dá-me vontade de rir. Tê-los a dividir o meu espaço, a encher-me os ouvidos, a esgotar-me a paciência, o tempo, e a desperdiçar o meu dinheiro dá-me vontade de chorar. Mas onde é que se desligam estes gajos?

Medíocres!

Se havia coisa que eu detestava, quando andava a estudar, era aquela gentinha medíocre que, na véspera dos testes ou até no próprio dia, ia choramingar à professora e pedir para adiar o teste. Agora que voltei a estudar, acho ainda mais inadmissível adiar datas de entregas só porque apetece.
Adivinha-se a boa prática profissional que daí resulta... oh-oh!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Sexta-feira, 13


Alguém há-de ganhar o Euromilhões.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

(In) Utilidade pública.

Hoje visitei uma repartição de Finanças que não vendia, não preenchia e não recebia impressos de impostos. E também não aceitava pagamentos de IVA. Hmm... que útil!

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Eu mereço?

Se criassem um Prémio Nobel para mim, qual seria?

Resposta enlatada.


Usada sem moderação pode causar efeitos indesejáveis.

A máquina trituradora.


Entra porco sai salsicha, entra jovem sai farrapo, entra cérebro sai miolo, entra tripa sai coração, entra mãos e entra pés, entra a direito sai torcido, entra novo sai velho, entra rico sai pobre, entra pobre sai rico, entra humilde sai armante, entra mal sai pior, entra magro sai balofo, entra livre sai com dívidas, entra cedo sai tarde, entra alegre sai parvo, entra esperançoso sai desesperado, entra sonhador sai desiludido, entra profissional sai estagiário, entra gestor sai escravo, entra escravo sai morto, entra grande sai pequeno, entra confiante sai assustado, entra educado sai arrogante, entra calmo sai nervoso, entra por cima sai por baixo, entra por cima sai pela janela, entra a bem sai a mal, entra a custo sai a pontapé, entra um sai outro, entra Síl...eh lááá!!... Alto aí!
Entro mais tarde. Ou não.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Parabéns, Xico Zé!!


Tem um dia de leão,
Grande como o teu c... oração.
Se precisares de ajuda
Pede ao Amaral, que ele dá-te uma mão!

*******
:)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Na justa medida.

Se o Porto é uma Nação, Lisboa é um mundo. Não é um mundo muito grande, mas sempre é mais variado, mais cheio de coisas interessantes, e muito mais cheio de contrastes que a boa da Nação.
Não, não estou a fazer mais um daqueles posts em que comparo Porto e Lisboa. Calma! É melhor eu repetir isto:
NÃO ESTOU A COMPARAR PORTO E LISBOA.
(poupem-me a caixa dos comentários a noções bairristas, parciais e desinformadas, se fazem favor).
O Porto fez de mim quem sou hoje, e Lisboa tem-me ensinado coisas novas todos os dias. Sinto-me uma menina, com tudo para aprender, tudo para absorver, tudo para crescer.
É bom estar cá. Muito bom.
Tenho, confortavelmente, as medidas cheias de tudo.
:)

Não esquecer.

"Muitas vezes acharás que é tudo uma merda, mas NUNCA desistas. Muito importante é nunca abandonar uma ideia."

De alguém que eu cá sei. Alguém que sabe.
;)

domingo, janeiro 08, 2006

A perversão do Citizen Kane.

Este Sábado fui à Cinemateca ver o 'Citizen Kane'.
Confesso que, em DVD, o clássico nunca me atraiu muito, mas assistir a um filme antigo com aquela dimensão num ecrã de cinema, como que faz parar o tempo. De repente, desaparece aquela ansiedade instalada em ver o mais recente filme de que toda a gente fala, e somos calmamente transportados para um estado de apreciação de cinema pelo cinema, pela arte e pelo espectáculo, pela história, pela técnica, pela mensagem. Foi uma experiência muito interessante...
Tão interessante como a reacção da plateia, maioritariamente constituída por jovens adultos 20/40, modernos e instruídos, no momento da revelação da obsessão do filme:

...'Rosebud'....


Uau... então era isso, pensamos. E se dúvidas houvesse, eis que somos presenteados com a tradução do mistério, em letras maiúsculas.

... 'BOTÃO DE ROSA'...

São histórias, senhor, são histórias.

Ando a ler coisas sobre História.
É impressionante, as coisas em que estes gajos escolhem acreditar...

Longe da vista...

Este é o primeiro fim de semana que passo em Lisboa sem a companhia de alguém do Porto. É esquisito. Lá em cima, aposto que já se habituaram à minha ausência, enquanto que eu já nem sei de que terra sou. Até imagino as conversas...
- Sabes da Sílvia?...
- Quem?! Ah, essa foi pra Lisboa. Curtes as minhas calças?
- Bem, são altamente! Foi agora nos saldos?...
.

Histórias de vida.

Acreditem nisto.

