sexta-feira, março 31, 2006
Estou quase sem saldo no telemóvel, por isso não ligo a quem realmente interessa. Não faz mal. Eles também não me ligam a mim.
It's Black, It's White...
Ontem foi dia de Colisão, Crash para os cinéfilos.
Eu devia ter escrito este post ontem, ainda afectada pela escuridão do cinema. Mas não, escrevo hoje, de manhã, e não prevejo grande espingarda. (Olha! afinal ainda estou no registo).
Lembram-se do "Love Actually"? Várias histórias independentes que se cruzam até à conclusão final de que o amor está em toda a parte? É por aí, mas na versão cruel, negra, deprimida, revoltada, em ponto de bomba, que é o melting pot americano, bem lá do fundo, onde tudo se queima e cola ao tacho.
É uma história de pessoas e emoções, da vida segundo o preconceito, o medo instalado, o desconforto e a solidão. Um retrato da violência das grandes cidades, a intolerância, o racismo, o racismo e ainda o racismo e a xenofobia. E depois, as pessoas. Parece que há bons e maus, mas não há. São todos bons e todos maus e levados a isso à estalada. Fazem merda de um lado, redimem-se do outro numa vida que já é contra-natura. Todos os contactos são colisões, expressões atabalhoadas da solidão extrema de que são reféns. E depois, as histórias cruzam-se. Cada vez que o plano abre, há uma surpresa revelada, uma ideia pré-concebida que cai por terra, um então-era-isso. É um desabafo cinematográfico, mesmo.
Imagino o argumentista a escrever aquele texto e a ter uma catarse orgásmica ao pôr no papel tudo aquilo que não se pode dizer sobre os negros, os hispânicos, os chineses, os árabes, os iraquianos e sim, também os brancos, e que todos eles (os que vivem na América e não só) pensam e sentem. Só faltou legendarem um "Foda-se!" no final de cada tirada e o prazer estaria completo.
Este é um filme que nos faz sentir sós à saída do cinema. É um filme que nos recorda de todos os testos (trad: tampos de panela, telhados de vidro) que nos colocaram por cima, que nos revoltam e sufocam e que lutamos para ultrapassar, que nos lembra todos preconceitos que já tivemos de enfrentar e aqueles que temos em relação aos outros. É um filme que funciona e nos faz pensar.
Também é o belo e típico mete-o-dedo-em-todas-as-feridas-da-sociedade-americana-e -depois-escarafuncha-até-provocar-lágrimas-e-sangue-e-dor-na-alma. Definitivamente, Colisão é the next best thing num ano em que a opção da Academy seria premiar a homossexualidade... Nah, venham de lá esses pretos machos, os tiroteios e as cenas de acção.
A criticista.
Com esta facilidade toda de ir ao cinema, este blog arrisca-se a ficar um bocadinho um cinemagazine, mas olhem... aguentem.
Também ando a ficar gordita, por isso, andar 5 kms a pé para ir e vir do cinema é um benefício acrescido, além de que vocês sempre vão lendo críticas cinematográficas de primeira água, independentes e isentas (de razão, talvez) escritas aqui pela yours truly. :P
Também ando a ficar gordita, por isso, andar 5 kms a pé para ir e vir do cinema é um benefício acrescido, além de que vocês sempre vão lendo críticas cinematográficas de primeira água, independentes e isentas (de razão, talvez) escritas aqui pela yours truly. :P
quinta-feira, março 30, 2006
O Sapo morreu. Viva o Zapp!
O segredo mais bem guardado na net Tuga é este serviço Zapp: Banda Larga móvel, onde eu estiver com o meu mac.
Tecnicismos à parte, funciona muito bem, o modem é pequeno, maneirinho, aguenta-se sózinho e vem comigo daqui para ali, dali para acolá, daqui para acoli... Faz zapp! zapp! para todo o lado, para cima, para baixo comó plimplaixo! É uma maravilha importada directamente da Fnac.
Se quiserem saber mais, investiguem.
O atendimento telefónico também é do melhor.
:)
quarta-feira, março 29, 2006
Hmm.
Absolutely brilliant, lovely, soooo romantic and fun and utterly sweet.
Os adultos não deviam ser privados desta pequena delícia, em versão original. Despachem-se lá e aproveitem bem a sessão das sete. É lindo!
:)
PS: não percam os créditos no final!
Andante!
Emancipei-me (outra vez).
Este mês, tirei o passe do metro para ir para todo o lado sem pagar mais um tusto. Tirei o Kingkard (e respectiva foto ridícula), o que significa que vou a todas, boas e más películas, só porque posso. Também contratei net portátil (mais sobre isto mais acima) para nunca ficar longe de vocês aqui em Lx, no Porto ou até nos Algarves. Para tudo isto, dei a morada de cá, em vez da do Porto, o que já quer dizer alguma coisa. É assim, andante!
Este mês, tirei o passe do metro para ir para todo o lado sem pagar mais um tusto. Tirei o Kingkard (e respectiva foto ridícula), o que significa que vou a todas, boas e más películas, só porque posso. Também contratei net portátil (mais sobre isto mais acima) para nunca ficar longe de vocês aqui em Lx, no Porto ou até nos Algarves. Para tudo isto, dei a morada de cá, em vez da do Porto, o que já quer dizer alguma coisa. É assim, andante!
terça-feira, março 28, 2006
Espelhos meus.
A bem ou a mal, acabo sempre por espelhar o comportamento que os outros têm para comigo. Às vezes, demora anos, mas acaba sempre por acontecer. É uma aprendizagem inevitável.
O beijinho mágico.
Não foi com uma carta, mas foi com um email.
Tava mesmo a precisar... fiquei logo com outra disposição. :)
Obrigada, priminho.
:')
Desencantada.
Apesar de tudo o que foi dito nos posts anteriores (Obrigada, vocês são todos uns queridos), a minha auto-estima nunca esteve tão em baixo.
Acho que já só lá vou com um passe de magia.
domingo, março 26, 2006
A nova geração.
Ele está ali ao meu lado, a teclar no computador dele. É o meu mano postiço, o meu primo direito, o recém-redescoberto amigo de infância. Tá a chover lá fora e ele tem excelente gosto em música. Trocamos comentários sobre a música que toca. Ele diz-me o que está a dar, quem são os gajos, pesquisa-os na net e mostra-me os sites, a onda dos gajos, quanto lhe custou o CD comprado em segunda mão e devidamente desinfectado à hora que eu cheguei. Eu respondo "hmm-hmm", apesar de escutar tudo com atenção, enquanto teclo com três pessoas ao mesmo tempo. Ele acha que eu sou muito multitasking e acho que ele é um génio torturado, um engenhocas brilhante, um einstein por descobrir, um gajo cheio de assunto.
Duas das três pessoas com que teclo no messenger perguntam-me quando regresso (a Lisboa). Sei a resposta, mas não consigo sequer pensar nisso.
Não trocava estes momentos por nada, em mais lado nenhum.
:)
Duas das três pessoas com que teclo no messenger perguntam-me quando regresso (a Lisboa). Sei a resposta, mas não consigo sequer pensar nisso.
Não trocava estes momentos por nada, em mais lado nenhum.
:)
Indo.
O melhor do mundo é viajar sózinha. Pela liberdade, pela pureza, pela ausência de expectativas.
A segunda melhor coisa do mundo é viajar acompanhada de alguém que caminha ao mesmo passo. Sem pesos, sem dependência, sem expectativas. Só surpresas.
A segunda melhor coisa do mundo é viajar acompanhada de alguém que caminha ao mesmo passo. Sem pesos, sem dependência, sem expectativas. Só surpresas.
sábado, março 25, 2006
3ª Geração gap.
Eu era feliz com o meu velho Siemens. Não era bonito, mas era um fiel companheiro muito simples, prático e básico, que não fazia torradas nem estendia a roupa, mas permitia que escrevesse uma mensagem em menos de um fósforo, atendesse quem me liga sem a mínima confusão e até lesse os vossos comentários sem ter de vir ao blog. Tinha máquina fotográfica e mais nada. Mas éramos felizes os dois.
Ontem herdei o telemóvel da mamã. É um Samsung 3G. Tem duas câmaras fotográficas, video, bluetooth, leitor de mp3, memória que nunca mais acaba, jogos e mais não sei o quê. É um verdadeiro entertainment center que faz chamadas.
Como o novo bicho é herdado, até já vem sem livro de instruções.
Ando perdida no gap de gerações. É tudo tão mais... cheio de opções, funções e... argh!
Demoro duas horas a escrever uma sms, não sei onde andam os contactos e sou mesmo preguiçosa para os inserir. Vai daí, só acho piada a tirar fotos e a trocá-las à borla, via Bluetooth, com quem estiver por perto.
Como me esforço sempre para pensar fora da caixinha, e porque a cavalo dado não se paga pelo dente, vou continuar a usar o Siemens para comunicar, e o Samsung para me divertir. :P
quinta-feira, março 23, 2006
Antes de ir...
Queria só dizer que gosto de gente que fala, que comunica, que brinca com as palavras, as imagens, as situações. Gosto de gente com humor, com à-vontade, que fala para obter respostas e não para lavrar sentenças. Gosto de gente que discute sem levar a coisa para o lado pessoal. Gosto de gente que escuta, pára, pensa, pergunta se for preciso e depois lança um novo cenário. Gente que faz a conversa evoluir. Que deixa fluir. Gente que não manda calar e só interrompe no momento certo. Gente que me diz "não te esqueças do que vais a dizer". Gente que sabe argumentar. Gente que sabe conversar. Gosto de gente que é simples e bem disposta. Gente que diz aquilo que lhe vem à cabeça, gente que valoriza o que é bom e que analisa o que é mau para ver se melhora. Gente que pensa e gente que age. Gente que sorri e que gosta genuinamente de estar com gente.
Mesmo quando está de chuva.
Pronto, era mesmo só para dizer isto.
Mesmo quando está de chuva.
Pronto, era mesmo só para dizer isto.
quarta-feira, março 22, 2006
Cheap date.
Erro crasso é tentar escrever alguma coisa de jeito depois de embocar uma Bohemia ao jantar (sim, só uma, mesmo umazinha só!).
Já se sabe que sou muito fraquinha. Muito fraquinha mesmo.
Já se sabe que sou muito fraquinha. Muito fraquinha mesmo.
Na pentelhice.
Connosco é assim. Sem palavras realmente ditas. Sem atitudes realmente pensadas. É na base do instinto, da percepção, do olhar e do perceber. Temos química, temos telepatia, só não temos entendimento. Não há regras, não há pressões, não há expectativas. Não há nada e há mesmo muito. Existimos, encontramo-nos, ele adoptou a minha cadela, e eu aproximei-me. Comecei a percebê-lo e ele escondeu-se no subtexto. Mesmo assim, não me fui embora. Depois odiou-me por isso, odiou-me e fez-me detestá-lo. Irritava-me, mas fazia-me rir. Depois dava-me vontade de fugir. Agora gosta de mim e não gosta disso, mas gosta. Eu gosto dele, mas as razões são ocultas até para mim.