Não é nada de que eu não me tivesse apercebido antes, mas quem me lê, por vezes, não me lê. Quando muito, lê-se a si mesmo, lê aquilo que quer, projectando-se nos comentários. (Pronto, vá lá, nestas alturas, podem tratar-me por sra. Dra.) .
Eu sei que escrevo de forma algo encriptada, que raramente concretizo, que faço pensar e deixo sempre espaço para interpretações variadas. É um jogo que gosto de jogar e que já deu provas de que resulta.
Dar tudo aos leitores é um insulto à inteligência alheia e, francamente, torna a leitura tão interessante quanto ler uma bula de medicamento. Quem lê gosta de participar, de pintar o mundo que lhe é oferecido com as cores do seu clube, com as próprias aspirações românticas, perfumá-lo com as suas flores favoritas, achar que percebeu. Basicamente, dada a oportunidade e o espaço, o leitor gosta quando consegue tornar esse mundo (neste caso, esta versão do meu), um pouco seu também.
Fiquem à vontade.
No entanto, a bem (ou a mal) da curiosidade que o post anterior gerou, tenho a esclarecer de que o post anterior não é sobre amor. Pelo menos, não meu. Para quem insiste em romancear a coisa, agradeço a boa intenção, mas como o post refere repetidamente, não é mesmo nada por aí. Quando muito, é sobre o amor-próprio de alguém que insiste em concretizar uma aspiração, algo que, num Portugal deprimido e apático, é fenómeno raro.
O post anterior é sobre acreditar. Conseguem identificar-se com isso?

A ver se é desta.

Mas, já que insistem, experimentem por aqui.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

"Eu também."

Há gente que sonha com isto toda uma vida. Há gente que não sonha com isto porque nem sabe que é possível. Eu sonhava com isto e tive a confirmação de que existia logo no dia em que o conheci.
Era uma pessoa brilhante. Impressionava-me em cada afirmação que fazia, e ainda mais porque eu não sou pessoa de ídolos ou gurus ou de endeusar seja quem for. Mas ele chamou a minha atenção.
Naquela noite, falou horas a fio, contou-me da vida dele, das aspirações, os sonhos, a visão que tinha das coisas, da vida, da forma como desejava viver. Escutei cada palavra, sentindo-me pequenina, guardando para mim os "eu também..." que já começavam a ser demasiados, mesmo que silenciados. E ele falava, e eu gravava cada palavra, como nunca me havia acontecido. Tudo fazia tanto sentido. Brilhante. Uma inteligência fora do comum de que o sentido de humor insuperável é apenas um sintoma, uma visão cristalina e contundente de todas as coisas em seu redor, e sonhos. Muitos sonhos.
Nessa noite, eu soube que ele ia fazer parte da minha vida, só não sabia como. Nessa noite, confundi-me toda e apaixonei-me.
Mas não era por aí.
O tempo, que tudo corrige e esclarece, mostrou-me que não era mesmo nada por aí.
Era por um outro caminho muito mais interessante.
Passou ano e meio (não que eu estivesse a contar os dias) antes que nos reencontrássemos. Vivemos agora na mesma cidade e temos histórias de vida algo semelhantes.
É importante para mim que ele esteja nesta cidade. O exemplo dele reforça o meu, e faz-me sentir que estou a fazer algo bem.
A paixão assolapada e quase infantil é agora uma recordação simpática. Ficou o carinho, a admiração inata, um respeito imenso e a confirmação daquilo que eu soube no próprio dia em que o conheci: um dia, eu haveria de me orgulhar, e muito, de o ter conhecido.
O primeiro desses dias já chegou. Mais virão.
Tenho toda a confiança nele.
Agora, ele decidiu confiar em mim. E eu sinto-me outra vez pequenina.
Vou fazer por merecer.
(glup!... Não te preocupes, eu já me recomponho do susto.)

Bela posta.

Quando ela o diz, eu sou um Piolho feliz.
;)

quarta-feira, janeiro 04, 2006

err...


The Movie Of Your Life Is A Cult Classic

Quirky, offbeat, and even a little campy - your life appeals to a select few.
But if someone's obsessed with you, look out! Your fans are downright freaky.
Your best movie matches: Office Space, Showgirls, The Big Lebowski


Não sei...
Mas gostei especialmente daquela parte "But if someone's obsessed with you, look out! Your fans are downright freaky.. Só eu sei o quanto!

Culpa da prima.

Já havia recebido dezenas de convites. Nunca aceitei. Não entendia para que servia, que interesse tinha ou por que me havia de juntar a mais uma treta da net. Achava mesmo que era só mais uma maneira de dissiminar o meu email e assim passar a receber (ainda) mais spam. Nunca quis.
Mas eis que a minha prima veio passar um fim de semana comigo e insistiu em mostrar-me a foto do amigo com quem havíamos de nos encontrar no Ano Novo. E eu fui ver. E descobri que até tinhamos amigas em comum, e uma coisa puxa a outra, e zás-trás-catra-pás-já-estás, e estava.
Inscrevi-me, mandei uns convitezitos, o pessoal aceitou e agora já faço parte de um grupo de mais de 2000 amigos de amigos de amigos. É impressionante! Está toda a gente ali. Que febre!
Tenho a dizer que os meus "escolhidos" são especiais. Que tenho a caderneta mais linda de cromitos da net inteira e arredores. Que sorrio ao ver as fotinhas que publicam, e que me fica a saudade, especialmente daqueles a quem conheço as histórias por detrás das fotografias. Ali, cada um se define pelas fotografias que escolhe publicar: aquilo que gosta, a forma como se expressa, a aventuras de que se orgulha. É giro.
Por culpa da minha prima, inscrevi-me no Hi5. Por força das circunstâncias, fiquei viciada.

Post do primo.

Como ando mesmo muito zen, de tal forma que nem me apetece blogar, o meu primo, a ressacar de um post, fez ele mesmo uma contribuição. Diz ele:

Será possível manter um "journal" quando a vida nos corre de feição?
Estilo, «Querido Diário: Hoje a vida correu-me bem. Aliás, como ontem. E já agora, como em todo o mês que passou. É curioso...»

domingo, janeiro 01, 2006

Primeiras linhas.


2006 já começou bem.
Um dia cheio de raios de sol, uma fatia de bolo-rei mais e um cházinho fabuloso, numa vista como esta.
:)

Mensagem de Ano Novo.