Tem talento e não mostra, tem vontade e não faz. É um diamante em bruto. A maior parte das vezes é só bruto. Tem um coração de mel precioso, revestido a pedra dura. Tem paixão por tudo e não gosta de nada. Quando gosta, gosta muito.
Dá coice, dá mimo, quer mimo, quer tudo, faz de conta que não quer nada, leva tudo como se não levasse nada. Mas volta. Seca-me a paciência, cansa-me a beleza, dá-me tudo, dá-se todo, e eu também, sem pedir. Não há nada a perder. Espelha-se em mim e eu nele. Recarregamos as baterias e exaurimo-las a seguir.
De tempos em tempos, esconde-se na toca, mas derrete-se quando o vamos buscar. O truque é deixá-lo sair sozinho. Quando sai, é recebê-lo de braços abertos, mas guarda fechada. É um animal, na boa e má acepção, e na boa outra vez. É imprevisível ou talvez não, um desafio, um vai-que-não-vai porque, se for, sabe que não quer que haja retorno. É um encravado. Por isso, não vai, mas há-de ir. E eu não o seguro e até o empurro.
Alguém lhe meta um foguetão no cú, se faz favor. Mas com jeitinho, que é para não magoar.
Também pode ser um avião para Londres.
Obrigada por teres passado por cá.
Qual delas a melhor?
Olha, olha... já cheguei às 50 000 visitas, mais, às 50 021, que é muito mais à frente! Isto é coisa de assinalar! Comecemos por extenso, para ficar mais comprido:
Cinquenta mil e vinte e uma visitas!!!
Fica bem... continuemos, agora com mais força:
Em caixa alta: CINQUENTA MIL E VINTE E UMA VISITAS!!!.
Em negrito: cinquenta mil e vinte e uma visitas.
Em itálico: cinquenta mil e vinte e uma visitas!!!
E agora, tudo junto, a ver como fica: CINQUENTA MIL E VINTE E UMA VISITAS!!!
Sublinhado: CINQUENTA MIL E VINTE E UMA VISITAS!!!
Ah... se dois terços disto não fossem refreshes meus e hits com 0 (zero, mesmo) segundos de permanência...Mas é fixe na mesma!!
Quantas vezes se pode festejar chegar aos 50 mil seja no que for?
Quando o outro contador (o da limusine e que não conta os meus próprios hits ao blog e que começou a contagem aos 35 mil) chegar aos 50 mil, festejamos outra vez!!
Eehehe!!
Esta Quarta é Domingo.
Bom dia.
Acabei de acordar. Se eu publicasse uma fotografia da minha cara agora, o choque e o horror seriam tão grandes, que ninguém cá voltaria. Comentem baixinho...
Acabei de acordar. Se eu publicasse uma fotografia da minha cara agora, o choque e o horror seriam tão grandes, que ninguém cá voltaria. Comentem baixinho...
É um alívio.
Posso estar estourada, derreada, exausta. Posso estar a pontos de nem conseguir articular as palavras, arrastar a voz, esquecer-me do que estou a dizer, bem a meio da primeira palavra. Posso estar tão cansada que me apetece chorar. Posso já só querer dormir quando chego a casa, mas não resisto. Tenho de ligar a maçãzinha. Vir ao blog ver as vistas, saber como param as modas. Tenho de verificar os comentários, ver os posts, responder a uns e a outros. Mandar um postinho novo. É um vício bom, uma necessidade, uma coisa boa. Quando dou por mim, já nem me lembro que estive cansada. Fico calminha, bem dispostinha, aliviada.
Obrigada pela parte que vos toca.
;)
terça-feira, março 21, 2006
Corrente corrente.
O que estava a fazer há 10 anos atrás?
Na Faculdade, a terminar o 4º ano. Passava as manhãs a ler códigos de barras e as tardes a apanhar sol nos jardins da ESJ. Tinha um namorado em Lisboa e vinha cá de 15 em 15 dias.
O que estava a fazer o ano passado?
Estava sentada a uma secretária a sentir que a vida estava lá fora, e que deveria mudar de vida. Lisboa era uma das possibilidades.
Cinco lanchinhos de que gosto:
Molete com rodelas de chouriço
Queijo com marmelada.
Croissant torrado com manteiga
Litradas de cevada.
Francesinha (de quando em nunca)
Cinco músicas cuja letra conheço de cor:
Grande parte das músicas dos anos 80/90
Cinco coisas que faria se fosse milionário:
Punha o resto da família a viver à grande, financiando-lhes a pesca.
Bazava. Viajava. Desaparecia e depois voltava outra vez.
Trabalhava no que mais gostasse, o que, provavelmente, equivale a virar workaólica.
Realizava os sonhos possíveis às pessoas de quem gosto.
Cinco coisas que gosto de fazer:
Estar sózinha
Estar bem acompanhada
Estar à minha vontade
Observar (de olhar e de comentar)
Escrever
Cinco coisas que nunca voltaria a vestir/calçar:
O vestido da comunhão
Soquetes rendadas e sapatos de verniz
Tshirts com chumaços nos ombros
Calças de fazenda ou camisolas de malha que picam
Mini-saia justa
Cinco "brinquedos" favoritos:
Os "Homens".
Os "meninos".
Os "armantes ao pingarelho"
As palavras.
As aspas.
Na Faculdade, a terminar o 4º ano. Passava as manhãs a ler códigos de barras e as tardes a apanhar sol nos jardins da ESJ. Tinha um namorado em Lisboa e vinha cá de 15 em 15 dias.
O que estava a fazer o ano passado?
Estava sentada a uma secretária a sentir que a vida estava lá fora, e que deveria mudar de vida. Lisboa era uma das possibilidades.
Cinco lanchinhos de que gosto:
Molete com rodelas de chouriço
Queijo com marmelada.
Croissant torrado com manteiga
Litradas de cevada.
Francesinha (de quando em nunca)
Cinco músicas cuja letra conheço de cor:
Grande parte das músicas dos anos 80/90
Cinco coisas que faria se fosse milionário:
Punha o resto da família a viver à grande, financiando-lhes a pesca.
Bazava. Viajava. Desaparecia e depois voltava outra vez.
Trabalhava no que mais gostasse, o que, provavelmente, equivale a virar workaólica.
Realizava os sonhos possíveis às pessoas de quem gosto.
Cinco coisas que gosto de fazer:
Estar sózinha
Estar bem acompanhada
Estar à minha vontade
Observar (de olhar e de comentar)
Escrever
Cinco coisas que nunca voltaria a vestir/calçar:
O vestido da comunhão
Soquetes rendadas e sapatos de verniz
Tshirts com chumaços nos ombros
Calças de fazenda ou camisolas de malha que picam
Mini-saia justa
Cinco "brinquedos" favoritos:
Os "Homens".
Os "meninos".
Os "armantes ao pingarelho"
As palavras.
As aspas.
Verdade da variável.
A vida não é nada daquilo que nos vendem à partida e poucas coisas se resumem àquilo que parecem.
Migalhas.
Constatei hoje, depois de uma sucessão de bons acontecimentos, mas uns curtos, outros insuficientes, outros passageiros, que a minha vida é feita de migalhas. Saborosíssimas migalhas. Mas, ainda assim, migalhas.
Constatei também que me começo a habituar a este ritmo e a esta dosagem. Se, por um lado, não posso falar de fartura, também não me posso queixar de tédio.
Não sei. Tenho sempre apetite.
Constatei também que me começo a habituar a este ritmo e a esta dosagem. Se, por um lado, não posso falar de fartura, também não me posso queixar de tédio.
Não sei. Tenho sempre apetite.
segunda-feira, março 20, 2006
domingo, março 19, 2006
sábado, março 18, 2006
101 (Live)
I want somebody to share
Share the rest of my life
Share my innermost thoughts
Know my intimate details
Someone who'll stand by my side
And give me support
And in return
She'll get my support
She will listen to me
When I want to speak
About the world we live in
And life in general
Though my views may be wrong
They may even be perverted
She'll hear me out
And won't easily be converted
To my way of thinking
In fact she'll often disagree
But at the end of it all
She will understand me
I want somebody who cares
For me passionately
With every thought
And with every breath
Someone who'll help me see things
In a different light
All the things I detest
I will almost like
I don't want to be tied
To anyone's strings
I'm carefully trying to stay clear
Out of those things
But when I'm asleep
I want somebody
Who will put their arms around me
And kiss me tenderly
Though things like this make me sick
In a case like this
I'll get away with it
Somebody - 101 (Live)
by Depeche Mode
Share the rest of my life
Share my innermost thoughts
Know my intimate details
Someone who'll stand by my side
And give me support
And in return
She'll get my support
She will listen to me
When I want to speak
About the world we live in
And life in general
Though my views may be wrong
They may even be perverted
She'll hear me out
And won't easily be converted
To my way of thinking
In fact she'll often disagree
But at the end of it all
She will understand me
I want somebody who cares
For me passionately
With every thought
And with every breath
Someone who'll help me see things
In a different light
All the things I detest
I will almost like
I don't want to be tied
To anyone's strings
I'm carefully trying to stay clear
Out of those things
But when I'm asleep
I want somebody
Who will put their arms around me
And kiss me tenderly
Though things like this make me sick
In a case like this
I'll get away with it
Somebody - 101 (Live)
by Depeche Mode
sexta-feira, março 17, 2006
Esqueçam tudo o que conhecem...
...sobre mim.
Esqueçam todas as fotos que viram, tudo aquilo que imaginam, as imagens de Super-Silvia, as fantasias sexuais, a projecção das vossas próprias personalidades. Esqueçam e comecem tudo de novo.
Eu mudei. Já não sou a mesma. Estou completamente diferente, e eu somente me reconheço ao espelho.
Mas não se preocupem... isto volta a crescer.
Esqueçam todas as fotos que viram, tudo aquilo que imaginam, as imagens de Super-Silvia, as fantasias sexuais, a projecção das vossas próprias personalidades. Esqueçam e comecem tudo de novo.
Eu mudei. Já não sou a mesma. Estou completamente diferente, e eu somente me reconheço ao espelho.
Mas não se preocupem... isto volta a crescer.
Ide ver.
O Menos Mau
das Noites Nocturnas
de Um Par de Dois.
Teatro da Palmilha Dentada
Primeiro era o silêncio. Depois fez-se a luz.
Mais tarde o mar abriu-se e Roma ardeu.
As coisas precipitaram-se quando alguém inventou o clip.
Mataram o pacifista e o próprio rei morreu.
Um pouco mais tarde aparece o Teatro da Palmilha Dentada.
Isto resumidamente.
Pois não tem nada a ver, ou tem. Tem um espectáculo de Comédia fenomenal, por dois actores extraordinários que mereciam mais Óscares que a Academia inteirinha toda ela. Os textos são inteligentíssimos e os actores surpreendemente magistrais (estou adjectivar muito? Eles merecem).
Acreditem, é um espectáculo do melhor que há, e que acontece pelas noites nocturnas a partir das 21h46, numa salinha pequena do Cinema Mundial, e que vale cada cêntimo dos módicos €12,50 que vos custa a recordação do bilhete. Só até 15 de Abril. É melhor irem lá ver o espectáculo hoje mesmo!! E levem os amigos.
Vale mesmo a pena!!! :D
(Eu ainda me estou a babar).
Patrocinado pelos cereais Putrikrante (comem-se num instante) e altamente recomendado pela "senhora do riso esquisito" (eu).
das Noites Nocturnas
de Um Par de Dois.
Teatro da Palmilha Dentada
Primeiro era o silêncio. Depois fez-se a luz.
Mais tarde o mar abriu-se e Roma ardeu.
As coisas precipitaram-se quando alguém inventou o clip.
Mataram o pacifista e o próprio rei morreu.
Um pouco mais tarde aparece o Teatro da Palmilha Dentada.
Isto resumidamente.
Pois não tem nada a ver, ou tem. Tem um espectáculo de Comédia fenomenal, por dois actores extraordinários que mereciam mais Óscares que a Academia inteirinha toda ela. Os textos são inteligentíssimos e os actores surpreendemente magistrais (estou adjectivar muito? Eles merecem).
Acreditem, é um espectáculo do melhor que há, e que acontece pelas noites nocturnas a partir das 21h46, numa salinha pequena do Cinema Mundial, e que vale cada cêntimo dos módicos €12,50 que vos custa a recordação do bilhete. Só até 15 de Abril. É melhor irem lá ver o espectáculo hoje mesmo!! E levem os amigos.
Vale mesmo a pena!!! :D
(Eu ainda me estou a babar).
Patrocinado pelos cereais Putrikrante (comem-se num instante) e altamente recomendado pela "senhora do riso esquisito" (eu).
quinta-feira, março 16, 2006
Mas, mas...
Se alguma vez encontrarem alguém no sítio errado à hora errada e, aparentemente, a fazer algo que vos suscite um juízo de valor pejorativo, esse alguém sou eu, tá?
Trocada, invertida e desalinhada. ...dasse!!
Descobri que o meu cérebro funciona ao contrário. Ou funciona em sentido inverso. Ou não funciona como o das outras pessoas. Ou funciona diferentemente, o que, dependendo das interpretações alheias, significa que funciona erradamente.
Preciso de passar mais tempo assim, para ver se acerto com o resto do mundo.
:| :/ :X :) :D :? :# :$ :S :P :q =)(/&%$#"#""$%U(/(=)=
Tenho de controlar melhor as minhas expressões faciais. O pessoal acha sempre que estou chateada quando não estou. E não percebe mesmo nada quando fico passada!!!
quarta-feira, março 15, 2006
Post parvo.
Ando a gostar de muita gente. Ando a gostar de muita gente, toda ao mesmo tempo. Ando a sentir-me pequenina demais para gostar de tanta gente. Mas gosto. E gosto de gostar desta gente toda. Gosto pela rama, gosto do que me mostram, gosto de ainda não saber tudo, gosto de pensar que há mais para gostar.
É bom estar rodeada de gente de quem se gosta.
Se gostam de mim? Acho que sim. E estamos bem assim.
terça-feira, março 14, 2006
Time out.
Preciso de me afastar um bocadinho da net. Tenho de me concentrar em coisas que ralmente interessam em vez de perder tempo com os meus posts e os posts dos outros. Não sei se vou conseguir. Mas preciso mesmo. Tenho de aproveitar melhor o meu tempo. Vou afastar-me do blog e ver o que acontece.
Inté.
P.S. Se duvidam, esperem para ver o que acontece nas cenas dos próximos capítulos... posts.
Inté.
P.S. Se duvidam, esperem para ver o que acontece nas cenas dos próximos capítulos... posts.
segunda-feira, março 13, 2006
De um leitor.
... «É triste não ter amigos,
mas ainda mais triste é não ter inimigos.
Porque quem não tem inimigos
é sinal de que não tem:
nem talento que faça sombra,
nem carácter que impressione
nem coragem para que o temam,
nem honra contra a qual murmurem,
nem bens que lhe cobicem,
nem coisa alguma que lhe invejem...»
Voltaire
mas ainda mais triste é não ter inimigos.
Porque quem não tem inimigos
é sinal de que não tem:
nem talento que faça sombra,
nem carácter que impressione
nem coragem para que o temam,
nem honra contra a qual murmurem,
nem bens que lhe cobicem,
nem coisa alguma que lhe invejem...»
Voltaire
sexta-feira, março 10, 2006
sobrou isto
não me apetece
ver gente
porque não
quero
que a gente me veja
porque não tenho
para dar
aquilo que a
gente
deseja
ver gente
porque não
quero
que a gente me veja
porque não tenho
para dar
aquilo que a
gente
deseja
O que são 300 Kms?
As voltas da vida mandaram-no para o Algarve. Vive a 600kms dos amigos, da família, da terra onde preferia estar. Vai fazer anos e convidou-me. Como estou mais perto dele, que está longe, decidi que vou. Era mais fácil e cómodo dizer que não, que não me apetece, que tenho coisas para fazer, que é longe e tal... Mas há convites que é importante escutar e aceitar. Afinal, para mim, são só 300 quilómetros. Para ele, eu tenho consciência de que é muito mais do que isso.
DON'T play it, Sam.
Obrigada, mas obrigada é que não.
Não às musiquinhas que começam automaticamente, às mensagens humanitárias e aos videos pesados nos blogs que visito. Não, por favor.
Não suporto, detesto, não gosto! Hmm... Let me rephrase that. Não aprecio as musiquinhas que começam automaticamente, as mensagens humanitárias e os videos pesados que atulham a entrada de cada vez mais blogs. Não aprecio porque rejeito imediatamente sem sequer esperar pelo fim. Nem pelo meio. Nem pelo segundo acorde, palavrinha, pixel que seja.
É uma chatiiiice. Rai's parta esses miminhos tecnológico-kitsh que, depois de umas quantas visitas, já mais parecem intróitos de assombração, bandas sonoras de filmes de terror série B. É horrível... desculpem-me a franqueza, mas não há paciência.
É que, depois, ainda por cima, interferem com o meu próprio som e com a vontade de ler um post que seja, o que é uma injustiça para os autores desses blogues e todo o bom (e silencioso) conteúdo que têm para partilhar.
Oh pah, eu não sou ninguém para vos dizer isso, mas não dá para colocar uma opção de play nisso?
É assim como a publicidade nas caixas de correio, a Cofidis no 'Crime do Padre Amaro' e as mensagens da TMN para comprar toques e jogos. Não pedi, não quero, e não agradeço. Rejeito logo.
Se eu quiser, sei onde encontrar.
*nota de rodapé: botainde os olhinhos e os ouvidinhos no Asterisco.
quinta-feira, março 09, 2006
Brumeilho cum tinto se apaga.
Tou!...Já tá a dare? Ein?... Ah! Toum aí? Pois muito bem... com lessença... Aaaahhh, para começar... é preciso...(shluurp....) Isto é pomada da boua, que bós pensaindes?... passhh!
Pois, dizia eu...err... ah! pois que foi um gránde esforssso, pois foi. Foi, sim sinhuore... poiss...eh. Mais ou menos.
Aquela rapaziada pois lá andou de um lado pro outro atrás do esférico e coiso num é?... E, pruantos, fartou-se de correr, tránspirou um bocado...por acaso até já cheiraba assim um cadito a... pfff... e tal, é natural, isto cos cães a chegarem-se à beira dos lampiões e a... ffsssh... toum a ber, fica sempre assim um cheirete que num se pode... Enfim, mas co frio aquilo...eh, nota-se menos... aliás deve ter sido por isso que a bola escorregou duas bezes. O guarda redes já só botava era as mãos à cabeça, coitado, queria tapar o nariz, mas já tava afectado e... e falhaba, pois com certeza... é que aquilo era um fedor no caumpo que num se podia... c'um copito de pomada nas bentas a coisa disfarçaba milhore... taditos, num sabíum... Olha, por falar nisso, aqui bai um copito à saúde dos brumeilhos... (shluurp....)Isto cura tudo! Ahhhh... Brumeilho com brumeilho se apaga já dizia o Pintinho, ai num é, esse é co a meia de leite e os pastelinhos... pois tá claro! Beim, na milhore malha entra o golo, e intoum, num é, ninguém tá libre de uma desgraça... olha, já pinguei para a grabata, eh eh eh... num faz mal. Isto com pomada sai tudo, TUDO! Num há nódoa que resista. Tinto é sempre melhore co brumeilho, a bere se num é? Eh eh eh... Beinha de lá mais um para amaciar a gargaunta... gritei munto. (shluurp....) Foi a emoçóm.... (shluurp....)Aaaah!...
quarta-feira, março 08, 2006
terça-feira, março 07, 2006
Para que serve um carro novo?
Para seguir as placas até um sítio fantástico entre o campo e a praia...
Tratá-los como se tivessem 5 anos.
Fiquei no Porto mais um dia para resolver um berbicacho criado por uma das nossas mais caras instituições nacionais. Não vou dizer qual é, só vos digo que uma das principais causas do desemprego em Portugal são os próprios funcionários dos Centros de Emprego. Ooops, já disse!
Açambarcadores... haveriam de provar do próprio produto para ver o que é doce. Os únicos excelentes funcionários são os recepcionistas e telefonistas. Daí para cima, quanto mais "Dr's", maior o perigo.
Aquilo é gente que não se entende, gente não entende quem lá vai, não escuta, não sabe comunicar e não se quer responsabilizar.
Contradizem-se uns aos outros, desdizem-se, sacodem a água que metem dos capotes uns dos outros. Quem lá vai é reduzido a um número atachado a um chupista acéfalo e sem esperança. Há que contar com isso, e entrar no jogo.
É preciso falar-lhes como se tivessem 5 anos de idade e remetermo-nos à idade dos porquês até ao nível da exaustão. Caso contrario, é quase seguro sairmos de lá com a corda no pescoço e a achar que a merecemos.
Esperei dois dias pelo telefonema devido e depois fui à luta. Quando entrei, a senhora já tinha o dedo em riste a dizer que já tinha sido repreendida por isto e que me ia ligar e que eu é que tinha feito tudo errado. Concordei, disse que sim, que fiz tudo errado, exactamente errado como me tinha sido instruído pelos doutores A, B e C. Esta era a doutora D, que afinal nem era doutora, mas ia, mais uma vez, ter de limpar a bodegada armada pelos outros senhores "lá em cima". Expliquei-lhe os erros e a falhas de comunicação, expliquei-lhe como aconteceram, disse-lhe que era importante identificá-los para que as mesmas pessoas não voltassem a incorrer nos mesmos erros e a causar os mesmos danos aos desinformados utentes. Falei-lhe de igual para igual. Fiquei do tamanho dela. Fiz-lhe muitas perguntas, dei-lhe espaço para que mostrasse tudo o que sabia e me explicasse tudo o que os outros não conseguiram em todo o tempo que já me haviam desperdiçado. Escutei-a e situei o mal-entendido. Concluímos que foi uma sucessão de dificuldades de comunicação, que a culpa tinha sido do outro funcionário, que a informação deveria ter sido dada como agora estava a ser dada, que todos os funcionários deviam ser como a senhora, e que se o fossem nada disto teria acontecido. Fui diplomática como não o teria conseguido ser há uns anos atrás. Desta vez, deixei a mesa na posição em que a encontrei e a funcionária com a auto-estima elevada. Acho até que hoje vai achar que salvou uma pobre alma e até a face da instituição. Foi um dia ganho para ela.
Para mim, não ficou tudo perdido.
Acho que começo a perceber como estas coisas se fazem...
Açambarcadores... haveriam de provar do próprio produto para ver o que é doce. Os únicos excelentes funcionários são os recepcionistas e telefonistas. Daí para cima, quanto mais "Dr's", maior o perigo.
Aquilo é gente que não se entende, gente não entende quem lá vai, não escuta, não sabe comunicar e não se quer responsabilizar.
Contradizem-se uns aos outros, desdizem-se, sacodem a água que metem dos capotes uns dos outros. Quem lá vai é reduzido a um número atachado a um chupista acéfalo e sem esperança. Há que contar com isso, e entrar no jogo.
É preciso falar-lhes como se tivessem 5 anos de idade e remetermo-nos à idade dos porquês até ao nível da exaustão. Caso contrario, é quase seguro sairmos de lá com a corda no pescoço e a achar que a merecemos.
Esperei dois dias pelo telefonema devido e depois fui à luta. Quando entrei, a senhora já tinha o dedo em riste a dizer que já tinha sido repreendida por isto e que me ia ligar e que eu é que tinha feito tudo errado. Concordei, disse que sim, que fiz tudo errado, exactamente errado como me tinha sido instruído pelos doutores A, B e C. Esta era a doutora D, que afinal nem era doutora, mas ia, mais uma vez, ter de limpar a bodegada armada pelos outros senhores "lá em cima". Expliquei-lhe os erros e a falhas de comunicação, expliquei-lhe como aconteceram, disse-lhe que era importante identificá-los para que as mesmas pessoas não voltassem a incorrer nos mesmos erros e a causar os mesmos danos aos desinformados utentes. Falei-lhe de igual para igual. Fiquei do tamanho dela. Fiz-lhe muitas perguntas, dei-lhe espaço para que mostrasse tudo o que sabia e me explicasse tudo o que os outros não conseguiram em todo o tempo que já me haviam desperdiçado. Escutei-a e situei o mal-entendido. Concluímos que foi uma sucessão de dificuldades de comunicação, que a culpa tinha sido do outro funcionário, que a informação deveria ter sido dada como agora estava a ser dada, que todos os funcionários deviam ser como a senhora, e que se o fossem nada disto teria acontecido. Fui diplomática como não o teria conseguido ser há uns anos atrás. Desta vez, deixei a mesa na posição em que a encontrei e a funcionária com a auto-estima elevada. Acho até que hoje vai achar que salvou uma pobre alma e até a face da instituição. Foi um dia ganho para ela.
Para mim, não ficou tudo perdido.
Acho que começo a perceber como estas coisas se fazem...
Um par de três.
Concordamos quase sempre em quase nada.
Falta aqui o terceiro.
(A Loira tinha ido fazer mijinha.)
domingo, março 05, 2006
Lar é onde deixares o computador.
Era assim que eu pensava quando saí de Lisboa, desta vez. Vai daí, e porque a visita será necessariamente curta, deixei o mac para trás. Valha-me a net em casa de amigos para vir aqui descarregar o vício.
Pois, muito bem. A minha casa é o Porto. Já fui ao Fantas, já comi francesinha e já me enchi de express biscuits. Também já andei a pé pelas ruas (que conheço perfeitamente) à noite e, sobretudo, não me assustei quando me cruzo inesperadamente com alguém ao virar da esquina. Aqui ninguém tem aquele ar suspeito e agressivo/amedrontado que vejo nas expressões de quem viaja no metro.
O Porto tem uma qualidade de vida que Lisboa não tem. O ar é mais limpo, as confeitarias mais acolhedoras, a comida é sempre melhor, os passeios não escorregam, e é tudo perto. O Porto é muito confortável. Lisboa é sempre agreste.
Por outro lado, quando estou no Porto sinto a falta da imensidade de estímulos, desafios e coisas novas que Lisboa me oferece. Sinto falta das pessoas que começo a conhecer (até lhes ligo e tudo!) Estou mesmo entre estas duas terras. E casa não é onde eu deixar o computador. Casa é onde eu me sinto bem.
P.S. - Poupem-me os lugares comuns de dizerem que se pode ser assaltado em qualquer cidade, que Lisboa é que é e que o Porto é cinzento e tal. Digam outras coisas.
Pois, muito bem. A minha casa é o Porto. Já fui ao Fantas, já comi francesinha e já me enchi de express biscuits. Também já andei a pé pelas ruas (que conheço perfeitamente) à noite e, sobretudo, não me assustei quando me cruzo inesperadamente com alguém ao virar da esquina. Aqui ninguém tem aquele ar suspeito e agressivo/amedrontado que vejo nas expressões de quem viaja no metro.
O Porto tem uma qualidade de vida que Lisboa não tem. O ar é mais limpo, as confeitarias mais acolhedoras, a comida é sempre melhor, os passeios não escorregam, e é tudo perto. O Porto é muito confortável. Lisboa é sempre agreste.
Por outro lado, quando estou no Porto sinto a falta da imensidade de estímulos, desafios e coisas novas que Lisboa me oferece. Sinto falta das pessoas que começo a conhecer (até lhes ligo e tudo!) Estou mesmo entre estas duas terras. E casa não é onde eu deixar o computador. Casa é onde eu me sinto bem.
P.S. - Poupem-me os lugares comuns de dizerem que se pode ser assaltado em qualquer cidade, que Lisboa é que é e que o Porto é cinzento e tal. Digam outras coisas.
sexta-feira, março 03, 2006
É bão.
Daqui a umas horas vou para o Porto.
Com esta coisa do Fantas, muitas das pessoas que aqui conheço, em Lisboa, lá foram, lá estão, lá vão.
E confessam-se encantadas.
Eu avisei.
(Adoro quando tenho razão).
Com esta coisa do Fantas, muitas das pessoas que aqui conheço, em Lisboa, lá foram, lá estão, lá vão.
E confessam-se encantadas.
Eu avisei.
(Adoro quando tenho razão).
Aliás, bombom.
O Porto é um bombom requintado, único, para ser apreciado apenas por pessoas de bom gosto.
Melhor.
Quando não souberes o que pensar, é melhor que não penses. Senta-te ou mexe-te, mas não faças conjecturas. Deixa que o tempo passe, os acontecimentos se sucedam, reserva os julgamentos para nunca mais. Sê franco/a, sempre. Faz perguntas, olha nos olhos, observa aquilo que as palavras não dizem, mas que o olhar confessa e o corpo te conta, e interpreta tudo à luz da intuição. Mas, faças o que fizeres, não penses, não racionalizes cedo demais. Esquece os medos, lembra-te de tudo o que aprendeste antes e mas não tires conclusões. Sente a vibração e aceita apenas o que te faça sentir bem. Deixa fluir e flui junto.
Há coisas muito boas a descobrir.
Há coisas muito boas a descobrir.
Vade ret(r)o.
Há gentinha que se merece. Podem até andar às turras, mas o chamamento da natureza é sempre mais forte. Começam por lançar charminho recíproco, delicadezas e até sonham um com o outro. A seguir, desiludem-se, maldizem-se, contrariam-se, odeiam-se, metem outros ao barulho e usam-nos como armas de arremesso. De um lado e do outro, fazem merda, mas como são palha da mesma ração, acabam sempre por se encontrar.
Satisfeitos e vitoriosos, voltam então às boas e, por fim, chafurdam felizes na própria imundice.
Afinal, o mais rico estrume tem muito de esterco de vaca.
quinta-feira, março 02, 2006
Alerta!!!
Há coisas normais a acontecer na minha vida. Não sei muito bem como reagir. Sinto a tentação de deitar tudo a perder, de me portar mal, de não aproveitar, sei lá, de me auto-sabotar.
Sinto que existe uma forte possibilidade de isto tudo entrar nos eixos. Não estou habituada à normalidade.
quarta-feira, março 01, 2006
Quarta, outra vez.
Desde que vim para Lisboa, as quartas feiras são o meu dia favorito.
Geralmente, não tenho nada que fazer, ou melhor, tenho, mas não são compromissos de maior. Quarta feira é o dia em que reponho o sonho atrasado desde quinta-feira passada. Hoje acordei, já passava das 14.30h. Tinha de ter ido a uma agência, mas a designer disse-me que não era preciso, que o cliente teria de se pronunciar antes que fosse necessário eu vir meter alterações. Pois muito bem, fui tratar de outras coisas: levei as botas para o sapateiro (andava há 4 meses para o fazer), fui aos Correios, entreguei a papelada para o passe, fui estudar para o Miradouro da Graça. Depois, fui ao Minipreço, comprei iogurtes e bolachas e rissóis e bolinhos de bacalhau. Vi umas quantas capas de revistas, e a seguir desci as escadinhas a caminho de casa. Pelo meio, chamei os bombeiros, atravessei uma densa parede de fumo e dei graças por o resto daquela casa ter ardido de vez (o fogo desinfecta). À noite, troquei dois convites para o cinema por uma ida ao IKEA, carregamentos esforçados pela escada a cima e um retemperador jantarinho feito à meia noite para celebrar a chegada da minha nova flatmate.
Quarta-feira.
Eu gosto de Quartas-feiras.
Da minha janela...
Para quê ir ao cinema, se a acção vem até mim?
Os meus mais reconhecidos agradecimentos aos Bombeiros que arriscam a própria vida para salvar a dos outros. É a segunda vez que vejo estes homens em acção, e sim, a esta pequena distância. São heróis, mesmo. À "rapaziada", como se lhes referiu o senhor do 112, o nosso muito obrigada daqui do coração das inflamáveis Olarias.